Desativação do porta-aviões italiano ‘Giuseppe Garibaldi’
Segundo o canal A-129 Mangusta – @NichoConcu no X, o porta-aviões italiano Giuseppe Garibaldi (C 551) será desativado em 1 de outubro de 2024.
O porta-aviões Giuseppe Garibaldi, batizado em homenagem ao famoso general italiano Giuseppe Garibaldi, um dos principais personagens na unificação da Itália, é um marco significativo na história naval italiana. Lançado em 1983 e oficialmente comissionado em 1985 pela Marinha Italiana (Marina Militare), o Giuseppe Garibaldi foi projetado com uma versatilidade notável, capaz de realizar operações aéreas com aeronaves de asa fixa e rotativa, bem como funções de comando e controle.
Com um deslocamento de cerca de 13.850 toneladas em plena carga, o Giuseppe Garibaldi tem um comprimento de 180 metros, uma largura de 33,4 metros e um calado de 6,7 metros. Esta embarcação foi pioneira entre os porta-aviões operacionais da OTAN ao ser projetada desde o início para operar aviões de decolagem vertical ou curta (V/STOL), como os aviões de combate AV-8 Harrier, além de uma variedade de helicópteros, maximizando sua eficácia em várias missões, desde o ataque até o suporte logístico e a guerra antissubmarino.
Equipado com uma rampa ski-jump na proa para facilitar a decolagem dos aviões V/STOL, o Garibaldi representou um avanço significativo na capacidade operacional da Marinha Italiana. Seu armamento inclui um sistema de mísseis de defesa aérea e antinavio, canhões e torpedos, tornando-o capaz de oferecer proteção contra uma variedade de ameaças.
Ao longo de sua vida operacional, o navio desempenhou um papel crucial em várias operações internacionais, participando de missões de paz e de intervenção, reforçando a presença naval da Itália em regiões de conflito e contribuindo para a segurança marítima internacional. Seu papel não se limitou apenas ao teatro de operações militares; o porta-aviões também foi usado em missões humanitárias, fornecendo assistência vital em momentos de necessidade.
O Giuseppe Garibaldi foi substituído pelo porta-aviões Cavour (CVH 550), maior e mais capaz.
NOTA DO EDITOR: Uma lei de 1937 deu o controle de todos os meios aéreos nacionais de asa fixa à Força Aérea Italiana, e a Marinha só foi autorizada a operar helicópteros. Na época do comissionamento do Garibaldi, a Aviação Naval Italiana não recebeu seus Harriers, então ele foi reclassificado como Incrociatore portaeromobili (italiano para cruzador porta-aeronaves). Até 1988, apenas helicópteros pousaram em seu convés, bem como Sea Harriers da Royal Navy durante manobras conjuntas da OTAN. A proibição de aeronaves de asa fixa foi suspensa em 1989, e a Marinha italiana adquiriu caças Harrier II para voar do Giuseppe Garibaldi.