Aos 70 anos do batimento de quilha, corveta Caboclo continua firme e forte no 2º DN
Por Fernando “Nunão” De Martini
Há 70 anos, em 8 de outubro de 1953, era batida a quilha da corveta Caboclo, uma das dez corvetas (na verdade, rebocadores de alto-mar equipados com armamento) da classe “Imperial Marinheiro”, construídas na Holanda para a Marinha do Brasil (MB). Hoje ela serve ao Grupamento de Patrulha Naval do Leste (ComGptPatNavL), do 2º Distrito Naval (Salvador – BA), juntamente com dois navios-patrulha da classe “Grajaú”.
A Caboclo é a última remanescente dessa classe. Mas é provável que continue em condições de serviço por uns bons anos. Um dos motivos é que vem sendo mantida em boas condições operativas, como veremos a seguir. Além disso, o navio atua numa região em que a demanda de patrulha e salvamento há tempos vem sendo menor que as de outros distritos navais, conforme me foi dito em 2017 pelo então vice-almirante Almir Garnier Santos, à época comandante do 2ºDN e, anos depois, comandante da Marinha.
O navio que completa 70 anos de batimento de quilha foi lançado em agosto de 1954 e incorporado em julho do ano seguinte, tendo servido em três distritos navais nos seus primeiros anos operação, antes de passar para o 2º DN no início da década de 1960.Entre as características da época da incorporação estavam o deslocamento padrão de 911 toneladas e carregado de 1.025 t, dimensões de 55,7 metros de comprimento, 9,5m de boca e 3,6m de calado. Foi armada com um canhão de 76mm/50 e 4 metralhadoras de 20mm. Seu raio de ação divulgado é de 15.000 milhas náuticas.
O deslocamento, autonomia e características marinheiras são adequados para missões oceânicas, embora sua velocidade máxima, ao redor de 15 nós, seja considerada baixa quando comparada a navios-patrulha mais modernos. Porém, quando comparada a navios de apoio oceânico recentemente incorporados e a rebocadores de alto-mar, essa velocidade está próxima aos padrões atuais (ficando nesse caso a dever quanto à capacidade de reboque).
As principais missões do navio são salvaguarda de vidas humanas no mar, fiscalização das águas territoriais brasileiras, operações de socorro e salvamento marítimo e patrulha naval.
Revitalização e manutenções
Sobre a manutenção da capacidade operativa, a ação mais importante foi realizada entre 2006 e 2008, quando o navio passou por um grande período de revitalização na Base Naval de Aratu (Salvador – BA). O principal destaque dessa revitalização foi a troca de seus motores diesel. Seguiram-se outras manutenções menores nos chamados PDR (Períodos de Docagem de Rotina), que aparentemente conservaram as boas condições de operação, com o navio acumulando mais de uma centena de dias de mar anualmente e recebendo prêmios de navio socorro do ano.
Entre os destaques das missões realizadas desde então, está a busca pelos destroços do voo AF-447 que caiu no Oceano Atlântico, do qual a Caboclo participou ativamente em 2009 (foto acima), pouco tempo depois de ter passado pela revitalização.
Neste ano de 2023, a Caboclo terminou outro PDR (com duração de 174 dias) na Base Naval de Aratu (BNA), com desdocagem em 8 de maio, na qual foi utilizado o Sistema Elevador de Navios (SELENA) da base. A foto de abertura desta matéria foi divulgada na ocasião da desdocagem do navio.
Durante a docagem, o navio passou por hidrojateamento de 40.000 PSI, pintura das obras vivas, inspeção dos eixos, pés galinha, metalização e usinagem dos espelhos e revisão com retífica dos Motores de Combustão Auxiliares (MCA) 1 e 2. Já em junho a corveta recebia a Comissão de Inspeção e Assessoria de Adestramento (CIAsA) para realização da inspeção operativa, de forma a voltar ao serviço após o PDR. Foram feitas inspeções e realizados exercícios (incluindo de homem ao mar) para elevar o nível de adestramento do navio, tais como reboque de embarcações, ações de visita e inspeção.
Missões recentes
Aprovada, no mês de julho a Caboclo já realizava inspeção e patrulha naval no litoral sul da Bahia, com a missão de coibir ilícitos, garantir a segurança da navegação e salvaguardar a vida humana no mar (foto abaixo). Foram realizadas dez abordagens durante as Ações de Visita e Inspeção (AVI), com duas notificações de comparecimento à Delegacia da Capitania dos Portos em Porto Seguro.
Também se aproveitou a ocasião para comprovar a capacidade de monitoramento em tempo real das ações, com videoconferências entre o navio e o ComGptPatNavL utilizando a então recém-instalada comunicação via satélite (Banda KU). Outra novidade foi utilização de Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) com câmera de alta resolução nas Ações de Visita e Inspeção, em conjunto com o Grupamento de Fuzileiros Navais de Salvador (GptFNSa).
A notícia mais recente da Caboclo é sobre a realização de missões de Patrulha Naval na Zona Econômica Exclusiva e de Operações Aéreas, no mês de setembro. Entre os dias 10 e 19, a missão de Patrulha Naval incluiu a realização de exercícios de tiro real com as metralhadoras MKX de 20mm (910 disparos no total), atracação em Ilhéus e apoio à Delegacia da Capitania dos Portos de Porto Seguro (DelPSeguro), quando o navio rebocou a Lancha de Apoio ao Ensino e Patrulha (LAEP) Una até a Base Naval de Aratu, para revitalização.
Já as operações aéreas na Baía de Todos os Santos foram realizadas em 25 de setembro. Para tanto, houve a participação de aeronave UH-12, do 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral. Foram executados 15 circuitos de “pick up” para treinamento das Equipes de Manobra de Helicópteros e Crache (EQMAN), de forma a manter a capacidade operativa do navio em operações de Busca e Salvamento (SAR) na área de jurisdição do Comando do 2° Distrito Naval.
E o futuro?
A Caboclo, entre os navios utilizados em missões de patrulha nos distritos navais, só perde em longevidade para o monitor Parnaíba, que tem mais de 85 anos de serviço – porém, a corveta atua num ambiente oceânico, que desgasta mais os navios (não só pela ação da água salgada, mas principalmente o impacto das ondas na estrutura do casco, quando em movimento). Pelo histórico do navio, é provável que esse aniversariante de 70 anos do batimento de quilha ultrapasse, em julho de 2025, a marca de 70 anos de incorporação.
Seria uma ocasião mais do que adequada para aposentar a corveta, na opinião do Poder Naval. Acreditamos que já esteja na hora da Marinha do Brasil planejar uma nova aquisição de navios do tipo AHTS (utilizados em apoio a plataformas de petróleo) usados, ou mesmo a encomenda de novos, similares aos que foram convertidos na classe “Mearim” de três navios de apoio oceânicos (NApOc), incorporados em 2018. Com outros três navios do tipo seria possível substituir tanto a Caboclo quanto os dois rebocadores de alto-mar da classe “Triunfo” (incorporados na metade da década de 1980 e que também eram originariamente navios de apoio a plataformas de petróleo construídos alguns anos antes).
Os três navios atuais da classe “Mearim” atualmente operam nos grupamentos de patrulha naval subordinados ao 1º DN (Rio de Janeiro – RJ), 4º DN (Belém – PA), e 5º DN (Rio Grande – RS). Três navios de apoio oceânico adicionais permitiriam que pelo menos um navio do tipo operasse em cada grupamento de patrulha naval de cada distrito naval do litoral, com os três novos equipando os grupamentos do 2º DN (Salvador – BA), do 3º DN (Natal – RN), e do 8º DN (Santos – SP).
O ano de 2025 já está logo aí. Que tal seria a MB iniciar a movimentação para encontrar um substituto (e de quebra os substitutos da classe “Tritão”), e assim comemorar os 70 anos da Caboclo em pleno mar, com a venerável corveta recebendo o seu sucessor navegando lado a lado?
Podia futuramente dar baixa e se juntar ao Laurindo Pita para realizar passeios turísticos na Baía de Guanabara no RJ ou até mesmo na Bahia.
Por que não ?!
Romântico Burgos.
Mestre Carvalho tem ótimas sugestões sobre como poderíamos suceder essa classe. Aproveitando os estaleiros baianos.
Passeios turísticos…acho que o preço do bilhete não paga a despesa de um navio desses.
Romântico Burgos.
Bom dia Istivis;
Foi só uma ideia pq o Laurindo foi todo reformado pela MB para esse fim e a Corveta nem precisaria de reforma só de uma modificação na popa para acomodar os passageiros, mas daria um bom museu flutuante também (Estático no cais).
Boa tarde, Burgos.
Você pode estar certo.
Oĺá Burgos. Imagino que seria bem legal colocar o Riachuelo (S33) e um dos Tupis em exposição em terra. Eu não sei onde no RIo de Janeiro teria espaço para coloca-los sobre uma plataforma de concreto.
Boa tarde Camargoer;
Tudo são só ideias, mas a sua não é má ideia, mas o problema vai ser espaço mesmo e o principal que é o gasto para colocar todos eles no seco.
Então é melhor deixar flutuando mesmo 👍
O recém-desativado Tamoio, que até onde sei ainda está seccionado na Oficina de Submarinos, seria o ideal para uma exposição em terra. E perfeito por estar aberto mesmo, para se visitar de uma forma diferente. Não precisa ser no Rio de Janeiro. Pode ser num museu de ciências como o Catavento em São Paulo. Divide em mais seções e manda tudo pra cá, monta depois sob um telheiro alto o suficiente na parte externa, onde fica o DC-3 e a locomotiva a vapor. Vai fazer um enorme sucesso, tendo tudo a ver com o museu. Fica a dica. (PS: a… Read more »
O DC-3 ainda está lá?
Faz uns anos que não vou. Da última vez estava.
Segundo o museu, está:
https://museucatavento.org.br/acervo-aviap-dc-douglas-varig
Boa noite Nunão;
A sua ideia também é boa 👍
Pq não ?!
Pois é. Não vai sair barato, mas se o submarino já está fatiado ao meio, eu vejo vantagem em fatiar em mais dois pedaços pra facilitar o transporte e expor assim, em seções que se poderia visitar uma de cada vez. Uma possibilidade que além de ser algo bem interessante (pensando num museu de ciências) ainda não espantaria os claustrofóbicos – e não são poucas as pessoas que deixam de desfrutar dessas visitas por causa disso. Pode ser uma exposição pensada em como se constrói um submarino. Lembrando que no Catavento já tem um canhão de 127mm e um reparo… Read more »
O Museu do Mar Aleixo Belov tem o veleiro, Três Marias, que ele utilizou em suas viagens exposto ao público dentro de um casarão (apenas parte do mastro foi retirado para caber no espaço). Obviamente que é uma embarcação bem menor que as citadas, mas serve de exemplo para a viabilidade de uma atração assim.
Nunão sua ideia é ótima.
Por que vc não entra no site do Catavento e apresenta a sugestão, com os detalhes que vc levantou?
Obvio que não é sua obrigação, mas vc tem o conhecimento, é historiador, sua opinião pode ser levada a sério.
Eu até ia fazer isto, mas parei, pois pensei exatamente isto, vc é um historiador, tem mais base para detalhar a ideia.
ehheh
Faz alguns anos que não vou ao Catavento eu estou devendo uma visita lá. Vou juntar o útil ao agradável. Mas quem vai precisar resolver o que fazer sobre a alienação do Tamoio, antes de tudo, é a Marinha.
concordo, tem os tramites normais, mas acho que a Marinha, como instituição, ia achar o máximo ter um equipamento destes em exposição.
Imagine a garotada entrando nas secções, vendo os detalhes, quantos não ficariam tentados a seguir as varias áreas que ele pode mostrar, engenharia, construção naval, serviço militar, entre outras.
Falta um pouco disto aqui no Brasil, ver que existe algo mais do que games, computação, futebol e tik tok (eu não tenho nada contra, mas o mundo é muito mais do que isto)
Ótima ideia, Nunão! É viável sim! No Museu Militar de Viena tem a vela de um pequeno submergível austríaco, se nao me engano, que pode ser visto tanto pelas laterais quanto por cima, numa plataforma de vidro (sua escotilha está aberta, permitindo ver o interior). Há ainda a exposição de torpedos “cortados” e outros equipamentos navais e maquetes de embarcações do período (incluindo o Viribus Unitis numa escala excelente!).
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Tenho algumas fotos, mas não sei como postar aqui.
Bom dia;
Baixa o wetransfer e depois baixa as fotos nele e manda no e-mail do Nunão , do Galante ou do Poggio
Só complementando:
Basta abrir o Wetransfer, é um serviço online, não precisa baixar.
wetransfer.com
Então vai seguir as instruções e subir (upload) as fotos, e entre as opções depois que subir tudo, estará a de “obter um link”.
Copiar o link e mandar para o e-mail alexgalante@fordefesa.com.br
No Rio de Janeiro não recomendo. Provavelmente o roubariam. 😛
Sobre a Bahia…talvez a afirmação “região em que a demanda de patrulha e salvamento há tempos vem sendo menor que as de outros distritos navais, conforme me foi dito em 2017 pelo então vice-almirante Almir Garnier Santos, à época comandante do 2ºDN e, anos depois, comandante da Marinha.” tenha, também, sustentação econômica. “Revelaram os indicadores que a Bahia que já chegou a representar aproximadamente 40% da economia do Nordeste em 1985, passou para 28,9% em 2015, assim como a representação na economia nacional passou de 5,4% em 1985 para 4,1% em 2015 (saindo de 6a economia para 7a).” A Bahia é… Read more »
Qualquer projeto de navio da MB deve priorizar suas caracteristicas de apoio a elemento aereo., quer sejam avioes, helicopteros e drones….
Como tenho falado ha 15anos ou mais….priorizem conves liso e desimpedido…eh o munfo do plug and play…e as marinhas do mundo inteiro estao atrasadas nisto…nao importa se o barco tem 400 ton ou 40 mil ton….
Carvalho,
Aproveitando, gostaria de chamar a atenção para um detalhe do texto que ninguém comentou até agora sobre uma das missões recentes do navio (e para a qual o espaço disponível da meia-nau para a popa deve ter contribuído):
“ Outra novidade foi utilização de Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) com câmera de alta resolução nas Ações de Visita e Inspeção, em conjunto com o Grupamento de Fuzileiros Navais de Salvador (GptFNSa).”
Ahhh…sim…estava entrando no chuveiro quando postei e tinha guardado para completar depois…. A Caboclo navega a quase 70 anos porque? Porque o projeto é extremamente bom!!! Não apenas falta de grana não…acordem!!!avião bom é aquele que continua voando…e navio bom é aquele que continua navegando….devia ser tão obvio quanto isto….mas para a maioria esmagadora das pessoas não é…. Navega porque é simples e simplicidade tras eficiencia e eficacia…podemos ter modelos melhores…mas modelos melhores não duram tanto…. e vejam só, como pntuou o Nunão…..um barco de quase 70 anos irá operar com drone….alguem acha que o drone irá se importar com… Read more »
Exatamente. Me chamou a atenção a autonomia de 15 mil milhas pra um navio desse tamanho.
Na minha Marinha: O numero de unidades seria comedido pela imposição orçamentaria, mas poderia duplicar ou triplicar o numero de unidades em 3 semanas Os navios especialistas seriam minimos Os navios de qualquer tonelagem seriam multitarefas Os navios seriam focados em apoio estrutural a sistmas e equipamentos plug and play Teriam cascos com prioridade menor e o espaço dimensionado a up grades Os cascos seriam civis sempre com vies de dupla função mercante e militar, onde aqueles civis estariam rendendo fretes em bandeira nacional e aptos a requisição de guerra como a RFA Britanica Não teriam o perfil ortodoxo de… Read more »
O cenario absolutamente mudou, as linhas de produção industrial pesada, ligadas a estruturas de defesa perdeu para os sistemas e miniaturizações…..isto quer dizer que tecnologias comerciais ou pequenos equipamentos suplantam grande projetos de longo prazo, quer seja no tempo de implementação ou no orçamento…nunca foi tão facil improvisar…e a improvisação ocorre num nivel tão rapido, que derrubam as doutrinas de treinamento de guerra…
Um barco comercial com drones pode suplantar 80% de todas as fragatas do mundo….poucas estão adaptadas aos novos cenarios….não existe restrição de um barco comercial hoje levar misseis superficie superficie de mesmo alcance que uma fragata…. As marinhas são as forças mais conservadoras do mundo em qualquer país… Onde estão os exemplos de Loyal wingman das marinhas que já projetam para as Forças Aéreas? Um caça de 20 ton pode ter um loyal Wingman e um Navio de 3 mil ton, 8 mil ton, não??????? olha o atraso…. quem disse que a fragata tem de levar todo o arsenal necessário?… Read more »
https://www.youtube.com/watch?v=v-R6A98Yo8Q
https://www.youtube.com/watch?v=UM_uf1CxslQ
Talvez coisas como o “Loyal wingman” sejam mais adequados operando a partir de bases terrestres ao invés de NAes e/ ou combatentes de superfície, não simplesmente conservadorismo de marinha. . Até entendo a “frustração” do mestre que gostaria de ver suas ideias sendo colocadas em prática, algumas, certamente estão, afinal “improvisação” faz parte, ainda mais se tratando de forças armadas mais pobres mas não dá para vencer guerras “gastando pouco” é preciso investir também em sistemas mais complexos. . Há razões para a US Navy investir em NAes de 14 bilhões de dólares Alas Aéreas” custando quase metade disso, combatentes… Read more »
A improvisação reflete o objetivo de imputar uma dinamica inversamente proporcional do custo x benefício. Voce não derrota o adversario, mas o impede de vencer a custos aceitaveis…. E quando voce o impede de vencer a custos aceitaveis, voce alcança o objetivo, que é se proteger e dissuadir. A guerra possui dezenas de dimensões alem do equipamento em si…uma delas é a economica…e perder um meio de bilhões contra um equipamento de poucos milhares de investimento é na maioria das vezes intoleravel e insustentavel. Esta intolerancia de custo beneficio assimetrico ficou e fica cada vez mais aguda em um mundo… Read more »
Mestre dalton, direto ao cerne…isto não responde a ausencia destes projetos nas marinhas….isto é atraso….objetivamente o exemplo do loyal wing é nada mais, nada menos que…”aquilo que não cabe no navio, vai na canoa ao lado….” simples assim….
O conceito do loyal wingman é o de um “bagageiro” para as aeronaves de 5a. geração, pois se eleas se abarrotarem de misseis nas asas, deixam de poder atuar dentro de seu contexto de aeronave de 5a. geração…e ficam visiveis….
Se um caça tem bagageiro…como um navio não teria? é contrasenso….
Navios tem “bagageiros” na forma de hangares para helicópteros espaço para embarcações de abordagem que muitas vezes terão que complementar navios de uma Guarda Costeira. . No caso da falta de um “Loyal wingman naval” que deduzo é sua crítica às marinhas, não dá para colocar equipamento extra em uma “canoa” e querer que essa “canoa” acompanhe o navio, você entende que há barreiras de velocidade, autonomia, estado do mar, etc, não é como duas aeronaves voando juntas. . As marinhas estão desenvolvendo veículos não tripulados para vários usos que serão embarcados em combatentes de superfície, navios auxiliares e mesmo… Read more »
Um NapaOc pode servir perfeitamente de bagageiro…
Mestre dalton, peque um exemplo de uma Niteroi, mesmo que atualizada em sistemas, fisicamente faltaria espaço para armas modernas….não ha empecilho tecnico de fragatas assim receberem “barcos bagageiros de armas” que complementem o que lhes falta quando necessário e somente quando e se necessario, controlados por seu COC na fragata… A ilustração que fiz acima é exemplo de como uma composição mista deste tipo, pode sobrepujar outra classica e superior ortodoxa…é dispensavel nominar o tipo de arma disponivel para tal diante de tantos exemplos disponiveis no mercado…inclusive considerando que estes exemplos são se amarram a somente um tipo de emprego,… Read more »
Por isso mesmo que em certas marinhas uma “Niterói” seria considerada “pequeno combatente de superfície”, porque falta espaço para gerar energia para radares e outros sistemas mais capazes além de armas de maior alcance e complexidade. . O novo USS Jack Lucas o primeiro Arleigh Burke III teve suas dimensões ligeiramente aumentadas para acomodar o novo radar e maior geração de energia e o USS Pinckney um Arleigh Burke IIA foi o primeiro equipado com o “SEWIP III” exigindo alteração da superestrutura para acomoda-lo. . Talvez haja situações onde seu “barco bagageiro de armas” possa ser eficaz, mas, por enquanto… Read more »
Vergonha. 70 anos em operação. Um risco a vida de dos marinheiros que nele navegam. E não adianta virem dizer que é bem manutenido, porque sabemos que tudo tem limite. Deveria ser atracado e virar museu
Não que isso mude sua argumentação, mas são 68 anos de operação.
Setenta anos de operação só em 2025..
Melhor uma Caboclo navegando e principalmente cumprindo a missão que 4 Tamandaré em sonho. Infelizmente essa é a nossa realidade. Melhor cuidar do que ainda temos, pode ser que nem isso tenhamos em um horizonte curto. A melhor maneira de destruir uma marinha é evitar que ela seja construída.
Estão sendo construídas então não é sonho e ainda tem mais duas adicionais previstas no contrato é possível segundo lote.
Belíssimo navio. Entretanto 70 anos de mar, não é brincadeira, já está na hora de algumas dezenas de navios novos serem incorporados a Marinha, a penúria está chegando a níveis comprometedores.
Classe com 1000 toneladas que poderia ser feita num número razoável.
Empurra água e faz o serviço básico.
A partir de um projeto básico poderia se pensar em um navio patrulha maior, com o dobro de deslocamento.
Mas estamos no Brasil, que para construir um patrulha com 500 toneladas é um parto, imagina 1000.
Meu primeiro navio, servi na Caboclo em 1995 bem antes de sua revitalização e depois servi novamente nela em 2010 já revitalizada, esse navio mesmo com todas as suas limitações é um dos melhores que já tive o prazer de servir
O Leopard 1 A5 é velho…. essa boia é linda…. vai vendo. Apenas um museu e olhe lá.
No tempo que fiz minha primeira viagem de instrução como AM pela EAMPE, em 1991, na V-18 “Forte de Coimbra”, já me parecia um navio beeem obsoleto!
E chato comentar, mas vamos lá.
No último governo os oficiais militares passaram quase ilesos da reforma previdenciária, e ainda receberam 75 % de aumento.
Neste atual governo já receberam quase o equivalente a 500 milhões de dólares só para os seus bolsos, enquanto limita aquisição de equipamentos e ainda se usa orgulhosamente um navio sexagenário, por falta de outros .
Eu acho, só acho, que tem alguma coisa errada, nessa questão da segurança nacional em nosso país.
O unico investimento que os militares querem é o aumento de salários,se nao tiver dinheiro para comprar material de guerra nao tem problema,o mais importante é toda vez que o governo arrumar dinheiro para investir nas forças que a prioridade seja aumento no onerite,se sobrar um trocado ai compra alguma coisa !!!
Não sabe nem escrever “onerite”, o certo é holerite_________________
EDITADO:
2 – Mantenha o respeito: não ataque outros comentaristas.
EDITADO:
2 – Mantenha o respeito: não ataque outros comentaristas.
EDITADO
Onerite é tão bom que nem pensei que fosse erro tipográfico…kkkkk
Eu Tive um vizinho…ooooooo, Nerite, oooooo Nerite.
O nome dele era Francisco. Não sei porque chamavam ooooooo Nerite.
Mas deixa de ser Gaiato🤣
Vc não vai pro céu Istivis 🤣
Pra citar o Stipes, combien de temps, né?
Aonde que receberam ?!
Eu não recebi 75% 👀
Na escala proporcional da Gratificação que foi dada aos Oficias Generais (75%) eu só recebi 11,24% 2º Sargento RM1.
Mas isso já tá sendo debatido em audiência Pública com o Min. Da Defesa.
Pq teve General já querendo sair na porrada com os Parlamentares por causa de tamanha disparidade nessa Gratificação.
Deixem que eles se entendam!!!
Parte da seguinte premissa: “se é para alguns, será para todos também, se não puder, não será para ninguém”
A corveta Júlio de Noronha quando for aposentada da esquadra também poderia ser repassada para algum distrito naval ou no Sul,leste ou Norte,ele já tem o tamanho adequado para navio patrulha.
Essa é a realidade da marinha, só sucatas em superfície.
Esse é o motto das forças armadas brasileiras,
“Nada é muito velho que não possa ser utilizado”
Estão aí os F-5, os cascavéis, e as carcaças flutuantes da marinha a comprovar o lema.
Acho muito bonito o design da classe Imperial Marinheiro.
Sejamos realistas: as nossas forças armadas, em minúsculas mesmo, em que salve uma ou outra unidade, é uma verdadeira piada.
Boa tarde amigo Nunão estava prevista a compra
de mais navios AHTS segundo o almirante Cunha eu acho
que faltou verba.
Boa noite, Souto.
Se estava, agora não importa mais.
O que importa é estar de novo e fazer de uma vez essa aquisição de mais AHTS a partir da metade desta década..
O custo-benefício, na minha opinião, é ótimo.
E a meu ver está bem clara a necessidade de substituir, ainda antes do final desta década, os dois rebocadores classe Triunfo e a corveta Caboclo por navios com capacidade superior e com muitas décadas de operação pela frente.
Agora me explica porque deram baixa em três submarinos com 30 anos de uso…enquanto isso, mantém essa peça de museu navegando!!!Marinha de brincadeira mesmo.
Submarinos tem uma expectativa de vida menor que a de navios de superfície e períodos de manutenção tem que levar em conta também quantas horas navegaram submersos e a condição do casco já que a capacidade de sobrevivência da tripulação é menor em um submarino se algo dá errado. . Manter submarinos operando por 30 anos ou mais exige mais manutenção que também são mais caras e complexas do que as efetuadas em um modesto navio como a “Caboclo”. . No caso dos 3 submarinos um deles o “Tamoio” estava indisponível desde 2014 passando por manutenção que aparentemente revelou-se mais… Read more »
Nossa dissuasão aos inimigos…vamos em frente…
Botem uma carranca na proa e o inimigo vai bater joelhos de medo.
Feio e obsoleto. Num combate um drone iria mandar ele pro fundo do oceano no mesmo dia.
Temos que parar de passar pano pra incompetência nas FA.
Você leu o texto?
A Caboclo é certamente obsoleta e muitos podem achar feia, cada um tem seu gosto.
Mas não é e nunca foi navio de combate.
Então você tá afirmando que é um item de decoração?
Que em caso de conflito ele seria preservado pelo inimigo?
Na ucrânia estão afundando até botes, imagina um desse.
Se tiver na água vai ser afundado
Strike, nem todo navio da Marinha é feito para ser combatente. Esse aí serve para patrulha, para combate à ilícitos, para ir de encontro à pesca ilegal, para um monte de tarefas que são necessárias e estão sob jurisdição da Marinha. Mas não é um navio de combate.
Temos navios indo para a Antártica neste momento, que também são da Marinha e não são combatentes.
Eu afirmei o que está no meu comentário e o que está na matéria.
Ao que parece você não leu direito nem um, nem outro.
Mestre Strike, não é item de dcoração, mas tal como sabemos que numa invasão terrestre um MBT M-1 Abrams inimigo iria disparar contra uma Blazer da PM alem dos nossos Leaopards, não quer dizer que a Blazer é inutil ou desarmada…
A Blazer é da Policia Militar, para policiamento….O Leopard é um MBT, para combate de choque de couraça do EB…Bom, a Blazer pode receber aquelas improvisações Toyota de guerrilha e combate assimetrico? pode!….mas é e será uma Blazer…
A Corveta Caboclo é um rebocador que faz o trabalho de PM distrital…
Para mim, o pior nem é a idade do navio. Se está bem conservado e a manutenção está em dia, ok.
Mas eu realmente acho q o mais delicado é a manutenção do armamento principal obsoleto.
Esses canhões tanto da Caboclo quanto do Parnaíba já poderiam ter sido trocados né (imagino que ainda sejam os originais).
Concordo plenamente. A Caboclo deveria ter sido rearmada com canhões de 40mm e metralhadoras de 20mm mais modernas há muito tempo, do mesmo padrão dos navios-patrulha classe Grajaú que servem no 2ºDN.
Mas só uma observação: o canhão principal de 76mm da Caboclo é o original do navio (ou no máximo é um igual ao original).
O canhão principal do Parnaíba, do mesmo tipo (76mm), é o terceiro a equipar o navio, que inicialmente foi equipado com um de 152mm e depois com um de 120mm.
Pela história, merecia virar um futuro museu.
O Paraguai, tem uma “canhoneira” centenária não é?! Deve ser um dos navios bélicos mais antigos em atividade no mundo.
Aqui, no Pará (4ª Distrito Naval) a irmã, Corveta “Solimões” V 24, está preservada como Museu, na orla da Baia do Guajará, em Belém.
A Caboclo faz jus ao nome. Rustica e eficiente. Fico me perguntando, porque esse aço dura tanto, enquanto vejo navios mais novos sendo aposentados?
Boa noite!
Fiz minha primeira viagem de adestramento 1985 como Aprendiz de Marinheiro da Escola de Aprendiz de Santa Catarina.
Mas Deus é Maravilhoso.
Espero de todo coração que essa Guerreira não seja desmantelada quando se aposentar efetivamente.