DGA francesa recebe o submarino nuclear de ataque Duguay-Trouin

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A Direção Geral de Armamentos (DGA) da França informou o recebimento do segundo submarino nuclear de ataque (SNA) da classe “Suffren”, do programa Barracuda. A informação foi divulgada em nota publicada, na quinta-feira passada, no site do Ministério da Defesa da França.

Trata-se do Duguay-Trouin, entregue à Marinha Francesa na base de Brest após uma campanha de testes realizada ao longo de vários meses. Além do líder que dá nome à classe, o Suffren, entregue em novembro de 2020, e do Duguay-Trouin, há mais quatro submarinos do mesmo tipo em construção.

caldeira nuclear do submarino Duguay Trouin entra em operacao

Segundo a Marinha Francesa, em 30 de setembro de 2022 a caldeira nuclear do  Duguay-Trouin entrou em operação (imagem acima) permitindo que as provas de mar fossem iniciadas alguns meses depois. Estas foram conduzidas pela DGA, juntamente com o Comissariado de Energia Atômica e Energias Alternativas, a partir de março de 2023, quando se realizou a primeira imersão. As provas verificaram o funcionamento dos sistemas e equipamentos do submarino, e contaram com a parceria da Marinha Francesa e dos construtores Naval Group e TechnicAtome. Na imagem mais abaixo, o Duguay-Trouin é visto em suas provas de mar.

A série de provas incluiu mergulho estático (sem movimento propulsor, visando verificar a estabilidade), testes de superfície e mergulho, incluindo velocidade,  comportamento em diferentes profundidades, segurança e operação das instalações, como a caldeira nuclear, verificação do funcionamento do sistema de combate para implementar armas e se comunicar, entre outros.

Ainda segundo a nota do Ministério da Defesa da França, a chegada do segundo submarino, desta classe que terá seis exemplares, permite continuar a renovação da frota francesa de SNA e “reforçar o domínio dos espaços marítimos para consolidar a posição francesa de grande potência naval”. A classe “Suffren” é mais rápida, durável ​​e versátil que a geração anterior, a “Rubis”, podendo também executar missões com forças especiais e realizar ataques a objetivos em terra, utilizando o Míssil de Cruzeiro Naval (MdCN), com centenas de quilômetros de alcance.

Dentre as missões da classe “Suffren” (abaixo, foto do líder da classe), estão o apoio à dissuasão, proteção do grupo de batalha centrado em porta-aviões, coleta de informações, guerra submarina e antinavio.

Os demais 4 submarinos da classe, que receberão os nomes Tourville, De Grasse, Rubis e Casabianca  estão atualmente em diferentes estágios de construção. As entregas serão escalonados até 2030, de acordo com a lei de programação militar 2024-2030.

A produção dos submarinos do programa Barracuda foi lançada em 2006, segundo a DGA. O armamento é composto pelo torpedo F21, o míssil antinavio SM39 modernizado e o míssil de cruzeiro naval (MdCN, também conhecido como Scalp naval), podendo também abrigar mergulhadores de combate e seus equipamentos. Os submarinos são equipado com meios de comunicação que permitem a sua integração numa força naval. No domínio específico das caldeiras nucleares, sob a responsabilidade da empresa Areva TA, a Comissão de Energia Atômica e Energias Alternativas (CEA) asseguram a gestão do projeto.

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