Compra de munição para o canhão de 30mm SeaSnake da fragata Tamandaré
Sigla ABM indica que Marinha adquiriu o canhão com o módulo opcional para emprego de “Air Burst Ammunition”
Publicação do Diário Oficial da União (DOU) do mês passado informa a compra de munição de 30mm para o canhão do tipo revolver KCE-30/ABM, que compõe o sistema CIWS (defesa aproximada) SeaSnake da classe “Tamandaré”.
Segundo brochura da Rheinmetall (clique para acessar), fabricante do SeaSnake, o módulo ABM, que permite o emprego de munição de explosão programada (que detona próximo ao alvo, gerando uma “chuva” de balins e estilhaços) é um equipamento opcional.
Com o módulo instalado, o sistema é capaz de destruir os alvos não apenas por impacto direto (com cadência de 1.100 disparos por minuto) mas também por proximidade da explosão, conforme o tipo de ameaça.
A menção na publicação do DOU a “KCE-30/ABM Revolver Cannon” indica, na nossa interpretação, que a arma foi adquida com o módulo opcional. O valor de CHF 3.803.184,80 (francos suíços) indica também que a fábrica da munição é suíça. Na cotação de hoje, a soma equivale a 4,3 milhões de dólares ou 21,4 milhões de reais.
DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO
Publicado em: 02/02/2024 | Edição: 24 | Seção: 3 | Página: 39
Órgão: Ministério da Defesa/Comando da Marinha/Diretoria-Geral do Material/Diretoria de Sistemas de Armas
EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO
Processo 63435.005642/2023-18, Termo de Justificativa de Inexigibilidade 05/2023.
Contratada: RWM Schweiz AG, Fundamento Legal: Art 74, I da Lei 14.133/2021 combinado com Art. 29, I da Portaria GM-MD 5.175/2021. Objeto: Aquisição de munição para o canhão KCE-30/ABM Revolver Cannon, fabricado pela Rheinmetall. Valor: CHF 3 803 184,80. Reconhecimento: Capitão de Mar e Guerra ROGERIO BRASIL DE CARVALHO, Ordenador de Despesas. Ratificação: Contra-Almirante CARLOS HENRIQUE DE LIMA ZAMPIERI, Diretor de Sistemas de Armas da Marinha. Data de Assinatura: 29/01/2024.
E aí está o pulo do gato em um país que investe em sua indústria de defesa. Um efeito cascata de vendas sobre vendas.
Não basta comprar a fragata alemã, o canhão também será alemão. E não basta comprar o canhão alemão, tem de comprar a munição fabricada na Alemanha.
Meu comentário não é uma crítica, mas o reconhecimento do acerto da estratégia alemã de fomentar toda uma cadeia de empresas de defesa.
Um bechmark para nós, governo e indústria.
Com as fragatas classe Niterói foi a mesma coisa, existia um percentual do sistema de armas que tinha que ser de procedência britânica.
Lembrando que, no caso do canhão britânico MK8 de 114mm, a munição foi posteriormente nacionalizada.
No caso em debate, o fundamento legal da aquisição é o art. 74, I, da Nova Lei Geral de Contratações, Lei 14.133/21 (que não destoa da antiga Lei 8.666/93 nesse tópico), e que é necessariamente combinado com o §1º do caput do artigo, que exige o “atestado de exclusividade” do fornecedor, então, se o Brasil quiser nacionalizar essa munição algum dia não teria que ser sob licença daquele fornecedor? Pois do contrário seria por sua conta e risco em todo o sistema de armas.
Ozawa, eu não escrevi nada sobre nacionalização à revelia da lei. De onde você tirou isso?
Nunão, não entendi o tom da sua pergunta. Se vc falou sobre nacionalizar “sob licença” eu não tinha entendido assim. “Tirei isso” de uma inferência do seu texto, se errada, ok.
Se tinha dúvida sobre a inferência, era só perguntar. Inferiu errado. Quanto a tom, eu me dirigi em tom absolutamente normal, questionando onde teria eu escrito isso.
Ou seja, inferiu errado sobre o que escrevi e depois sobre o tom que usei pra perguntar. Mas acontece, ok.
Bem, eu perguntei e não afirmei … Mas, enfim, ok, acontece.
Perguntou e na sequência da pergunta, afirmou, reforçando a linha do comentário sobre a hipótese de uma nacionalização à revelia da lei, coisa que não escrevi (apenas escrevi que a munição de 114mm foi nacionalizada).
Mas isso já é uma inferência minha, deixemos isso pra lá.
Nuno, pelos números de negativações à você e positivações ao recém retornado, percebe-se que, com ele, retornou também a sua claque …
PS: negativações e positivações, para mim, não tem valor, podem negativar e positivar o quanto quiserem, mas servem para observar algumas coisas.
Santamariense, eu pessoalmente não dou pelota para cliques em 👍🏻 ou 👎🏻, mas sempre busquei debater civilizadamente com o Ozawa e todos os comentaristas. O plugin de curtidas e negativas nos comentários foi demanda dos frequentadores.
“ Santamariense, eu pessoalmente não dou pelota para cliques em 👍🏻 ou 👎🏻…”
Eu também não.
https://youtu.be/bdwjcayPuag?feature=shared
É a mesma situação em que o governo britânico estava financiando a ponte Rio – Niterói.
No caso das corvetas Inhaúma, era escolha da MB o Bofors 57 mm, mas precisaram escolher o MK-8 de 114 mm para chegar no percentual, e isso foi desastroso para o equilíbrio das mesmas.
Jean,
Até onde sei a classe Inhaúma não foi financiada com garantia do banco de exportação britânico, como foi o caso da classe Niterói.
O canhão de 114mm da classe Inhaúma foi uma escolha (discutível) para padronização com a classe Niterói.
Pode-se até pesquisar se as condições de compra dos 4 canhões tenham sido boas, mas não estavam nesse caso atreladas a um percentual de aquisições de fornecedores britânicos, pois não foram contratadas a estaleiros britânicos, e sim brasileiros.
Nunão, nova fragata “financiada com garantia do banco de exportação britânico”, poderia se repetir com Cameron?
Tipo assim, do nada?
Sem processo de seleção, sem especificações, exposição de motivos, origem dos recursos etc?
Não.
Olá Moriah. Geralmente, quem faz o financiamento é o país exportador. Por exemplo, no casos dos Scorpenes, foi um consórcio de bancos europeus. No caso do Fx2, foi o banco de fomento da Suécia. Quando o Brasil vende aviões da Embraer, quem financia é o BNDES, a não ser que o cliente tenha uma relação com outro banco de sua escolha, mas sempre precisa ser um banco sediado no país exportador. O banco faz o aporte na empresa exportadora em moeda local e o país importador paga o banco com uma moeda internacional contratada. Estes financiamentos possuem juros e prazos… Read more »
Olha vi uma matéria muito boa, que falava sobre o percentual de armas britânicas em termos de valor. Não lembro de momento o título, mas se duvidar ou li aqui na trilogia ou em alguma revista Tecnologia e Defesa, ou algo assim.
Se procurar os desenhos originais da Inhaúma, lá está o Bofors 57 mm na proa. Inclusive seria uma lógica solução AAW.
Jean,
Sim, tem artigos aqui sobre classes Niterói e Inhaúma. Sou um dos autores.
Percentual de equipamentos britânicos foi na classe Niterói, com financiamento britânico.
Classe Inhaúma não teve financiamento britânico com conteúdo britânico atrelado, é outra história.
Ucrânia mostrou que “depender” de terceiros em uma guerra é rendição.
Basta fabricar a munição aqui para futuros lotes.
Foi assim com diversas munições de diversos calibres, conforme a MB adquiriu canhões ao longo do tempo, com acordos e desenvolvimentos dessas munições.
A Fábrica de Munições da Marinha existe pra isso.
https://www.marinha.mil.br/emgepron/pt-br/areas/municao-naval
Caros Nunão e Bispo, não sei se a de emprego naval é a mesma, mas só lembrando que a munição 30×173 convencional já é nacionalizada pela CBC como “Exercício Traçante” e “Alto Explosivo Incendiário”. Imagino que essa munição comprada já seja a ABM. Um dia podemos nacionalizar esse modelo, mas sem munição esse canhão não fica rsrsrs
https://forcasarmadas.cbcdefesa.com.br/municoes-medios-calibres/
A guerra da Ucrânia, você quer dizer, porque Rússia padece do mesmo mal.
Se fabricam 3X mais toda a OTAN ..o mal deve ser outro.
Uma guerra não se faz só com munição para obuseiros.
E ainda que tal informação seja verdadeira a tática russa de desperdiçar munição equilibra as coisas para a OTAN.
Agora eles estão socando FAB-1500 nas fortificações ucranianas…
Os EUA aposentaram a bomba de demolição denominada Mk-118 de 3000 lb (1400 kg) com quase 900 kg de alto explosivo.
Deve haver algumas milhares estocadas. Quem sabe os americanos não retribuem a gentileza dos russos enviando algumas para a Ucrânia.
Coreia do Norte, Irão, Bielo-Rússia e a indústria de defesa praticamente toda na mão do estado, ao contrário da OTAN, que em todo o caso, está a tomar as medidas necessárias, para aumentar a produção, só que vai ser gradualmente, cada ano aumentando mais, não são ditaduras, onde quase toda a produção da defesa, é controlada pelo estado, por decreto, depois também por ordem do Czar, aumentam os gastos da defesa de de 4 ou 5 por cento, para 25 por cento, onde vai ser retirado, não importa, quem se manifestar, por falta de apoios em outras áreas, é preso… Read more »
Na realidade mostrou a utilidade de se ter aliados, caso contrário já teria capitulado contra uma nação militar demografica e economicamente inúmeras vezes superior. A Ucrânia sozinha sem o suporte econômico da UE ( que praticamente está bancando todo sistema administrativo e estatal) e dos EUA não teria mínima chance. Era um país pobre, corrupto com forças armadas e indústria subfinanciadas e em decadência. A RPC , a Turquia e os arabes saqueavam tudo, desde peças de reposição, material bélico, know-how, documentos técnicos, projetos, até a mão de obra qualificada .
Aliado que tem que implorar ajuda…. aliança complicada.
“tem de comprar a munição fabricada na Alemanha.”
Na verdade, a munição é fabricada na Suíça. Atualizamos a matéria com essa e outras informações.
A compra é em francos suíços, não em euros.
Se o Naval Group tivesse levado essa, teríamos vários itens de alto valor agregado fabricados e manutenidos no Brasil pela Omnisis, inclusive o sonar Kingklip, que foi considerado produto estratégico de defesa:
https://www.naval.com.br/blog/2018/06/24/sonar-kingklip-e-incluido-na-lista-de-produtos-estrategicos-de-defesa/
Robson excelente comentário: ou se investe na indústria de defesa como algo importante para a nação e passamos a dominar toda a cadeia de produção, ou vamos morrer dependentes de outras nações podendo sofrer embargos no momento que mais precisarmos
Realmente, mas o tempo está contra nós (MB). Ou se age rápido e dobra o número de escoltas novas em período igual ou pouco maior que a atual construção, ou se morre na praia.
pequena, lenta, mal armada e cara… susesu
vergonha
O canhão é suíço. A companhia dona da fábrica suiça é alemã.
E se pode observar a presença de sistemas e armas de diversos países europeus (Reino Unido, França, Itália…)
Mais afinal quanto custa cada unidade , irão adquirir quantas ?
Qual a cadência de tiro desse canhão ?
1.100 tiros por minuto, podendo destruir alvos tanto por impacto direto quanto por proximidade.
A matéria foi atualizada para incluir esta e outras informações.
Essa munição tem espoleta de aproximação?
imagino que pré-programadas como as mais modernas. o sistema gerenciador de tiro que coloca as informações em cada munição disparada e em qual distância/tempo ela explode.
O canhão dianteiro (oto melara) também tem possibilidade dessa mesma tecnologia, mas não sei se também é opcional (acho que não)
Que eu saiba não. Ela é programável apenas, mas as informações de velocidade do projétil no cano, aferidas pelo módulo ABM, permitem programar com mais precisão o momento de explosão do projétil. Mais informações: “AIR BURST AMMUNITION Rheinmetall’s airburst ammunition (ABM) is the ideal solution for contemporary vehicle main armament, ground-based anti-aircraft guns and naval applications. Based on NATO-qualified Ahead technology, each ABM round contains a large amount of sub-projectiles and a programmable fuse, which is supplied with data from the fire control computer via an electric fuse programming coil as it departs the barrel. After measuring the current velocity… Read more »
Nunão, uma dúvida: a munição AB é mais cara que a HE e AP, talvez 80-90% mais cara. Salvo engano, o Sea Snake só portando um tipo de munição, usar munição AB como HE ou AP (basta não ser programada indutivamente pelo módulo extra no Sea Snake) não é anti econômico? Se estaria disparando munição de custo 2x no lugar de munição de custo x. Pro vendedor é ótimo negócio…
Alex,
A capacidade de dupla alimentação é quase que item essencial em canhões de veículos terrestres por conta de haver a possibilidade de ter que trocar o projétil HE/HF para o projétil APFSDS, mas em canhões navais do tipo CIGS (sistema de canhão de curto alcance) não se prevê a necessidade de se utilizar a munição cinética.
A munição programável com capacidade AB é capaz de neutralizar todos os alvos para o qual o canhão se destina (ameaças assimétricas de superfície e aérea) com a vantagem de haver uma economia de munição já que não é necessário um impacto direto.
Grato pela explicação, mestre Bosco. Mas e se o alvo de superfície tiver alguma blindagem contra os balins? Segundo soube, e em sendo informação veraz, em geral, aço com espessura superior ao diâmetro do projétil já serve como blindagem. Se o balim tiver 2 mm de diâmetro, bastam chapas de 3 ou mais milímetros pra proteção passiva…
Alex, Verifiquei que, segundo a Rheinmetall, uma rajada da munição ABM pode ser selecionada para detonar após impacto, ou seja, ela não recebe a programação de explosão por tempo e assim pode penetrar uma blindagem leve ou parede de concreto, com penetração pelo poder cinético do projétil. Em seguida a espoleta faz explodir a carga e lançar os balins no interior do alvo / atrás da blindagem leve ou parede. Assim, creio que no caso de um drone de superfície, sobre o qual não se saiba ter alguma chapa de blindagem, a lógica (apenas minha opinião) seria disparar duas rajadas… Read more »
Que excelente informação, Nunão. Obrigado.
Disponha
É isso mesmo. No caso de ameaças navais assimétricas é pouco provável que a munição AB não possa dar conta do recado seja utilizando no modo AB ou no modo impacto/retardo. Já em terra é normal haver blindagens capazes de resistir à perfuração da munição AB no modo retardo. Uma verificação rápida dá como capacidade de penetração da 30 mm AB no modo impacto sendo de 30 mm , já uma munição APFSDS de 30 mm com penetrador cinético de tungstênio tem capacidade de penetração de 100 cm de aço a 1000 metros. Só de curiosidade há dois tipos de… Read more »
Obrigado.
Minha lembrança é que a AHEAD era apenas de 35mm.
No caso da matéria, a sigla ABM está ligada à existência do módulo de leitura de velocidade do projétil e programação na arma. Imagino que, havendo munição AHEAD para 30mm, o módulo da arma funcionaria da mesma forma para programar os projéteis, não?
Hum… Achei isso, relacionado a essa munição de 30mm no Skyranger, dizendo que o conceito é o mesmo, explodir à frente do alvo: “key element in increasing the kill probability is the ABM round; leveraging the experience acquired with the 35 mm AHEAD ammunition the new 30 mm ABM round carries a total of around 160 tungsten cylinders for a total payload of around 200 grams. The concept is the same of the AHEAD: once the fire control system has established the intercept point, the ABM round leaves the muzzle being time-programmed to open up at the optimal distance in… Read more »
Muito provavelmente sim. A munição AHEAD só tem uma “problema” que é só poder ser utilizada na forma de explosão aérea programável. Diferente da munição ABM ela não tem opção de impacto/retardo. E como disse, não é tão boa quanto a ABM convencional contra alvos desenfiados, mas na utilização naval todas as ameaças estão em mar/céu aberto e não são altamente blindados, portanto, ela é excelente para a função de defesa aproximada contra todo tipo de ameaça. Muito provavelmente se ela for compatível com o SeaSnake irá prover até alguma capacidade antimíssil ainda que a AHEAD de 35 mm do… Read more »
Sobre penetração da versão APFSDS , voce quis dizer 100mm (10cm), certo?
Só complementando, creio que um eventual drone com blindagem dificilmente teria chapa de mais de 30mm. Só pra ter uma ideia, a blindagem do monitor Parnaíba é de 76mm (a mesma de boa parte dos cruzadores protegidos e leves da época da IGM).
Um drone de superfície com esse peso de blindagem em áreas vitais seria uma realização técnica difícil, e mesmo assim outras áreas, como antenas e câmeras, estariam vulneráveis à chuva de balins no caso da munição programável.
Pois é! A munição APFSDS é praticamente inútil por não haver blindagem tão resistente no mar (ainda mais levando em consideração as ameaças assimétricas) , portanto, a ABM abarca todas (ou quase todas) as ameaças navais imagináveis. Em relação ao poder de penetração de 100 mm (10 cm) vale salientar que é 100 mm RHAe (equivalente a uma blindagem homogênia laminada). Não quer dizer que a blindagem tenha essa espessura já que hoje se adota blindagens avançadas como a blindagem composta , espaçada, urânio, etc. que com espessura menor consegue ter uma capacidade de deter um projétil perfurante equivalente a… Read more »
Por que o SeaSnake só poderá usar um tipo de munição? Por que essa premissa?
A premissa é apenas uma suposição. O SeaSnake pode carregar diferentes tipos de munição ao mesmo tempo pra uso imediato por seleção? Especulando a partir da minha ignorância técnica no assunto, se ele só puder carregar um tipo pra uso imediato, carregar a AB que serve pra todos os alvos potenciais de superfície e aéreos é mandatório, e o SeaSnake precisa ser adquirido com o módulo suplementar de programação do fuso, sendo, portanto, o canhão e sua munição os mais caros dentre as combinações possíveis, com a desvantagem de ser inefetivo contra alvos blindados. Gostaria de mais informações técnicas e… Read more »
Eu aproveitei mais cedo a sua questão para colocar o Bosco na discussão, lembrando o exemplo do Puma IFV, por exemplo, que na prática precisaria lidar com mais de um tipo de alvo no ambiente terrestre (usando então munição 30mm AP, de auto explisivo ou ABM conforme a situação). Perguntei se são intercalados projéteis numa mesma cinta ou se há outra solução. De qualquer forma, acredito que essa discussão não deva ser no viés de custos, mas de efetivdade frente a custos comparáveis. Pode-se lançar um míssil ou uma rajada de projéteis contra uma ameaça, mas o critério deve ser… Read more »
Complementando as respostas do Bernardo e do Nunão, o menor projétil dotado de espoleta de proximidade era o 40 mm. Agora tem o de 30 mm para o canhão M-230LF de 30 X 113 mm, de baixa velocidade. Não se tem notícia de espoleta de proximidade para o cal. 30×173, embora claro, é bem possível desenvolvê-la já que tem o corpo de dimensões semelhantes à 30×113. Já a menor munição de explosão aérea programável operacional é a de 30 mm tanto no cal. 30×113 quanto no 30×173. *Existe uma munição de 20 mm de explosão ajustada para um certo tempo… Read more »
Houve testes nos EUA para munição de espoleta programável e explosão aérea (ABM) para lançadores de granadas experimentais de 20 e 25 mm e para a munição de canhões de 25 mm (25×137 mm) mas que não foram implementadas muito provavelmente pelo reduzido raio letal.
Ao que parece qualquer coisa que exploda no ar com menos de 30 mm e uma certa massa não é muito efetivo.
Interessante, mestre Bosco. Sobre a munição do C-RAM, como o mestre já houvera apontado, segundo li ela explode menos pra efeito destrutivo no alvo e mais pra evitar um projétil voando perdido.
Exato. A munição do C-RAM Centurion se autodestrói após um certo tempo para reduzir os possíveis danos dela retornar ao solo inteira tendo em vista que não raro as bases são próximas de cidades e muitas vezes dentro das cidades.
Depois Nacionaliza, não se preocupem 👍
Muito contente em saber que o Seasnake virá com ABM. Era uma dúvida que eu tinha. Vai ser uma capacidade e tanto para os navios. Estou ansioso para ver os primeiros testes do sistema.
Sim, para quem esperava o Millenium 35 mm o ABM no Sea Snake equilibra as coisas.
Bernardo e Nunão, obrigado.
ALguem ja viu foto real ou video desse canhão?
Boa tarde, baseado na foto, teremos também mais 2 x 12,5mm Seadefender.
Eles são complementares ao Seasnake 30mm, ou possuem outra função?
Abs
A função principal do Sea Defender é conter ameaças assimétricas. Mas o SeaSnake também pode ser usado contra essas ameaças. Com a profusão de drones aéreos e de superfície o armamento de cano/tubo tem sido ampliado nos navios. Na minha opinião (apenas opinião pessoal), os reparos de metralhadoras controladas remotamente deveriam ser conjugados com algum míssil de curto alcance, como o Mistral, pra maior capacidade de defesa próxima contra drones aéreos e de superfície. Ou então lançadores de Manpads (como Mistral ou um RBS70 navalizado) deveriam ser instalados próximo à meia-nau, ampliando essa capacidade de defesa, que tem se mostrado… Read more »
No meu entendimento, seria mais vantajoso investir em um VLS que comporte a capacidade de ampliar o número de unidades do Sea Ceptor que equipam o navio, via quad-pack, para quando se fizer necessário operar este meio em um cenário de média intensidade.
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O Sea Ceptor apresenta maior vantagem sobre a setorização de MANPADS, pois é uma arma que cobre 360°, na profundidade de 25 km, sendo assim capaz de conter um modesto ataque de saturação. O Sea Ceptor conta ainda com capacidade secundária de bater alvos de superfície, que está presente em um Mistral, por exemplo.
Eu iria perguntar sobre isso,qual a defesa dessas fragatas contra os drones navais.
Metralhadoras ponto 50 Sea Defender
Canhão 30 mm Sea Snake
Canhão 76 mm
Míssil Sea Ceptor.
Tomara que deem conta.
Aparentemente estão . O Mar Vermelho é uma bancada de teste formidável. Em único dia os Houthis lançaram dezenas de ataques e foram todos repelidos sem sofrer sequer danos pelas unidades navais das coalizões que operam na área. Obviamente as unidades operam em estreita colaboração, trocando informações e cobrindo umas as lacunas das outras, dependendo do tipo de ameaça ( infelizmente isso não poderemos fazer , não teremos defesa de área ou capacidade de interceptar mísseis balísticos por exemplo, além do nível de saturação ser evidentemente mais fácil de alcançar, no nosso caso) . Sea Ceptor, Aster , Super rapido…… Read more »
Valor: CHF 3 803 184,80.
Franco Suíço… RWM Schweiz AG. É aí que fabricam munições ABM de 30 x 173 mm.
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Em real: R$ 21.497.813,76 Reais
Para dólar: U$ 4.302.402,61 Dólares
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Considerando somente a compra de munições ABM…
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Divide-se o valor do contrato, em dólar, por U$ 15.000,00 dólares, que é a faixa de preço em que gira um único tiro tecnológico destes. Se for assim, dentro deste achismo, estamos falando de coisa como 280 tiros.
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Quantos tiros um reparo Sea Snake 30 comporta?
147.
Bardini,
Na conta de padaria deste contrato de 2022 (600.000 munições por 576 milhões de euros), cada munição de 30mm sai por aproximadamente 960 euros (1044 dólares no câmbio de hoje):
https://asiapacificdefencereporter.com/rheinmetall-wins-e576-million-contract-to-supply-30mm-ammunition/
Achei estranha a sua cifra de 15 mil dólares por projétil.
Entendo que a capacidade air burst / programável da munição aumentaria o preço individual em relação aos modelos informados na matéria, mas será que multiplicaria por 15 esse valor?
É só uma pergunta, não pesquisei a respeito mais do que esse contrato que postei aqui.
Só complementando, esta nota mais recente da própria empresa, sobre continuidade do contrato que postei no comentário acima, identifica dois tipos de munição, uma delas tipo ABM:
https://www.rheinmetall.com/en/media/news-watch/news/2024/01/2024-01-17-rheinmetall-wins-major-order-for-30mm-puma-ammunition
Então devo ter aumentado um zero nos valores que já vi para as munições AHEAD de 35mm dos Oerlikon…
Vale conferir.
É… O que eu vi foi custo de um engajamento.
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Tem um zero a menos mesmo.
Ok!
Aí faz sentido. 15.000 dólares mais ou menos o custo de uma rajada de aproximadamente 1 segundo na cadência de 1.100 tiros por minuto.
E tem gente que acha o preço do ouro caro.
Meu caro, acho que o Bardini colocou 1 zero a mais no valor de cada projétil.
Bardini, com certeza esse teu valor de 15 mil dólares está incorreto. Se tirar 1 zero, ficando 1500 dólares, estará dentro do normal.
Pois é. Está errado. Por isso é sempre interessante ter acesso e conferir o memorial de cálculo kkkk.
👍👍👍
Armamentos de tudo estão ganhando notoriedade novamente, estava vendo um vídeo sobre os drones atacando navios e veio a mente um sistema de proteção ativa ´´estilo trophy´´ para os avios, cabendo a detecção e interceptação dessas ameaças… ai vem o caso da munição a ser usada que possa de fato ser efetiva na linha da agua, que é onde esses artefatos operam… na minha cabeça o sistema pra ser efetivo deveria combinar sonares e radares de superfície para triangular a posição da ameaça e fazer os cálculos para o engajamento com a munição adequada, sendo essa de tubo devido a… Read more »
https://www.youtube.com/watch?v=S6-vCtF2-Fk
Apenas relacionado: o Mk-15 Phalanx CIWS, cuja cadência de tiro vai de 3.000 a 4.500 tiros por minuto, dispara um projétil de 20 mm que custa, cada, 46 dólares. Por segundo saem dos seis canos do R2D2, 75 projéteis num custo total de 3.500 dólares. Disparo convencional dura dois segundos. O Phalanx carrega 1.550 projéteis, uns 20 a 30 segundos de disparos. O canhão ‘Phalanx’ usado em terra, o C-RAM do USArmy, dispara um projétil que custa mais de 80 dólares… A dispersão pra um alvo a 200 jardas fica limitada a um raio de 4 polegadas. Parece que o… Read more »
O projétil do phalanx é de urânio empobrecido, será que pode custar somente $ 46,00 🤔
Não é de urânio é de tungstênio. Como as esferas nas pontas das canetas Bic. 😉
Tem que perguntar porque um mísero projétil de 30 mm estaria custando mil dólares pra gente…
Eurocentrismos.
Pra gente? Esse valor que você mencionou seria para os próprios alemães. Já postei aqui nos comentários desta matéria uma notícia sobre a compra de 600.000 munições de 30mm desse mesmo tipo, usado por canhões dos veículos Puma alemães, por 576 milhões de euros. 1.044 dólares por unidade no câmbio de hoje. É caro, mas não dá pra comparar uma munição perfurante ou auto explosiva por impacto, de 20mm, com uma munição de 30mm com espoleta programável e preenchida com grande quantidade de balins de tungstênio e carga explosiva para lançar esses balins e outros fragmentos num padrão. Certamente ela… Read more »
Alex,
Deve ser o projétil programável air-burst .
Era de urânio no passado.
4.000 tiros a U$46,00 = U$184.000 em 1 minuto … espero que acerte , rs
E tipo …o calor gerado , pode continuar disparando independente de arrefecimento… e comporta quanta munição até precisar ser recarregado ???
A contagem de tiros por minuto é uma referência para comparar cadências de armas diferentes.
No mundo real, os carregadores não comportam munição para um minuto de disparos. As rajadas costumam durar alguns segundos, para então engajar o mesmo alvo novamente ou engajar outro alvo.
Então, a eficácia desse tipo de armamento depende de N fatores e não somente: cadência de tiros , tipo de munição, automação, etc.
No caso dos drones aquáticos até o ângulo de aproximação no ataque aos navios influencia a eficácia de tal arma ?
Na imagem da fragata Tamandaré a popa parece ser a menos protegida.
Popa menos protegida?
O SeaSnake de 30mm fica exatamente sobre o hangar, protegendo todo o arco da popa, além dos dois reparos de Sea Defender (.50) nas laterais do hangar.
Ou seja, a popa é a área mais defendida por armamento de pequeno e médio calibre.
Todas as armas têm elevação negativa para engajar ameaças próximas na superfície. No caso do SeaSnake, o ângulo negativo é de 25°, segundo a brochura do fabricante (link disponível no texto da matéria).
Mais se for mais de um drone atacando , de N tipos, …uns mais baratos para saturar a defesa …e depois entra o náutico em curso direto na popa…um drone aéreo tem o custo de U$20.000 a unidade…conta de padaria R$100.000 a Fragata custa R$2.3Bi
Bispo, As ameaças precisam ser eliminadas conforme a distância em que são detectadas e o alcance máximo de cada amamento, podendo todos os armamentos se somarem na defesa até o alcance mínimo de cada um. Primeiro Sea Ceptor / CAMM, depois canhão de 76mm, depois SeaSnake de 30mm, por último Sea Defender de 12,5mm, todos capazes de engajar múltiplas ameaças em rápida sequência, guiados pelo radar de busca e radar próprio (Sea Ceptor) radar de direção de tiro e alças eletro-ópticas (76mm) e por estas últimas e também pelas câmeras termais e outros dispositivos integrados aos próprios reparos (SeaSnake e… Read more »
Nunão, A discussão técnica está excelente e eu tenho dúvidas que cabem a vários foristas, Bardini, Bosco, Alex… Vou deixar essa “honra” contigo mas, claro, espero que os outros possam contribuir. Eu gostaria de hipoteticamente, colocar uma Tamandaré no Mar Negro e me perguntar como ela se sairia contra um ataque coordenado de 10 drones. Não tenho cabedal técnico para elaborar mais a pergunta, logo vou de hipóteses. Por tudo o que foi postado, a Tamandaré engajaria com mísseis, depois com o 76mm, aí viria o Sea Snake e, por fim o Sea Defender. São 12 células de mísseis (não… Read more »
Vou deixar que eles respondam para não monopolizar a discussão, mas creio que um aspecto não foi levado em conta no seu cenário: não são apenas os armamentos, mas os sensores capazes de detectar e direcionar o armamento de tubo. Pelo que já vi de configurações, além do radar de busca (que é “4D”) e do radar de direção de tiro (este permitindo fornecer dados de precisão para o canhão de 76mm, especialmente a maiores distâncias), haverá duas alças optrônicas independentes, às quais de somarão as câmeras e sensores térmicos instalados nos reparos das três armas de menor calibre (as… Read more »
Pro Mk-15 a cadência varia de 3 a 4,5 mil tiros por minuto, 50 a 75 projéteis por segundo, 2.300 a 3.500 dólares por segundo. Mas o CIWS Phalanx só carrega 1.550 projéteis, 21 a 31 segundos de disparos. 1.550 projéteis custariam de 71.300 dólares. Pro C-RAM, 125.000 dólares. Se o Sea Snake tem 147 projéteis a mil dólares cada (pros alemães, pra gente vai sair mais caro), custa 147.000 dólares a munição que pode se esgotar em 8 segundos de disparos. Eu devia pesquisar o custo da munição do Mk-46 mas tô com preguiça…
O Mk-46 GWS, salvo ignorância minha, tem uma vantagem: tem dois carregadores, cada com 200 projéteis, e pode portar dois tipos de munição, um por cada carregador, ao mesmo tempo. Embora sua taxa de tiro seja de 200 a 250 por minuto, muito inferior aos 1.100 do Sea Snake, parece uma vantagem palpável ter dois tipos de munição pra uso imediato. Difícil encontrar o custo da munição 30×173 mm pro Mk-46 GWS, mas lê -se por aí valores bem módicos, entre 150 e 600 dólares o projétil. Uma lista meio anônima, sem data, mostra valores ainda menores por cento de… Read more »
Alex, A taxa de tiro do Mk-46 e do Mk-38 é baixa por conta deles serem específicos para neutralizar ameaças de superfície. Uma menor taxa de tiro aliado a uma alta precisão proporcionada por um taxa de tiro menor tem melhor custo benefício. Canhões outros de pequeno calibre têm maior taxa porque agregam a capacidade AA . Vale salientar que ambos os sistemas adotam a tecnologia de “corrente” e podem ter a taxa de tiro aumentada se combinado com um motor de maior capacidade podendo chegar a 600 t/min, mas até onde eu sei essa capacidade não foi implementada por… Read more »
Grato, novamente, mestre Bosco.
Esqueci de creditar a fonte da minha informação, aqui:
https://www.twz.com/sea/phalanx-ciws-costs-3500-per-second-in-ammo-to-fire
Muito bom!
Eu podia jurar que a MB estava satisfeita com seus Bofors 40mm Mk3 com munição inteligente 3P, também com capacidade airburst.
Seria muito interessante a comonalidade com os reparos já existentes na frota. A Logística e o Tesouro agradecem.
Mas parece que pra cada certame mudam de ideia (ou são monetariamente convencidos a mudar de ideia)…
Lembrando que a munição ABM é ideal para abater pequenos drones (a grande ameaça do momento).
A transferência de tecnologia ficou resumida a que, exatamente? Pelo desenho, todos os sensores são importados, não tem nenhuma industria no Brasil capaz de fornecer algum?
A única coisa nacional, que vi, é o mansup. Por que não usaram o corsair da ares para as metralhadoras de 12mm?
Tem uma matéria aqui sobre a transferência de tecnologia e outras informações do programa:
https://www.naval.com.br/blog/2022/07/15/classe-tamandare-capitalizacoes-tots-e-compensacoes/
Obrigado pela resposta!
Pelo que entendi, o ToT se resume ao sistema de combate e controle do navio e ao sistema de gerenciamento do ciclo de vida dele?
Sim.
Outras áreas como treinamento de mão de obra, capacitação do estaleiro etc entram no quesito das compensações (contrapartidas de investimentos do contratado).
Entendi, obrigado pela ajuda!
É o normal, o que mais acontece. A nacionalização vem da montagem, peças de aço, cabos elétricos e alguns sistemas que alguém já fabrique por aqui.
As coisas realmente complexas e caras são importadas, não há como fabricar aqui, seja por demanda, seja por competência ou por outro motivo qualquer.
Muito obrigado!
Falando em canhão de 30 mm, a que possa interessar, a US Navy começou a substituir seus canhões de 25 mm por 30 mm, o USS Mustin (DDG 89) sendo o primeiro recebeu um par ano passado aproveitando um período de grande manutenção.
Grato, mestre Dalton. Esse novo canhão no DDG é o Mk-46, certo? O Mk-38 seria o de 25 mm substituído, imagino. Existem 4 Mk-38 nos extremos do CVN-78. Serão substituídos, também?
Alex,
O canhão não é o Mk-46 mas uma versão do Mk-38 com o canhão Mk-44 de 30 mm no lugar do M-242.
Grato, mestre Bosco.
Mk-38 mod 4. Dupla alimentação e vem com uma metralhadora .50 em cima. Aqui:
https://msi-defencesystemsus.com/products/msi-ds-mk38-mod-4/
Desculpe pela demora Alex, o Bosco respondeu parte da pergunta e quanto a outra
Arleigh Burkes e algumas unidades “Cutters” da Guarda Costeira terão preferência
mais tarde quem sabe os NAes e o que o “CVN 78” precisa mesmo é capacita-lo à operar o F-35C coisa que alguns NAes da clase Nimitz da Frota do Pacífico já o são e também receber o Super Hornet Block III.
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abs
Muito grato pela resposta, mestre Dalton. Torço pelo melhor pro USS Gerald R.Ford.
Continuamos sempre dependentes, nunca conseguimos desenvolver tecnologia em nenhuma área, muito menos na defesa.
Mestres Nunao e Bosco,
Da para fazer uma palhinha de um comparativo deste canhão versus o Bofors MK IV 40 MM?? Seria muito mais caro? Sempre fico com a impressão que o 40 MM seria melhor….
“Sempre fico com a impressão que o 40 MM seria melhor…” Apesar da maior cadência de tiro do SeaSnake o projétil de 40 mm é muito maior e mais letal e de modo geral o 40 mm tem capacidade antimíssil , portanto, sim, sem dúvidas o 40 mm é mais letal e mais flexível , mas com custo e peso sensivelmente maiores. O custo menor de um SeaSnake, além do peso menor, devem ter sido fatores importantes na escolha e já ter um canhão com capacidade antimíssil (76 mm Super Rapid) dando apoio ao sistema de míssil fez com que… Read more »
Ahhhh…sei lá…..com as desativações relativamente precoces e mais os MK III comprados para os Napa uns anos atras, será que não tinha sobra mesmo dele no inventario para as 4 FCT?….neste prisma…fico cismado….pois melhor seria na ponta do lapis desviar entre eles….põe o Sea Septor nos Macae e os 40 mm para as fragatas…os diretores de um devem servir no outro, provavelmente….eu ficaria mais satisffeito assim…
Acho que vc quis dizer SeaSnake, não? (Você escreveu Sea “Septor” – não estou pegando no pé, é só para clareza mesmo) Eu já penso que o 40mm como canhão principal de um navio-patrulha é mais desejável do que um de 30mm pelo alcance maior, assim como flexibilidade. Prefiro que os Bofors 40mm retirados de navios que deem baixa sigam para novos navios-patrulha ou para reforçar defesas de outros navios como o NAM Atlântico e o NDM Bahia. Mesmo se a MB tivesse escolhido o Bofors para a Tamandaré, eu preferiria que fossem novos e não retirados de navios dando… Read more »
kkkkk…foi mesmo…pensei SeaSnake e escrevi SeaCeptor…desculpa ai….rzrzrzrz
Complementando o Bosco, Eu gosto mais do BAe/Bofors 40mm mk4, mas não vejo o SeaSnake como uma escolha inferior. A diferença em letalidade da munição 3p de 40mm é grande em relação ao 30mm ABM, mas vale lembrar que a cadência do SeaSnake é 3x maior e proporciona mais chances de destruição por impacto direto (embora eu já saiba que o Bosco não considere adequada essa cadência de 1.100 disparos por minuto – já eu considero). Uma vantagem do reparo do SeaSnake em relação ao Bofors Mk4 é que ele já inclui seus próprios sistemas de direção de tiro, enquanto… Read more »
Perfeito, Mestre Nunão..é questão de gosto….eu tambem prefiro o 40 mm com 3P….fico completamente agoniado e irritado com todo e qualquer video de um Phalanx ou similares de tiro direto, errando uma boia sinalizadora de simulação e execicio de tiro….dá agonia….faz um monte de passes ate acertar…um alvo a deriva baila instantaneamente com as ondas…e o canhão fica suado na tarefa….já um belo 3Ps não..a nuvem de estilhaço explode acima….ignorando a dimensão de elevação e caida do alvo no horizonte radar….
As armas da Tamandaré vs ameaças: Míssil de cruzeiro subsônico/supersônico antinavio: canhão 76 mm, míssil Sea Ceptor, despistador Terma SKWS Míssil balístico/hipersônico antinavio: despistador Terma SKWS AA: canhão 76 mm , míssil Sea Ceptor, canhão de 30 mm, metralhadoras ponto 50 UAV grupo 2 e 3: metralhadora ponto 50, canhão de 30 mm, canhão de 76 mm, míssil Sea Ceptor Embarcações de pequeno porte/USVs: metralhadoras ponto 50, canhão de 30 mm, canhão de 76 mm , míssil Sea Ceptor e helicóptero Navio: canhão de 76 mm, míssil MANSUP, míssil Sea Ceptor e helicóptero Submarino: lançador de torpedos Mk-36/54 e helicóptero… Read more »
Bosco,
O canhão do SeaSnake, salvo algum engano meu, também é usado no Puma IFV, não? Ou o canhão é outro e apenas a munição é das mesmas dimensões?
Sabe como se troca a fita de munição AP por ABM ou AE nesse canhão? Ou as munições são colocadas na fita de forma intercalada, no caso do Puma?
Pergunto isso por conta da possibilidade do SeaSnake, eventualmente, utilizar munições diferentes para cada ameaça, embora considere que a ABM seria a munição mais flexível neste sentido.
PS: agora vi que, algumas horas atrás, voce já tinha dado resposta a questão semelhante formulada pelo Alex. Comentei lá também incluindo um link para brochura da Rheinmetall sobre uso de munição ABM contra blindagens leves, no caso selecionando uma rajada sem programação, para impacto direto.
A munição é a mesma. Os canhões são diferentes, com sistemas de alimentação e rate of fire diferentes.
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O Puma emprega o “KCE”, que agrega um sistema de alimentação que pivota entre duas munições:
https://www.rheinmetall.com/_assets/thumbnail/30115/image-container?1681278623
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As munições no cofre da torre do Puma correm por duas fitas distintas: https://pbs.twimg.com/media/EKSvHCgXkAA57Qm?format=jpg&name=medium
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O Sea Sanke usa um “KCA”, projetado inicialmente para aeronaves.
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KCA do Viggen:
KCA do SeaSnake: https://www.rheinmetall.com/_assets/thumbnail/1268
Obrigado!
Boa ilustração mestre Bosco
Boa tarde foristas.
Como o assunto aqui é munição gostaria de sugerir uma reportagem sobre as corvetas Sa’ar 6.
Impressionado com o poder de fogo de um navio com 1900 toneladas de deslocamento. E aquela necessidade de navios maiores (6000 toneladas) para determinados censores?
Reforça meu entendimento que a MB deveria substituir as Classes Inhaúma, Niterói e Greenhalgh por uma única classe.
Sugestão para debate: corvetas para os Distritos Navais com função de defesa do litoral e uma Esquadra só com fragatas.
Tudo sem levar em conta a realidade econômica.
Boa semana a todos!
“Impressionado com o poder de fogo de um navio com 1900 toneladas de deslocamento. E aquela necessidade de navios maiores (6000 toneladas) para determinados censores?” Eduardo, Há materias sobre as corvetas Sa’ar 6 no site. Todo navio obedece à lei da física de que dois corpos distintos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço e ao mesmo tempo. Com deslocamento relativamente modesto, antenas elevadas e pesadas e grande quantidade de mísseis para função antiaérea, além de geradores de energia dedicados a radares de alta potência consumindo uma fração considerável do combustível, sobra menos espaço para combustível necessário para alcances… Read more »
Obrigado.
Em minha opnião seria o mais factível para o Brasil até 2035. Umas 16 Tamandaré, e de Patrulha Oceânica as covertas de patrulha da ThyssenKrupp (seriam as A-100), assim aproveitaria o mesmo estaleiro e praticamente o mesmo navio. Para os meios distritais os NaPa500 e para flotilha fluvial os Grajaú que forem dando baixas. Nesse cenário de sonhos até colocaria uma das amazonas para ficar no lugar do monitor Parnaíba, e assim este, finalmente descanar como um navio museu em Manaus ou Belém.
Aqui meus dois centavos.
O calado da classe Amazonas é incompatível com a profundidade dos rios da bacia do Pantanal. Eventual substituto do monitor Parnaíba precisará ser um navio compatível com emprego fluvial na região, com calado de cerca de 1,5m e fundo chato.
O melhor destino do Parnaíba como navio-museu eu acho que seria na bacia do Pantanal mesmo, onde o navio é empregado há 8 décadas.
Achava que o Parnaíba ficava na bacia Amazônica! Me enganei! Sendo assim, também concordo com ele descansar no Pantanal.
Rapaiz, a marinha acertou em cheio sem ver na defesa de ponto anti-drone, a Rússia está precisando urgente de algumas dessas.
Mesma munição do GAU-8 do A-10 Thunderbolt II. Faz um estrago o bixinho.
Munição importada. Para tornar nossa Marinha mais inútil do que já é, basta não vender munição para ela. Isso é uma vergonha