Naval Group lança a HS Kimon, primeira fragata FDI para a Marinha Helênica
No dia 4 de outubro de 2023, ocorreu a cerimônia de lançamento do primeiro navio helênico (HS) Kimon, no estaleiro do Grupo Naval de Lorient
O lançamento cerimonial ocorreu na presença de Sébastien Lecornu, ministro francês das Forças Armadas e do seu homólogo grego, Nikolaos Dendias. Estiveram também presentes na cerimônia o Chefe do Executivo da Direção Geral do Armamento (DGA) francesa e o seu homólogo grego, bem como os Chefes do Estado-Maior das Marinhas Francesa e Helênica.
“A Grécia honrou o Naval Group ao escolher os navios FDI para renovar a sua frota de combate para a Marinha Helênica. Este lançamento é mais um passo importante na nossa forte cooperação com a Grécia, pois marca o nascimento simbólico da fragata HS Kimon no seu primeiro contacto com o mar.
É também uma ilustração concreta do compromisso do Naval Group em apoiar uma cooperação industrial robusta com a indústria helênica, que se fortalece a cada dia. O Naval Group orgulha-se de avançar juntamente com todos os seus parceiros franceses e gregos nesta grande aventura da FDI.” disse Pierre Eric Pommellet, CEO do Naval Group.
O lançamento da fragata de FDI Kimon é um importante marco industrial e simbólico no programa FDI para a Marinha Helênica. O contrato para aquisição de três fragatas, mais uma opcional, foi assinado com a Grécia em 24 de março de 2022. Todas as três fragatas estão em produção. O primeiro bloco pré-equipado da segunda unidade HS Nearchos acaba de ser transferido para a doca seca para assentamento da quilha, e o primeiro corte de aço da terceira fragata HS Formion ocorreu em 12 de julho de 2023. Os próximos passos da HS Kimon são a primeira ida ao mar, que está prevista para 2024 e a entrega em 2025.
Este evento também destaca o sucesso da cooperação industrial forte e de longo prazo entre a França e a Grécia, uma vez que muitos industriais gregos estão totalmente integrados na cadeia de abastecimento do Naval Group e estiveram presentes em Lorient para a cerimônia.
Uma fragata inovadora, poderosa e digital
A fragata HS Kimon é um navio de guerra de alto mar da classe 4.500 toneladas. Polivalente e resiliente, possui capacidades de alto nível em todos os domínios de combate naval: antinavio, antiaéreo, antissubmarino e projeção de forças especiais, com capacidades únicas contra ameaças assimétricas. Ela se beneficia das mais recentes inovações da Thales em radar, sonar e guerra eletrônica.
Fortemente armada (mísseis anti-superfície MBDA Exocet MM40 B3C e mísseis antiaéreos Aster, sistemas RAM, torpedos antissubmarino MU90, artilharia), a fragata HS Kimon embarca simultaneamente um helicóptero e uma capacidade de veículo aéreo não tripulado (UAV).
Ela também se beneficia da experiência da Thales, da MBDA e de todos os nossos outros parceiros e subcontratados.
Especificações técnicas do HS Kimon:
- Deslocamento: 4.500 toneladas
- Comprimento: aprox. 122 metros
- Boca: 18 metros
- Velocidade máxima: 27 nós
- Instalações de aviação: helicóptero da classe de 10 toneladas, veículo aéreo não tripulado (UAV) VTOL
Os principais armamentos do HS Kimon são:
- 32 mísseis Aster desenvolvidos pela MBDA
- 8 mísseis Exocet MM40 B3C desenvolvidos pela MBDA
- Mísseis RAM
- Torpedos MU 90 desenvolvidos pelo Naval Group
- Canhão de 76 mm
- 4 tubos de torpedo
- Contra-medidas CANTO desenvolvidas pelo Naval Group
DIVULGAÇÃO: Naval Group
Mini Freem interessante essa. Rival perfeita da Meko 200.
A meko 200 da Argélia é melhor.
Mini freemm???
Os sensores destas fragatas, são os melhores e mais modernos da tecnologia Francesa, estas fragatas são o supra-sumo da tecnologia Francesa e preparadas para intensa guerra cibernética.
Tirando o “chapéu do homem de lata” do mastro até que tem um design interessante além da tecnologia embarcada.
Bonitinha. O site Naval News no Youtube já tinha registrado essa novidade com dois vídeos. Muito bons. Quanto custou? Será que pra ela vale a relação 50-50 entre custo de construção do vaso e custo de sensores/sistemas de armas? Quem ouve que um Burke bate 2 bilhões de dólares em acquisition cost talvez pense que o estaleiro lucre horrores: só que dos 2 bi, quase metade corresponde a sensores e armas (GFE incluso); e da outra metade, apenas uns 15% é lucro do estaleiro, e isso distribuído nos vários anos de construção. Um Spy-6 come uns 250 milhões de dólares,… Read more »
Eu diria que 15% é margem do estaleiro. Lucro menor que 10%.
Sim. As vezes nem lucro tem – tem prejuízo. Como não podem falir, que precisam dos botes, a USNavy dá aquela força no desenrola pra alterar matemagicamente a situação comercialmente desfavorável. Acho até que com razão: sem um barquinho onde colocar e integrar as crias das empresas de alta tecnologia dos almirantes, como que fica o bread and butter deles? De fato, o número de estaleiros vem diminuindo no mundo todo, apesar da China…
Estaleiros centenários não existem mais. Novos apareceram. Continua uma atividade que depende do estado e fazer negócios como estado já é um risco considerável. Margem na indústria é pequena…muitos custos.
A China…uma hora a China irá desacelerar.
Eu penso que teremos que mudar algumas coisas no mundo. Uma dessas mudanças é considerar a construção naval como atividade estratégica de legislação distinta…e aí tem que quebrar a cabeça pra não ferir direitos.
Isso é outro estigma que teremos que despachar. Preço da encomenda. Tem a missão e função, tem o porque e pra que fazem as coisas. Aqui vamos direto nos valores talvez porque o passado maldito de negociatas não morre. Tem as fronteiras, tem as frotas, tem a soberania, tem ameaças…precisa construir resistência e gerar atividade econômica. O desemprego nos EUA diminuiu. Provável que a indústria de Defesa tenha responsabilidade nisso. Quando falamos de preços esquecemos de valorar tudo isso…quais os ganhos de capital e quanto vencemos da obsolescência. Marinha de Guerra precisa de grana e programas nativos ainda que com… Read more »
Acho que o preço desses armamentos são absurdos. Um navio custar 2 bilhões de dólares. É muito dinheiro. Nada justifica isso. O que tem de mudar é que essas empresas têm de deixar de ter lucros estratosfericos Espaço, por exemplo, poderiam usar das forças armadas, economizando o valor do aluguel. Mão de obra poderia usar parte militares, parte presidiários ou imigrantes ilegais para trabalho braçal (que depois seriam deportados). Funcionários de empresas de defesa, com exceção de alguns poucos engenheiros e técnicos, não têm que ganhar uma fortuna. Nem os acionistas da empresa têm de faturar alto Defesa é a… Read more »
Não concordo com suas sugestões, Nonato, mas concordamos com sua primeira frase. Concordamos? Sim, eu e REM:
https://youtu.be/zCMy6kq5ZA0?si=GhNfhaUxBtc5p_go
A música é de 83, o videoclip de 88.
Isso mais parece um campo de trabalhos forçados e depois se acham que essas empresas têm lucros fabulosos, porque será que quando são estatais, dão sempre prejuízos???!!!??
Dizer que o saber fazer custou muito dinheiro, não é fantasia nenhuma, basta ver, programas de caças desenvolvidos do 0, navios de guerra com novos radares e armas novas, é só ver o custo de desenvolvimento de isso tudo e para fazer, não basta ter gente, não, tem que ser pessoal especializado na construção.
32 mísseis Aster, 8 Exocet e mísseis RAM. Muito bem armada
Dependendo do lançador até mais
A concorrente SIGMA 11515HN carregava 16 células VLS MK41 com a capacidade de 64 ESSM quad packed, o dobro dos Asters da Kimon que usa o VLS Sylver.
É uma vantagem considerável para o teatro do Egeu e Mediterâneo contra UAVs turcos. Pelo que eu sei só o Crotale VT pode ser quad packed no Sylver.
Comparar um ESSM com um Aster, não dá.
Muita bonita
Esses Aster acho que são de curto alcance (40 km).
Muito pouco.
O ideal seria 100, 200 km.
Um caça não se aproximará tanto
Lançam misseis à distância.
Até uma SDB pode ser lançada a 60, 80 km de distância.
Pois essas fragatas levam Aster 15 e Aster 30, sendo que os Aster 30B1NT tem alcance de cerca de 120km, com uma velocidade de Mach 4 e pode puxar curvas de 62g.
Para os UAV Turcos, seriam utilizados os canhões e em último caso os mísseis RAM.
A ameaça aérea pode vir rasante abaixo do horizonte radar do navio, umas 20-30 milhas náuticas, e disparar seu míssil de cruzeiro antinavio seaskimming, inicialmente guiado por inércia e terminalmente guiado por radar. A partir dali, o alvo tem algumas dezenas de segundos pra fazer algo, supondo que esteja em prontidão. Não deu tempo pra nada na HMS Sheffield…
Mesmo porque (só para complementar) o Sheffield era dotado dê misses antiaéreos de longo alcance sem capacidade, na época, para engajar alvos voando rente ao mar e que só são detectados quando aparecem no reduzido horizonte radar de baixíssimas altitudes.
Já os mísseis antiaéreos/ antimísseis atuais têm essa capacidade.
Grato, Nunão. Se não for um ataque de saturação há possibilidade de defesa. E, como você disse em outro lugar, nem todo ataque atinge o alvo.
Qual lançador utiliza para os mísseis Ram e aonde fica posicionado ?
Sobre o Aster, se não menciona que é o Aster 30 com booster, podemos supor que seja o 15.
Mesmo assim, sem comparação com as Almirante Tamandaré, nas quais a maior limitação a meu ver são as prováveis 12 células para Sea Ceptor. Ao menos deveriam ser 18, ou idealmente 12 Sea Ceptor normais e 6 ER (Booster).
Sobre o hangar do helicóptero.
👍🏻
o ER é na verdade outro míssil, o Albatros NG do mesmo fabricante, só compartilha o sistema de lançamento por ar comprimido com ignição do motor foguete no ar. Mas sim, seria interessante uma mescla de mísseis, com este último tendo mais de 40 km de alcance. O melhor mesmo, seria um navio com 2 áreas para mísseis diferentes e no caso, o antigo projeto Meko Delta parece melhor.
“Mk 144 Guided Missile Launcher (GML) of the Mk 49 Guided Missile Launching System (GMLS)”. Wikipedia.
Então seriam 21 células / mísseis Ram para pronto emprego, correto? Fora os Aster. Que diferença para os 12 Sea Ceptor das Tamandarés…
Arma depende, essencialmente, como diria Dex a Obi Wan, da profundidade do seu bolso. Cada RAM custa um milhão de dólares… E olha que não é tão caro assim…
É bem superior as tamandarés, correto? No quesito de radares e armamentos
Sim, com essa configuração é sem dúvidas.
As 2 primeiras FDI para a Grécia virão no padrão Standard-1 com armamento similar às francesas. Ou seja, 8 Exocet e 16 células Sylver para mísseis Aster. O terceiro navio virá no padrão Standard-2 com o dobro de células Sylver para mísseis Aster (32 células) e com o sistema RAM. Após o recebimento da terceira Fragata, as duas primeiras serão modernizadas para o padrão Standard-2 e todas ficarão com 32 células para mísseis Aster-15 e Aster-30 e o sistema RAM. O custo é estimado em cerca de U$ 3,5 bi com opção para uma quarta Fragata. Não sei se o… Read more »