Encontro de classes no dique Almirante Régis, em 2020
Consultando o Relatório de Gestão de 2020 da Marinha do Brasil, reparamos numa fotografia da página 111 representando trabalhos finais de construção do navio-patrulha Maracanã (ainda não incorporado naquela época). A imagem acaba mostrando também um verdadeiro “encontro de classes” no interior do dique Almirante Régis, o que não é incomum, pois geralmente se aproveita o tamanho da instalação para docar mais de um navio que necessite de trabalhos em suas obras vivas.
Ali estavam: um navio-patrulha classe “Macaé” – o futuro Maracanã, na imagem em fase de acabamento; outro navio-patrulha, o Gurupi, este da classe “Grajaú”, em manutenção; uma fragata classe “Niterói”; uma corveta classe “Inhaúma”. As diferenças de dimensões dos quatro navios ficam evidentes na imagem, em especial dos dois navios-patrulha (um deles com cerca de 500 toneladas e outro com aproximadamente 200 toneladas), como se pode ver em detalhe na ampliação acima.
No caso da fragata e da corveta, há uma diferença de altura que pode enganar um pouco, pois em parte é creditada ao calado, e, eventualmente, à altura dos piquetes sob cada casco (reparar na ampliação abaixo que os cascos não estão alinhados nas marcações da linha d’água). Por outro lado, as dimensões da boca (largura) são claramente diferentes.
Ainda sobre a fragata e a corveta, não é possível dizer com precisão quais seriam, apenas analisando a foto. O espelho de popa indica que a fragata fotografada era uma de duas que, originariamente, receberam um sonar de profundidade variável, a Niterói (F-40) e a Defensora (F-41). Poderia ser tanto a Niterói, desativada no ano anterior e eventualmente tendo equipamentos retirados no dique para servir de sobressalentes a outras em operação, quanto a Defensora, sendo docada mais uma vez ao final de um longo Período de Manutenção Geral (por exemplo, naquele ano o navio passou por testes de inclinação em outro dique, o Almirante Jardim).
Quanto à corveta, apenas pela foto não é possível dizer se é a Júlio de Noronha (V-32), em plena operação naquele ano e ainda na ativa, supostamente realizando alguma docagem extraordinária, ou alguma das unidades desativadas da classe tendo seus equipamentos retirados.
Muito bacana ver o Arsenal em atividades. Os Comentaristas aguardam quando se dará a visita. Que visita?
A visita entregue como prêmio aos comentaristas mais…mais…analíticos e pós analíticos.
Vamos aguardar.
Essas corvetas classe inhauma foi um dos grandes erros da Marinha. Em vez de construir mais 4 fragatas classe Niterói a Marinha preferiu inventar a roda. Só que as corvetas classe inhauma teve sérios problemas no mar. E no final saíram do serviço antes das mais antigas classe Niterói. Despercio de dinheiro e péssimo planejamento da Marinha. Horror. Misericórdia. 25#5#15
Menos, L Grande, bem menos. A classe Inhaúma apresentou falhas de projeto, várias corrigidas após provas de mar, outras só com a nova classe Barroso, mas longe desse “horror” e “misericórdia” que você fala. Os editores do Poder Naval já puderam conversar tanto com engenheiros ligados ao programa, assim como ex-comandantes e oficiais que serviram nos navios, e também tripulantes (inclusive da primeira tripulação da primeira unidade, que participaram das principais provas de mar) e os defeitos são sim reconhecidos, mas não são o desastre que muitos pintam nos comentários. Há várias matérias especiais do Poder Naval publicadas sobre a… Read more »
Verdade. Só que no final hoje a Marinha poderia ter mais 4 fragatas Niterói mais novas. E a Marinha querendo inventar a roda queria 16 corvetas classe inhauma. Então não é custo. 16 classe inhauma no mínimo iria fabricar umas 8 fragatas Niterói que estaria ativa até hoje. Erro de planejamento da Marinha. Hoje a Marinha está sem navios porque 4 corvetas fragatas que deveriam está em operação até 2040 foram retirados do serviço pôr erro do projeto antes da hora.
As Niterói são navios dos anos 1970. Tê-los feito em 1990 ou no final de 1990 para estarem navegando ainda hoje…estranho.
Estaríamos operando navios antiquados. Projeto de 50 anos. Execução de 30. Parece o Labgene.
O pior para a Marinha é que que se fosse modernizado estaria na ativa até 2040. A Marinha tem uma mania de dá baixa nos navios antes da hora. Para forçar o executivo, vamos dizer assim, a comprar novos navios. O ideal é que qualquer navio que vai aposentar, têm um novo navio entrando no lugar. Mas aí é querer demais da Marinha.25#5#15
“A Marinha tem uma mania de dá baixa nos navios antes da hora.”
Tu só pode estar brincando! A esquadra brasileira é geriátrica…e tu acha que os navios são baixados antes da hora??
Os submarinos Tupi é um exemplo vários países querendo comprar para usar por mais 20 anos. Argentina, Peru, etcetera. A MB fala eu não quero mais não vamos dar baixa. Se está faltando navios de superfície de superfície então aumenta a frota de submarinos para 9 , más tem um setor da Marinha, que manda, vamos dá baixa antes da hora. E os marinheiros, pessoal extremamente treinado e qualificado no mar, vão trabalhar de home office. 25#5#15
A corveta barroso também e vai operar até 2040.
Sem prejuízo do argumento, você errou na conta. São três desativadas. A Júlio de Noronha continua na ativa. Aliás, isso está escrito no texto da matéria.
Uma vez que a Júlio e a Frontin foram feitas juntas, lado a lado no Verolme, qual o motivo de baixaram uma e não a outra? Grato.
Salomon, Uma provavelmente foi usada mais que a outra e sofreu mais com períodos operativos maiores entre os de manutenção (a classe Inhaúma como um todo operou mais durante o modfrag da classe Niterói, que obrigou outros navios a cobrirem a lacuna). No fim das contas, toda a classe acabou atracada ao AMRJ no início da década passada. A Júlio de Noronha foi priorizada para passar por uma modernização e revitalização no seu sistema de propulsão (entre outros detalhes que chamam menos a atenção, mas na soma dá bastante coisa), enquanto as demais viriam na sequência, seguindo o mesmo padrão.… Read more »
O motivo para baixa ou extensão do periodo de atividade de um navio, provavelmente, envolve uma serie de fatores, como questões técnicas, estratégicas e até políticas, incluindo, canibalização de um navio para manutenção de outros, devido a dificuldades orçamentárias, custo/benefício e o contexto do cenário politico/econômico do momento na tomada de decisão. Repare que na minha breve análise considerei uma serie de fatores bem mais relevantes que simplesmente uma comparação entre dois navios. Contudo, ainda assim totalmente leigo, a pesar de ter servido por 4 anos numa Fragata classe Niterói e ser um entusiasta da área militar naval, fato irrelevante… Read more »
Continua na ativa porque não tem outra. Senão já teria aposentado.
Errado.
Leia minha resposta ao Salomon.
Cada navio tem sua história própria.
Porra cara, você é do contra!
Eu sou a favor de forças armadas com equipamentos novos ou antigos. o que não pode é dá baixa em um equipamento sem ter outro entrando no lugar. Aí acontece o pior que é não ter nada e em caso de necessidade jogar pedras ou paus 21#5#15
Eu me pergunto. Como esses engenheiros americanos conseguem manter voando as B-52 ? E os franceses operando ainda os Mirages 2.000 ? E os argentinos os TAM ? E até o pobre Paraguai os Stuarts ? Tem slguma cousa errada conosco.
Guilardo, Se é pra falar de aeronaves, não faltam exemplos de longevidade aqui no Brasil também. Temos caças F-5 do primeiro lote, por exemplo, que estão em serviço desde 1975 (com modernização realizada há cerca de 15 anos), logo vão fazer 50 anos. T-25 da AFA também estão servindo por tempo parecido, os T-27 um pouco menos, mas já acumulam cerca de 40 anos, com modernização recente. AT-26 Xavante serviu em diversos esquadrões, acumulando cerca de 40 anos em serviço. Quanto a carros de combate, o M-41 serviu por muito tempo aqui no Brasil, desde a década de 1950 até… Read more »
Sim ela podemos dizer que deu certo dessas corvetas Inhaúma,quando for retirada do serviço da esquadra poderia ser repassada para algum grupamento de patrulha naval podendo ser Santos ou Rio Grande igual a Corveta Caboclo em serviço em Salvador.
Falhas de projeto corrigidas após provas no mar. Estranho.
Lembro de críticas à estabilidade do navio mormente nos caturros a ponto de inviabilizar o tiro do canhão. E que a proa mais baixa foi projetada desse modo para melhorar a manobrabilidade. Se sim, se essas duas lembranças forem advindas da realidade…como corrigir no mar?
“Falhas de projeto corrigidas após provas no mar. Estranho.” Não tem nada de estranho. Basta ler as matérias que sugeri em outro comentário. Provas de mar servem para atestar se os parâmetros de projeto foram atingidos e, caso contrário, apontar as correções. “Lembro de críticas à estabilidade do navio mormente nos caturros a ponto de inviabilizar o tiro do canhão. E que a proa mais baixa foi projetada desse modo para melhorar a manobrabilidade.” Você está fazendo uma baita confusão. Melhor rever os comentários em que perguntou sobre esse assunto, meses e anos atrás, e reaprender. Não está sendo fácil… Read more »
Eita memória. O pior é que nada passa.
Parece Gandalf para o Balrog.
Pra memória, Fosfosol e Busca: https://www.naval.com.br/blog/2015/12/27/as-corvetas-classe-inhauma-e-barroso/
4 protótipos. Tu faz 4 protótipos quando o 1 morre, o 2 auto destrói, o 3 explode. 4 protótipos. Pra que servem se lições não serão corrigidas. “Os testes foram positivos, contrariando experiências anteriores no IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas, em São Paulo) que indicaram possíveis problemas de mergulho da proa, com embarque de água, em mar grosso. Acabou se confiando mais nos testes suecos, o que depois se mostrou como um erro: o IPT é que estava certo. Voltaremos ao assunto mais à frente.” Balrog Estava certo. Por peso da superestrutura ou pelo peso do canhão ou pelo uso… Read more »
Falha grave (uma inclusive que foi alertada pelo IPT mas ficaram com os escandinavos) não corrige com prova de mar na classe em que não teve evolução de um exemplar pro outro (foram quatro protótipos…), apenas correções pontuais, quase desesperadas como acrescentar lastro, aumentar um tiquinho o convôo e outras gambiarras corretivas. Projeto feio, baseado em arbitrariedades maliciosas (parecer uma mini-Niterói) e falta de prudência – esse o precipitado de corporações arrogantes e ignorantes. O que fizeram de errado, fica, o próximo, se puder, que corrija iniciando nova aquisição do zero. A MB é um dinossauro muito antigo cuja descendência… Read more »
Pois é Alex. Pois é.
Tu tinha lido isso antes? Corrigir problema de projeto no mar?
No mar Alex…no mar.
Quem falou em corrigir no mar?
“Provas de mar servem para atestar se os parâmetros de projeto foram atingidos e, caso contrário, apontar as correções.”
Repito a pergunta: onde, nesse trecho que você destacou, está escrito “corrigir problema de projeto no mar”?
Teste de avião se faz voando (no ar), de veículo se faz rodando (no chão) e de navio se faz navegando (na água). Correção se faz no hangar, na oficina e no estaleiro.
A correção veio na Barroso, mais larga, com bochechas (bochechas proeminentes são característica de alguma doença mental) e tosa (que me dá a impressão de escoliose ou cifose numa moça de resto bonita), na solitária e valente, ainda assim algo insatisfatória na habitabilidade. Habitabilidade que todos esqueceram quando a Barroso resgatou os mais de 200 emigrantes ‘in distress’ no Mediterrâneo…
Lembrei da USS Boone fragata da classe Perry que localizou um barco com 160 equatorianos, homens, mulheres e crianças em 2003 imóvel no mar, há dias vivendo em condições desumanas com pouca água e comida e que após alguns dias de viagem foram repatriados
inclusive um banheiro foi improvisado na área dianteira, algo que
chamou minha atenção tanto assim que lembrei.
Sim, mestre Dalton: a FFG-28 resgatou 160 em 01/04/2003. Tem foto deste improviso? E ela fez o mesmo mais tarde, de novo e de novo, salvando 50 em 17/09/2008 e outros 50 em 05/10/2008. Ela veio ao Brasil em 2011 e foi descomissionada em 2012. Ano passado foi objeto de SinkEx no Atlântico Norte. Conforme este aqui: http://www.uscarriers.net/ffg28history.htm
defendendo o indefensável, rsrsrsrssr
Creio que você confundiu os sentidos dos verbos explicar e defender.
A Barroso é um ótimo navio e só existe porque antes dele existiram as Inhauma. Ela é uma Inhauma melhorada.
Erro foi a Barroso ser uma classe de um navio só. Mas também 12 anos para fazer uma…
Sim, a Barroso é uma Inhauma melhorada. O que considerei um erro de avaliação, lá pelo final da década de 1970 (com todos as ressalvas que já escrevi sobre os limites da avaliação de decisões do passado) foi ter decidido construir corvetas após a classe Niterói, ao invés de insistir em desenvolver a partir do projeto da classe Niteró. Por exemplo, simplificar a propulsão e os armamentos, projetar uma variante com um aspecto externo mais parecido com o do NE Brasil, em que o convoo foi ampliado. Acrescentando soluções simples como um hangar mais alto e capaz de abrigar um… Read more »
Aí eu concordo com você. Navios com a mesma tonelagem das Niterói mas simplificados. Teria espaço inclusive para ao longo da vida do navio receber novos armamentos e equipamentos. Dessa forma elas estariam por aí hoje sendo a espinha dorsal da Marinha tendo passado também pelos ModFrag onde hoje talvez estariam com os mesmos ou até melhores equipamentos que as Niterói possuem.
Mas sim, lá atrás provavelmente eles pensavam em ter um número grande de navios para “ocupar” o mar.
Fernando, O objetivo não era “grande número de navios”, mas pelo menos manter o número de escoltas em serviço na época. Idealmente, a Marinha desejava aproximadamente 30 navios escolta para manter comboios no Atlântico em caso da Guerra Fria se tornar quente. Planejamento do final dos anos 60 que foi atualizado no final dos 70. Nunca chegou nesse número, mas a MB conseguiu ter e operar perto de 20, entre novos e usados, por vários anos. Na época do programa da classe Inhaúma, o objetivo era, no mínimo, substituir com navios novos e construídos no Brasil cerca de 12 contratorpedeiros… Read more »
Certo, tem razão.
Mas sendo esse o objetivo das Inhauma, elas deveriam ter uma boa capacidade ASW porque nesse cenário de guerra “quente” o forte dos soviéticos no Atlântico seriam submarinos.
Aí é dúvida mesmo, quais eram as capacidades ASW das Inhauma?
Sonar de casco Krupp Atlas ASO 84 e 2 lançadores triplos de torpedos Mk 46
O básico: sonar de casco, dois lançadores triplos de torpedos antissubmarino e um helicóptero Lynx capaz de lançar torpedos antissubmarino, bombas de profundidade (contra submarinos em águas rasas) e mísseis (contra submarinos emersos).
Apesar de ser o básico, já era melhor que os navios que substituíram, parte deles sem convoo, outra parte com convoo pequeno e que só operava helicópteros Wasp.
Obrigado a ambos os xarás.
Olhando aqui tem uma sequência de uns 10 comentários só de Fernandos em sequencia.
Modéstia a parte todos muito bons.
É que a marinha queria um número muito maior de corvetas, inicialmente 16, depois 12
e tal número só poderia ser conseguido com um navio mais barato que uma Niterói, além do mais procurou-se acertadamente estimular a construção naval militar em estaleiros particulares daí duas das 4 “primeiras” construídas por um estaleiro particular.
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A Barroso deveria ter outras corvetas da classe,quem sabe com essa manutenção não peguem o projeto e construíam outros navios dessa classe
Visitei o arsenal nessa época, para fazer um “tour” no Atlântico… A doca seca fica ao lado de onde o Atlântico fica fundeado… muito bonita a imagem da classe Niteroi, acredito que era a Defensora, ao lado da Inhaúma.
Servi no AMRJ por cinco anos na oficina de elétrica 243. Muita faxina. Kkkkkkk
Essa história de mais navio menor porque navio menor é barato e navio barato é navio simples e navio simples cabe no orçamento é tacanho.
Porque não falam das tripulações. Não contam dos estímulos e das motivações de tripulações servindo em navios desconfortáveis, de baixa tecnologia e com pouco a aprender.
Porque navio menor não necessariamente precisa ser navio simples. Pode ser Quinhentas Toneladas com tecnologia ou Ml e Quinhentas Toneladas operando o mesmo sistema das Tamandarés. O navio leva menor quantidade de armamentos e tripulações, mas não significa simplesinho. Acho que afeta o moral dos marinheiros.
Foi o truque que usaram pra fazer as Inhaúma: o velho estelionato de oferecer mais por menos ou pelo mesmo. No fim 12 viram 4, depois 4 vira 1; mas o dinheiro rolou como se fosse pra 12 ou 4 e as promessas são relativizadas ou reinterpretadas, posteriormente esquecidas. Assim é a vida nessas paragens.
Boa história para contar. Precisa investigar. Entrevistar, talvez. Sacudir uns sofás.
Que falta faz…
Olha direito….com o mastro cortado…já é a sucata da Niterói….para remover mais alguma coisa….. antes de levar embora pra virar PANELA…
Marcelo,
As ampliações das fotos foram colocadas na matéria justamente para que os comentaristas pudessem “olhar direito” e reparar detalhes por si.
Aproveitando, solicitamos que não escreva palavras em maiúsculas.
Hoje o casco da Niterói está largada na Baía de Guanabara depois de ser toda canibalizada para a manutenção e atualização da defensora e da constituição. Poderiam restaurar o casco e os canhões e guardar no espaço cultural da marinha como exposição.
Se a foto é de 2020, acredito que a fragata seja a Niterói, visto o nível de “desmonte” que se encontra, com muitos equipamento e estruturas faltando. Além disso, o longo período de manutenção geral da Defensora previa 3 docagens, sendo que a última, ocorrida no dique Almirante Jardim, se iniciou em outubro de 2016 e se encerrou em março de 2017 e nessa ocasião já estava com todos seus equipamentos e armamentos instalados.
Santamariense,
De fato, também creio ser a Niterói no dique Almirante Régis, como outro colega também mencionou, mas não queria cravar isso no texto da matéria.
Faço apenas um reparo: houve pelo menos mais uma docagem da Defensora no dique Almirante Jardim antes da volta ao serviço, em 2020, para testes de equilíbrio. Tem link no texto da matéria sobre isso.
Valeu, Nunão. Obrigado.
Correto… e a o casco da CCI era da ex-V31.
Poderia trazer ela de volta a aplicar a modernização que fizeram na Júlio de Noronha
Já foi empregada como alvo.
Poderiam pegar o projeto e reconstruir as três corvetas que deram baixa já atualizadas resolvendo os problemas
Augusto, agora o futuro é CCT.
FCT
Se for pelo que devia, que devia…..devia mesmo era terem construido uns 12 U-27 Brasil, na versão original dele…
Motorização dele é apenas diesel e no plano original teria um 76 mm….seriam excelentes NapaOc…
O U-27 Brasil por ter motorização diesel, esta navegando até hoje,e provavelmente seja o navio da MB com mais milhas navegadas
Niterói. Navio de 3 mil toneladas. Não precisa de tanto para patrulhar nosso mar.
Mas deixe que eu te conte essa que é muito boa: o ex N.1 da MB, o almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, confrontado com a pindaíba que se avizinhava, dava total apoio à idéia de empregar as Niterói, descomissionadas e desarmadas, como meios de patrulha oceânica. Li naquela entrevista clássica dele ao jornalista R.Lopes, cujo link aqui no Naval não redireciona mais. Entretanto, sobrou no registro do seu legado a referência à idéia acima (ítem 3), aqui:
https://www.naval.com.br/blog/2018/07/07/almirante-leal-ferreira-legado-e-sucessao-no-comando-da-marinha/
3.800 ton não é grande para NapaOc. endurance e persistencia coerente com as distancias de nosso mar, com as ondas maiores de nosso mar….nosso mar é mais bruto na media…. O U-27 somente é uma Niteroi do casco da linha dágua para baixo. Todos os compartimentos acima são diferentes e simplificados….grandes saloes….não a toa o diagrama acima seja do U-27 Brasil com canhão 76 mm…esta era a ideia inicial…atentar que não é o desenho da niteroi….este ai de cima com o canhão é o U-27 Brasil…não é ideação minha…era ideação da marinha a epoca de sua concepção…. O grupo motriz… Read more »
Anos 1970.
É uma tara isto de colocar o convôo com mais freeboard que a proa e seu canhão (estimo uns 23-25 pés no U-27 ao passo que nos Burke o convôo tem apenas 13 pés de freeboard, um e meio deques até a linha d’água), deve ser pra não molhar os pezinhos dos oficiais aviadores. Ora, o costado de vante empurra a água pra longe do navio, pra longe da popa. Deviam ter abandonado as bochechas em nome de um flare mais definido…
Essa turma dos espaços livres…só pensam em quiosques.
O convés de voo é mais do que uma plataforma de pouso… é aonde circula a equipe de manobra para realizar diversas atividades, como abastecimento e instalação de armas… precisa de espaço, portanto… fora a lógica necessidade de acomodar, com sobras, o diâmetro do círculo formado pelas pás do rotor principal em movimento… quanto à relação de comprimento com a proa, deixo a questão com engenheiros, mais gabaritados do que eu, que era como “usuário”.
Essa classe Macaé tem que ir para frente,devem ter estaleiros á disposição para construir os outros navios previstos no contrato,são essenciais para o patrulhamento naval em todas as regiões.
Essa é a lenda. E dizem que será exportado.
Fadas, duendes, bruxas e petiscos. Navio não há
https://www.marinha.mil.br/emgepron/pt-br/desenvolvimento-do-projeto-basico-do-npa-500br
Ah sim agora tem esse projeto,tomara que saia do papel
O principal problema das classe Inhaúma era a geração de energia… muito embora a questão da estabilidade tenha sido um fator, juntamente com a proa baixa, os navios atiravam muito bem, sem nada dever às classe Niterói… mas é fato que eram navios que cobravam um tributo às suas Tripulações, o que não me impede de guardar no coração a saudosa V33 e na lembrança, meus 350 dias de mar na classe…
Parabéns, Fernando.
A indústria tem dessas coisas. Fábrica, depois testa. Até porque não da pra testar projeto. Da pra simular. Mas simuladores não construção naval…será que tem?
Essa história da Inhaúma com problemas na geração de energia, proa baixa, desconforto, navio desproporcional em suas dimensões, parece história que se repete ou que acontecia.
HMS Tiger. O Tiger disparou 255 vezes. Errou todos. Ok..anos 1910. Mas foram 33 mil toneladas de problemas.
Tradição é tradição.
https://pt.wikipedia.org/wiki/HMS_Tiger_(1913)
Nos tempos em que vivemos acho difícil não haver uma simulação robusta em computadores… fora o uso dos tanques de prova como o que existe na USP…
Pois é. Achei estranho essa história de testes no mar.
— Vamo fazer um navio redondo.
— Funciona?
— Testamos no mar.
Esteves, Os testes no mar, ou provas de mar, são pra comprovar se o produto cumpre as especificações. Pra testar se um determinado desenho funciona, antes disso, se utiliza modelos em escala em tanques de prova. Você mesmo fez referência a isso em comentário mais acima. No caso da classe Inhaúma, houve erro em desconsiderar uma das provas com modelos em escala, e as falhas no desenho (proa baixa, área vélica excessiva, entre os principais problemss) foram percebidas em provas de mar e em operações com mar grosso. Correções feitas após as provas, no Arsenal, remediaram parte das falhas. Outras… Read more »
Fatos.
Navio redondo? Os russos já fizeram, o monitor Almirante Popov. Um desastre. Mas tem muitos outros de outras lavras, aqui:
https://youtu.be/HgxiVevVf3M
É indesculpável qualquer marinha de 200 anos que não saiba fazer navio, que não saiba fazer teste de modelo em tanque, que não saiba desenhar um casco streamlined (usando o parent design de um navio patrulha oceânico alemão…), que não saiba avaliar equilíbrio (atachando um único canhão de 27 toneladas na proa de um vaso pequeno), que se apegue por híbris a aparências heteronomicas e se esqueça do seu conteúdo específico e autônomo.
Testes de mar…até com o Almirante Popov foi assim.
Não é, Esteves? Mas lá ainda se justificava pelo ineditismo e novidade…
“ Testes de mar…até com o Almirante Popov foi assim.” “Mas lá ainda se justificava pelo ineditismo e novidade” Não estou entendendo muito bem o ponto de vcs, ainda encasquetando com a etapa de provas de mar. Provas de mar se justificam em qualquer navio. Provas (testes) de mar são feitas em todo navio como etapa final (assim como eventuais correções a serem feitas se não atingirem os parâmetros nas provas) antes da entrega ao operador. É contratual. Essa é a principal justificativa: verificar se todos os aspectos do desempenho do navio cumprem o que foi contratado e tomar as… Read more »
Quais foram os parâmetros a serem atingidos nas provas de mar das Inhaúma? Sei que nos EUA de entreguerras se dava ao construtor um prêmio se o navio ultrapassasse a velocidade especificada (o construtor/refitador dos CVs classe Lexington embolsou uma graninha). Mas velocidade (ou seja, motorização e desempenho hidrodinâmico de casco) era essencial pros americanos de então, que ainda nem sabiam bem o que era e pra que servia um radar. Recentemente uma fragata alemã foi entregue com list, e foi devolvida pra corrigir (devem ter alterado a distribuição de lastro e passado a régua). Já os LCSs Freedom foram… Read more »
“ Quais foram os parâmetros a serem atingidos nas provas de mar das Inhaúma?” Basicamente os principais que ela atingiu, como velocidade máxima de 27 nós, autonomia de 4.000 milhas náuticas em velocidade econômica de 15 nós, manobrabilidade e aceleração eu acho que também cumpriu bem (estou escrevendo de memória, posso estar confundindo um ou outro detalhe). Pelo que conversei com engenheiros que trabalharam com elas na época, falhou principalmente na estabilidade (remediada com lastro, o que reduziu a capacidade de futuras adições de armamento), no afundamento da proa relativamente baixa em mar grosso (ainda que a velocidade não era… Read more »
“ O problema pra mim não é o teste de mar é fazer mal feito um objeto tão caro e tão demorado que é o feijão com arroz da profissão.” A quantidade de navios e de classes (alguns você mencionou) ao longo da história que não cumpriram os parâmetros estabelecidos no projeto é enorme. A classe Inhaúma é só mais uma delas – mas como no Brasil se constroem poucos navios e qualquer falha, que em outros países seria vista como acidente de percurso, aqui vira pecado capital, os problemas da classe ganharam uma dimensão diferente. Navios (e muitos outros… Read more »
“ Sei que nos EUA de entreguerras se dava ao construtor um prêmio se o navio ultrapassasse a velocidade especificada (o construtor/refitador dos CVs classe Lexington embolsou uma graninha).” Estabelecer prêmios ou multas em contratos é comum. No caso da MB, pesquisei os contratos dos seis CTs classe J (Juriá) da segunda metade dos anos 30, encomendados a estaleiros britânicos (mas que foram incorporados pela RN com o início da guerra). De cabeça não me lembro de prêmios, mas lembro bem que havia multas a serem pagas pelos construtores para cada item de desempenho prometido que não fosse cumprido. Tudo… Read more »
Impressionante que o Governo e a marinha nao se juntam e chega a um acordo para comprar 1 navio patrulha por ano pelos próximos 10 ou vinte anos.
O brasil nao é para amadores !!!!
Pois é.
Não conseguir viabilizar a encomenda de um mísero navio-patrulha de 500t por ano é uma vergonha, e creio que mesmo dois navios-patrulha encomendados por ano ( mais próximo do desejável para substituir os 12 da classe Grajaú até o final desta década) não seria nada do outro mundo para se incluir no orçamento.
Mas aí você teria que tirar do orçamento… ah, deixa pra lá, cair na mesma ladainha de todos os posts sobre a MB e que infelizmente são verdade.
Mas há uma luz no fim do túnel: o contingente tem diminuído ano a ano. E como o programa da classe Tamandare já teve sua verba viabilizada com antecedência (capitalização da Emgepron) pode ser que se consiga enfim alocar recursos orçamentários suficientes para pelo menos isso. Embora existam outros programas ainda consumindo a maior parte do que se aloca para investimentos (caso do Prosub) pode ser que alguma “folga” orçamentária seja possível daqui a algum tempo como fruto da redução de pessoal ativo. Mas para construir a quantidade realmente necessária de navios-patrulha, o ideal seria uma dotação como a porcentagem… Read more »
Sabe o que me enche de tristeza? É saber que a civilização material de base industrial brasileira tá indo pro vinagre por causa da hegemonia do capitalismo financeiro e pela reprimarização nacional e a gente aqui se enganando imaginando que o que existe não vai acabar porque as condições mudaram e que sursis da esperança é efetivo contra a fatalidade da sentença já lavrada. Mesmo força armada, a epítome da organização técnica humana, pode esclerosar, desmanchar. Exemplo não falta: as poderosas e eficazes legiões romanas retrocederam, nos territórios do extinto império ocidental, de corpos armados disciplinados, que faziam imperadores e… Read more »
Alex,
Respeito sua melancolia, mas sinceramente eu evito ficar cheio de tristeza, em pleno sábado à noite, por elucubrações sobre as causas da civilização material de base industrial brasileira ir para o vinagre ou ser reprimarizada.
Cada coisa na sua hora rsrsrs
Como a fragata é a corveta estão sem o nome na popa a fraga de fato é a Niterói e a corveta é que não se saberia.
V-31 Jaceguai, conforme XO pontuou acima e ainda lembrou que ela já foi à pique em MissilEx ano retrasado. O PN tem uma série de reportagens sobre esta corveta, desde 2009, ou antes, até.