Um míssil de US$ 2 milhões contra um drone de US$ 2.000: Pentágono preocupado com o custo dos ataques Houthi
“Isso rapidamente se torna um problema porque o maior benefício… está favor deles”, disse um especialista
À medida que os navios de guerra americanos acumulam abates contra drones e mísseis Houthi no Mar Vermelho, os responsáveis do Pentágono estão cada vez mais alarmados não apenas com a ameaça às forças navais dos EUA e ao transporte marítimo internacional – mas com o custo crescente de mantê-los seguros.
Os destróieres da Marinha dos EUA abateram 38 drones e vários mísseis no Mar Vermelho nos últimos dois meses, de acordo com um funcionário do Departamento de Defesa, enquanto os militantes apoiados pelo Irã intensificaram os ataques a navios comerciais que transportam energia e petróleo através das regiões mais vitais rotas marítimas do mundo. Só no sábado, o destróier USS Carney interceptou 14 drones de ataque unidirecional.
Os líderes Houthi disseram que os ataques são uma demonstração de apoio aos palestinos e que não irão parar até que Israel interrompa as suas operações em Gaza. O secretário de Defesa, Lloyd Austin, anunciou na segunda-feira uma nova coalizão marítima internacional para proteger o transporte marítimo e combater os ataques.
O custo do uso de mísseis navais caros – que podem chegar a US$ 2,1 milhões por disparo – para destruir drones Houthi pouco sofisticados – estimados em alguns milhares de dólares cada – é uma preocupação crescente, de acordo com três outros funcionários do DOD. Os funcionários, como outros entrevistados para esta história, obtiveram anonimato para descrever operações delicadas e deliberações internas.
A compensação de custos não está do nosso lado”, disse um funcionário do DOD.
Especialistas dizem que esta é uma questão que precisa ser abordada e instam o DOD a começar a procurar opções de defesa aérea de baixo custo.
“Isso rapidamente se torna um problema porque o maior benefício, mesmo que abatemos os mísseis e drones que se aproximam, está a favor deles”, disse Mick Mulroy, antigo funcionário do DOD e oficial da CIA. “Nós, os EUA, precisamos começar a procurar sistemas que possam derrotá-los e que estejam mais alinhados com os custos que estão gastando para nos atacar.”
Funcionários do DOD não confirmaram que tipos de armas estão sendo usadas ou a que distância os drones estão sendo interceptados, citando a segurança operacional. Mas ex-funcionários e especialistas do DOD disseram que apenas uma arma faria sentido para esse trabalho: o Standard Missile-2, uma arma de defesa aérea de médio alcance que pode atingir até 92 ou 130 milhas náuticas, com base na variante. A variante mais recente, o Bloco IV, custa US$ 2,1 milhões por míssil.
Um destróier também poderia usar o canhão de 5 polegadas do navio com tiros aéreos, que foram testados contra drones semelhantes em alcances com resultados positivos, de acordo com um ex-oficial da Marinha com experiência nesse tipo de navio. Esta é uma opção de custo mais baixo, mas só pode atingir alvos a menos de 10 milhas náuticas de distância – o que provavelmente é muito próximo para ser confortável.
As opções de menor alcance são o míssil Evolved Sea Sparrow, projetado para disparar contra alvos a menos de 5 milhas náuticas de distância e que custa US$ 1,8 milhão por tiro, ou o sistema de armas close-in de 20 mm, para alvos dentro de uma milha náutica, de acordo com o ex-oficial da Marinha.
Mas, novamente, quanto mais perto as armas Houthi chegarem do navio, maior será o risco de impacto.
“Meu palpite é que os [destróieres] estão atirando com os SM-2 o máximo que podem – eles não estão no negócio de correr riscos com a aproximação de alvos hostis”, disse o ex-oficial.
Os especialistas também apontam que os destróieres são limitados em quantos mísseis podem disparar antes de precisarem retornar a um cais de armas dos EUA para recarregar, e cada navio contém 90 ou mais tubos de mísseis. Mas com tantos destróieres na região – pelo menos quatro na terça-feira – a capacidade de munição provavelmente não será um problema no futuro próximo.
Em contraste, os especialistas estimam que os drones de ataque unidirecional Houthi, que são principalmente fabricados no Irã, custam apenas 2.000 dólares, no máximo. O maior Shahed-136 está estimado em US$ 20 mil, disse Shaan Shaikh, pesquisador do Projeto de Defesa contra Mísseis do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais.
De qualquer forma, é uma diferença de custo significativa.
“Neste momento, [os] EUA não parecem ter uma opção melhor do que aquela que estão utilizando”, disse Samuel Bendett, consultor do Center for Naval Analyses, um think tank financiado pelo governo federal para a Marinha e o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA. Ele traçou um paralelo entre as capacidades do DOD e as da Ucrânia, ao abater drones russos.
“Obviamente, esse é um domínio diferente – atirar em drones Houthi no mar pode ser uma tarefa de ordem diferente, mas parece que reduzir o custo de tais defesas é essencial a longo prazo”, disse Bendett.
Manter o comércio internacional fluindo é uma das principais missões da Marinha dos EUA, e Austin indicou que está levando a crise a sério. O Pentágono despachou uma enorme quantidade de poder de fogo para a região, incluindo dois grupos de ataque de porta-aviões: o Gerald R. Ford no Mediterrâneo oriental e o Dwight D. Eisenhower no Golfo de Aden. Pelo menos quatro destróieres e um cruzador estão agora patrulhando perto do ponto de estrangulamento de Bab al-Mandab.
Na segunda-feira, Austin também anunciou a formação de uma nova força-tarefa marítima, chamada Operação Prosperity Guardian, para conter os ataques, que inclui pelo menos nove nações parceiras de todo o mundo.
Dezenove nações aderiram ao grupo de trabalho, incluindo alguns parceiros árabes, mas apenas nove querem associar os seus nomes ao esforço, de acordo com um alto funcionário da administração. A situação é complicada para os países árabes devido à percepção de que a força-tarefa foi concebida para proteger os navios comerciais ligados a Israel, explicou um dos funcionários do DOD.
“Esses ataques são imprudentes, perigosos e violam o direito internacional”, disse Austin a repórteres em Israel na segunda-feira, antes do anúncio. “Esta não é apenas uma questão dos EUA, é um problema internacional e merece uma resposta internacional.”
No entanto, os ataques já perturbaram o transporte marítimo na passagem que liga o Oceano Índico ao Canal de Suez, através do qual passa anualmente cerca de 12% do comércio mundial. As maiores companhias marítimas do mundo começaram esta semana a desviar os navios para longe do Mar Vermelho, forçando os navios a contornar África através do sul do Cabo da Boa Esperança.
FONTE: politico.com
RAM? Dependendo da distância e como fontes já falaram que o ideal é o SM2, algo correspondente e com baixo custo não está a bordo, mas poderia, já que é exatamente de quem está defendendo… Barak 8
Um pequeno drone (grupo I, II e alguns do grupo III) só é detectado a uma curta distância do navio. Duvido muito que pequenos e lentos drones sejam detectados e rastreados tão longe a ponto de ser possível a utilização do SM-2.
O mais provável é que esteja no máximo no alcance do ESSM (50 km).
Isso que estamos falando de um ataque pontual, um ataque de saturação com drones de pequeno porte seria devastador…estamos numa época de mudanças onde aquele que faz guerra irregular tem acesso a tecnologia, é muito mais rápido e barato repor um SARP pequeno/médio do que um míssil americano. Grande parte dos sistemas antiaéreo estavam preparados para aeonaves hostis com grande massa e/ou mísseis de cruzeiro voando a velocidades elevadas, esse drone iraniano com motor de moto usado na Ucrânia praticamente deu um tapa na cara das grandes empresas de defesa ocidentais, o simples e barato que o pessoal deu risada… Read more »
Mas as ameaças convencionais continuarão a existir e demandarão defesas convencionais. A AA tem que se adaptar às novas ameaças (hipersônicos e drones do grupo 1, 2 e 3) e pelo menos os EUA está bem adiantado nesse quesito. Já está operacional um sistema gerador de pulso eletromagnético. O ano que vem entrará em operação um sistema laser de alta energia (60 kW) no US Army instalado no Stryker. A combinação de armas de energia dirigida, interceptadores cinéticos e sistemas de interferência eletrônica e cibernética está em plena ação. Na Ucrânia ocorrem ataques de saturação e 90% são interceptados. Pra… Read more »
Mas esses 10% que passam, causam um grande dano nos dois lados.
Sem dúvida. Mas aí vale pra todo tipo de ameaça, que vai do homem bomba ao Sarmat. Nenhum sistema de defesa é infalível.
Que dizer que a brincadeira de guerra está ficando caro ate para os americanos que tem orçamento de quase 1 trilhão de dólares por ano,o jeito vai ser usar espingarda de chumbinho.
Agora se ta caro para os americanos você imagina como é difícil para o resto dos paises do mundo manter um navios bem armado.
Por ai você vê a dificuldade da marinha do Brasil em ter navios novos bem armados e com míssil e munição em quantidade razoável para treinamento real .
Algumas incorreções do autor: O ESSM pode atingir alvos até 30 milhas náuticas (50 km) e não 5 mn. O canhão Mk-45 de 127 mm dos americanos sequer tem munição AA (ogiva pré-fragmentada , espoleta de proximidade/programada) portanto, acho difícil ele ter sido testado na função C-UAS O Shahed 136 não deve ser o que está sendo utilizado pelos Houthis porque ele não tem capacidade de atingir alvos móveis (no caso, navios). Claro que ele pode estar sendo utilizado para atingir Israel e para fazer os americanos gastarem munição, mas não é ele que está atingindo os navios. A versão… Read more »
Um projétil guiado de 127 mm disparado pelo canhão que poderia ser utilizado na função C-UAS dos grupos I e II é o HVP , mas até onde eu sei foi cancelado.
*Esse projétil é compatível com os obuseiros de 155 mm.
Há navios britânicos na região, pode ser uma oportunidade para o highlander mk8 modernizado de 114mm mostrar uma velha/nova serventia.
Realmente! O Mk-8 ainda é utilizado na função AA.
Está na hora de relerem os manuais da guerra fria. Do mesmo modo que eles quebraram com a União Soviética, irão quebrar num futuro próximo…a dívida pública dos yankes parece não ter freios…
Olá RP. A questão da dívida pública dos EUA não chega a ser um problema. A ex-URSS colapsou porque foi incapaz de prover a sua população de uma condição de bem estar-material, já que a sua capacidade industrial estava focada na produção militar. Desde modo, o regime perdeu o suporte popular. Quando a linha dura tentou um golpe de estado para derrubar Gorbachev, eles romperam qualquer linha de sustentação política. A China parece ter aprendido com o fracasso soviético. O sucesso econômico do regime chinês resultou na estabilidade política do regime, que continua fechado em torno do Partido Comunista Chinês.… Read more »
O que a China fez foi o que o Gorbachev não quis, quando vieram as reformas muitos protestos eclodiram e foram prontamente esmagados até que elas realmente surtissem efeito e acalmassem o povo. Gorbachev não estava disposto a tanto, além de ter dado muita liberdade política também
Esse parece conhecer o porquê do colapso da URSS. Será que ele sabe dizer pra qual líder Mundial, Boris Yeltsin ligou o primeiro pra avisar o fim da URSS?
Uns Tomahawcks na origem desses drones seria a solução.
Varre os houthi da terra é a solução ou retaliar lançar drones em barcos iranianos navegando pelo mundo e se faze de louco que nem o Irã
Mas se atacar navios iranianos não será em nome do amor. Aí não pode!
https://www.youtube.com/watch?v=Ob8cS0UbeX8
Acho que a resposta iraniana é que não vai ser muito amorosa rs
Muito estranho esse comportamento de “warmonger” com sede do sangue de um povo que nunca esteve em guerra com o nosso, muito pelo contrário. É coisa patológica mesmo, aberrações que a ideologia – no sentido de mistificação da realidade – constrói.
Sede de sangue?
Não gosta do tema o que está fazendo nesse blog? Falar de guerras e armas e ataques navais lhe causa indigestão ou náuseas?
Aqui não é nenhuma questão de sede de sangue e sim de discutir acerca de táticas e estratégias de como neutralizar, do ponto de vista militar, uma agressão em curso.
E por acaso os israelenses já nos atacaram alguma vez?
Você pode ter uma ideia melhor mas não a expôs para apreciação e aí reclama da ideia do Rodrigo?
Tenha dó!
O blog é de defesa, não de apologia a genocídio. O que eu questiono é essa vontade esdrúxula de varrer pessoas da face da terra que, concretamente, nunca fizeram nada a qualquer brasileiro, somente porque estão em guerra com os EUA e a OTAN. Não faz o menor sentido. Daí você me pergunta se Israel já nos atacou alguma vez; simplesmente não é esse o ponto, não defendi qualquer agressão a Israel.
Mas você direcionou seu comentário a mim e eu só havia citado o ataque a navios. Se ficou incomodado com a parte do comentário do Rodrigo que fala em exterminar os “houthis” devia ter direcionado a ele. A sugestão do Rodrigo acerca de atacar barcos iranianos do mesmo jeito que os houthis apoiados pelos iranianos faz com barcos de outras nações é absolutamente pertinente. *Só para deixar claro, os houthis é um movimento político e não um grupo populacional, portanto, nem o Rodrigo fez apologia a genocídio algum. O atual governante brasileiro está tentando varrer a direita da face da… Read more »
É meu caro, eu voltei pra trilogia e vejo esse mymymy da desproporcionalidade.
Falou e disse tudo
Resposta iraniana? Transforma aquele deserto num estacionamento!
O ideal seria bombardear as bases do governo Houthi, e tentar matar o alto escalão, se atacar os navios Iranianos, eles vão atacar todo mundo, aí começaria uma guerra maior que foi iniciada na Tempestade no Deserto e Iraque Livre
Com que dinheiro os EUA farão isso? Eles estão endividados até o pescoço, com um déficit de mais de 130 % do PIB, com o dólar sendo deixado de lado em diversas transações internacionais, com a inflação sob controle às custas da freada na emissão de dólares, a China que tem a segunda maior quantidade de títulos da dívida americana se desfazendo desses papéis , com o Japão que é o maior detentor de títulos americanos , entrando em recessão e o Reino Unido e UE com as economias em frangalhos, sem fonte de energia barata e após o fracasso… Read more »
Pois agora que a fera está contrariada é que vem o real perigo. Teremos uma leva de guerra híbrida duríssima pela frente. Nós BRICs fundamentalmente. Vamos ver no caso do Brasil como vai a vassalagem da dupla midia-politicos. Já funcionou super bem na época da derrocada da Dilma, e já levaram no bico a Argentina. 2024 vai ser um ano muito perigoso para a democracia do Brasil e seus interesses internacionais.
Uau, estão alarmados com o custo de defesa desfavorável… Descobriram isso ontem quando um funcionário ocioso, aspirante a analista militar, lá numa salinha embaixo da escada do porão do subsolo do Pentágono, comendo uma rosquinha gordurosa e tomando coca-cola quente puxou do lápis atrás da orelha e rabiscou uma aritmética num guardanapo de papel e :WTF, we are loosing money in this Exchange. Em alguns minutos a descoberta deve ter chegado em ouvidos graduados que, prontamente deram de ombros, não sem antes avisar o pessoal da desinformação que ainda tem trouxa que não sabe disso e que dá pra esticar… Read more »
Sobre o esforço quase secreto do governo americano pra bloquear a discussão sobre crimes de guerra israelenses em Gaza:
https://youtu.be/kUqd-BneJ98?si=grbflUHMrgeNzLQg
Mas e quem está se esforçando para relativizar os crimes de guerra dos palestinos?
Precisa fazer Israel parar seus crimes de guerra, muito mais volumosos e em progresso, agora, pelo bem dos inocentes que certamente serão sacrificados já amanhã. O que o Hamas fez de criminoso poderá ser igualmente julgado no tempo devido, após investigação caracterizando. Claro que, frente ao ímpeto implacável israelense que desconsidera clamores públicos, só restou esse caminho da ‘judicialização’ e boicote (Malásia). Existe algo de monstruoso em deixar um morticinio prolongar-se por nos perdermos na contabilidade comparativa dos cadáveres (procurando um justo equilíbrio entre assimétricos!), nas acusações sobre quem começou a bater ou quem chegou primeiro ou quem tem Deus… Read more »
Isso não é um argumento.
Não é mesmo. É uma pergunta?
Está mais para uma tentativa de monopolizar a discussão se afastando dos crimes de guerra que o Israel vem praticando premeditadamente desde o início da retaliação desproporcional. Falei aqui antes que o número seria de 11 palestinos para cada israelense morto. Infelizmente já passamos desta proporção e continua aumentando, fundamentalmente entre mulheres e crianças.
Mas parece que antes houve a monopolização da discussão na grande mídia que afastou a responsabilidade dos crimes contra a humanidade perpetrado pelos palestinos que forçaram uma israelense. Se você percebe esse movimento da minha parte deve ser só uma reação natural a atos pretéritos no sentido oposto.
Quanto a quantidade de civis vitimados pelos israelenses na busca do seu objetivo primário realmente é uma pena mas até onde eu sei ainda hoje ocorreram ataques de foguetes palestinos contra cidades israelenses sem nenhuma importância estratégica ou tática, demonstrando o pouco apreço que eles têm pelos civis israelenses.
Ok, olho por olho, dente por dente. Até ahi tudo bem. Agora um olho por 11 olhos, a esmo? Responder a ataques claramente declarados como terroristas com atitude igualmente terrorista? A nível de estado? Usando as forças armadas para bombardear prédios habitados por civis, por mais de 30 dias? Então, se não vê nada demais nisso, está tão perto quanto o governo Israelense do nazismo que tanto diz combater….
Interessante que você e a grande mídia insistem em fazer a conta de quantos civis Israel matou para cada civil israelense morto pelos palestinos (como se fosse um jogo de futebol) mas eu sugiro que só de curiosidade , façam a conta de quantos civis ucranianos os russos mataram para cada civil russo morto na guerra da Ucrânia. Ah! A Ucrânia não invadiu a Rússia. Tem um comentarista aqui na Trilogia que é bem inteirado dos números e diz que já morreram 1.000.000 (um milhão) de civis ucranianos. Então, vou te ajudar a fazer a conta: mortos de civis ucranianos:… Read more »
Ok, já que não temos como defender matematicamente as baixas civis causadas pelos israelenses nos bombardeios (a esmo, mulheres e crianças principalmente), vamos confundir o argumento juntando a guerra da Ukrania….. Sem comentários. Só uma correção, o número de palestinos já vai pelos 17x. Infelizmente continua majoritariamente em mulheres e crianças. E os bombardeios a prédios civis continuam, noite após noite.
É um típico paradoxo: não é confortável deixar drone barato (uma pinóia que drone com capacidade de voar centenas de quilômetros e carregar sensor e ogivinha de 50 libras custa só 2 mil pacotes – um mísero quadriciclo elétrico com carroceria custa cinco vezes isso, sem imposto de importação) ou míssil (balístico, supersônico , ou de cruzeiro, subsonico, todos com ogivas de 2000 e 1000 mil libras, respectivamente, segundo Sutton) chegar perto demais (digamos a distância menor que dez quilômetros) então tem que usar um míssil caro pra abate distal. Tá, ninguém lembra dos hellfire (custa ‘apenas’ 100 mil dólares)… Read more »
Ou querendo vender muito Coyote, que é sistema antidrone caro pacas da Raytheon, pra quem quiser e tiver dindin pra comprar…
Mas a Raytheon é o fabricante do SM-2 também.
Quando a USN percebeu que havia a ameaça representada por um ataque de enxame de pequenos embarcações ela tratou de se adaptar instalando canhões de pequeno calibre em seus combatentes de superfície, adaptando o Phalanx para engajar alvos na superfície, desenvolvendo um Hellfire Longbow de lançamento vertical, desenvolvendo a capacidade do míssil RAM de engajar alvos na superfície, etc. Agora, com a percepção da ameaça de enxame de UAVs ela sem dúvida irá se adaptar e o citado Coyote 2 faz parte da solução. Muito provavelmente irão desenvolver um lançador vertical modular que possa ser levado por navios. Seu motor… Read more »
Corrigindo: ‘todos com ogivas de até 1000 libras, segundo H. I. Sutton’. Aqui:
https://youtu.be/e6PeA_Ixkz8?si=9l9Ws7s_oc0LF7kA
Destaque pra tática Houthi pra alvejar o navio comercial. Já sabe: se alguém ordenar que você pare o navio, não pare, se puder, faça zigue-zague…
Os EUA podiam usar as mesmas táticas desses ordinários do iemen contra eles próprios, né? Produzir milhares, talvez milhões, desses drones baratos e jogar umas bombinhas na cabeça desses terroristas idiotas. Aproveitando pra jogar algumas centenas de milhares na cabeça dos aitolás iranianianos também
Mas aí o povo do amor vai dizer que é uma reação desproporcional, genocídio, racista, xenofóbica, etc. Só quem tem direito de ser incivilizado, insensível e cruel são as oprimidas vítimas sociais do capitalismo.
O ódio não tem preferência – agressor e vítima sentem igualmente seu poder demoníaco. Deixado a si mesmo, sem a compensação da percepção reflexiva, o ódio, e seu fundamento retaliatorio compulsivo, produzirá uma humanidade cega e banguela, banhada em sangue, deformada pelo terror. O amor não é remédio pro ódio (‘os homens amam às pressas mas odeiam longamente’); a inteligência tolerante e o anseio por paz e justiça, sim.
Alex, Você claramente reconhece na espécie humana características mais nobres que eu não reconheço. Eu acho que em determinadas situações extremas há de se buscar vingança e punição, pura e simples, e que dane-se a racionalidade ou o amor. Se a humanidade for extinta consumida pelo ódio e pela vingança, que seja. A natureza continuará a existir independente de nós. O problema do seu pensamento “O amor não é remédio pro ódio, a inteligência tolerante e o anseio por paz e justiça, sim.” parece ser ele de mão única. Gostaria que isso fosse recitado no ouvido de homens bombas e… Read more »
Vai, Bosco, mais um pouquinho e vc consegue defender – novamente! – o uso da bomba atômica em outro lugar miserável e arrasado pela guerra!
AVISO DOS EDITORES: DEBATA OS ARGUMENTOS SEM PROVOCAÇÕES PESSOAIS INÚTEIS PARA O DEBATE.
LEIA AS REGRAS DO BLOG:
https://www.naval.com.br/blog/home/regras-de-conduta-para-comentarios/
Sempre defenderei a utilização de qualquer recurso, ainda que desproporcional, em prol da defesa e contra o atacante, principalmente se a existência da vítima da agressão inicial estiver ameaçada. Se os palestinos acharam que a nobre causa defendida por eles lhes permitia cortar cabeças de bebês , mãos de garotinhas, jogar foguetes a esmo sobre cidades e assassinar centenas de inocentes de maneira absolutamente cruel eu não vejo porque os israelenses não podem ter a mesma percepção na sua defesa. Acaso você acha que os palestinos são menos humanos que os israelenses e que eles têm um peso moral inferior… Read more »
EDITADO:
2 – Mantenha o respeito: não ataque outros comentaristas.
Duvido muito. A indústria de defesa dos States está no negócio de vender aparelho caro. Poucas unidades a preço exorbitante. De preferência com uma balela de serviços pendurada por 10 anos a fio, mais caros ainda. Tudo isso é incompatível com a produção em massa de aparelhos baratos e eficientes para guerra assimétrica.
Falei ou não falei???
Tecnologias comerciais avançaram tão rapidamente que podem colocar em cheque soluções caríssimas que levaram décadas para implantar.
Tão ruim quanto gastar uma dinheirão para matar pulgas….é acabar o estoque no navio….Isto sim é o pior….vai por mim, acho que eles estão é criando emprrando um costume doutrinário errado na US Navy e de repente, escalar para um ataque com mísseis de 1a linha na primeira distração….
Isso não denigre as “soluções caríssimas” para conter outras ameaças. A China por exemplo desenvolve armas para atacar e defender-se dos EUA em um eventual conflito ou fornece-las em uma guerra por procuração e os EUA necessitam fazer o mesmo. . Não tem nada de errado apenas se terá que procurar por uma solução para um novo problema, como por exemplo, durante anos as “Alas Aéreas dos NAes” foram muito focadas em ataque terrestre até que à ascensão chinesa obrigou a uma releitura onde um novo míssil anti navio surgiu o popularmente conhecido como “LRASM”, uma versão anti navio do… Read more »
A hipertrofia na natureza, tambem é fator de extinção….
Seria a extinção dos grandes dinossauros ? Bom, isso foi há milhões de anos atrás, seja como for os chineses tem agora o “Type 055” e estão atrás de outras coisas maiores e/ou mais capazes então é preciso diversificar, o que está sendo feito pelos EUA também com relação a meios “menores” e/ou “não tripulados” só não dá para “abandonar” os meios maiores, fazer as malas e voltar para casa.
Não tem como , mestre Dalto….a hipertrofia que tanto ajuda na guerra oceanica, está prejudicando na guerra litoranea….
É melhor gastarem mísseis de milhões para derrubar drones de 20 mil do que deixar passar e ter um custo de x milhões com a explosão e ainda virar piada igual o exército russo né .kk.
Essa parada aí teria sido um excelente alvo, por quê não foi?
O ideal seria ir até a fonte do problema, com certeza ficaria bem mais em conta
Para ver como são as coisas, as potências e várias mídias não davam a menor importância para a crise humanitária no Iêmen, uma das piores do mundo, ninguém se importava com a região e os conflitos com a Arábia Saudita, afinal, era só uma questão entre os filhos de Alá, lá onde o Judas perdeu as botas. Mas, curiosamente agora quase todo mundo está falando do Iêmen, agora se importam, agora todos sabem tudo da região, mas continuam omitindo a crise humanitária e os crimes cometidos pela AS, e ainda querem que as mesmas potências que se calavam perante a… Read more »
Engraçado que algumas das potências que não davam a mínima para a crise humanitária no Iêmen eram a Rússia e a China mas os Houthis só atacam o Ocidente.
E para quem estava atravessando uma crise humanitária e eram chamados de “pés de chinelo” até que eles estão bem armados (talvez esteja aí o motivo da crise humanitária) . Melhor do que nós que somos 9ª economia do mundo.
“Engraçado que algumas das potências que não davam a mínima para a crise humanitária no Iêmen eram a Rússia e a China.” Os EUA também não davam a mínima, além de armarem a Arábia Saudita, claro. “mas os Houthis só atacam o Ocidente.” Que “Ocidente” é esse que tu está falando? Poderia ser mais específico? A velha tática de usar a narrativa do “Ocidente”…rsrsrs. “E para quem estava atravessando uma crise humanitária e eram chamados de “pés de chinelo” até que eles estão bem armados.” Aqui não é surpresa para ninguém, todos sabem que as armas vem do Irã, tu… Read more »
Mas ninguém se importa com o Iêmen. País destruído pela guerra e sem nenhuma capacidade militar/industrial/comercial/ produção de commodities. Logo não está envolvido na complexa economia capitalista globalizada. Porém qdo eles tentam afundar navios mercantes e como consequência o frete aumenta (seguro tbm) o mundo tem que agir.
“o mundo tem que agir.”
Sei bem que “mundo” é esse…
ué, então sua solução é deixar os Houthis fazerem o que quiserem com os navios que passam em zona marítima internacional próximo a sua costa?
A melhor defesa é o ataque
Ideia de milhões: Fazer um CIWS paletizado e alugar pros navios que forem passar por aí (ou outra região complicada). Se tiver inclinação suficiente, dá pra usar contra aqueles piratas lá do filme capitão Phillips.
https://www.youtube.com/watch?v=rr7ym1zkda8
Pode utilizar esse. Um tiro uma morte.
Interessante Bosco. Israel não havia desenvolvido um pequeno míssil multipropósito que pode ser até lançado por navios? Ele poderia ser usado para caçar os lançadores dos drones? O que vc acha?
Como é que é???!!! Armamento paletizavel e conteiravel plug and play???!!!
E porque não? Só chegar alimentação elétrica, já inclui radar, canhão e/ou míssil e a benção pra mandar pro espaço! kkkkkkk
Tecnicamente o Phalanx, por exemplo, já é 100% autônomo. Acho que o problema é mais da responsabilidade… mas os advogados de plantão devem dá um jeito nisso.
nnnããããããooooo….pode ser…..! rzrzrzrz
É por isso que se deve gastar esses Milhões jogando lhe bombas na cabeça.
A solução é a seguinte: atacar diretamente o financiador desses grupos terroristas. Ataque no coração. 2024 vem aí, e Trump saberá o que fazer.
Quando um ataque de drones em matilha for tecnologicamente viável , imagino o cenário.
Três , cinco ou mais matilhas atacando em ondas um navio , chega um momento que faltará “bala”. 🙃
O que pode acontecer é que os navios podem voltar a ter centenas de canhões e metralhadoras AA, como por exemplo os couraçados da classe Iowa, que tinham mais de 120 canhões de 40 e 20 mm e mais de 100 metralhadoras “ponto 50”.
No caso, eu acho que vai ser uma mistura de canhões, lasers e geradores de pulso eletromagnético.
https://www.eurasiantimes.com/us-navy-gets-a-dedicated-microwave-weapons-division-drones-missiles/
O irônico, mestre Bosco…..é que acontece é acontecera a materialização daquela minha crítica….as soluções existem abundantemente….as soluções são baratas… as soluções são escalonaveis…o problema é que os cascos caríssimos não tem espaço onde colocar isto…é o fim da picada…o verdadeiro dilema é este….tivessem espaço, isto não seria nem matéria de discussao ou preocupação….era só colocar e ponto…cadê os espaços….?
O USS Preble tornou-se o primeiro “Destroyer” armado com o “Helios” mais capaz que o “ODIN” que pela última vez que verifiquei equipava outros 5
“Destroyers” – todos os 6 da Frota do Pacífico – e essas armas laser foram colocadas adiante da “ponte” no lugar onde normalmente existe um “Phalanx”.
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Um segundo “Phalanx” encontra-se atrás da segunda chaminé em todos os
Arleigh Burkes com exceção de 8 armados com um SeaRAM então pode ser que no futuro esta posição seja ocupada por armas laser mais capazes que as atuais ou essa que o Bosco comentou.
O Phalanx é excelente para muitas coisas….mas não considero bom para enxames….ele é tiro “duro”…para enxames, o melhor é espoleta de fragmentação…..além de que ele precisa de uma rajada longa travada no alvo….se existirem muitos, ele pode não ter tempo de apontar para todos… Já o canhão laser, ainda acho prematuro todos eles….ao menos até o momento, não vi nenhum que não precise ficar travado no alvo por 5 a 10 segundos…isto é tempo demais….eles precisam ainda de mais potencia e uma irradiação de milisegundo para assim simular algo generico a um disparo de canhão de alta velocidade….para enxames….dependendo dele…tambem… Read more »
Você perguntou sobre espaço Mestre, então, apontei dois locais nos Arleigh Burkes que poderão abrigar futuras armas e o “HELIOS” é uma ponte para novos sistemas em desenvolvimento, normal que você ache “prematuro”. . Um grande combatente de superfície também deve ser capaz de lidar com mísseis mais sofisticados e também ter a capacidade de atacar alvos importantes daí essa aparente “falta de espaço” por conta de sensores mais capazes que necessitam maior geração de energia e um grande número de mísseis variados a bordo e isso não irá mudar. . No fim das contas poderá se chegar à conclusão… Read more »
“Um míssil de US$ 2 milhões contra um drone de US$ 2.000: Pentágono preocupado com o custo dos ataques Houthi”Vale salientar que o autor cita uma preocupação do Pentágono no título da matéria mas em nenhuma momento ele cita algum comunicado oficial do Pentágono ou alguma opinião de um membro do alto comando do Pentágono. Esse tipo de comunicado no Ocidente é muito comum. Parece um modus operandi. Sempre citam o Pentágono e o que “ele” esta sentido, sem informar as fontes ou se tal opinião vem de representantes oficiais do Pentágono ou se fala em nome do Pentágono. Pentágono… Read more »
“Os líderes Houthi disseram que os ataques são uma demonstração de apoio aos palestinos e que não irão parar até que Israel interrompa as suas operações em Gaza” Interessante que nessa frase o articulista comete um ato falho normal na mídia quando cita que os palestinos estão em guerra contra Israel, mas quando Israel responde tem que responder especificamente ao braço armado palestino (parece que eles chamam esse braço armado de Hamas) e de preferência prendê-los para que sejam submetidos a um julgamento justo, com direito a ampla defesa. *Interessante também é que pelo jeito os tais “líderes Houthis” não… Read more »
Combate assimétrico… Sempre foi assim nos últimos 5.000 anos… Basta lembrar o custo de manter a X Legião Romana a cercar a Meseta de Massada contra algumas centenas de cicarios.
A coisa vai assim, até esses caras acertarem um navio norte americano, aí eles verão o inferno sobres suas cabeças!
Há de se avaliar o menor custo, destruir os Drones ou onde estão armazenados…
A Operation Prosperity Guardian está afundando no caos: os franceses já se adiantaram pra escoltar apenas navios de propriedade francesa. Se a moda pegar, acabou a operação conjunta pela falta de liderança crível. Os próprios americanos refugam a idéia de custear a proteção de companhias logísticas não americanas, e os militares já disseram bem lá atrás pro seu braço logístico, o USNS, ‘naveguem rápido e em silêncio pois vocês estão por conta própria em caso de conflito’; imagine pras companhias logísticas do mundo com frotas de várias centenas de de navios. O caldo de galinha entornou…
Minha compreensão foi um pouco diferente Alex. Os franceses e outros alegaram que seus navios e demais meios não estarão sob comando dos EUA nessa situação em particular.
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A OTAN não é e nunca será perfeitamente harmoniosa e os europeus nem sempre se sujeitam aos desígnios dos EUA, diferente por exemplo do que se viu com os integrantes do “Pacto de Varsóvia” a contrapartida soviética da OTAN.
É só atacar as bases dos Houthi diretamente , já era acabava com esses insultos.
Os EUA são viciados em guerras. O país existe a 240 anos, apenas 16 deles, não estiverem envolvidos em guerras ou seja, nos 224 eles se envolveram em guerras. O complexo militar industrial americano, ganha muito dinheiro com as guerras. Isso explica porque os Estados Unidos, são fascinados por guerras.
Se jogar uns mísseis diretamente em cima dos Houthis não resolveria mais rápido ? Tem pessoas que ficam cutucando a onça com vara curta e parece que as onças estão ficando cada vez mais mansas.
Não confiam nos Phalanx CIWS?!!!
O alcance do Phalanx é de 1,5 km . A largura do Golfo de Aden e do Mar Vermelho chega a 300 km em alguns locais . O Phalanx para ser utilizado tem que ser numa situação de autodefesa.
Pois é Bosco. Mas, numa desproporção de valor dessa fica inviável. A solução vai ser instalar sistema Phalanx ou similares em navios mercantes, e cada um que se vire para se defender.
Já existem otims soluçõs para isto, e ja cantei esta carta a alguns anos… foguetes 70 mm guiados a laser. Froam criados como arma de precisão ar-terra, mas depois revelou-se plenamente capaz de terra-terra….. Por ultimo e para surpresa de ninguem (excetos baroes militares e da Industria) , revelou-se tambem otimo como missil anti aereo de baixo custo Consegue puxar 5gs de curva e custa US$ 20 mil a US$ 30 mil Alcance de 10 km…. Não a toa, um F-16 ja testou seu emprego contra drones com 100% de sucesso…basta um podcasulo de reconhecimento e track laser no alvo….pronto…feito….… Read more »
https://www.youtube.com/watch?v=Usd0Uouj6XA
O Mwari (ex Bronco) esta com este apelo de emprego anti drones….
Olha que design limpo que soluciona um zilhao de coisas…..VTOL ou decolagem super curta…..este seria um bom vetor caçador….
https://www.youtube.com/watch?v=TqzJBLpbxic
https://www.youtube.com/watch?v=_KHd-C08OUI
https://www.youtube.com/watch?v=-86lYBY6sB8
Os proprios Iranianos parecem ja ter algo bem próximo…..um drone com missil ar-ar, o que se precisa, é instalar um casulo para vários foguetes guiados a laser ou manpads…
https://twitter.com/i/status/1716083145559183573
https://www.youtube.com/watch?v=H391sMp1NHU
Um drone com missil anti aereo anti drone……..
Porra, é só, pra cada drone lançado pelos terroristas, os SSA destruir uma infraestrutura deles, e ponto final.
desde que vc saiba onde estão…o problema da guerra assimetrica é este….estão escondidos em qualquer lugar….
É só fazer o mesmo com eles! Manda uns 1000 fazer uma visita! Ou ultilizar armamento de inpuso magnético. Ou Adaptar as defesas de mísseis dos caças em disparos terrestres.