VÍDEO: Em 2016, avião E-2C Hawkeye quase caiu no mar após rompimento de cabo de retenção

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Em 2016, um cabo de retenção rompeu-se quando um E-2C Hawkeye tentou pousar no porta-aviões USS Eisenhower (CVN 69). O Haweye correu pelo convés de voo e desceu em direção ao mar, mas os pilotos conseguiram recuperar o avião.  Mais tarde foram premiados com a Medalha Aérea por suas ações habilidosas.

O E-2C Hawkeye é uma aeronave de Alerta Aéreo Antecipado e Controle (AEW&C) que desempenha um papel crucial na capacidade de vigilância e comando e controle de forças navais, principalmente a partir de porta-aviões. Projetado e produzido pela Northrop Grumman, o Hawkeye entrou em serviço na Marinha dos Estados Unidos na década de 1960, com a versão E-2C sendo introduzida em 1973.

O design distinto do E-2C inclui uma grande cúpula rotativa ou radome, montada acima do fuselagem. Essa cúpula abriga o radar de varredura mecânica AN/APS-145, que permite ao E-2C detectar, identificar e rastrear ameaças aéreas e de superfície a longas distâncias. O radar é capaz de monitorar uma grande área, proporcionando uma visão abrangente do espaço aéreo e marítimo ao redor de uma frota naval, o que é essencial para a defesa aérea e a gestão do campo de batalha.

VÍDEO: E-2C Hawkeye quase cai no mar após rompimento de cabo de retenção

A aeronave é operada por uma tripulação de cinco membros, que inclui pilotos e operadores de sistemas que gerenciam o radar, comunicações e sistemas de guerra eletrônica. O E-2C Hawkeye é capaz de coordenar a ação de combate, controlando aeronaves de caça e ataque, direcionando ataques aéreos e navais contra alvos terrestres e marítimos, e executando missões de busca e salvamento.

Ao longo dos anos, o E-2C passou por várias atualizações para melhorar seu desempenho, capacidades de radar, sistemas de comunicação e capacidade de sobrevivência. Essas melhorias mantiveram o Hawkeye relevante frente às ameaças modernas e tecnologias emergentes.

O E-2C Hawkeye tem sido exportado para várias forças armadas ao redor do mundo, incluindo as do Japão, Taiwan, França, e outros, o que sublinha a sua importância e eficácia como um ativo de comando e controle aéreo. A aeronave continua a ser um elemento vital nas operações de porta-aviões e em missões que exigem vigilância aérea avançada, controle de espaço aéreo e gerenciamento de batalhas.

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Leandro Costa

Alerta marron total. Eu conheço um cara que foi operador de radar de E-2 na USN e fez cruizeiros à bordo do Ranger e do Nimitz em fins dos anos 70. Adorava o E-2, mas sempre falava que era um ambiente um tanto claustrofóbico durante pousos noturnos e em mal tempo.

curisco

piloto troca a cueca e vida que segue

Fernando Vieira

Os E-2D que estão chegando são células novas ou E-2C modificados?

Dalton

Os E-2D já chegaram Fernando, são novos em folha e capazes de serem reabastecidos em voo o que não acontece com o E-2C e cada esquadrão tem 5 unidades ao invés de 4 nos esquadrões ainda com E-2C existentes apenas nos 2 NAes mais antigos, “Nimitz” e “D.Eisenhower”.

Fernando Vieira

Obrigado!

Thiago Santos

Esse vídeo é muito bom, o porta aviões subindo bem na hora que o E-2 sai da pista e os marinheiros comemorando quando ele aparece voando.

Underground

O que talvez tenha salvado a aeronave tenha sido justamente o balanço do navio.
De qquer modo deve ser interessante que logo após o toque o piloto encha a mão no manete. Os motores todos a potência máxima enquanto o cabo puxa a aeronave para trás.

Rinaldo Nery

A aceleração dos motores é obrigatória após o toque.

Alex Barreto Cypriano

Pra todas as aeronaves de asa fixa. E justamente pra que, havendo a ruptura do cabo de retenção, a aeronave consiga velocidade suficiente pra sustentar-se em vôo. Só cai no mar se além de romper o cabo houver um crash com a landing lane destruindo o landing gear (f-35C, lembram?).

Leandro Costa

Não Alex. A aceleração é mantida para o caso de ‘bolter’, quando o avião não consegue enganchar em nenhum cabo. No caso de rompimento do cabo de parada, ou é sorte (como no caso do video), ou ejeção mesmo, porque normalmente a aeronave vai desacelerar bastante até o rompimento do cabo, e quando é jato, as chances de recuperação, mesmo com motor à pleno, são bem baixas. Nessa situação, os motores turbo-hélice (que respondem mais rapidamente aos comandos de potência) e as asas retas do E-2, junto com a proa começando à levantar com a ação do mar é que… Read more »

Last edited 7 meses atrás by Leandro Costa
Alex Barreto Cypriano

Obrigado, Leandro, pela correção. Não citei o bolter porque, sendo muito mais frequente que uma ruptura de cross-deck pendant, me pareceu desnecessário. De fato, rupturas são raras: antes dessa houve outra em 2005 e o jato foi pra água, mesmo. Obrigado, novamente.

Zé Rato

Possivelmente, se fosse um caça, o piloto ter-se-ia ejetado, mas não havendo assento ejetor neste modelo, teve mesmo de fazer tudo o que fosse possível.

Se caísse no mar, este modelo de avião tem umas escotilhas acima da cabine de pilotagem, para facilitar a evacuação em caso de emergência.

Alex Barreto Cypriano

Não cai no mar quando rompe o cabo porque a aeronave, acelerada, readquire aero sustentação facilmente.

Leandro Costa

Não. Leia acima.

No One

Redação, no Mar Vermelho a coalizão européia e americana está abatendo tudo, desde drones aéreos a USV, inclusive mísseis antinavio/ balísticos . Estão utilizando helicópteros, SAM, canhões, caças… E nada de vocês relatar os acontecimentos, inclusive são significativos para entender como se proteger dessas ameaças e se as escolhas da MB foram adequadas.
Além do fato de mostrar que existem sim meios efetivos para se defender dessas ameaças e que algumas marinhas de fato mostram níveis de prontidão e treinamento adequados contra essas ameaças .

É mais relevante a pintura do convoo do PA xing ling?

Fernando "Nunão" De Martini

No One, tem dezenas de matérias sobre os abates no Mar Vermelho publicadas nos últimos 4 meses.

É só procurar que em menos de 1 minuto você acha. Se faltou publicar alguma notícia a respeito nesta semana, acho no mínimo exagerado dizer “nada de vocês relatar os acontecimentos”. Estamos relatando os fatos do Mar Vermelho desde novembro, em detalhe.

Se você digitar Houthis, Mar Vermelho ou termos semelhantes no campo busca, vai dar mais de duas dúzias de matérias publicadas sobre as interceptações e destruições de drones e mísseis pelos navios americanos, britânicos, franceses, italianos etc no Mar Vermelho.

Alex Barreto Cypriano

Sobre o assunto, tem muita coisa dúbia:anteontem noticiavam que o Ansar Alá tinha garantido livre trânsito a navios russos e chinês; mas, ontem, um navio comercial chinês teria sido atingido por ataque supostamente Houthi. Paralelamente, dizem ISIS em Crocus mas Putin entende Ucrânia…
Certamente a verdade é a primeira vítima da guerra (especialmente da era das comunicações de massa). Resta saber qual a definição e amplitude da guerra na cabeça dos estelionatários profissionais.

Carlos Eduardo Oliveira

No meu primeiro serviço no Minas Gerais em 1989, um SH-3A caiu segundos depois da decolagem.
Dos 4 na aeronave, se salvaram dois.
Mudando de assunto, parece que os ucranianos afundaram dois navios ontem (Azov e Yamal).

Armando

Guerreiro 14

Carlos Eduardo Oliveira

Era o Guerreiro 13, na verdade.

Rinaldo Nery

Eu servia na 2a ELO, à época. Lembro desse acidente. Ainda houve o Super Puma cujo rotor de cauda cortou o boom de cauda, e o Lynx que entrou voando na pedra em Casimiro de Abreu. Nesse morreu o Clementino, que fez EPCAR. Foi meu veterano.

Jagder#44

Interessante relato, cmdte.

Giovani.gxp

Destreza e coragem! Show show !!!

737-800RJ

[OFF]

Dois navios russos de desembarque Classe Ropucha foram destruídos num ataque ucraniano com mísseis Storm Shadow!

Atualização: 3 SU-27 também destruídos.

Last edited 7 meses atrás by 737-800RJ
Alex Barreto Cypriano

Ropucha é velharia e deviam estar bem paradinhas no porto ou doca. Sitting duck é mais fácil atacar.

Jonathan Pôrto

Sustentação nas asas e manete Full , claro, muita sorte tbm!!!

Oficial de Pijamas

Esses três acidentes citados pelo Comandante Rinaldo Nery, que não tem nenhuma relação entre si, foram horríveis, gerando mortes e traumas na Aviação Naval como um todo.O SH-3 num voo noturno e o Super Puma num voo diurno, caíram literalmente ao lado do NAeL Minas Gerais. O Lynx se chocou com um morro num voo noturno, demorou-se bastante tempo para encontrar a aeronave e quando encontraram-se os destroços, dá pra imaginar o estado dos corpos dos tripulantes.

Rinaldo Nery

Foram reconhecidos pela arcada dentária. O caso do Super Puma foi falha da bielete do rotor de cauda. Assisti o vídeo do acidente. Um Super Puma do 3°/8° GAV teve uma pane idêntica, em Florianópolis, meses antes, no solo. Mas a má relação entre FAB e MB, à época, não permitiu a troca de informações. Graças a Deus isso não mais ocorre hoje. A demora em encontrar os destroços do Lynx também deveu-se a essa má relação. A MB não solicitou o apoio da FAB para as buscas. Eu estava lá.