Submarino ‘Humaitá’ atraca na Base Almirante Castro e Silva em Niterói (RJ)

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Na manhã desta quinta-feira (04), o Complexo Naval de Mocanguê (CNM) testemunhou a primeira atracação de um submarino da classe “Riachuelo”. O Submarino “Humaitá” (S41), sediado em Itaguaí (RJ), foi transferido para o Setor Operativo da Força Naval no dia 12 de janeiro de 2024, e permanecerá atracado na Base Almirante Castro e Silva (BACS), no CNM, até este dia 5 de abril.
Na última quinta-feira (28), um teste preliminar foi realizado, em preparação para a atracação oficial, que ocorreu uma semana depois. O objetivo era garantir que as defensas (proteção para evitar o choque no casco com o cais) estivessem bem posicionadas, determinar a melhor abordagem para passar a prancha de embarque e escolher a posição adequada no cais. Os testes foram bem-sucedidos assegurando uma atracação segura.

Base Almirante Castro e Silva

Diretamente subordinada ao Comando da Força de Submarinos (ComForS) da Marinha do Brasil (MB), a Base de Submarinos Almirante Castro e Silva desempenha atividade industrial, provendo serviços de manutenção e facilidades de infraestrutura, contribuindo, prioritariamente, para o aprestamento dos meios navais subordinados ao ComForS e o apoio aos estabelecimentos componentes dessa Força e, de forma complementar, para os demais meios navais da Marinha. A BACS foi criada em 06 de maio de 1941, sob a designação de Base da Flotilha de Submarinos, pelo Aviso Ministerial nº 610 de 06 de maio de 1941, recebendo sua denominação atual em 27 de setembro de 1946, de acordo com o Aviso nº 1865.

Com a aquisição dos antigos submarinos da Classe “Humaitá”, em 1971, surgiu a necessidade de ampliação do cais para atracação dos novos meios. As obras de ampliação iniciaram em 22 de setembro de 1972, aumentando o cais em 70 metros. Em 1986, na administração do então Ministro da Marinha, o Almirante de Esquadra Alfredo Karam, foi concluída a obra no cais, que o configurou como se encontra atualmente, possuindo comprimento de 432 metros, especialmente adaptado para o atendimento aos submarinos da Classe “Tupi” e “Tikuna”, servindo também de porto aos Navios de Socorro Submarino (NSS) “Felinto Perry” e “Guillobel”, tendo já recebido o Navio-Escola “Brasil”, Fragatas da Classe “Niterói”, navios mercantes diversos e até plataformas.
Segundo o Comandante do Submarino “Humaiá”, o Capitão de Fragata Martim Bezerra de Morais Júnior, a atracação ao cais da BACS representa, para os Submarinos da Classe “Riachuelo”, um retorno ao seio da Esquadra e um momento de nostalgia para todos os submarinistas, uma vez que os submarinos das Classes anteriores, “Tupi” e “Tikuna”, têm o Mocanguê como Sede.

Submarino “Humaitá”

Dotado com propulsão diesel-elétrica, o Submarino “Humaitá” é o segundo da classe “Riachuelo” a ser incorporado à Marinha do Brasil. Conta com uma tripulação de 60 militares capacitados para operarem os modernos sensores, mísseis, torpedos e minas com que são equipados os novos submarinos brasileiros, construídos no âmbito do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB).

O Capitão de Fragata Martim relata que os próximos passos do “Humaitá” envolvem um retorno à Ilha da Madeira, em Itaguaí, para realizar o primeiro período de manutenção atracado. Após isso, a embarcação seguirá com as missões determinadas pela Esquadra e continuará a Avaliação Operacional dos submarinos da classe. “O Submarino ‘Humaitá’ é um vetor imprescindível na proteção da Amazônia Azul, considerando as suas capacidades em termos de sensores e armamentos. Convergindo sempre com os interesses marítimos do País em garantir a soberania do Estado Brasileiro”, afirmou o Comandante.

Com o objetivo de proteger a Amazônia Azul e garantir a soberania brasileira no mar, a Marinha do Brasil investe na expansão da Força Naval, com iniciativas estratégicas como o PROSUB, que prevê a construção de quatro submarinos com propulsão diesel-elétrica em território nacional.  Até o momento, além do “Humaitá”, já foram prontificados os submarinos “Riachuelo” (S40) e “Tonelero” (S42), este último lançado ao mar em 27 de março, entrando em sua fase de testes. Ainda está prevista a entrega de mais um submarino convencional, o “Angostura” (S43). Além da modernização da Força de Submarinos, o PROSUB capacitará o País para a construção do seu primeiro Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear, o “Álvaro Alberto”, objeto precípuo do programa e um incremento sem igual no Poder Naval brasileiro e na Defesa Nacional.

FONTE: Agência Marinha de Notícias

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Leandro Costa

Perdi essa, infelizmente.

Espero que ele tenha trazido água.

Sequim

Não. Esse só empurra água.

Underground

O pessoal pretende defender a Amazônia Azul com quatro submarinos? Isso?

Leandro Costa

Também podemos fazer baterias costeiras de estilingues com cargas de fezes de morcego e dizer que é o Batman nos ajudando. Melhor assim?

Samuel Asafe

Rapaz se a Argentina deu um atraso na Inglaterra usando Mirage velho e um punhado de Exocet, imagina oq 1 submarino nuclear e 4 convencionais são capazes de fazer pra uma frota inimiga.

Dalton

Depende da frota inimiga e também demais meios que o país agressor possua, para um certo país tão “temido” por aqui haveria a opção de usar bombardeiros de longo alcance enquanto os britânicos não foram muito felizes com seus “Vulcans” na época por conta da distância e armas ultrapassadas, basicamente “bombas burras”. . E nunca se terá todos os 5 submarinos certificados para combate por conta de manutenções, meu palpite é que de 5 no máximo 3 poderão estar devidamente armados e certificados. . Os britânicos conseguiram mobilizar 5 “SSNs” de um total de 11 e eles não chegaram todos… Read more »

Last edited 7 meses atrás by daltonl
TJLopes

Sem defesas aéreas de longo alcance (ex: Patriot) todos os meios de combate brasileiro e suas bases são meros alvos no hipotético confronto com qualquer potência ou mesmo qualquer país que conte com armas de precisão de longo alcance.

Dalton

Daí não entender a “preocupação” do “Underground” no comentário dele sobre defender à Amazônia Azul com 5 submarinos, seria necessário muito mais, não apenas submarinos em maior número para se obter maior disponibilidade, mas, também outros meios como mísseis defensivos e ofensivos baseados em terra só que isso não cabe no orçamento. . Certamente os vários NAes já “afundados” por submarinos em simulações de combate provam a eficácia mesmo de submarinos convencionais e a US Navy trabalha com a possibilidade de um conflito iniciar com seus NAes já estando em uma área “perigosa”, o “DESI” ou Diesel Eletric Submarine Initiative… Read more »

Underground

Eu não tenho preocupação com a Amazônia Azul, sei que os estadunidenses do Norte quando o poucos tiorar de verdade, ou quando alguma no Atlântico Sul afetar a vida lá no Norte, vão mandar uma frota para cá.
A questão da proteção da Amazônia Azul tá no texto.
Simples assim.

Dalton

O texto não menciona que à Amazônia Azul será protegida “apenas” por submarinos e nesse quesito a situação irá melhorar muito já que entre 2018 /2021 havia apenas o “Tupi” em serviço.
.
Aproveitei seu comentário para expor algumas comparações que normalmente aparecem aqui no “PN” com a guerra de 1982 , os
afundamentos simulados de NAes por submarinos e uma crença de que os EUA são ou deveriam ser a nossa maior preocupação.

Parabellum

Sim. De todas as nações do atlântico sul somos a melhor marinha.

Underground

Mais ou menos. A gete tá como aquela propaganda do SBT: disparado na frente em segundo lugar!

José de Souza

Li a manchete em diagonal e troquei “atraca” por “ataca”…

EduardoSP

Não sabia que os “Riachuelo” têm 60 tripulantes. Parece meio alto para um submarino desse porte. Os outros Scorpene tem tripulação bem menor.

TeoB

É que no nosso caso marinheiros tem de sobra… o que falta é navio!

Fernando "Nunão" De Martini

Não. O motivo dos números variarem de marinha para marinha não é esse.

Salomon

É que precisam embarcar também 2 dentistas, 4 enfermeiros, 1 fotógrafo-cinegrafista, 2 garçons, 2 cozinheiros e 4 ajudantes de cozinha, além de 4 taifeiros.

Marcelo Andrade

nossos scorpenes são maiores tb, lembra?

Fernando "Nunão" De Martini

Também achei estranho esse número divulgado pela Agência Marinha de Notícias. A própria Marinha informa que a tripulação é de até 41 pessoas:

https://www.marinha.mil.br/meios-navais/submarinos-classe-riachuelo

Camargoer.

Olá Nunão… apenas uma hipótese… a tripulação do S42 em treinamento ou engenheiros de Itaguaí acompanhando… a tripulação do Scorpene é bem menor que isso.

a não ser que esteja levando alguma equipe de mergulhadores ou fuzileiro ou algum comando… não acho que seja o caso agora

Fernando "Nunão" De Martini

O que eu me lembro (posso estar errado) é que a tripulação normal é de 35 pessoas, podendo receber até 41 nesses casos que vc mencionou (mergulhadores, operações especiais etc). 60 é muita gente, uma diferença grande até para essas situações. Seria o caso apenas se ainda tivesse pessoal da ICN a bordo em saídas mais curtas, mas não vejo isso como normal após o submarino já ter sido incorporado. Pode haver, quem sabe, tripulantes do Tonelero se adestrando. O mais provável, no caso de ter tanta gente a bordo (exceto algum erro da notícia) é o pessoal do CIASA… Read more »

Camargoer.

Eu também tinha 35 na memória

Fernando "Nunão" De Martini

Eu queria ter memória de 35, mas a minha já passou dos 50 rsrsrsrs

Camargoer.

Muito bom.. riso.

Minha psiquiatra disse que eu estava com um problema de… de.. do que era mesmo que ela disse que eu tinha???

Last edited 7 meses atrás by Camargoer.
Fernando "Nunão" De Martini

Hehehehe

Uma das melhores tiras de fim de revista Disney (aquelas da última página), que eu ainda lembro, era um diálogo do Ludovico Von Pato com o Pato Donald:

Ludovico: Minha memória é terrível.

Donald: Sim, eu sei disso.

Ludovico: O que é terrível mesmo?

Donald: Sua memória!

Ludovico: E o que tem minha memória?

Donald: É terrível!!!

Ludovico: Sim, eu sei disso…

(Donald com cara de desconsolado ao final)

Camargoer.

Pois é. Trabalhei com uma colega que era da área de marketing da empresa e ela conheceu a equipe que fazia as histórias da turma da Monica na década de 80…

Ela contou que só tinha gente doida.. riso. Por isso as histórias eram tão boas…

imagino que a turma que fazia as histórias da Disney na Abril também devia ser “fora da caixinha”.

Eu continuo fã do Peninha e do Morcego Vermelho.
As histórias do Zé Carioca na favela eram sensacionais.

Fernando "Nunão" De Martini

Eu continuo fã do Peninha e do Morcego Vermelho.

Que dúvida! Seu seu seu… comunista!!!!
😃😃😃

Camargoer.

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Last edited 7 meses atrás by Camargoer.
BraZil

Eduardo, pensei a mesma coisa. Coisas do Brasiusiu, como sempre. Haja revezamento na praça de armas…