Marinha Francesa realiza, pela primeira vez, lançamento duplo simultâneo de míssil de cruzeiro naval – MdCN
Em 18 de abril de 2024, a fragata multimissão (FREMM) Aquitaine e um submarino de ataque nuclear da classe Suffren realizaram um disparo de treinamento simultâneo do míssil de cruzeiro naval (MdCN).
O alvo terrestre, localizado na área dos testes de mísseis da DGA em Landes, foi alcançado em sincronização. As imagens ilustram as capacidades da Marinha Francesa e do centro de testes e especialização de mísseis da DGA – site de Landes.
Em condições operacionais
Para reforçar o know-how operacional da Marinha Francesa, este ambicioso disparo foi realizado em condições humanas e materiais idênticas às encontradas na operação. A Marinha Francesa demonstra assim a sua capacidade de sincronizar ataques contra terra em profundidade, de diferentes unidades, e sobre um único alvo .
O centro de testes e perícia de mísseis da DGA – unidade de Landes garantiu a coordenação e a condução geral dos disparos, bem como a segurança de bens e pessoas.
Para a realização deste disparo também contribuíram a direção de programas do MdCN , a DGA Gestão de Informação e a DGA Técnicas Navais , com o apoio técnico da MBDA.
Uma habilidade de projeção de poder
Embarcados na FREMM desde 2017 e nos submarinos da classe Suffren , os MdCN oferecem à França uma capacidade nacional de projeção de poder. Os navios da Marinha Francesa podem, assim, atingir alvos de grande interesse a longa distância e com precisão seletiva. Esta ação permite representar uma ameaça militar desde os primeiros momentos de uma crise, influenciando assim a vontade dos concorrentes.
As lições táticas e técnicas deste tiro contribuirão para o desenvolvimento das habilidades de combate da Marinha Francesa, sempre engajada em uma preparação de alta intensidade.
FONTE: Ministério das Forças Armadas da França
Longe de ser uma crítica, pena, que serão até 2030 apenas 6 “Suffren” que por serem menores que seus equivalentes americanos e britânicos transportam menos armas, 24 no máximo, dos quais especula-se 4 serão “MdCN”, 4 “Exocet” e 16 torpedos, isso pode ser mudado, mas terá que ser feito antes do submarino sair para missão. . Apenas as 6 “FREMM” ASW serão armadas com o “MdCN” havendo possiblidade de até 16 serem embarcados. . Dada a necessidade de manutenção e treinamento a disponibilidade de submarinos e fragatas nunca será alta, mas, não se espera que a França – e outros… Read more »
A tendência é sempre entrar em ação fazendo parte de uma coalizào.
Observando por outra perspectiva, a frota de superfície da MN é a única ( entre as marinhas europeias) capaz de efetuar ataques de profundidade no território inimigo ( Não considerando os PA e o NSM cujo alcance é bastante limitado) , nem mesmo os destroyers da Royal Navy ( Type 45) poderão efetuar esse tipo operação como inicialmente era previsto, já que o MK 41 GYM será definitivamente ocupado pelo Sea Ceptor.
Boas fragatas essas FREMM.
A Royal Navy tem na sua força de SSNs,7 classe Astute até 2026, a principal forma de lançar mísseis de cruzeiro, especula-se que 12 sejam normalmente embarcados
além de 24 torpedos e as futuras T-26s – a primeira das quais está em fase de construção avançada – também serão capazes de lançar um futuro míssil em desenvolvimento por britânicos e franceses.
O Futuro só Deus conhece … Atualmente só a MN.
Entendi, você se referia a frota de superfície apenas, mas é irrelevante se
o míssil será lançado por navio ou submarino, pessoalmente acho submarinos menos vulneráveis e se estivesse a bordo de uma “FREMM”
com 16 mísseis de cruzeiro e “apenas” 16 mísseis para defesa A/A iria gostar de ter um T-45 como companhia ainda mais quando estiverem instalados os 24 mísseis extras.
.
Também acho que as marinhas se complementam, não tendo navios com grande capacidade individual e/ou em grandes números.
Depende , a Marinha francesa conta uma versão da FREMM ( com 32 VLS – 4 Sylver A-50 ) dedicada a luta antiaérea, para complementar seus Destroyers Horizon que até agora não apresentaram problemas no próprio aparato propulsor realizando operações prolongadas e repetidas em águas quentes.
Ainda assim são “apenas” 4 no total, um dos “Horizon” sempre acompanha o “CdG” como parece ser o caso na missão dele a partir de amanhã que também contará com uma “FREMM A/S-GP”. . Dois “Horizon” (48 silos cada) e duas FREMM A/A (32 silos cada) já os britânicos contam com 6 T-45 (48 silos cada) e dentro de alguns anos contarão com 24 silos extras cada um para o Sea Ceptor. . Meu ponto é que marinhas estão sempre renovando seus meios há momentos em que uma parece estar na frente para depois ficar atrás e assim sucessivamente daí… Read more »
Ok , mas a MN poderá contar tanto com a sua força submarina( ainda que menor, como você aponta), quanto com a frota de superfície para cumprir esse tipo de operação. Enquanto a Royal Navy terá uma flexibilidade menor, podendo desdobrar unicamente essas unidades submarinas para efetuar esse tipo de ataque. Nem sempre é necessário usar essas unidades submarinas, face ameaças que não possuem capacidades de contraque . Em outras ocasiões e cenários pode ser até prejudicial revelar a presença do submarino mediante esses ataques, séria muito melhor manter a furtividade o máximo possível. Nesse quesito a MN poderá optar… Read more »
Veja que você já incluiu todos os “Suffren” na conta o que só ocorrerá no início da próxima década quando o último estiver certificado mas não incluiu as primeiras fragatas T-26. . Evidente que você sabe que nunca todas as 6 “FREMM A/S” estarão disponíveis – assim como todos os Astutes também não – percebe que esse “poderio” é um tanto quanto irrisório quando se pensa talvez em duas fragatas ou dois submarinos disponíveis ? . No fim das contas o que pesará será a US Navy e outras marinhas operando em conjunto não o fato da marinha francesa poder… Read more »
Depende, depende … Mestre Dalton, depende do nível da ameaça, do inimigo, do cenário, do tipo de ameaça e da atitude do operador… A França pode ter todos os defeitos do mundo, mas não é uma potência que age apenas esperando o consenso e apoio dos EUA, muito pelo contrário… Muitas vezes quebra a cara e não alcança os seus objetivos, mas age unilateralmente quando os seus interesses estão em jogo, sem esperar a aprovação de ninguém. E volto a repetir, na quantidade total e flexibilidade , a vantagem é da MN. Obviamente não é uma USN, não é uma… Read more »
Admiro ambas as marinhas e acho que cada uma tem vantagens e desvantagens com relação a outra pensando de forma geral e não apenas em um aspecto.
Ok, mas nesse caso foi o senhor que abordou de maneira específica e isolada apenas esse aspecto . As minhas considerações devem ser lidas considerando as suas ponderações iniciais que colocavam ressalto esse aspecto.
“Veja que você já incluiu todos os “Suffren” na conta o que só ocorrerá no início da próxima década ”
Sim , assim como considerei todos os 7 “ASTUTE” ainda que sejam 5 atualmente.
Mas não as T-26s 🙂
“Mas não as T-26s ”
Verdade, perdoe a minha inconsistência, mas tenho pouca atenção e paciência com os planejamentos e programas da RN, volúveis e inconstantes. .
Espero a entrega ( pelo menos) da primeira unidade para ter certeza da configuração final e dos armamentos que realmente irá embarcar.
Considerando que não veremos
em operação o FC/ASW antes do 2028 … Muita água até lá, muita coisa pode mudar… Veremos.
Nossos Riachuelo seriam compatíveis com esses mísseis, e em qual quantidade?
A capacidade máxima de armas nos Riachuelos é de 18, especula-se que uma boa combinação seria 4 Exocet e 14 torpedos isso quando e se normalmente operarem
com capacidade total.
.
A princípio seria possível lançar o “McDN” também, reduzindo-se o número de outras armas, mas, aparentemente não há especificação/necessidade de tal míssil dentro da estratégia atual enquanto navios e submarinos franceses participam da OTAN e tem
uma maior necessidade de tais armas para ataque a alvos terrestres.
Dalton os Suffren não lançam mísseis ICBM ?
Antecipando o Dalton:
ICBMs são lançados pela classe “Triomphant“, com 4 submarinos.
Achei que a França tinha apenas 2 classes de submarinos “Suffren e Scorpene”, aí a dúvida.
A França não opera submarinos convencionais tem mais de 20 anos apenas “vende” o projeto do “Scorpene”.
Scorpene é só exportação. Eles não operam mais submarinos convencionais há décadas.
O Nunão respondeu e na verdade ICBM é para míssil terrestre, os lançados por submarinos são chamados de SLBM (Submarine-Launched Ballistic Missile) em
inglês, no fundo é a mesma coisa, mas, ajuda a diferenciar um tipo do outro e são chamados assim oficialmente.
Espero que a versão lançada dê submarino do Mansup realmente saia do papel. Contar com esse sistema, auxilia muito como meio de dissuasão. Aliás, daria pra desenvolver uma versão nos mesmos moldes do MTC-300?
Abraço
Aqui temos o MTC-300, em qual poderíamos basear um míssil como o MDCN, mas a MB nunca teve interesse nessa versão…. Uma falta de visão estratégica do almirantado.
É mais fácil a SIATT entregar um Mansup de cruzeiro terrestre e naval, do que a Avibras conseguir terminar esse MTC 300
Mas o MTC-300 já é um míssil de Cruzeiro feito para alvos em terra, então, pela lógica, seria mais fácil fazer uma versão naval baseado nele do que um MANSUP, feito para alvos móveis no mar. O Bosco poderia explicar melhor.
Lembrando que o MTC-300 no último teste teve uma precisão de 9 metros, funciona.
Essas FREMM são as mais belas fragatas que existem atualmente. Existe alguma especificação que diferencia as FREMM francesas com os da Itália,alguma leva vantagem sobre a outra?
As italianas são um pouco maiores , embarcam 2 helicópteros ao invés de um, são mais velozes, mas também se diz que as francesas seriam mais “silenciosas” melhores na caça a submarinos.
.
Basicamente o que se diz é que são diferentes porque ambas as marinhas tem necessidades diferentes, os franceses tem um NAe de propulsão nuclear com uma aviação naval mais capaz e também submarinos de propulsão nuclear enquanto os italianos não exigindo daí diferentes navios e/ou missões a serem executadas.
Inúmeras, começando pelas dimensões e deslocamento que são mais generosos no caso das italianas, as italianas também possuem um sistema de propulsão mais caro e sofisticado. As Bergamini possuem uma sistema de propulsão que pode funcionar tanto como CODLAG quanto como CODLOG (“Ou” em vez de “E”). Ou seja, são possíveis três velocidades : – Somente nos geradores a diesel que alimentam os motores elétricos – Somente na turbina a gás . Neste caso os motores elétricos são acionados pelos eixos e funcionam como geradores; – Na turbina a gás + motores elétricos (alimentados naturalmente por geradores a diesel) Já… Read more »