Estaleiro recebe contrato de US$ 155 milhões para instalação de mísseis hipersônicos no USS Zumwalt
O estaleiro HII (Huntington Ingalls Industries) que irá instalar mísseis hipersônicos no destróier de mísseis guiados USS Zumwalt (DDG-1000) recebeu um contrato de US$ 154,8 milhões para o trabalho, de acordo com um anúncio do Pentágono no dia 26/8.
O contrato, programado para ser concluído em setembro de 2025, substituirá os sistemas de armas avançados gêmeos originais de 155 mm no destróier por quatro tubos de mísseis de 87 polegadas. O Zumwalt chegou à Ingalls Shipbuilding em Pascagoula, Mississipi, em 19 de agosto.
Cada tubo conterá três Common Hypersonic Glide Bodies (C-HGB) – mísseis hipersônicos que estão sendo desenvolvidos em conjunto entre o Exército dos EUA e a Marinha. Os mísseis fazem parte dos sistemas convencionais de armas estratégicas do Pentágono que podem atingir qualquer alvo no planeta com o mínimo de alerta.
O contrato segue um contrato de planejamento de US$ 10,5 milhões emitido em janeiro para o trabalho do USS Michael Monsoor (DDG-1001), da classe Zumwalt.
“O Michael Monsoor receberá a instalação do CPS no Ingalls durante um futuro período de modernização. Além disso, o Lyndon B. Johnson (DDG-1002) chegou ao Ingalls em janeiro de 2022 e está passando por uma ativação de sistemas de combate”, diz um comunicado do HII.
A Marinha dos EUA quer que as armas do Zumwalt estejam prontas para teste até dezembro de 2025, informou anteriormente o USNI News. O serviço também planeja colocar a arma em campo no Módulo de Carga Útil dos submarinos classe “Virginia” Block V até 2029.
No início deste ano, o Government Accountability Office (GAO) disse que a implantação do cronograma C-HGB poderia ser posterior ao planejado no Zumwalt devido a atrasos no desenvolvimento da arma.
“Caso a arma hipersônica não esteja pronta para integração no DDG 1000 no momento do referido período de manutenção, a Marinha poderá ter que estender a duração do período de manutenção planejado ou aguardar o próximo período programado para incorporar o sistema no navio”, diz o relatório de junho.
FONTE: USNI News
O primeiro míssil hipersônica operacional da USN deve ser o SM-6 Block IB. Esse poderá ser lançado dos lançadores verticais convencionais Mk-41 e Mk-57.
Tudo indica que estará operacional o ano que vem.
Grande navio, com tecnologia muito à frente.
Esse navio realmente apresentou um avanço tecnológico de grande relevância ou foi só um grande gasto de dinheiro? No design acho ele muito estiloso.
KKce, Em tese ele reúne toda a mais avançada tecnologia naval militar num único navio. Vejamos: 1- furtividade radar, térmica e acústica 2- motores elétricos 3- geradores elétricos de alta capacidade 4- canhões que podem lançar projéteis a 160 km 5- radares AESA de painéis fixos 6- lançadores verticais 50% mais capazes que os tradicionais Mk-41 7- tripulação reduzida/alto nível de automação 8- previsão de integração com armas de energia direta – *Com a remoção dos canhões o item 4 pode ser trocado por – capacidade de lançar mísseis sup-sup IRCPS com alcance declarado de 2750 km mas estimado em… Read more »
Interessante. Fiquei muito tempo sem ler notícias sobre esse destróier, achava até que havia sido descontinuado. Quantos já foram produzidos e estão em serviço?
Ele foi descontinuado.
Eram previstos no início do programa 24 unidades . Apenas 3 serão construídas. Dois já foram entregues e o último será entregue o ano que vem.
Então não entregou o que prometeu…
O custo de construção exorbitou e a proposta do navio girava em torno dos canhões para apoio de fogo e isso não se adequou muito à nova doutrina de mar aberto, para enfrentar a China no Pacífico.
O novo projeto agora é a de um destroier (DDG-X) mais convencional para substituir os Arleigh Burke.
A questão “stealth” dele realmente funciona ou tá ali só pra “dizer que tem”? Realmente faz uma boa diferença para embarcações igual faz para aeronaves?
O Bosco concordará comigo que, sim, funciona, mas, a ideia desse navio aproximar-se muito do litoral, confundindo-se com outros navios para usar seus canhões, definitivamente não é mais o caso, ainda mais com as 3 unidades fazendo parte da Frota do Pacífico como se quer e tendo como hipotético adversário a China.
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O terceiro navio da classe ao contrário dos dois primeiros teve a superestrutura construída de aço ao invés de materiais compostos
diminuindo os custos e antevendo uma menor necessidade de discrição (stealth).
Como o Dalton disse há referências dele ter um RCS de um pequeno pesqueiro e a furtividade acústica o faz tão silencioso quanto um SSN da classe Los Angeles.
E no caso de ser atacado por um míssil com seeker radar ou IIR ele ofereceria mais dificuldade do seeker trancar. Tanto é assim que ele não tem nenhum dos recursos defensivos soft-kill de outras classes de navios e só conta com o sistema SLQ-32, de interferência ativa.
Igualmente, ele não conta com nenhum recurso defensivo anti-torpedo, se valendo só da furtividade para se evadir.
*Os canhões (AGS de 155 mm) não foram colocados em operação por conta de cada projétil guiado (LRLAP) custar um milhão de dólares.
Esses Americanos, já gostam de um exibicionismo e publicidade. Sempre, em seus “exibicionismo” falam em bilhões de dólares kkkkkkk