Navios-Patrulha Babitonga e Benevente completam 25 anos na MB
Navios foram homenageados na Assembleia Legislativa do RS
No dia 23 de outubro, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul realizou uma cerimônia em comemoração ao 25º aniversário dos Navios-Patrulha Benevente e Babitonga. A proposição foi do Deputado Estadual Martim Todesco Adreani, Capitão Martim (Republicanos). O Comandante do 5º Distrito Naval, Vice-Almirante Augusto José da Silva Fonseca Junior, participou da homenagem. Após a solenidade, foi realizada uma recepção a bordo do navio Benevente.
Estiveram presentes também, o Capitão dos Portos de Porto Alegre, Capitão de Mar e Guerra Rodrigo da Silva Tavares, o Comandante do Grupamento de Patrulha Naval do Sul, Capitão de Fragata Ricardo Nogueira, o Comandante do Navio-Patrulha Babitonga, Capitão de Corveta Thiago dos Santos Thomaz, e o Comandante do Navio-Patrulha Benevente, Capitão de Corveta Fábio Bento Marão.
“Estes navios patrulha, com uma história que transcende fronteiras, inicialmente serviram à Marinha Real Inglesa antes de encontrarem seu lar nas águas brasileiras. Hoje, são uma parte integral da esquadra que protege nosso litoral, com um legado que ecoa pelas ondas do Atlântico Sul”, afirmou o deputado.
O Comandante do 5ºDN destacou a importância dos navios: “Ao comemorarmos 25 anos de incorporação dos Navios-Patrulha Benevente, o “Sentinela dos Mares”, e Babitonga, o “Bom de Faina”, como são carinhosamente denominados por suas tripulações em nossa Marinha, devemos trazer às nossas memórias a atuação e a contribuição dessas embarcações na área de Jurisdição do Comando do 5º Distrito Naval”.
O Vice-Almirante salientou, ainda, a atuação dos navios no Sul do Brasil: “A presença desses navios contribuem substancialmente para a condução das atividades subsidiárias da Marinha nos mares do sul, a partir da execução das operações relativas à Inspeção Naval, à Patrulha Naval e ao Serviço de Busca e Salvamento (SAR), em atendimento às atribuições da Autoridade Marítima Brasileira. Com destaque para o Serviço de Busca e Salvamento, principalmente no ambiente marítimo, onde os ventos fortes da região e o mar grosso costumam demandar o auxílio às embarcações em perigo, na costa catarinense e gaúcha”.
Construídos no estaleiro Richards Shipbuilders Ltd., na Inglaterra, os navios patrulha, da classe Bracuí, foram adquiridos em 1998. São subordinados ao Comando do Grupamento de Patrulha Naval do Sul e estão sediados em Rio Grande-RS.
FONTE / FOTOS DO EVENTO: 5º DN
NOTA DO EDITOR: os dois navios-patrulha, de um total de 4 desta classe em operação na Marinha do Brasil, foram construídos no Reino Unido em meados da década de 1980. Originariamente navios-varredores da Marinha Real, foram desincorporados daquela força no final da década de 1990 e adquiridos pela Marinha do Brasil, quando então passaram por modificações para servirem como navios-patrulha.
Entre as principais características estão o deslocamento carregado de 770 ton, dimensões de 47,6m de comprimento, 10,5m de boca e 3,1m de calado.
Na imagem abaixo, do Babitonga (em caráter meramente ilustrativo, como a da abertura) vê-se a considerável diferença de porte em comparação com navio-patrulha da classe Grajaú (no caso, o Guajará)que desloca apenas cerca de 200 toneladas:
Com propulsão por dois motores diesel, alcançam velocidade máxima de 14 nós, e o alcance a 10 nós é de 4.500 milhas náuticas. São armados com 1 canhão de 40 mm e duas metralhadoras, empregando também 1 lancha de casco semirrígido (RHIB), com capacidade para 10 homens e 1 bote inflável para seis homens. A tripulação é de 35 homens, sendo 4 oficiais, 7 sargentos e 24 praças (dados do site NGB)