Reforma da fragata HMS ‘St Albans’: 55 meses, 4,5 km de soldagem, 350 inserções e 5.500 reparos em aço
HMS St Albans
A reforma da HMS St Albans exigiu menos inserções do que seus predecessores mais antigos, pouco mais da metade do número da HMS Sutherland e um terço da HMS Iron Duke
A fragata Type 23 da Marinha Real, HMS St Albans, retornou ao mar no mês passado para completar testes náuticos após a conclusão do período de reforma de 55 meses no Devonport Royal Dockyard da Babcock, durante o qual foram necessárias cerca de 350 inserções estruturais e 5.500 reparos em aço.
De acordo com um comunicado do Ministério da Defesa do Reino Unido (MoD), Defence Equipment and Support, as inserções e reparos em aço exigiram 4,5 km de soldagem para garantir que a HMS St Albans atendesse à certificação do Lloyd’s Register e pudesse retornar às operações.
A fragata é uma das várias da classe Type 23 que estão passando por extensão de vida útil (LIFEX), recertificação ou trabalhos de manutenção nos hangares de fragatas da Babcock em Devonport. Inserções estruturais normalmente removem seções degradadas ou enferrujadas do casco ou da superestrutura do navio, variando em tamanho desde uma pequena placa do tamanho de uma mão até grandes painéis.
O HMS St Albans é a segunda fragata Type 23 a concluir a Atualização de Geração de Energia e Controle de Máquinas (PGMU), que incluiu a substituição de todos os quatro motores a diesel e geradores, conjuntos de motores-geradores, além de “mudanças substanciais e melhorias” nos painéis de controle e sistemas de refrigeração.
A fragata da Marinha Real também recebeu o sistema de defesa aérea Sea Ceptor, sistemas de sonar (S2150) e radar de navegação (R1084) aprimorados, bem como atualizações em outros sistemas de combate, bússola, comunicações e sensores. A maioria dessas atualizações já está instalada nas atuais fragatas Type 23 mais antigas.
O comunicado da DE&S declarou que o programa de atualização do HMS St Albans foi baseado na experiência desenvolvida durante o trabalho realizado em seu navio irmão, HMS Richmond, o que “impulsionaria uma melhoria considerável no desempenho e na resiliência” da embarcação.
O HMS St Albans agora começará seus testes náuticos e treinamento baseado no Reino Unido antes de retornar à Marinha Real mais tarde na primavera, afirmou o DE&S. A mais recente das fragatas Type 23, comissionada em 2002, a embarcação está planejada para deixar o serviço em 2035.
Dificuldades crescentes na manutenção das fragatas Type 23
Foi previamente relatado que a fragata Type 23 do Reino Unido, HMS Sutherland, exigiu cerca de 600 inserções estruturais durante o extenso programa de manutenção do navio atualmente em andamento no Royal Naval Dockyard da Babcock, localizado dentro do HMNB Devonport.
Outra fragata Type 23, HMS Iron Duke, exigiu mais de 1.000 inserções estruturais durante seu próprio processo de manutenção.
Durante um tour de imprensa no início de fevereiro pelo Royal Dockyard da Babcock, várias fragatas Type 23, incluindo o HMS St Albans, foram vistas em várias etapas de seu processo de reforma.
No entanto, foi previamente relatado pelo site Naval Technology que o tempo total que uma fragata Type 23 está passando em programas de reforma e renovação está aumentando, à medida que a frota envelhece e se torna mais difícil de manter. Cada navio da classe foi originalmente destinado a ter uma vida útil de serviço de 18 anos antes da substituição, mas isso foi estendido por meio de uma série de reformas.
De 2011 a 2017, cada uma das então 13 fragatas Type 23 passou por um período de LIFEX ou reforma, com a duração de cada programa variando de 12 a 36 meses. A partir de 2018, os números aumentam, com os três primeiros navios que passaram por trabalhos anteriores retornando aos estaleiros por entre 37 a 49 meses.
A reforma da HMS St Albans, com mais de quatro anos e meio, é uma exceção e o maior tempo que uma fragata Type 23 passou em renovação.
De acordo com as regras de certificação da classe de navios, a data de saída de serviço de navios de guerra pode ser estendida por um máximo de seis anos após a conclusão de cada programa de manutenção.
O custo para reformar e manter a classe antiga também é um fator, com a reforma de 2023 da HMS Iron Duke custando mais de £100 milhões ao longo de um período de 52 meses. Em comparação, no ano fiscal de 2023-24, £100 milhões foram alocados para reformas da Type 23.
Embora as fragatas Type 23 estejam sendo atualizadas e mantidas até que suas substitutas Type 26 e Type 31 entrem em serviço, é provável que mais navios de guerra antigos possam sair, com o destino do HMS Westminster, amplamente relatado em 2023 estar em condição material precária.
FONTE: Naval Technology
Imagina a Niterói nos próximos dois ou três racalchutamento…
Ainda são belonaves poderosas, pena que velhas demais pra gente, mas torço para que a MB tenha sorte de encontrar das fragatas no olx em bom estado e com menos de 25 aninhos.
Eu acredito que teremos duas type 23 na MB elas viriam quase de graça.
Deus e a MB não te ouçam.
Fragatas com 32 mísseis camm, 8 NSM e o melhor sonar de guerra anti-submarina do mundo, com capacidades de levar Hélis como o EH-101 Merlin, não servem???
Presumo Rui que seja pelo estado que estarão quando derem baixa não por serem navios ruins, mas, a “MB” já declarou que não tem interesse em
adquirir combatentes de superfície com mais de 30 anos.
tbm to achando que vem algo usado pra tampar o buraco, a tipo 22 já está no osso e as Niterói tbm não vão longe, mas acredito que vamos de navio francês, duas la fayte daki uns dois ou três anos
A MB só entra nesse “buraco” se quiser. Se conseguir administrar de forma eficiente seu orçamento, consegue manter uma cadência de produção lá no estaleiro da TKMS pra repor até de modo rápido (pro nosso padrão) as deficiências (embarcações de escolta) da frota.
Prezado Fabio, mesmo que viessem “quase de graça”, o custo de posse seria desfavorável… abraço…
antes 1 tamandaré zero Km que 2 type 23 com 30 anos de uso.
O problema é que daqui uns anos os marinheiros não terão navios na MB. 5 navios (4 Tamandaré + 1 Barroso) será muito pouco para colocar as tripulações em prontidão. Talvez seja necessário pegar uns 3 ferros velhos aí no mercado e usar pelo menos como patrulha oceânica, sem valor militar importante mas pelo menos para ter 8 tripulações de fragata operando, até que se consiga construir mais Tamandaré ou Patrulhas Oceânicas de 1800 ton.
vão comprar mais tamandaré meu brother. Governo Lula sempre investiu em 2 coisas, indústria naval e indústria automobilística. Eu duvido muito que vão deixar esses estaleiros fecharem.
Tomara, Samuel, tomara. Também entendo que o melhor é dobrar a compra das Tamandaré. Mas o histórico da MB não é propício a essa situação, pode ser que o futuro contrarie o passado, tomara…
No mundo ideal acredito que 2 para cada DN seria o caminho.
Mas uma para cada Distrito mais duas de apoio suprindo ausências durante períodos de manutenção devem ser suficientes.
Claro, tendo navios de patrulha suficientes para policiamento da ZEE.
O problema é a falta de $$$.
Seria MUITO bem mais Tamandarés.
Há quem diga que a proposta de 2% do PIB para defesa está avançando e deve ser resolvida ainda esse ano, depois das eleições municipais…Ainda que a preocupação de quem tem o poder de decidir não seja exatamente melhorar a defesa do país com esse “agrado”.
A meta fiscal foi revista nessa semana, vamos ver o que esse endividamento a mais pode trazer.
Seria uma péssima decisão.
Por mais que a maioria aqui defenda os investimentos em defesa, aumentar o déficit ou redirecionar recursos de outras áreas com demandas mais prementes, seria errado.
Não adianta aumentar o orçamento da defesa se o governo federal puder bloquear ou transferir para tapar buracos. Vamos continuar com contingenciamentos e passando o mesmo sufoco. O negócio é por os recursos da defesa, saúde e educação sem acesso a contingenciamentos.
Dinheiro há. E bastante. Como ele é utilizado é outra questão.
O mercado já estipulou o tempo para reverter o buraco da dívida interna. Seriam necessários 10 anos para voltar ao patamar da dívida interna bruta anterior.
Dívida emitida em real, em um país com robustas reservas internacionais, banco central independente, e um marco fiscal aprovado. To tentando entender onde é que tá o problema.
esse patrulhas oceânicos de 1800 toneladas são a chance da MB ter uma força naval minimamente descente. eu faria 6 navios de dimensões parecidas com as da barroso 100 metros de comprimento e 2000 toneladas. classificaria como corvetas: armaria com 4 mansup, um bofors 40mm, um sea snake encima do hangar, dois reparos duplo de torpedos MK54 e um lançador de 8 modelo MK 29 com RIM 162. seriam caras para patrulheiras, mas como corveta seriam vaieis, e daria a MB uma força legal. 6 dessas e 4 Tamandaré seria possível eu acredito… depois disso quem sabe até sonhar com… Read more »
A MB parece não te interesse em navios.
É por isso que tenho batido insistentemente na tecla OPV, são navios baratos para manter a presença de mar, liga la no Chile ou Colombia e negocia um rolo de submarinos por uns Fassmer OPV80 sem ar condicionado e com rodas de ferro!
Prezado
Esse tempo acabou….
Com o fim da Guerra Fria, a substituição das belonaves (e MBT, e caças etc) deixaram de ser rápidas.
Agora, usam até o osso….
Manda para o ferro velho.
Senão, o povo aqui em ideias.
Destino ao final da vida útil: Aliaga na Turquia 🇹🇷👍
Isso daí só tá o “pó da rabiola”👀🤦♂️
Pra quem gosta de “salgar” carne podre taí uma boa pedida😏
Pessoal tenho um amigo que mora em Florianópolis e tem conhecimento na MB e ele me falou o segundo lote de fragatas Tamandaré serão navios com melhores equipamentos e im deslocamento de 4.500 ton.
Serão mais quatro navios.
Sim, serão trazidos pelo Papai Noel… pra acreditar nisso só se você também acreditar no bom velhinho.
Eu até acredito. Mas isso é o que a Marinha quer. Outra coisa bem diferente é ser autorizado.
O melhor caminho realmente seria esse, o da “Tamandaré esticada”.
O próprio Poder Naval já fez um post sobre isso.
A boca do navio é ótima, tem 16 metros. Seria só fazer pequenos ajustes internos e adicionar mais algumas seções para se chegar ao comprimento desejado.
Numa conta de padaria (3.500 toneladas ÷ por 107 metros), cada metro da Tamandaré desloca cerca de 33 toneladas.
Se adicionarmos 20 metros ao projeto original, teremos uma belonave deslocando ~ 4.200 toneladas e 127 metros de comprimento.
Simples, eficiente e feito em casa!
Pode ser a versão A200 já estava bom
Nada de A300 aquilo é quase um”Destroyer”.
Seriam 6 FCTs + 4 FCTs estendidas ou 4 FCTs + 4 FCTs estendidas?
Tá, agora acorda por favor!
Daqui uns 3 anos elas aparecem por aqui!
Se vier francesa, que venha a classe Horizont.
Duas está bom.
Só tem duas mesmo. Você pode estar confundindo com as fragatas leves La Fayette.
O próprio Frankenstein com seu corpo e a cara cheio de costuras e cicatrizes se parece com a Gisele Bundchen perto destas type 23 com suas velhas carcaças abarrotadas de remendos.
Mas como é de praxe, não faltam os aficionados por sucatas britânicas desejando estas coisas por aqui. O que importa para eles é o fato de serem navios ingleses, independente de estarem prestes a se dissolver no mar.
Ao menos estão a caminho 8 T-26s e 5 T-31s, das primeiras apenas 3 deverão ser entregues até 2030 e com um pouco de sorte todas as 5 até lá, mais capazes também terão tripulações menores o que será bom por conta da falta de pessoal.
.
Até a última T-26 ser entregue se deverá manter uma média de 16 combatentes de superfície até a meta de 19 ser atingida em meados da próxima década ou a meta será de 24 unidades com 5 T-32s sendo entregues ao longo da próxima década o que aparentemente já foi confirmado.
Boa noite foristas.
Conheci recentemente as MEKO 210. Foram oferecidas para Austrália. Deslocamento de 4700 toneladas.
As Tamandaré serão as substitutas das Corvetas. Mais duas unidades, total de seis.
As MEKO 210 poderiam substituir as Classes Niterói e Greenhalgh. Total de doze unidades.
Teríamos uma Marinha.
Por favor não me acordem.
Até que não está ruim não!
O Brasil poderia testar a corveta chinesa Type 056, se fosse boa, poderia ser adquirida para fazer número e marcar presença, se bem que não temos nem navios patrulha o suficiente para marcar presença, o que dirá marcar presença com corvetas.😅
Muito legal o nível de transparência das informações da Marinha do Reino Unido.
Outras marinhas pelo mundo são perfeitas, tudo funciona perfeitamente, não precisam de manutenção e todos os sistemas nascem prontos e nunca envelhecem.
Parabéns a RN!
Fui eu que cantei a bola que iriam aprovar os tais 2% do PIB para a defesa meses atrás, segundo minha fonte no Ministério da Fazenda. Ontem saiu reportagem no O Globo que o Lula já sinalizou apoio a medida e o governo já trata como um projeto de Estado e não de governo. Para vocês terem uma ideia de como está avançado o projeto já estão até escolhendo relator. Minha fonte disse que será aprovado pós eleições municipais. Dito isso, esqueçam essas velharias, uma PEC que atrela 2% do PIB à defesa vai fazer bancos gringos entrarem em desespero… Read more »
Eu lembrei do seu comentário, e cheguei a ler algo na imprensa também.
Agora que a meta de resultado fiscal foi jogada para mais longe e a arrecadação está aumentando está se desenhando o cenário para isso acontecer.
“Logo, esperem anúncios bizarros de compras nos próximos anos”
O sonho de um navio aeródromo e do Gripen naval pode não ter morrido para os nossos almirantes…
Vou te dar uma dica de onde você deve mirar, para entender o humor desses kras. Veja a entrevista do José Dirceu ao Reinaldo Azevedo. Veja o que ele fala sobre defesa nacional. Ele nunca deixou de ser o planejador do partido. Ele fala em ressuscitar END e o escambau e uma semana depois aparecem falando na mídia que irão aprovar os tais 2%. Essas coisas não vem da cabeça do Lula, vem da cabeça de quem pensa o partido pra ele. E é como dizem, se o presidente quiser terá porta avião e acabou. E sobre esse “rigor” fiscal… Read more »
Arrecadação aumentando?
https://www.camara.leg.br/noticias/1046342-governo-reve-contas-e-projeta-deficit-de-r-93-bilhoes-para-2024/#:~:text=O%20governo%20divulgou%20nesta%20sexta,R%24%209%2C3%20bilh%C3%B5es.
Superávit ou déficit?
https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2024/04/15/governo-lula-vai-prever-deficit-zero-em-2025-promessa-anterior-era-superavit-de-05percent-do-pib.ghtml
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2024/04/fmi-piora-projecao-de-deficit-do-brasil-para-2024-e-2025.shtml
É aquela história: manter carro velho costuma sair caro.
Bom dia Senhores;
A Esquadra está dentro do seu período mais agudo desde a guerra da Lagosta;
As Fragatas MK 10 já ultrapassam os 50 anos de vida;
O Machado de Batalha F 49 respirando com aparelhos, A V 32 tentando sobreviver com faltas de suprimentos e dificuldades operacionais;
V 34 terminando seu período de PMG;
Em fim…
Em tempos bicudos com a eminência conflitos se alastrarem pelo mundo a fora, as Autoridades Navais poderiam esclarecer ao povo brasileiro que a Marinha não tem a menor condição de defender a soberania do mar territorial brasileiro;
SI VIS PACEM, PARA BELLUM
Então… penso que a MB cometeu um grande erro ao cancelar a V35 (e talvez a V36) que viriam depois da Barroso. A V34 foi incorporada em 2008. Entre 2008 e 2013~2024 a condição econômica já estava com mais folga e teria existido um espaço orçamentário para construir uma nova corveta, ou até duas. A MB apostou no ProSuper, que foi cancelado e criou um buraco. O atraso na decisão das FCT ampliou este buraco. Em 10 anos~12 anos, a MB teria incorporado uma ou duas novas corvetas, que estariam novas e operacionais agora. Lembro que a MB cancelou também… Read more »
Se bem que em 2012/2013 foram adquiridos 3 Navios de Patrulha Oceânicos que
possuem tamanho/deslocamento similar a da Barroso, considerados tão importantes
ou até mais do que uma Barroso adicional.
Pois é não falo muito do que não sei… Mais penso esta foi uma “santa aquisição Batman” porque ajuda muito a carregar o piano ..senão fossem esses NPaOc ai……. Foi uma boa compra de oportunidade e a MB podia pensar em mais destes quer saber….
A MB recebeu 3 NPaOc, não precisa de mais corvetas, na verdade nem precisa de corvetas, a tendência é a manutenção apenas da Barroso até 2035 e depois sua baixa! A entrega das 4 Tamandaré, a manutenção das 5 Niterói e da Barroso até 2035 da tempo mais que suficiente para a construção de novos meios! Se a escala de produção se mantiver e houver uma nova encomenda a partir de 2028, até 2035 teríamos 10 novas fragatas operacionais!
Cara , tenho que fazer um LIFEX desse no meu Fiat Palio 2011!!!!!
eu tenho um ford Fiesta 2002 MLU
55 meses de reforma! Deve ser funileiro BR daqui