Grã-Bretanha enviará porta-aviões para o Indo-Pacífico em 2025
LONDRES – A Marinha Real Britânica deve enviar um grupo de ataque de porta-aviões para a região do Indo-Pacífico como parte do fortalecimento de seus laços de defesa com o Japão e outras nações, anunciou o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak na quinta-feira (18/5), na véspera da reunião de cúpula do G7 em Hiroshima.
A confirmação do desdobramento planejado de um dos dois gigantes de 65.000 toneladas da Marinha Real veio quando Sunak e seu homólogo japonês, Fumio Kishida, concordaram em 18 de maio com o chamado Acordo de Hiroshima, um amplo pacto que abrange economia, defesa, segurança e tecnologia colaboração.
O acordo é o mais recente de uma série de medidas dos britânicos para inclinar sua estratégia econômica e de defesa mais para o Indo-Pacífico em um cenário de crescente beligerância chinesa na região.
Nos últimos seis meses, os britânicos concluíram as negociações para ingressar no Acordo Abrangente e Progressivo para o bloco comercial Trans-Pacífico, lançaram o programa de jatos de combate de sexta geração Reino Unido-Japão-Itália e, em janeiro, assinaram o Acordo de Acesso Recíproco de defesa com o Japão , que entre outros benefícios simplificará os procedimentos para exercícios de treinamento conjunto.
Os dois lados também planejam aumentar a cooperação cibernética como parte do Acordo de Hiroshima, disse um comunicado britânico.
A visita de Sunak viu os britânicos confirmarem que aumentarão o número de tropas que participam do exercício militar Vigilant Isles planejado para o Japão ainda este ano.
Cerca de 170 militares do Reino Unido estarão envolvidos, incluindo soldados do 1 Royal Gurkha Rifles e 16 Air Assault Brigade.
Sunak, que visitou o porta-aviões japonês JS Izumo antes da Cúpula do G7, disse que o novo acordo foi o último passo em uma parceria florescente com Tóquio.
“O Acordo de Hiroshima nos permitirá intensificar a cooperação entre nossas forças armadas, desenvolver nossas economias juntas e desenvolver nossa expertise em ciência e tecnologia de ponta”, disse Sunak.
Os detalhes do desdobramento do novo porta-aviões ainda não estão disponíveis, exceto os britânicos dizendo em sua declaração que o grupo de ataque incluirá escoltas navais e jatos de combate F-35 trabalhando ao lado da Força de Autodefesa Japonesa e outras marinhas na região.
O desdobramento será o segundo de um porta-aviões da classe “Queen Elizabeth” na região.
Em sua missão inaugural em 2021, o HMS Queen Elizabeth percorreu a região do Indo-Pacífico liderando uma força da Marinha Real, combatentes de superfície dos EUA e da Holanda e navios de apoio.
Um esquadrão de F-35 dos fuzileiros navais dos EUA também foi desdobrado ao lado de jatos britânicos a bordo do porta-aviões da Marinha Real.
FONTE: Defense News
Quando a notícia não vai ao gosto dos clientes, eles não gostam e fazem de conta que não leram ou viram.
Lindo, adoro.
Quem vai dar importância pra quem hoje é um rato que ruge como leão?! Prefiro ver o filme do Pelé e ler sobre as notícias da progressão chinesa…. 😀
Posso incluir a Rússia que você tanto defende, nessa mesma categoria.
Se Reino Unido é rato o que sobra para a marinha.brasileira , é bactéria ?
EDITADO:
2 – Mantenha o respeito: não ataque outros comentaristas.
O grupo aéreo ainda é formado por pilotos dos EUA em um mix com os britânicos ou, já está 100% inglês?
O Reino Unido só receberá o últimos dos 48 F-35Bs do primeiro lote em 2025, então deduzindo os 3 usados para testes o que foi perdido em um acidente em 2021, os reservados para treinamento e reposição e os em manutenção, não há como embarcar mais do que 12 atualmente e em 2025 ainda assim será difícil por conta de se ter 2 NAes então é bem possível que um esquadrão do USMC volte a integrar a ala aérea. . Um segundo lote anunciado de 26 F-35Bs eventualmente permitirá que se necessário 20 ou pouco mais estarão disponíveis para cada… Read more »
Grande Dalton. ABS
Muito interessante essa interação ente os dois países, mostra que são nações irmãs e um tem plena confiança no outro (ou quase). Mas quem diria, de maior marinha do mundo, para mero coadjuvante… A Royal Navy, apesar de ainda ser uma marinha de respeito, não é mais nem sombra do que foi anos atrás.
A interação é tão grande que os SSBNs britânicos utilizam mísseis Trident II americanos estocados na costa leste dos EUA, apesar das ogivas serem britânicas e isso é apenas um exemplo. . Como escrevi mais abaixo, não são muitas as marinhas capazes de enviar um NAe de 70.000 toneladas, apoiados por grandes navios de apoio logístico e mesmo um moderno submarino de propulsão nuclear o que ocorreu em 2021 e a Royal Navy está envolvida na substituição de seus 4 SSBNs um programa de dezenas de bilhões de libras. . Certamente a Royal Navy é uma sombra do que já… Read more »
Sim, Dalton. Essa linha de interesse comum entre os dois países é admirável. Penso que o Brasil e Portugal poderiam trabalhar em estreita colaboração também, pois nós temos mais em comum que somente a língua portuguesa, mas o Brasil é um fracasso de tratando em Plano de Estado. Lembro que antes da US Navy ocupar o cargo de maior marinha operacional atualmente, lá pelos anos 60/70 quem tinha a dádiva de atuar em qualquer lugar do globo e a qualquer hora era a Royal Navy, podiam desembarcar fuzileiros na África, Oriente médio ou Ásia num piscar de olhos… Bons tempos!… Read more »
“Lembro que antes da US Navy ocupar o cargo de maior marinha operacional atualmente, lá pelos anos 60/70 quem tinha a dádiva de atuar em qualquer lugar do globo e a qualquer hora era a Royal Navy, podiam desembarcar fuzileiros na África, Oriente médio ou Ásia num piscar de olhos… ” Kommander, Em que pese a RN ainda ser uma marinha de grande porte nos anos 60/70, ela já tinha sido ultrapassada pela USN em todas essas capacidades várias décadas antes. Ela já era ligeiramente inferior às vésperas da IIGM e foi totalmente ultrapassada pela USN no decorrer do conflito,… Read more »
Kommander, a US Navy ultrapassou a Royal Navy décadas antes
dos “anos 60/70” e o fato dos britânicos terem entrado em guerra antes,1939, levou a uma série de perdas e também avarias em navios algumas das quais foram reparadas em estaleiros americanos antes mesmo da entrada dos EUA na guerra em dezembro de 1941.
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No fim da década de 1960 por exemplo os EUA partiram para a construção de NAes de propulsão nuclear em série, classe Nimitz
enquanto os britânicos cancelaram o substituto do “Ark Royal IV”
que tornou-se o último NAe com catapultas servindo até 1978.
Obrigado pela aula, Dalton e Nunão!
A Rússia não tem um Porta-Aviões a altura da dua Esquadra.
Dalton,
Já receberam 30 F-35 B. Um foi perdido e três são para testes, como você bem colocou, de modo que possuem 26 disponíveis.
Até 2025 o primeiro lote de 48 estará todo entregue, o que, provavelmente, possibilitará dois esquadrões embarcados.
O “problema” Mercenário como escrevi acima é que ter 2 esquadrões é pouco quando se tem 2 NAes. O “Charles de Gaulle costuma embarcar 22 Rafales M
de 2 esquadrões de um total de 44 no inventário da marinha francesa.
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O “pulo do gato” virá com os 26 F-35Bs do segundo lote já anunciado.
Como apenas um dos NAes estará em operação enquanto o outro estará em manutenção, os 3 esquadrões pretendidos servirão para que ambos os navios tenham como standard operarem com 2 esquadrões embarcados.
Nessa missão em 2025 é muito provável que sejam embarcados 2 esquadrões.
Minha compreensão é de que quando um NAe retorna de um longo desdobramento ele pode ser mantido certificado por mais alguns meses juntamente com sua ala aérea no caso de ser necessária seu emprego em curto prazo, a US Navy chama isso de “double pump” ou pode ser necessária uma manutenção iminente. . Seja como for aeronaves podem ser necessárias nessa fase de sustentação ainda mais quando um segundo Nae pode ainda não estar certificado, mas de qualquer forma essas aeronaves eventualmente necessitarão de manutenção também. . Então com apenas 3 esquadrões de linha de frente, similar aos 3 esquadrões… Read more »
O Indo Pacífico está crescendo em importância.
“Australia, Brunei, Canada, Chile, Japan, Malaysia, Mexico, New Zealand, Peru, Singapore and Vietnam—constitute 13.5% of the world economy.”
Trata-se do CPTPP. Os ingleses estão entrando no acordo…o HMS Queen Elizabeth vai na frente.
A Ásia está crescendo de importância e os EUA estão praticamente fora
A China está realizando um encontro de integração entre lideres da Ásia Central.
E quem domina essa região, domina o Mundo.
Mundo multipolarizado. Mundo fragmentado. Mundo Blade Runners.
Não haverá mais supremacia.
Será multipolarizado, mas o polo maior será a China.
‘Comunicado do G7 aponta preocupação com a dependência do Ocidente em relação à ChinaEssa posição reflete a crescente preocupação dos países do G-7 em relação à dependência excessiva da China’
Pelo simples fato que a China é maior País do Mundo e tem toda uma capilaridade no comércio internacional.
Haverá sim, um dos cenários possíveis é a regionalização com as potências de referência.
Deixa eu ver, qual seria a maior potência de referência do continente americano e no atlântico? No caso fosse verdadeiramente coibida ( improvável , pois existem n atores naquela região que irão puxa-la e convida-la para a briga mesmo que essa potência hipoteticamente quisesse se isolar) de atuar no teatro asiático, onde concentrariam-se as atenções e forças dessa potência?
Supremacias sim. No Ocidente, no Oriente. Na Europa, a Rússia contestará os europeus. No OM…a velha disputa tribal. Sobram africanos e sul-americanos…clandestinos. Falta saber se a multipolaridade será um caminho inevitável para a guerra total ou se será possível viver embaixo disso. Dizem que dá pra viver com 20 mil dólares em Boca Raton…somente os influencers sobreviverão. Sujeito foi no mercado, passou no caixa preferencial. Ganhou 20 mil seguidores. Historiadores…alguém terá que contar a história. — Vão lá chamar o historiador de Platão, ops, de plantão. A fogueira tá acesa. As crianças querem saber como era a vida. No monte…o… Read more »
E o que isso vai afetar a China?
Pouco, muito pouco.
Tenho certeza que os chineses estão tremendo com os britânicos e sua pífia capacidade de projeção de poder (2 porta aviões sendo um deles uma jaca cheia de problemas), restrições orçamentárias e falta de pessoal.
Chega a ser engraçado quando os países europeus tentam se impor dessa forma no cenário mundial, depois que escolheram ser coadjuvantes das aventuras americanas desde o pós Segunda Guerra.
China vai mandar duasType 55 seguir esse porta aviões, inglesada morrendo de medo
E as barulhentas Type 55 estarão sendo observadas por um SSN Astute…
Os chineses devem ter uma mágoa com os britânicos mesmo, a Guerra do Ópio que o diga.
A preocupação maior é: Será que chega até lá?
Motor do Marea Turbo.
Filho, ainda os teus amados líderes andavam de canoa, já os Britânicos dominavam a arte de fazer porta-aviões e já a Royal Navy cruzava todos os oceanos do mundo, com porta-aviões, quando os teus adorados líderes, viram o mar pela primeira vez, já os Britânicos tinham o domínio total desse mesmo mar.
Depois uma pergunta, quem será que irá ensinar os Britânicos da Rolls-Royce ou da BaeSistems, a construir motores, serão Chineses ou Russos????
Não me parece.
Estranho a “preocupação” já que o “Queen” já esteve por lá em 2021 acompanhado pelo RFA Fort Victoria e poderá muito bem retornar em 2025 já que ainda não foi decidido qual dos 2 Naes será enviado, mas, ainda há tempo para se reparar o “Prince of Wales” e certifica-lo até o início de 2025.
Já o pré-historico Russo, avaria parado, depois vai para consertar e está anos e anos em estaleiro e só para remendar, mas parece que agora vai … mas só em 2025, dizem eles.
Também o “Charles de Gaulle” recentemente entrou em um período intermediário de manutenção programado para durar até o fim do ano para retorno gradual às atividades no início do próximo o que valida a opção britânica por ter 2 NAes o que permite que um na maior parte do tempo esteja devidamente certificado. . Uns 20 anos atrás esse mesmo “Charles de Gaulle” foi bastante criticado por alguns problemas apresentados quando novo inclusive por um tempo sua velocidade máxima ficou abaixo de 25 nós, eventualmente, corrigido já provou seu valor várias vezes. . Mais recentemente o “Gerald Ford” foi vítima… Read more »
Só um adendo:
O USS Gerald Ford CVN 78 ainda vai demorar um pouco para entrar no MED…..
Ontem passou pelo Canal da Mancha no sentido norte.
Sim Franz é o que li também, mas, o fato é que o destino final dele será o Mediterrâneo, diferente, dos 2 meses ano passado, outubro e novembro quando ele esteve por lá incomumente em uma fase de treinamento intermediário.
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Dessa vez será para valer.
Gladius, o substituto do “CDG” deverá ser 30% maior justamente porque ele não atendeu todos os requisitos, inclusive catapultas de 90 metros, as duas instaladas, de projeto americano, tem 75 metros. . Quanto a “mais eficiente”, algo não muito perceptível é que os britânicos e isso tem lá a ver com a doutrina deles e/ou da OTAN dita que os 2 NAes devem ter uma capacidade “anfíbia” secundária, ou seja, transportar tropas a serem desembarcadas por helicópteros algo não previsto no “CDG”. . Além do Rafale M e do “Hawkeye” não há muito mais que o “CDG” possa operar realisticamente… Read more »
Çei!! Vai é dar uma passada em Alang e se aposentar por lá….rs!
O “Prince of Wales” por ser posterior ao “Queen Elizabeth” recebeu duas melhorias que eventualmente serão incorporadas no primeiro. . Ambos tem uma capacidade secundária “anfíbia”, que pode muito bem ser explorada dentro de uma coalizão por exemplo, podendo transportar mais tropas e equipamento do que o “Ocean” hoje “Atlântico” da marinha brasileira e para facilitar isso o “Prince of Wales” tem alguns corredores mais largos. . A segunda melhoria é que o “Prince of Wales” recebeu um sistema de iluminação no convés de voo para auxiliar na técnica desenvolvida pelos britânicos para pousar o F-35B após uma “rolagem” ao… Read more »
A ROYAL NAVY. Deveria ficar quetinha no seu beco..
Com um porta aviões “Nutella” , com meia dúzia de destroiers ainda problemáticos… , sem grana para fazer essa empreitada de luxo. .
Está mostrando uma ideia que não existe mais….
Respeito sua opinião, mas, não são tantas as marinhas hoje capazes de enviar um NAe de 70.000 toneladas carregado, capaz de operar o sofisticado F-35B, ainda são poucos é verdade, mas, mais estão a caminho que dentro de alguns anos serão atualizados para o padrão Block IV, acompanhado por navios de apoio logístico deslocando carregados mais de 30.000 toneladas e um moderno SSN deslocando umas 7500 toneladas submerso e isso já aconteceu em 2021. . Uma das “ideias que existe” é reforçar os laços com o Japão, inclusive as duas nações mais a Itália ,estão desenvolvendo um novo caça de… Read more »
A RN está se modernizando, sairão as Type 23 e entrarão as Type 26 e 31, é uma marinha concebida dentro do que foi estabelecido em sua Revisão Integrada de Segurança, Defesa, Desenvolvimento e Política Externa, de 16/03/2021. O planejamento é ter 24 escoltas até meados de 2030, 02 NAe, 5 a 7 SSN e 4 SSBM, é uma força considerável.
O plano de fato é ter 24 “escoltas” como a marinha brasileira chama seus principais combatentes de superfície, incluindo-se 5 Type 32 e o número de submarinos nucleares táticos será de 7, todos classe Astute, 5 já incorporados e outros 2 em construção a serem entregues em 2024, quando o último vetusto classe “Trafalgar” será retirado de serviço e em 2026. . Alguém aqui já escreveu antes “SSBM” presumindo ser “BM” míssil balístico quando o correto é “SSBN” onde apenas o “B” responde por míssil balístico e o “N” é propulsão nuclear, então faço esse pequeno reparo novamente caso não… Read more »
Poderíamos mandar uma esquadra também!
Sim, de preferência a segunda esquadra, aquela do norte. Certamente stará plenamente operacional, dá tempo daqui para o 2025.