Programa MOC do porta-aviões ‘Cavour’ e destróieres classe ‘Horizon’ concedidos à Orizzonte Sistemi Navali
Trieste/Roma 19 de julho de 2023 – Orizzonte Sistemi Navali (OSN), joint venture de propriedade de Fincantieri e Leonardo com participações respectivas de 51% e 49%, assinou, com a Diretoria de Armamentos Navais da Secretaria Geral de Defesa / Diretoria Nacional de Armamentos, o Acordo-Quadro de Manutenção em Condições Operacionais (MOC) para o porta-aviões Cavour e os destróieres Andrea Doria e Caio Duilio da classe “Horizon” da Marinha Italiana.
O Acordo tem um valor global máximo de 190 milhões de euros e será concluído no final de 2028. A assinatura do primeiro contrato de implementação entre a contratada principal OSN e a Navarm ocorrerá nos próximos dias, abrangendo os dois primeiros anos de serviço.
Especificamente, as atividades previstas referem-se à plataforma e sistemas e equipamentos de combate das unidades abrangidas pelo Acordo no período 2023-2028, de forma a garantir a manutenção das suas condições operacionais e o aumento da especialização do pessoal da Marinha.
A Fincantieri será responsável pelas atividades de suporte em serviço dos sistemas e equipamentos da plataforma, incluindo o motor, sistema de automação, geração elétrica e sistemas de ar condicionado, mecanismos de manobra e propulsão, bem como os elevadores de aeronaves do navio Cavour e o sistema de transporte de helicóptero das unidades da classe “Horizon”.
A Leonardo ficará encarregada de todos os subsistemas relacionados ao Sistema de Combate, sensores de radar, Sistema de Gerenciamento de Combate, lançadores e sistemas de armas das duas classes de navios, nas bases navais de La Spezia e Taranto. Os subsistemas Leonardo envolvidos na manutenção totalizam cerca de 50 equipamentos.
Sobre a Fincantieri
A Fincantieri é um dos maiores grupos de construção naval do mundo, o único ativo em todos os setores da indústria naval de alta tecnologia. É líder na construção e transformação de navios offshore de cruzeiro, navais e petrolíferos e eólicos, bem como na produção de sistemas e equipamentos componentes, serviços pós-venda e soluções de interiores marítimos. Graças à expertise desenvolvida na gestão de projetos complexos, o Grupo possui referências de primeira linha em infraestruturas, sendo um player de referência em tecnologias digitais e cibersegurança, eletrónica e sistemas avançados.
Com mais de 230 anos de história e mais de 7.000 navios construídos, a Fincantieri mantém seu know-how, experiência e centros de gestão na Itália, empregando aqui 10.000 trabalhadores e criando cerca de 90.000 empregos, que dobram em todo o mundo graças a uma rede de produção de 18 estaleiros operando em quatro continentes e com quase 21.000 funcionários. www.fincantieri.com
Sobre a Leonardo
A Leonardo é uma empresa líder global em Aeroespacial, Defesa e Segurança (AD&S). Com 51.000 funcionários em todo o mundo, opera nas áreas de Helicópteros, Eletrônica, Aeronaves, Cibernética e Segurança e Espaço, e é um parceiro importante em grandes programas internacionais, incluindo Eurofighter, NH-90, FREMM, GCAP e Eurodrone. A Leonardo possui capacidades industriais significativas na Itália, Reino Unido, Polônia, Estados Unidos e Israel e também opera por meio de subsidiárias, joint ventures e participações, incluindo Leonardo DRS (80,9%), MBDA (25%), ATR (50%), Hensoldt ( 25,1%), Telespazio (67%), Thales Alenia Space (33%) e Avio (29,6%). Listada na Bolsa de Valores de Milão (LDO), a Leonardo registrou novos pedidos de € 17,3 bilhões em 2022, com uma carteira de pedidos de € 37,5 bilhões e receitas consolidadas de € 14,7 bilhões. A empresa está incluída no índice MIB ESG e faz parte do Dow Jones Sustainability Indices (DJSI) desde 2010.
DIVULGAÇÃO: Leonardo
Navios italianos podem servir bem para o Brasil,eles devem ter varredores para substituir a classe Aratu em Salvador e também navios patrulha.
Há anos atrás a Marinha Italiana ofereceu a MB vários meios de seu inventário que estavam dando baixa, os navios entre eles várias fragatas estavam em bom estado de manutenção/ conservação e atualizados para o nosso TO, os preços eram convidativos e as condições de pagamento também, segundo a opinião do “Milico” responsável pela negociação na época os navios não iriam acrescentar nada a MB em termos de combate pois estavam no mesmo nível dos nossos navios com MLU, percepção errônea e irresponsável, fruto de uma visão limitada e obtusa que resultou no fracasso das negociações, “Isso é uma vergonha”!!!
Se foi em 2016 conforme um artigo que salvei na época, não havia muito à ofertar apenas à fragata Artigliere, 2500 toneladas carregada retirada de serviço quase 2 anos antes com quase 20 anos, portanto relativamente nova, a fragata Maestrale um pouco maior recém retirada de serviço mas, então com mais de 33 anos e um navio varredor costeiro de 30 anos, sendo assim, assim não iriam acrescentar nada. . Eventualmente a marinha italiana retirou de serviço outras fragatas que ninguém comprou também, mas, de qualquer forma orçamento limitado, a corveta Julio de Noronha em fase final de revitalização, a… Read more »
Algumas fragatas da classe Maestrale ainda estão operacionais e, uma vez modernizadas, duas delas serão entregues à Indonésia, para informação
Não diria “modernizadas” e sim deixadas aptas a servir por mais alguns anos após sua baixa da marinha italiana ano que vem quando então estarão com cerca de 40 anos, mas, para marinhas com pouco recurso e/ou mais desesperadas por navios ainda assim pode ser um bom negócio.
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E como você provavelmente sabe, a Indonésia encomendou 6 FREMM à Itália, este sim um plano bastante ambicioso e necessário.
O contrato prevê uma vez descomissionado pela Marinha italiana a entrega para Fincantieri para ser modernizado, queremos chamá-lo de atualização necessária certamente não pode ser deixado como é por razões óbvias, mais informações não são conhecidas. Quanto aos fremms, 3 serão construídos na Itália e três na Indonésia. Em seguida, haverá transferência de tecnologia e apoio logístico relacionado. é ambicioso??? É claro que qualquer transferência de tecnologia é arriscada, é um desafio para todos.
O termo “modernizar” é apenas “pro forma”, serão navios com 40 anos ou mais já modernizados anteriormente para ajudar à remediar uma situação deficiente da marinha da Indonésia, daí o plano ambicioso de encomendar 6 FREMM um grande passo no sentido
financeiro, político e estratégico, mas, necessário até por conta do
grau de percepção de ameaça na região.
A modernização de um navio não é um pro forma, é algo muito concreto, entendo que no passado o Brasil recebeu navios usados não à altura, que foram pouco utilizados, talvez até a um preço baixo mas ainda não justificável, por exemplo o Sau Paulo foi vendido quando ainda estava em operação, passou por uma intensa modernização quando tinha mais de 40 anos de serviço, Mas os navios Fincantieri de 40 anos não são a exceção, mas eu diria a regra, e isso depende da qualidade de construção e da manutenção correta feita ao longo dos anos.
Agora é uma boa para pegar esses navios italianos como tampão e quem sabe uma parceria para construir navios novos no Brasil como classe horizon e varredores.
Apenas 3 fragatas Maestrale continuam em serviço e duas delas deverão ir para a Indonésia então não vejo a marinha brasileira interessada em uma única que terá então mais de 40 anos.
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Quanto a “Horizon” apenas duas foram construídas – outras duas para a França – e não há planos para mais, talvez você tenha pensado nas “FREMM”, mas, com a classe Tamandaré já definida e em construção não vejo espaço para tais compras.
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Quanto a “varredores” eles não serão retirados de serviço agora e levará ainda alguns anos até substitutos entrarem em serviço.
As fragatas Tamandaré vem para substituir as Niterói e inclusive a MB deve adquirir as duas previstas no contrato extra e mais lotes. Eu acho que as Frem ou Belharra oferecida pela França podem dar um complemento a elas e substituírem a classe Greenhalk que só tem a Radmaker na ativa.
O que será feito de fato é que as Tamandarés substituirão as Niteróis Greenhalghs e mesmo algumas corvetas, então, mesmo que duas adicionais sejam encomendadas ainda assim se deverá ter um déficit levando em conta o número de 14 “escoltas” de 2004. . A “Constituição” foi programada para baixa nesse mês, mas, mesmo que se tire um pouco mais dela para apoiar os testes do submarino Humaitá e apenas para isso, sua baixa será seguida talvez ano que vem pela da Rademaker, restando 4 Niteróis a Barroso e a Júlio de Noronha, mas especula-se que esta última e mesmo a… Read more »
Creio que no contrato a MB deva adquirir as duas remanescentes e também ampliar para segundo lote,a mesma coisa para os submarinos Riachuelo que devem substituir em breve a classe Tupi e talvez se avançar mais submarinos nucleares.
Igual foi a compra do já sucateado porta aviões São Paulo da França. Que a MB tenha aprendido e adquirira navios italianos podendo ser construídos aqui no Brasil como fragatas Frem e classe Horizon para fortalecer os meios navais e botar a esquadra no Maranhão para sair do papel.
A compra do “São Paulo” por uma barganha de US$ 12 milhões tinha como objetivo preservar e eventualmente ampliar a capacidade da marinha ganha com décadas de uso do “Minas Gerais” que estava no fim da vida útil nem mesmo sendo capaz de operar com segurança a versão dos A-4 comprados do Kuwait antes, dos quais previa-se que até 18 seriam modernizados. . Além do mais o “São Paulo” seria apenas uma ponte entre o Minas Gerais e um futuro NAe que seria construído no Brasil, que ficaria pronto por volta de 2020 e quando isso deixou de ser minimamente… Read more »
“Além do mais o “São Paulo” seria apenas uma ponte entre o Minas Gerais e um futuro NAe que seria construído no Brasil, ”
E foi aqui que o SP morreu. pq a MB comprou pensando que seria momentâneo e não deu a manutenção correta no navio. Se tivessem feito o mesmo que foi feito no NAel MG (lá no inicio dos serviços) o SP não teria sido a zona que foi.
É apenas minha opinião Henrique, mas, o “São Paulo” foi retirado de serviço para revitalização 5 anos após ter sido incorporado como planejado só que ele nunca mais retornou de fato à ativa devido à falta de recursos e dificuldades técnicas, lembrando a longa gestação da corveta Barroso de 14 anos finalmente incorporada em 2008. . O “São Paulo” contava então com mais de 40 anos e “navio velho” costuma ser uma caixa de surpresas, como um exemplo que já citei algumas vezes aqui quando da última manutenção feita no USS Enterprise (CVN 65) que acabou custando muito mais e… Read more »
Dalton, Eu já acho que faltou para a MB a visão de que seria mais seguro, ainda que houvesse custos elevados a considerar, realizar uma boa parada de manutenção no NAe São Paulo quando de sua chegada, antes de colocar em operação por aqui, mantendo o NAeL Minas Gerais por mais um ano ou dois. Faço essa avaliação, é claro, do conforto do tempo presente. Mas não faltavam experiências passadas nos decisores da MB para justificar uma postura mais precavida, o que incluiria um treinamento melhor da tripulação e aproveitamento mais racional de tripulantes com experiência em navios de propulsão… Read more »
Faz sentido Nunão, mas, daí ter citado a “Barroso” que ficou como você bem sabe e pude ver e ouvir pessoalmente em duas viagens que fiz ao RJ entre 2002 e 2005, sem receber recursos para conclusão, então manter o “Minas” por outros 2 anos operando com os A-4 de forma limitada, mas, aceitável para treinamento e ainda prover os recursos para a manutenção do “São Paulo” teria sido proibitivo. . Também acredito que diferente de outras ocasiões em que se adquiriu navios, a marinha não teve muito tempo e queria adquirir o “Foch” um navio complexo e antigo através… Read more »
Pois é, o hot transfer acabou sendo uma fria, com o perdão do trocadilho. Lembro bem de todo o contexto da época, da Barroso ser lançada apenas em 2002 (diversas vezes fui ao Rio na virada dos 90-2000 e via o casco incompleto na carreira). Mas o fato é que se pagou uma bagatela (US$ 12 milhões) pelo São Paulo e se assumiu um risco em não completar esse investimento, com um programa de manutenção e treinamento mais extenso a ser feito na França mesmo, chegando talvez a um valor mais ou menos condizente com a aquisição de um navio… Read more »
Na verdade esse Almirante se prestou a esse papel pois precisava justificar a negativa do Presidente da República, esse sim tem visão limitada assim como a própria República procurou desmantelar a Marinha desde o Golpe militar Republicano de 1889 !! ________
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A classe Orizzonte são, para mim, os navios militares mais bonitos já construidos.
Voto com o relator.
Esse Andrea Doria é um destroyer lindo. Muito bonito!
Muito mesmo o melhor. A MB poderia fazer uma parceria e construir eles aqui.
Bons navios para servir de palanque para condecorar os muchachos que escondem dinheiro na cueca.
Navios magníficos!