Navegar é enferrujar
O ambiente marinho cobra sempre seu preço de quem navega, e a corrosão é um deles. Obviamente, navios atracados também sofrem com isso, mas é comum ver navios de guerra, ao longo de uma comissão em que são realizados exercícios navais mais intensos, mostrarem a ação do mar sobre o convés, costados e equipamentos. De longe, nem sempre aparecem, mas de perto ficam bem nítidos.
É o caso do PHA (porta-helicópteros anfíbio) Tonnerre da Marinha Francesa, visto nessas fotos (divulgadas nesta terça-feira, dia 30, pela Marinha Francesa) realizando exercícios em rota para a Argélia. O navio partiu da Base Naval de Toulon, na França, no dia 9 de maio e participou do exercício antissubmarino SQUALE tendo como escoltas as fragatas Alverne (FREMM – fragata multimissão) Alsace (FREMM DA – fragata multimissão com defesa aérea reforçada), e Forbin (FDA – fragata de defesa aérea).
O Tonnerre contribuiu para o cenário do exercício realizando operação anfíbia com ameaça subaquática, lançando embarcações que realizaram um raid noturno a várias milhas náuticas de distância, desembarcando uma unidade de intervenção e proteção, engenheiros e fuzileiros navais.
Também foram realizados diversos treinamentos para manter capacitações operacionais, como exercícios de inspeção, combate a desastres, tiro, qualificação de pilotos de Puma, entre outros. Um deles foi o reboque do Tonnerre, ao largo de Toulon, pelo navio de apoio e assistência Seine, um treinamento importante por ser raramente realizado por um PHA e permitir o aperfeiçoamento da capacidade de manobrar em conjunto em qualquer circunstância.
Como se pode ver nas imagens mais aproximadas, há vários sinais de corrosão aparecendo no convoo e na rampa de popa do Tonnerre, nada incomuns quando se realiza períodos intensos de exercícios em alto-mar.