Emgepron explica R$ 2,95 bilhões ‘de contas no vermelho’ no projeto das fragatas classe Tamandaré

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Estatal afirma que a entrega da primeira fragata, em 2025, não vai ser prejudicada

A Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron), ligada à Marinha do Brasil, respondeu ao DIARINHO que o déficit de R$ 2,95 bilhões no Programa das Fragatas Classe Tamandaré não vai prejudicar o cronograma de construção dos navios em Itajaí. Segundo a estatal, o déficit informado é sobre a projeção da execução total do contrato e a entrega das quatro fragatas está mantida para 2025, 2027, 2028 e 2029.

A Emgepron informou que as tratativas para uma nova capitalização da empresa já foram iniciadas e ocorrem a cargo da Marinha do Brasil. No primeiro aporte de recurso, entre 2017 e 2019, a Emgepron recebeu R$ 9,5 bilhões pra construção dos quatro navios. Também foi informado que o programa já consta no Novo PAC, do governo federal.

A Emgepron gerencia o contrato firmado com o consórcio Águas Azuis, responsável pela construção das fragatas. Segundo a empresa, o déficit tem a ver com a inflação considerada pro reajuste do contrato, feito a cada 12 meses, em cumprimento a cláusula contratual e medida prevista em lei.

“Devido ao cenário macroeconômico observado desde o início do ano de 2020 (pandemia e guerra Rússia-Ucrânia), o índice de reajuste do contrato acumulou alta significativamente superior aos rendimentos financeiros dos recursos capitalizados”, explica.

A Emgepron reafirmou informação do consórcio Águas Azuis de que não haverá atraso no lançamento da primeira fragata, prevista em meados deste ano, e no andamento do segundo navio, que tem batimento de quilha previsto no primeiro semestre. Já o terceiro navio terá construção iniciada no final deste ano.

As fragatas são construídas no Thyssenkrupp Estaleiro Brasil Sul. Segundo a Emgepron, o cronograma de trabalho vem sendo cumprido e a mobilização de profissionais prevê uma curva crescente de contratação até 2026. No momento, cerca de 1.300 profissionais atuam no programa dentro do estaleiro, na produção e em atividades indiretas.

FONTE: O Diarinho

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