As principais classes de destróieres da Marinha Soviética
A Marinha Soviética, conhecida como a “Voenno-Morskoy Flot” – VMF (Frota Marítima Militar Soviética), experimentou um período de crescimento significativo e modernização durante a Guerra Fria. Uma parte crucial dessa expansão foi o desenvolvimento das classes de destróieres, navios de guerra projetados principalmente para operações de ataque, defesa antissubmarino e escolta de outras embarcações. Abaixo, destacamos algumas das principais classes de destróieres que serviram a União Soviética desde o início da Guerra Fria até sua dissolução em 1991.
Classe Skory (1950s): Lançada no início dos anos 1950, a classe Skoryy foi a primeira classe de destróieres construída pela União Soviética após a Segunda Guerra Mundial. Esses navios eram baseados em projetos anteriores da era da guerra e focavam na velocidade e no armamento antinavio. Apesar de terem sido rapidamente superados pela tecnologia evolutiva, eles estabeleceram as bases para o desenvolvimento futuro. Deslocamento: 3.115 toneladas – 70 navios construídos.
Classe Kotlin (1950s-1960s): A classe Kotlin era uma evolução da classe Skoryy, com melhorias significativas no armamento e na capacidade eletrônica. Foram alguns dos primeiros destróieres soviéticos a serem equipados com mísseis antiaéreos, significando uma mudança na doutrina naval soviética em direção à guerra de mísseis. Deslocamento: 3.230 toneladas – 27 navios construídos.
Classe Kildin (1950s-1960s): Essa classe era uma variante especializada da classe Kotlin, modificada para portar sistemas de mísseis antinavio. Os navios foram construídos em torno do míssil antinavio KSShch (КСЩ, SS-N-1). Quando este míssil se tornou obsoleto na década de 1960, três navios foram modernizados em 1972-1977. Todos os navios foram desativados no final dos anos 1980 e início dos anos 1990. Deslocamento: 3.230 toneladas – 4 navios construídos.
Classe Kanin (1960s): A classe Kanin foi uma outra evolução da classe Kotlin, modernizada para carregar o sistema de mísseis de defesa aérea SA-N-1 e melhorias nos sistemas eletrônicos. Esses navios foram os primeiros destróieres de mísseis guiados soviéticos e foram inicialmente designados como Projeto 57bis (ou 57b) e conhecidos pela OTAN como classe Krupny. Sua missão principal era a guerra antissuperfície usando o míssil antinavio SS-N-1. Deslocamento: 4.260 toneladas – 8 navios construídos.
Classe Kashin (1960s-1970s): Introduzida na década de 1960, a classe Kashin apresentava um design completamente novo com ênfase na versatilidade. Eles foram alguns dos primeiros destróieres soviéticos a usar turbinas a gás e foram projetados para operações antissubmarino, antinavio e de defesa aérea. A classe Kashin destacou-se por sua capacidade multifuncional. Deslocamento: 4.390 toneladas – 25 navios construídos.
Classe Sovremenny (1980s): Esta classe foi uma resposta direta à introdução de destróieres avançados pelas marinhas ocidentais, como a classe Spruance da Marinha dos EUA. Armados com mísseis antinavio supersônicos Moskit (SS-N-22 Sunburn), eles representavam o auge da tecnologia de destróieres de mísseis soviéticos durante a Guerra Fria. Deslocamento: 8.000 toneladas – 21 navios construídos.
Classe Udaloy (1980s): Especializados em guerra antissubmarino, os destróieres da classe Udaloy foram uma parte importante da estratégia soviética de combate a submarinos nucleares de ataque e SSBNs (submarinos lançadores de mísseis balísticos) da OTAN. Equipados com uma variedade de armas e sensores antissubmarino, incluindo helicópteros especializados, esses navios foram um avanço significativo em relação às classes anteriores. Deslocamento: 7.570 toneladas – 13 navios construídos.
Essas classes de destróieres não apenas destacam a evolução tecnológica e estratégica da Marinha Soviética, mas também refletem o jogo de xadrez geopolítico da Guerra Fria.
Hoje são 2 Sovremenny (não sei se estão operacionais ou em manutenção), e 8 Udaloy.
Dos 8 “Udaloy” o “Almirante Chabanenko” é o único “Udaloy II” e encontra-se indisponível desde 2013 sendo reparado/modernizado, isso que foi incorporado em 1999, e ano após seu retorno ao serviço tem sido postergado, 2025 como provável agora. . Já para os 7 “Udaloy I” a ideia é moderniza-los e reclassifica-los como fragatas multi missão ao invés de navios especializados em guerra submarina dos quais o “Marechal Shaposhnikov” retornou ao serviço em 2021 depois de 5 anos e meio no estaleiro embora se tenha a expectativa que se levará menos tempo para os demais. . Modernizar de maneira significativa navios… Read more »
“pobre” quando se compara com a Us Navy ou com a China. Mas quando se compara com marinhas europeias famosas como a própria Royal Navy ou a Marinha Francesa ou a Marinha Italiana e alemã, a Rússia apesar de não ter Destroyers novos, até que está bem. A Royal Navy possui 6 Destroyers Type 45. A França possui apenas 2 Destroyers classe Horizon A Itália possui 4 Destroyers, sendo 2 Horizon e 2 antigos da classe Durand de La penne e a Marinha Alemã não possui nenhum Destroyer. A Marinha russa, além dos 10 Destroyers citados (8 Udaloy + 2… Read more »
Não estou “comparando” Luís, minha fase de “super trunfo” passou faz tempo se bem que não lembro de ter passado por essa fase, no máximo, esparramei modelos de escala 1:3000 pelo chão de casa 🙂 . Quando escrevi “pobre” foi no sentido que a Rússia se ressente de um bom número de grandes combatentes de superfície para as várias finalidades até mostrar bandeira e participar de exercícios com a China. . E ainda não está certo que o “Nakhimov” que espera-se retornará gradualmente ao serviço em 2024 irá complementar o “Pedrão” que necessita urgente de uma revitalização que segundo algumas… Read more »
Sim, eu sei que não estava comparando. Apenas lembrei dos Cruzadores, que a maioria dos países não têm e poderiam entrar junto na lista dos Destroyers como grandes combatentes. E estava lendo recentemente que o Nakhimov provavelmente virá com 10 lançadores universais para Onyx/Kalibr/Zircon. Então um baita aumento na capacidade ofensiva, removendo 20 Granit e colocando até 80 mísseis mais novos e modernos no lugar. Se substituírem os 96 S-300 pelo S-400 ou S-500. E substituírem os 64 Kinzhal + os 40 Osa por um número semelhante do sistema Redut, este Cruzador Modernizado virá com uma capacidade de mísseis equivalente… Read more »
Sim o “Nakhimov” continuará sendo o maior combatente de superfície
do mundo e provavelmente nunca terá um rival, já que não há planos de se voltar a construir navios tão grandes por ninguém.
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E se o “Pedrão” se for mais cedo, ele será o único durando pelo menos outras duas décadas, poderoso, mas, caro de manter com muitos recursos alocados em um único navio que poderá ser bastante “ofensivo” e talvez não tão bom defensivamente.
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O fim de uma linhagem, resta saber se compensará tudo o que já foi e será investido nele.
Sim, li em fontes russas que tomaram a decisão em Julho de 2023 de retirar o “Pedrão” de serviço, assim que o Nakhimov regressar. Também li que os custos da modernização dobraram e atingiram mais de 200 bi de Rublos o equivalente a U$ 2,2 bi. Realmente caro. Mas isto se deveu em parte porque a Marinha Russa resolveu alterar equipamentos e sistemas ao longo da modernização. Eu acho que iniciaram com alguns equipamentos em mente e à medida que os anos passaram, novos equipamentos foram produzidos e a Marinha foi alterando o que queria… Sobre a parte defensiva, acho… Read more »
São 3 Sovremmeny hoje na Russia:
E mais 4 Sovremmeny que foram vendidas para a China que estão ativas:
Udaloy e Udaloy II são 8 ativas.
Conforme fontes russas – usando tradutor – o “Burny” aguarda apenas a oficialização
de sua baixa, já que os reparos provaram não valer a pena .
1- Sorte da URSS é que naquela época não existia vistoria do DETRAN, senão eles jamais sairiam dos portos.
2- Dois deles vinham para Cuba 3x ao ano fazer o controle de dengue na ilha.
Lista dos mísseis sup-sup antinavios (lançados de navios) soviéticos/russos desde a CW. 1- SS-N-1: foguete líquido, subsônico , 70 km , sistema inercial, ogiva nuclear 2- SS-N-2: foguete líquido, subsônico, 75 km, terminal radar ativo, ogiva HE ou N 3- SS-N-3: turbojato, subsônico, 450/700 km, terminal radar ativo , ogiva HE ou N 4- SS-N-9: turbojato, Mach 1.5 , 150 km , terminal radar ativo, ogiva HE ou N 5- SS-N-12/P-1000: turbojato, Mach 3, 550 km, terminal radar ativo, ogiva HE ou N 6- SS-N-19: turbojato, Mach 2.5, 650 km, terminal radar ativo, ogiva HE ou N 7- SS-N-22: ramjet,… Read more »
Como comparação a lista dos mísseis americanos no mesmo período. 1- Harpoon: turbojato, subsônico, 280 km, terminal radar ativo, ogiva HE 2- Tomahawk B : turbofan, subsônico, 500 km, terminal radar ativo, ogiva HE 3- SM-6: foguete sólido, Mach 3.5, 470 km, terminal radar ativo, ogiva HF 4- NSM: turbojato, subsônico, 180 km+, terminal IIR, ogiva HE 5- Tomahawk Block V MST: turbofan, subsônico, 1800 km, terminal IIR/ARH/RA (?) , ogiva HE – *O Regulus (turbojato, subsônico, 1000 km, inercial + telecomando, ogiva nuclear) e o Tomahawk nuclear (turbofan, subsônico, 2500 km, inercial + TERCON , ogiva nuclear) poderiam ser… Read more »
A termo de Curiosidade a classe Udaloy e bem famosa em Hollywoo foi um Udaloy nau capitania da frota Soviética no filme X-Men primeira classe, e TB o ” vilão ” final do filme Furia em alto mar, com o gerard butler, sem falar que e um navio muito bonito, com cara de mal, grosseiro, Rustico, sem essas besteiras de linhas retas, navio de verdade.
Os Sovremmeny são o estereótipo do navio de guerra poderoso e intimidador.