Marinha apreende mais de uma tonelada de drogas durante Patrulha no rio Içá (AM)
Material ilícito chegou ontem (14) a Tabatinga, a bordo de Navio-Patrulha Fluvial
A Marinha do Brasil (MB) apreendeu cerca de 1,17 tonelada de maconha durante ação de Patrulha Naval no rio Içá, no estado do Amazonas. O material ilegal foi entregue, na noite de ontem (14), à Polícia Federal e incinerado pela Polícia Civil, em Tabatinga (AM).
A apreensão ocorreu no dia 11 de fevereiro e contou com o emprego de um Navio-Patrulha Fluvial (NPaFlu) e de cães farejadores da MB. As atividades de fiscalização também foram apoiadas por uma aeronave embarcada, do 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Noroeste, e de um destacamento de Fuzileiros Navais do 1º Batalhão de Operações Ribeirinhas.
Na ocasião, o Navio-Patrulha Fluvial interceptou uma embarcação suspeita, do tipo “rabetinha”, que recusou a ordem de parada e tentou se evadir. Uma equipe de militares da MB, especializada em abordagem e inspeção, foi enviada na direção do barco que foi encontrado abandonado na margem do rio, sem a presença dos tripulantes, que fugiram do local.
“Realizamos a inspeção com auxílio de cães farejadores e foi verificada a presença de substância entorpecente, acondicionada em vários pacotes, armazenados em um fundo falso. Após o trabalho minucioso de testes e pesagem elaborado pelos militares, constatamos que havia a quantidade de 1.171,80 quilos de maconha”, relatou um integrante da operação.
A Marinha do Brasil realiza, diuturnamente, ações de Patrulha Naval no mar e em águas interiores por todo o País. Essa é uma atividade de caráter militar, que tem a finalidade de implementar e fiscalizar o cumprimento de leis e regulamentos em águas jurisdicionais brasileiras. Na região amazônica e de fronteira, essas ações visam coibir, especialmente, crimes ambientais e transfronteiriços, como o tráfico internacional de drogas.
A presença da Marinha do Brasil na Amazônia Ocidental, por meio do Comando do 9º Distrito Naval, busca preservar as linhas fluviais da Bacia Hidrográfica Amazônica, promovendo a segurança da navegação e auxiliando o Estado no combate a diversas atividades ilícitas, tanto de forma independente, como em conjunto com outros órgãos públicos.
FONTE: Agência Marinha de Notícias
Imagina a quantidade de drogas que passam pelas nossas fronteiras marítimas. Claro que não dá pra pegar tudo, mas o número de apreensões seria muito maior se tivéssemos uma guarda costeira de verdade.
Cara com 8.000Km de costas só se colocar um navio a cada 10Km. Por isso o Sisgaaz é tão importante pois podemos multiplicar a vigilancia comuso de outros meios de detecção. Nem os EUA com todo seu aparato consegue evitar que drogas entrem no seu território. Vide Golfo do México e fronteira mexicana.
Prezado Marcelo, embora o ComPAAz já faça um trabalho muito bem direcionado, fruto da cooperação interagências, sua leitura está corretíssima, pois é a existência de um sistema de monitoramento, como proposto no projeto do SisGAAz, que garantirá a vigilância e o emprego eficiente dos meios para repressão de ilícitos… abraço…
Não deveriam. Penso. Repressão de ilícitos não deveria ser atribuição das Forças Armadas.
Prezado Esteves, a questão é onde acontece… ou vai mudar legislação, atribuições etc pra passar a bola ? Nao é por aí, acredite. E digo mais: para enfrentar os problemas, quaisquer que sejam, em um país como o nosso, um esforço que não seja interagência esta fadado ao insucesso, não se sustenta no tempo… abraço…
Conversinha. A mesma de GLO. Por que chamam os militares para GLO? Por que colocar o militar em contato com o crime? Porque a sociedade civil não quer sujar as botas?
Interagir, ok. Delegar é conversinha.
Prezado Esteves, acredito que todos nós tenhamos de fazer essas perguntas antes de apertar a tecla verde daquela maquininha… abraço…
Concordo com o Marcelo, mesmo os EUA, que devem ter o maior investimento em patrulhamento do mundo em sua fronteira sul, não conseguem impedir a entrada de drogas, imigrantes etc. É uma guerra perdida.
Se fizer mais, pega mais.
Para quê? Os criminosos envolvidos vão sair livres depois da audiência de custódia ou fugir depois da saidinha. Como eu já falei em outras matérias parecidas, isso ai é enxugar gelo, não adianta as forças policiais fazerem seu trabalho para depois a (in)Justiça ir lá e passar a mão na cabeça dos criminosos.
Quem faz a lei é o Legislativo. Qual a porcentagem de criminosos que não retornam ao sistema carcerário? Menos de 1% em 1 ano e 5% nas datas festivas.
O problema é? A desculpa de sempre é a falha do sistema (faltam penitenciárias e faltam penitenciárias que garantem o cumprimento da pena em sua totalidade). Então…criaram a progressão para esvaziar os presídios e isso está assim no mundo todo.
Mas…se o criminoso Tivesse a certeza que 40 anos serão anos, haveria tanto crime?
FB tem uma proposta no Senado. Saidinha é pra quem estuda.
Nada disso. Muitas das lacunas da lei são preenchidas pelo Judiciário conforme o entendimento da doutrina e da jurispridência, as vezes ele é sumulado. Há inúmeros dispositivos, alguns de conceito jurídico indeterminado, que receberam interpretações brandas ou tiveram o propósito de sua redação desvirtuados por juízes. E há também aqueles que foram estabelecidos pelo legislador mas declarados inconstitucionais, como alguns dispositivos do Pacote Anti-Crime, por exemplo, que tiveram sua eficácia suspensa. Então não venha com essa de que “ah mas a culpa é de quem faz as leis”. Todo o Judiciário no Brasil é dominado por uma elite acadêmica garantista,… Read more »
Debate jurídico é um debate técnico. Generalidades e opiniões…
Nã me venha com essa, o Judiciario toma as decisões pautado no que dispõe a lei. Quem é dominado por uma elite academica garantista é o Legislativo, dominado pela milicia. A saidinha estã prevista em lei, se achamos que nao tem que existir, que se crie lei para extingui-la.
AVISO DOS EDITORES: A DISCUSSÃO ESTA DESVIANDO PARA O PROSELITISMO POLÍTICO.
LEIAM AS REGRAS DO BLOG:
https://www.naval.com.br/blog/home/regras-de-conduta-para-comentarios/
O sistema é feito para pegar sardinha e deixar passar o tubarão. Zé Ruela na favela e traficante enquanto os chefões são “empresários”, “fazenderios”, “políticos” etc. Enquanto o risco para os tubarões não for expressivo o crime tem vantagem.
Quem e o que determina quem é sardinha ou tubarão é o inquérito. Polícia.
O que mata o Brasil é o código penal, é cheio de brechas.
a Justiça faz o que determina a lei. Se a lei não é suficiente para combater o crime, aí já é competencia do Legislativo.
Indispensável esse trabalho que as FA fazem nas ações de patrulha. A droga é um dos cânceres de uma sociedade, tão destrutiva quanto a corrupção. Anualmente, o trafico de drogas chega a movimentar quase R$ 20 bilhões apenas de consumo interno. Nós não produzimos cocaína, mas somos o maior exportador do mundo. Estima-se que exportamos mais de mil toneladas de pasta base anualmente, o que pode chegar a R$ 120 bilhões! E como saí tudo isso? Nosso litoral. Ele é uma peneira. Quem já fez pesca oceânica a noite, próximo a portos, já deve ter percebido bastante movimentações atípicas. Isso… Read more »
Prezado Merlin, a quantidade de meios nunca será suficiente se nao adotarmos um sistema de monitoramento que os direcione pontualmente para a repressão aos ilícitos… um sistema de sistemas, alimentado por dados de inteligência e permeados por cooperação interagência… está aí uma saída para fazer frente ao desafio que nosso litoral e ambiente ribeirinho nos apresentam… abraço…
Bravo Zulu! Mas imaginem a fumaça produzida por esse material incinerado! kkkkk
Excelente! Gelo enxugado com sucesso!
Mesmo sendo enxugar gelo, o que, na sua opinião, deveria ter sido feito nesse caso?
Boas lembranças do Raposo Tavares, espero que aquele porão de tropas tenha um ar-condicionado melhor hoje, na minha época… o lugarzinho quente.
A Marinha tem algum projeto de navios de patrulha fluvial para substituir / ampliar a frota existente?
Esse é um ponto muito sensível no Brasil, nos rios da Amazônia acontece de tudo, tráfico de drogas é só um dos ilícitos que sabemos que acontece ali. Me lembro do velejador neozelandês Peter Blake morto em um assalto em um rio da Amazônia. Temos ainda o garimpo ilegal e a extração de madeira ambos usando os rios como vias para escoarem sua produção criminosa e também para se ressuprirem, além de castigarem os rios com os resíduos poluentes.
Essa Classe de Navio de Patrulhamento Fluvial é muito bonito!!!!
Parabéns a Marinha do Brasil
Infelizmente 1 tonelada de maconha, não afeta em nada os vagabundos. Agorá, se for de cocaína, o bolso começa a doer
Nem ligam. Provavelmente…1 tonelada de uma ou de outra consumiram nos camarotes do carnaval.
Para. Para os críticos que avaliam a importância dessas e outras operações pelo tamanho dos contingentes e pelo valor do custeio com folhas….as dimensões do país e das nossas fronteiras requer mais. Muito mais esforço e recursos. Se somos o maior exportador de drogas andinas e latinas, ainda que a produção de matéria química venha ganhando volume vide as toneladas de drogas artificiais produzidas por somente um DI em SP, nossas costas do Oeste precisam de mais do que não temos. Continua. Esse “papel” e essa função pertencem às Forças Armadas especialmente a MB? O meio militar deve atuar tão… Read more »
Esse navio patrulha parece bem grande deve ter mais de 1 mil ton?
Quase.
O deslocamento leve é próximo de 600 toneladas e o deslocamento a plena carga ultrapassa 900 toneladas.
Enxugando gelo.
Leio uma notícia dessa logo após tropeçar em pinos de cocaína remanescentes da noite de sexta ao me dirigir aqui pro cafezinho.
Alguém acha que essa gentalha vai parar de fumar e cheirar…
Se não fazem criticam, se fazem criticam. O Brasileiro merece ______________
COMENTÁRIO EDITADO. NÃO DESVIE A DISCUSSÃO PARA XENOFOBIA.
LEIA AS REGRAS DO BLOG:
https://www.naval.com.br/blog/home/regras-de-conduta-para-comentarios/
Excelente!!!
Excelente. Mas a missão é hercúlea. Duas considerações: A integração entre os órgãos e entidades públicas que atuam na segurança da fronteira deve ser sempre mantida e expandida. Reforçar a atuação da PF(recursos e pessoal), RFB(que deveria receber mais investimentos na sua capacidade de vigilância e repressão aduaneira), polícias estaduais(que possuem capilaridade territorial) sob coordenação federal e integrada. Só a união de esforços pode resolver esse problema. Brevemente a MB terá de substituir seus NaPaFlu. Será que a MB já tem algum estudo para isso, ou ainda não há previsão? Será que o mesmo conceito será mantido, ou burcar-se-á outro… Read more »
Acho que essa substituição de NPaFlu não será tão breve não.
Navios fluviais duram bem mais que navios para o oceano. E como o cenário nos rios atualmente é mais para ameaças assimétricas não precisa ser um navio com mísseis antiaéreos e antinavio (mas seria legal um combatente fluvial). Um canhão, metralhadoras e uns reparos de 20mm dão conta. Ele precisa é de helicóptero e lanchas de desembarque.
E como esses navios vão durar, eu acho que deveriam pensar é em ampliar a frota.
Custava falar que é o Raposão?
Não temos nenhum órgão dedicado à segurança das fronteiras. Os órgãos que se responsabilizam têm pouca capacidade. As Forças Armadas quando são acionadas – quase sempre a contragosto -, além de terem pouco preparo e também poucas condições para isso, estão apenas cumprindo missão subsidiária (e digo “apenas” ironicamente, pois a própria Marinha não larga essa osso em benefício da criação de uma Guarda Costeira, ou seja, nem faz direito nem sai de cima). Os outros órgãos que têm alguma responsabilidade no mar (e nos portos) como agentes de segurança são desnutridos, para não utilizar outro termo. Moral da história:… Read more »
Qual o número de barcos patrulha fluviais temos na MB? Creio que são meios de extrema importância, dada a geografia brasileira.
Dez.
São 5 na Flotilha do Amazonas, 4 na Flotilha de Mato Grosso + 1 monitor, além de diversas embarcações de apoio em ambas (transporte de tropas, apoio logístico etc).
Boa noite amigo Nunao está confirmada a construção do primeiro Napa BR 500 no AMRJ.?
Boa noite.
Só sei de um acordo assinado há 3 meses para cooperação técnica entre Emgepron e o Centro de Projetos de Sistemas Navais para o detalhamento visando a construção, além de “implementar oportunidades de melhoria ao Projeto de Engenharia do navio”.
Sem mais novidades que eu saiba.
Nunão esse número é suficiente? Atende as necessidades da força ou está muito aquém do necessário?
Não é suficiente. Há necessidade de substituir a classe Piratini na flotilha de Mato Grosso por navios mais modernos e adequados, além de ampliar a do Amazonas com unidades menores e mais rápidas.
Boa noite comprar lanchas patrulha de rio que substitui os patrulha Piratini.
Já imaginava algo assim, espero que a MB esteja procurando alguma solução para isso