PRONAPA: Revitalização naval e avanço tecnológico no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro
Incluído no Novo PAC do Governo Federal, PRONAPA leva o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro a retomar processos construtivos com retornos significativos em diversas áreas
Em todo o mundo, a indústria naval tem papel estratégico. Para uma nação com mais de 7 mil km de fronteira oceânica, como o Brasil, ela é fundamental no aproveitamento do seu potencial marítimo, garantindo significativa parcela da integração e eficiência econômica do País, envolvendo atividades como transporte e apoio marítimo, geração de energia, extrativismo mineral e pesca industrial, além de questões de Defesa. Sua principal impulsionadora, a construção naval, passa por um processo de retomada, após um longo período de oscilação, resultante de crises financeiras e percepções geopolíticas alheias à importância do mar.
Nesse contexto, o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), além de prosseguir atendendo às demandas de manutenção de meios navais da Marinha do Brasil (MB) e, eventualmente, disponibilizar parte de suas facilidades para embarcações de uso comercial, retomou, nos últimos anos, suas atividades de construção, após a decisão da MB de resgatar a construção de Navios-Patrulha de 500 toneladas. Foi assim que, em 2022, o Navio-Patrulha (NPa) “Maracanã”, concluído no AMRJ, foi incorporado à Marinha e hoje patrulha as águas de responsabilidade do Comando do 8° Distrito Naval, abrangendo os estados de São Paulo e Paraná.
“A Marinha entendeu que o AMRJ teria capacidade de dar continuidade a esse processo construtivo e, posteriormente, das outras embarcações da classe. Com o ‘Maracanã’ conseguimos a oportunidade de voltar a construir”, diz o Gerente de Construção de Embarcações Acima de 200 toneladas do Arsenal, Capitão-Tenente (Engenheiro Naval – EN) Pietro Giorgio de Albuquerque Pereira. “A curva de conhecimento foi muito acentuada, porque resgatamos o conhecimento de construção naval com os profissionais que temos e que já estão aqui há muito tempo e participaram da obtenção de diversos outros meios navais”, explica.
É o caso do Encarregado da Divisão de Máquinas e Redes da Superintendência de Construção Naval, César Fernando Cascardo de Niemeyer, que completou, em fevereiro, 41 anos de trabalho no AMRJ. Com formação em Engenharia Mecânica, o Engenheiro de Tecnologia Militar Niemeyer conta que foi contratado, inicialmente, para o reparo dos submarinos Classe “Oberon”. “Foi um trabalho árduo porque, na ocasião, eu trabalhava na oficina de máquinas e era o responsável por todos os equipamentos mecânicos do navio”, afirma. Ele conta que trabalhou em diversos outros navios que passaram pelo AMRJ, tanto na construção quanto na manutenção.
“Trabalhei no Navio de Transporte de Tropas ‘Ary Parreiras’, no Navio Oceanográfico ‘Almirante Câmara’, no reparo do Dique Afonso Pena, mas também na construção da Corveta ‘Inhaúma’, projeto de navio de guerra totalmente feito no Brasil, e das Corvetas ‘Jaceguai’ e ‘Barroso’, além dos Navios-Patrulha ‘Grajaú’ e ‘Guaíba’, e de tantos outros meios”, relembra, ressaltando que “recentemente, começamos com o projeto dos Navios-Patrulha de 500 toneladas. Começamos com o NPa ‘Maracanã’, que já foi entregue ao setor operativo e está operando em Santos [SP], e agora estamos trabalhando na construção do NPa ‘Mangaratiba’, em fase de edificação do casco”.
A prontificação do “Mangaratiba”, por ser o segundo navio da classe em construção no AMRJ, representa a chance de reaplicar e rever diversos serviços empregados no “Maracanã”, além de empregar novas ferramentas, possibilitando melhorias no processo construtivo.
“Uma das inovações do ‘Mangaratiba’ é o detalhamento em 3D. Nós estamos desenvolvendo este projeto, que é algo que não tínhamos no ‘Maracanã’, que minimiza interferências e nos permite pensar na manutenção e na condução do navio como um todo”, explica o Superintendente de Construção Naval do AMRJ, Capitão de Fragata (EN) Leonardo Assá Gallego Soares. “O Arsenal é um estaleiro secular. Essa retomada da construção nos permite desenvolver novas técnicas e acompanhar as melhorias. Ver o navio saindo do zero e sendo lançado, 100% concebido aqui, é um desafio para a nova geração e um grande ganho para a Marinha do Brasil”, conclui.
PRONAPA
A construção dos Navios-Patrulha mantém ativa a linha de produção, servindo como estímulo aos tripulantes do Arsenal e, principalmente, à economia local, uma vez que é responsável por um arrasto tecnológico que envolve mais de uma dezena de empresas parceiras e a geração de mais de 600 empregos diretos e indiretos. Com previsão de lançamento ao mar para o segundo semestre de 2025, os avanços na construção do NPa “Mangaratiba” se devem à recente inclusão do Programa de Obtenção de Navios-Patrulha (PRONAPA) no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que garantiu investimentos no processo construtivo e na infraestrutura de oficinas especializadas do AMRJ.
O PRONAPA prevê, ainda em 2024, o início da construção do quinto navio da classe, terceiro do Programa, o NPa “Miramar”, que será integralmente construído no Arsenal de Marinha, agregando avanços de engenharia – fruto da experiência adquirida com os dois navios anteriores. “O ‘Miramar’ será mais uma embarcação totalmente construída aqui. Vamos aplicar o conhecimento adquirido com os outros dois para um projeto cada vez melhor – uma construção cada vez mais contínua e com mais qualidade”, afirma o Capitão-Tenente (EN) Pietro.
VÍDEO: Construção do Navio-Patrulha Mangaratiba no AMRJ
O Programa de Obtenção de Navios-Patrulha é mais um exemplo que confirma a pertinência de ações como a Proposta de Emenda à Constituição nº 55/23, que tramita no Congresso Nacional. Também conhecida como “PEC da Defesa”, a iniciativa preconiza a previsibilidade e o incremento gradual do orçamento – até o percentual de 2% do PIB – para ações e serviços de Defesa Nacional, com foco em projetos estratégicos e na priorização da indústria brasileira.
Com longo prazo de maturação, os projetos do setor, além de beneficiarem a soberania e os interesses nacionais, proporcionam expansão da Base Industrial de Defesa, gerando desenvolvimento, cadeias produtivas, empregos e distribuição de renda de elevado valor agregado.
AMRJ
Mais antigo estaleiro nacional em atividade, o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro completou, em dezembro de 2023, 260 anos de uma história que se confunde com a construção naval no Brasil e, também, com a construção naval militar. Desde a primeira embarcação encomendada junto ao então Arsenal do Rio de Janeiro, a Nau “São Sebastião”, lançada ao mar em 1767, mais de 140 navios e embarcações foram construídos em suas bicentenárias instalações.
DIVULGAÇÃO: Centro de Comunicação Social da Marinha
Bom dia a todos;
Parabéns a todos envolvidos pela iniciativa.
Agora que o AMRJ precisa de uma atualização, ele precisa em todos os aspectos 👍💪⚓️🇧🇷
Opa. Isso é novo. Até então, sabíamos que a MB teria 04 navios da Classe Macaé, os dois primeiros feitos pelo Inace e outros dois concluídos no AMRJ a partir dos casos resgatadas do Estaleiro Eisa, que faliu. Lembro de um terceiro navio iniciado no Eisa, que também foi transferido para o AMRJ que nem seria concluído. Agora, o AMRJ irá concluir a “Miramar”, que teve a quilha batida ainda no EIsa. Lembro de ter lido algo sobre o início de um novo programa de navios patrulha a partir deste ano, mas imaginava que seria baseado no projeto da NPa500Br.… Read more »
Camargo
Pelo que me informei, a MB tem licença já acordada (provavelmente há muito tempo) para construir mais dois navios da classe Macaé.
Precisaria ver de novo a apresentação feita no mês passado pelo comandante da Marinha, que publicamos aqui em vídeo, mas acho que ele comenta sobre isso.
Então os planos são para continuar a construção de mais dois NPa classe Macaé no AMRJ enquanto viabilizam a construção do primeiro NPa500MB, de projeto próprio.
Legal. Obrigado.
Caros Camargoer e Nunão, o comandante diz que até 2030 será entregue o Mangaratiba e que “deve ser construído” +1 classe Macaé previsto para 2029 (pelo jeito é o Miramar), além de 2 unidades do novo patrulheiro de 500T. Os outros 7 ficam para depois de 2030.
Mangaartiba e Miramar devem ir para quais distritos navais?
Li em algum lugar, que a MB iria construir mais 1 ou 2 navios da classe Macaé (não lembro o número exato) devido a já ter pago os direitos de construção aos franceses dessas unidades.
Valeus. Daqui a pouco a gente começa uma discussão sobre os nomes destas duas Macaés. Eu proponho que uma delas seja “Marmargo”
Essa classe Macaé poderia ser concluída até o P-79 aí do P-80 em diante entra os NPAs 500.
Acredito que profissionais como descrito na reportagem. Devem ser mantidos para multiplicar outros iguais. Por isso, discordo da transferência para terceiro privado. Logo, 2 na pas de 500 t , é a escola+ a AMRJ necessita p recuperar o tudo q o neoliberalismo destruiu. Sei q td isso foi graças a patriotas de vdd, q não ficam batendo continencia a USA ou Israel. Que seja a semente bem cuidada nessa tradicional base. Que cresça e ai sim, espalhe e produza bons frutos a nossa soberania e a nação.
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COMENTÁRIO APAGADO
5 – Não use o espaço de comentários como palanque para proselitismo político, ideológico
6 – Mantenha-se o máximo possível no tema da matéria, para o assunto não se desviar para temas totalmente desconectados do foco da discussão;
LEIA AS REGRAS DO BLOG:
https://www.naval.com.br/blog/home/regras-de-conduta-para-comentarios/
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Já que está com o projeto/construção em andamento, que façam mais unidades. O projeto é antigo mas não tem tanta diferença como o novo projeto, cumprindo a missão do mesmo jeito.
Continuar a construir a classe Macaé, certamente será mais barato e poderiam aproveitar ao máximo armas e equipamentos retirados de outros navios que deram baixa. Por exemplo os canhões de 40mm das Inhaúmas. Com um 40mm e duas .50 já estaria ótimo em questão de armamentos.
Correto.
Se falta grana, pra que inventar?
Essa classe tinha que ser o arroz com feijão da Marinha, colocando um desses em operação por ano.
É navio de patrulha, não precisa de CIC moderno, mísseis antiaéreos, VLS, Mansup… é pra pegar pescador ilegal, combater delitos no mar, pegar playboy que mergulha nos pés das plataformas de petróleo… Pra isso não precisa de muita coisa.
Se o caldo engrossar e eles avistarem navios de guerra inimigos, aí chamam fragatas.
Concordo com você. È preciso manter uma cadência. Os navios da patrulha deveria ser um programa contínuo.
Considerando uma vida útil de 40 anos e uma frota de uns 20~25 navios, daria para manter uma cadência de um navios a cada 18 meses. Seria muito bom manter uma continuidade, mesmo que o projeto vá sendo modernizado a cada navio.
Os três últimos contratados ao EISA seriam Miramar, Magé e Maragogipe. Não imagino que fugirá disso.
Exato. Talvez faltou deixar claro que a continuidade do programa de navios patrulha seja passar para a etapa dos NPa500BR. Lá na frente, passar para os NPa500BR-II e assim sucessivamente… sempre mantendo a candência de um navio novo a cada 1,5~2 anos, seguindo uma linha de evolução.
São navios relativamente baratos (da ordem de US$ 40 milhões), com elevada taxa de nacionalização.
Eu tenho ficado cada dia mais incomodado com os surtos de “soluço” no reaparelhamento da MB.
No mínimo um NPa500BR a cada 12 meses sendo entregue.
Espero que a MB, não ouça esse discurso de barco simples, feijão com arroz o coisa que o valha.
Parece que haverá três versões. Espero que insiram conceitos de modernos não só na produção como quesito modularidade e multitarefas e tecnologias modernas em seus sistemas de vigilância e letalidade, mesmo sendo um navio de 500T, é preciso para ter sucesso externo que seja um projeto desruptivo.
O surto aquisitivo está no DNA da MB desde sempre, praticamente. Apreciemos as novas garras do cisne – surtado.
Se esses 3 adicionais forem prontificados, é para glorificar de pé.
Se a cadência for de uma ano ou um ano e meio é possível revender para marinhas amigas em oportunidade governo a governo. Se influência politico militar for uma oportunidade possível.
O problema para revender é sempre ter alguém que queira comprar
A MB ficou falando de vender submarinos.. que ninguém comprou.
Venda de navios do Brasil para países da A.Sul, quando o estágio da nossa indústria de barcos de superfície não faz nada de diferente do Chile, Peru, produtos sem competitividade. Quando a MB fala de exportação lembro dos potenciais compradores da África. Exportar, se muito o NPa 500 BR, mas teria que apresentar uma gestação de projeto como a Embraer, de resto, de sonho, a MB já morreu muitas vezes na praia, espero, torço por mudanças. Quando se lê artigos oficiais da MB e o que prometem, precisamos de um tradutor para separar um desejo do efetivo. Isso é uma… Read more »
A MB continua sendo uma Força de muito discurso.
Bastante.
Hehehe, mestre Camargoer! Capitalismo industrial baseado em D – M – D+ já era até pra obtusamente tecnológica indústria de defesa: a onda é financeirização baseada em D – D+ (a M que se dane, o lucro e renda se fazem no tapetão administrativo)…
Concordo.
Sei que a MB precisa de subs, fragatas, corvetas ( quer dizer, ela precisa de TUDO, mas enfim… ), mas fica difícil acreditar nesse papo de “ToT” e “retonamada da construção naval” quando, pra fazer um “simples” navio-patrulha de 500 toneladas, é um parto.
É o tipo de navio “simples”, e que poderia ter alto índice de componentes nacionais, isso deveria ser feito na média de, pelo menos, 1 unidade por ano. Mas até pra isso é uma cesárea.
Pegar playboy que importuna baleia é importante também.
O que passa na cabeça de playboy que importuna baleia, golfinho ou baiacu?
gente estranha…
O tráfico de drogas seria o mais inteligente para se preocupar
Esses playboys que estamos falando muitas vezes atuam nas duas pontas do tráfico. Uns consomem, outros atravessam… Ou seja, pegá-los é cenário “win-win”
O policiamento ambiental e as atividades de combate ao tráfico não são excludentes.
Seria adequado ignorar depredação do patrimônio público porque a prioridade é o tráfico de drogas? Seria adequado ignorar roubo de carros ou violência doméstica porque a prioridade é o tráfico de drogas? Seria adequado ignorar o contrabando de armas para priorizar o tráfico de drogas? Seria adequando ignorar o contrabando, desfalques, crimes financeiros, para priorizar o tráfico de drogas?
Obviamente, são perguntas retóricas.
Seria pouco inteligente ignorar outros crimes para priorizar o tráfico de drogas.
Acho que o que não é adequado é combater essas alucinações de playboy e depredadores imaginários, o ideal seria que focassem na realidade e no combate a crimes reais ao invés de inventarem acusações pra perseguir inocentes mas infelizmente vivemos uma crise moral da sociedade, a alucinação acusatória é mais importante do que a realidade e o bem comum.
Vocês já desviaram totalmente do assunto. Poderiam voltar ao tema por favor?
Tá certo. Viu pegar a Playboy e ler a entrevista.
kkkkkkkkkkkkk
Eu quase concordo com tudo, so digo que o arroz com feijão deveria ser um OPV, algo um pouco maior, temos muitas aguas azuis!
Depois de escrever esse comentário, eu pensei nisso também. Mas eu seria favorável a uma cadência de dois tipos. Desses patrulhas de 500t e de OPVs. No caso do OPV nem precisa uma cadência anual, mas ao menos a cada 18 meses um OPV, montando grupos de patrulhas nos DNs.
E ainda podemos botar patrulhas nos rios que tanto carecem de presença.
Eu defendo faz bastante tempo aqui na trilogia que OPV não deve ser por lote, tem que adotar um estaleiro e falar “vc vai fazer isso pelos próximos 100 anos”, no devido compasso é claro!
Quanto custa um OPV pé de boi?
100 milhões?
Então a MB já tem que ter essa verba separada como despesa fixa e pronto!
Algo como o Fassmer OPV 80 que o Chile é Colombia operam seria perfeito para garantir presenca de mar por um custo acessível e economizar as Tamandarés para tarefas nobres!
Poderia ser o próprio AMRJ! Assim, sempre tendo construção e entrega, ele, também, iria se modernizando com o passar dos anos
“Com longo prazo de maturação, os projetos do setor, além de beneficiarem a soberania e os interesses nacionais, proporcionam expansão da Base Industrial de Defesa, gerando desenvolvimento, cadeias produtivas, empregos e distribuição de renda de elevado valor agregado.” Jesus, como eu detesto essa “encheção de linguiça” do CCS da MB… Cadeia produtiva se cria com encomendas FIRMES e em boa quantidade, gerando escala. E, se olhar no histórico das FA’s, como um todo, raramente isso acontece. Há pedidos firmes e contratos assinados pra, pelo menos, uns 25 navios patrulha desses? Há contratos firmes que garantem um segundo lote de FCT’s… Read more »
Bom, muito bom.
Mais três Npa vindo ai.
O AMRJ demorou quase 3 anos para terminar o NPa Maracanã que o EISA havia começado e feito a maior parte do casco.
É muito tempo.
No caso do NPa Miramar a construção será feita integralmente pela MB, mas espero que os trabalhadores do AMRJ tenham aprendido a trabalhar e façam o serviço mais rapidamente.
A título de comparação a fragata Tamandaré será concluída em prazo inferior.
Pelas informações postadas aqui mesmo muita coisa foi feita errada e teve que ser refeita, o que dá trabalho em dobro. Certamente a construção do Miramar levará menos tempo, pois o trabalho sendo feito de forma correta desde o início mais o aprendizado e soluções aprendidos com os outros da classe.
Rafa, a partir do momento que os cascos foram transferidos para o AMRJ, foi preciso revisa-lo todo, corrigir os problemas, refazer o projeto executivo (que a MB não tinha), montar o memorial de material, licitar e concluir o navio.
As FCT tem um projeto executivo detalhado e um cronograma bem estruturado.
Não dá para comparar.
Tomara que vocês estejam certos.
A propósito eu contei o tempo a partir do momento que começaram as obras e não desde que ele chegou no AMRJ.
Como parâmetro, quando nos pegamos um projeto de outro colega, por mais que saibamos que é uma pessoa confiável, checamos tudo novamente.
Afinal agora é o nosso nome que está lá! Se ocorrer um problema, ninguém vai lembrar de que iniciou o projeto, só de que finalizou ele.
AMRJ , com muito orgulho dediquei quase 30 anos da minha vida a esta Grande CASA. Obras importantes foram realizadas no período que lá estive.
A marinha não tinha nenhuma equipe ou engenheiro, acompanhando/acreditando a contrução das mesmas,a MB nao tinha acesso aos documentos e projeto?Estranho não ter, um projeto tão caro,deveria ter alguém acompanhando em loco e gerando relatórios do desenvolvimento das unidades.
Deveria, não é? Aposto que tinha mas não adiantou nada. Por quê será, né?
Meu nobre. Por alguns comentários aqui, da aquisição a construção dos barcos foi coisa só dá peãozada kkkkkkkk
Olá Neto. Sua observação é pertinente, inclusive lembrando que a Emgepron também serve para isso.
Bem colocado.
“espero que os trabalhadores do AMRJ tenham aprendido a trabalhar e façam o serviço mais rapidamente”
Nossa a culpa na demora da construção dos navios ,foi da lerdeza dos operários do arsenal kkkkkkkk
Pelo amor de Deus.
Precisamos de no mínimo uns 25 desses
Existe alguma confirmação onde o Mangaratiba deve servir quando for incorporado? Creio que 2DN,4DN ou 5DN devem ser alguma delas.
Não temos Guarda Costeira, sendo esta função exercida pela marinha, por isso credito que seria mais lógico investir em uma maior quantidade de patrulhas de 200 toneladas, talvez uma atualização do projeto da classe Grajaú para maximizar a utilização de drones. Desta forma conseguiríamos uma maior vigilância de nossas aguas territoriais e combate ao contrabando.
Wilson,
O deslocamento de 200 toneladas algumas vezes impede a realização de missões em caso de condições de mar muito adversas. Por essas e outras razões o padrão da MB para seus navios-patrulha novos subiu para 500 toneladas.
Prezado amigo, obrigado pela explicação. Mesmo assim acredito que entre quatro a oito meios de 500t para os casos citados, complementados por um maior número de meios de 200t seria o ideal, por uma questão de custos, tanto de aquisição como de operação.
Para uso civil, que não existe problema de restrição e dependência das condições do mar, 200 toneladas não é problema.
Mas uma organização militar, que não pode se dar ao luxo de não zarpar quando acionado, precisa de embarcações maiores.
Para fins de patrulha, 200 ton é muito pouco. Entre 500 e 1500 ton são as ideais.
Diante disso, eu acabei lembrando disso aqui… https://www.naval.com.br/blog/2009/04/17/inace-apresenta-o-conceito-do-opv-1800-na-laad-09/
Por que não foi pra frente ? Por que o AMRJ/EMGEPROM não quis?
Isso não é uma decisão do AMRJ nem da Emgepron.
Na primeira foto, parece ter um submarino ikl, com o casco aberto. Qual é este submarino?
Tamoio. Teve o PMG interrompido e foi desativado.
Obrigado
Por que o PMG do Tamoio não foi pra frente? Não ter dinheiro seria uma desculpa meio esfarrapada quando pensamos nos recursos aplicados em Itaguaí. Então?
A informação que tenho é que um reparo específico (falaram da seção dos tubos de torpedos) teria custo elevado demais, reduzindo o custo-benefício da continuidade do submarino em serviço. Ao menos é o que foi explicado. Não tenho mais detalhes.
Fico sinceramente feliz em saber que estes navios patrulha estão finalmente entrando em operação, e que já se projeta a continuidade da classe, com o Miramar e, Deus queira, com ao menos mais 10 embarcações.
Bom para a Marinha, bom para o Arsenal de Marinha, bom para gerar emrpregos, bom para desenvolver a industria naval.
Pronapa prevê índice de nacionalização maior que 50%. Para uma classe de navios importante para a ocupação do mar, natividade maior que 50 parece pouco. Enquanto construímos os navios e aprendemos a reproduzir os 50% que conhecemos, quem está aprendendo a fazer os 50% que ignoramos? Qual instituição está encarregada de reduzir a dependência para 10% ou no máximo 20%?
A PEC 55 está parada. Não tem relator.
O PRONAPA é em minha opinião o projeto mais importante para a segurança dos mares brasileiros neste exato momento.
Revitalização da Indústria Naval…zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
Não queria tocar nesse assunto mas já que o amigo começou vamos lá. Nunca foram, e não é, realmente projetos de revitalização. Mas formas de afagar o ego de almirantes para conter ameaças de “aventuras políticas”.
“A construção dos Navios-Patrulha…é responsável por um arrasto tecnológico que envolve mais de uma dezena de empresas…”
Dizer que um navios simples como os Macaé são responsáveis por “arrasto tecnológico” é de lascar. Isso dito por uma marinha que quer construir SSN.
Interessante, devia seguir a linha de construir o que já tem encomendado/licenciado desses navios. Já que não deve custar + de 40 milhões.
Mantendo assim a mão de obra, e seguir para o Napabr e construir 1 por ano séria viável, mantendo, a evolução do projeto em blocos 1, 2, etc, evoluindo o projeto.
Missão é substituir os Grajaus que já sabemos que são poucos (12) para a missão, tamanho da costa brasileira, então deveriam ser no mínimo algo entorno de 24 a 40 unidades de 500toneladas,mas nessa velocidade ai, tá cruel
Num país mínimamente sério, com o litoral que temos, rios navegaveis, e número de ilegalidades que acontecem neles, a quantidade mínima aceitavel dessa classe por DN seria algo entre 4 a 6, e 2 acima de 1500 toneladas.
Depende da área a ser coberta e das ameaças. Os 4o e 8o distritos navais acredito serem os mais críticos e suportaria bem três embarcações 1500 ton. Mas também sabemos da importância que a MB dá para o 1o DN, mais especificamente para o RJ. Então provavelmente ali também ficariam três (se não mais). Importante: num cenário hipotético ideal – não real. As demais acredito que duas embarcações de 1500 ton seria suficiente. Claro, todos complementados por embarcações de menor porte. Mas existe aquela questão da reserva. Quem tem 2 tem um. Quem tem um não tem nenhum. Então, mas… Read more »
Tem uma coisa q não consigo entender. Estive na MB por breve período, como aspirante a OfRN2, em 1974-75 e depois voltei como professor do ensino naval, durante seis anos, entre 1983-89. Em minha época de aspirante, o inventário naval era pobre mas extenso – e como navegava! Se bem lembro em 12 CTs sendo uns da classe Pará, q eram Fletchers. Estagiei no “Pernambuco” D-30, numa saída em q passamos seis dias no mar, junto com outras duas unidades, uma delas o “Alagoas”, então recém incorporado. Tmb haviam 2 cruzadores – navios bem impressionantes aos olhos de um garoto… Read more »
Grande relato Bitten e é natural que o com o tempo algumas coisas tenham sido esquecidas, como o Cruzador Barroso que deu baixa em 1973, um ano antes de você iniciar seu período embora você o tenha visto atracado já inativo – o Tamandaré foi retirado em 1976 – e as 6 “Niteroi” que foram incorporadas entre 1976 e 1980 nesse período se deu baixa em apenas 2 dos 12 “CTs”. . Então em plena “Guerra Fria” a Marinha em 1980 contava entre suas principais unidades 1 NAe Leve com um punhado de aeronaves insuficientes para a tarefa 6 fragatas… Read more »