Licitações do AMRJ para navios-patrulha: continuidade do NPa Mangaratiba e outros materiais
Contratações previstas incluem sistemas mecânicos auxiliares para o NPa Mangaratiba, além de itens para ‘construção de navios-patrulha’
O Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) informou neste mês de abril, no Diário Oficial da União (DOU) a realização de licitações relacionadas à construção de navios-patrulha para a Marinha do Brasil (MB) em suas instalações.
Foram três licitações até o momento, neste mês. A primeira foi publicada na edição de 5/4/2024, referente à contratação de “serviço com fornecimento de material, de fabricação, montagem, instalação, testes e comissionamento dos sistemas mecânicos auxiliares do Navio Patrulha de 500 toneladas Mangaratiba, incluindo a elaboração e aplicação de formulários de testes dos citados sistemas.”
O Mangaratiba está atualmente em construção no AMRJ (veja informações adicionais nas matérias ao final)
A previsão era realizar a abertura de propostas no último dia 22 mas, alguns dias depois do aviso ser publicado, houve suspensão da licitação. A reabertura foi informada em 15 de abril e no dia 18 foi publicado aviso de alteração, com abertura de propostas marcada para 6 de maio.
Nos últimos dois dias, outras duas licitações foram informadas no DOU. No dia 24, foi publicado o aviso de licitação para “aquisições de peças de sustentação tipo bandeja e acessórios para construção de navios patrulha”, com abertura de propostas marcada para 8 de maio. E hoje, 25 de abril, foi publicado o aviso de licitação para “aquisições de prensas e cabos de uso em convés e leito naval para construção de Navios Patrulha”, com abertura de propostas em 9 de maio.
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Será q aí já são materiais pro Napa 500 BR ???🤔
Meses atrás a MB informou que ainda pretendia construir mais um classe Macaé no AMRJ (ou dois, já não lembro), pois já tem licença pra isso assinada há tempos.
Mais recentemente, informou que pretende iniciar já em 2024 a construção do futuro NPa “Miramar”, quinto navio da classe.
NPa500MB, até onde sei, está na fase de projeto detalhado.
Qual o deslocamento da classe Macaé? É maior que as patrulhas inglesas adquiridas?
As inglesas (classe Grajau) deslocam 200ton, as Macaé 500ton
Grajaú? Inglesas?
Ele confundiu com a classe Bracui de 4 unidades, estas sim construídas na Inglaterra deslocando até mais que uma Macaé.
Classe Grajaú não é inglesa. É um projeto da Vosper de Singapura. O projeto foi adaptado para os requisitos da MB pelo Estaleiro Mauá, que construiu uma pequena parte dos navios. Outros foram construídos pelo AMRJ, pelo Inace e por um estaleiro alemão.
O MB adquiriu trẽs navios de patrulha oceência “Classe Amazonas” que deslocam algo como 1200 ton. São bem grandes.
As Macaé, que tem projeto francês, deslocam 500 ton.
As NPa500Br projetadas pela Emgepron deslocarão cerca de 500 ton também
Muito mais Camargo, pode chegar a 2.400 toneladas se totalmente carregado e cerca de 1.800 toneladas “leve”.
Você está falando da classe Bracuí, de ex-varredores da RN comprados usados no fim dos anos 90, parte transformada em navios-patrulha, parte em navios hidroceanográficos?
A classe Bracuí está na faixa de 700t de deslocamento a plena carga.
https://www.naval.com.br/ngb/B/B061/B061.htm
A classe Macaé desloca cerca de 500t a plena carga.
https://www.naval.com.br/ngb/M/M079/M079.html
Interessante essa classe Bracuí, as especificações estão até mais parrudas que a do no novo projeto npa500br,
( raio de ação de 4500 mn, boca de 10.5m )
Os npa500br conseguiriam substituí-los futuramente?
Creio que toda, exceto as Macaé, será substituidas pelas novas NPa500.
Sim, a classe Bracuí é mais “parruda”, embora desenvolva pouca velocidade.
Não vejo problema em substituir classe Bracuí por classe Macaé ou NPa500MB.
Barrudas,mas que já viu uma navegando….sem dúvidas o NPA 500 substitui tranquilo nem tudo é peso, as bracaus são um Lada e as NPA uma FIAT Estrada zero 2024..
Seria uma boa eles construírem as Macaé até o P-79 aí do P-80 em diante é o novo NPA 500,assim todos os distritos navais teriam meios de 500 toneladas mais rápido até virem os NPA500BR.
Olá Nunão. Creio que a Miramar já está definida, que seria a #6. A #7 ainda não tenho certeza se vai sair. Nos documentos da MB recentes da MB não há menção explicita da Macaé #7.
Eu até sugeri que, se for mesmo construída, que ela seja batizadas de Mamargo. riso.
Oi, Camargo. Miramar será o quinto navio da classe
O primeiro foi o Npa Macaé, seguido do Macau (ambos construídos no Inace na década de 2000), Maracanã (inacabado do EISA, terminado no AMRJ) Mangaratiba (inacabado do EISA, em construção no AMRJ) e o próximo será Miramar.
Na época em que o EISA tinha sete navios-patrulha em carteira, o sexto seria o Magé e o sétimo o Maragogipe:
https://www.naval.com.br/blog/2014/07/10/cronograma-atualizado-da-entrega-dos-navios-patrulha-classe-macae/
Sua sugestão só valeria do oitavo pra frente… se quiser eu falo com o pessoal que sugere listas de nomes para decisão dos escalões superiores rsrsrs
Uma pergunta de alguém que não entende nada de construção naval: por que não continua a construção dos Macaé em vez de buscar um novo navio? Não seria o suficiente atualizar os sensores e talvez a propulsao?
Desenvolveram o NPa500MB para aprimorar várias outras características em relação à classe Macaé, que vão além de propulsão e sensores. Algumas delas são estas: Maior autonomia (mais combustível, aguada, suprimentos) Maior alcance Maior economia operacional Melhores acomodações Maior área à popa para lançar e recolher lanchas, drones e realizar reabastecimento de helicópteros em voo pairado. Área mais desobstruída à meia-nau para instalação de metralhadoras e, opcionalmente, Manpads. Maior flexibilidade (parte das futuras encomendas, por exemplo, deverá ser de uma versão de contramedidas de minagem). Não pagar royalties (projeto nacional). Tem mais coisa, isso é o que eu lembro de cabeça.… Read more »
Bom dia, iria até fazer uma pergunta sobre a construção de nova classe mas, depois de sua explicação já está claro para mim a necessidade desse novo projeto, agora vamos aguardar e torcer para que este seja concluído pois acredito que capacidade técnica e estaleiros habilitados e capacitados temos disponível no nosso país para construir esta nova classe de patrulhas.
Em uma futura atualizacao, faz sentido no conves com capacidade para pouso/decolagem de helicopteros nesta classe de navio?
Creio que um navio de 500 ton é pequeno para ter uma plataforma de pouso. Talvez NaPaOc de 1200 ton ou maiores seja possível.
Como as patrulhas tem missões de guarda costeira, fico na dǘvida se precisam de uma plataforma para helicóptero. Um drone já pode ser uma ideia legal.
Prezado Camargo, cito como exemplo as Corvetas classe Inhaúma, as quais estavam entre as menores plataformas a empregar o Lynx… acredito, portanto, que é necessário ao menos umas 2000 ton para operar um helicóptero, de maneira a explorar suas capacidades… lembrar que as Meko 140 são mais leves (1750 ton), mas não possuem hangar o que limita sua capacidade em operações aéreas… abraço…
Exato XO.
Lembro que a MB divulgava no início do século um projeto de navio-patrulha oceânico que foi “crescendo” a cada vez que aparecia em revistas especializadas, se afastando da faixa inicial que era perto de 1000t e se aproximando da faixa de 2000t..
Se não me engano, a última vez que vi algo sobre esse projeto (anterior ao derivado da Barroso), ainda em revistas impressas, já estava na faixa de 1800t.
Mas estou escrevendo de memória.
Não, o deslocamento é muito pequeno. O ideal, para operações no Oceano Atlântico, é ter navios acima de 1500 toneladas para operar helicópteros com segurança. Idealmente, mais do que isso para também ser capaz de receber helicópteros de maior porte.
Porém, navios de 500 toneladas podem ter espaço adequado para operar drones.
Hum, não entendi.
São três novos navios agora?
Só tem o Mangaratiba em construção. As outras duas licitações informadas na matéria são de materiais necessários à construção de navios-patrulha de modo geral.
Tem mais detalhes, conforme indicado no próprio texto, nas matérias ao final. Na primeira delas, é informado que ainda em 2024 pretendem iniciar a construção do NPa “Miramar”, que será o quinto da classe “Macaé”.
Se a MB pudesse construir, 2 classes de navios patrulha ao mesmo tempo termina a classe Macaé e iniciar o NPa500MB. Séria o melhor.
Ainda vejo o NPa500MB, como um projeto de longo prazo podendo ser entregue várias unidades em blocos diferentes 1, 2.
Então…. depende da capacidade do AMRJ. Creio que se ele for construir duas Macaés simultâneas, vai levar o dobro de tempo.
Camargoer o dobro do tempo?
É por falta de pessoal ? Ou material?
Podia ser em outro estaleiro, dividir a quantidade de navios construídos em 2 séria viável?
O tamanho da equipe é fixo.
Mais ou menos.
A equipe pode ser ampliada se o trabalho for ampliado. Depende do fluxo de verbas, disponibilidade de pessoal qualificado, entre outros fatores.
Há poucos anos o pessoal do AMRJ dedicado a construção naval estava produzindo pequenas embarcações de desembarque. Hoje estão em navios-patrulha de 500 toneladas.
De repente ICN. Mas na última apresentação da MB já mostraram um pré cronograma. Difícil alterarem.
Só espero que o preço de 50 milhões de dólares por navio, que fora levantado em outro post sobre estes navios, seja revisto para baixo.
Com certeza será bem abaixo dos 50 milhões de dólares,a Guiana francesa comprou 1 navio por 38 milhões de dólares e o Uruguai comprou 2 navio por 80 milhões de dólares.
A a marinha fizer o dever de casa e comprar 10 unidades para ter escala vai conseguir baixar bastante o preço .
Que Deus te ouça.
Um dos problemas é justamente quando a MB faz o “dever de casa”
Caro. No caso do valor das NPa500, o que reduziu o valor unitário foi a otimização do projeto.
Creio que o valor estimado de uma Macaé é de US$ 48 milhões, bem próximo ao que vocẽ comentou de US$ 50 milhões. Concordo com a sua estimativa.
Pelo que lembro, as NPa500Br serão mais baratas, algo como US$ 40 milhões. Eu não sei o que fizeram para reduzir tanto o custo, mas caso dê certo, parabéns aos engenheiros da Emgepron
Acho que é o contrário, classe Macaé mais barata e NPa500MB mais caro.
Mas isso a gente só vai saber conforme for aprovado o valor do primeiro NPa500MB. Dados sobre o custo do Macaé e do Macau são antigos e conflitantes (às vezes dólar, às vezes reais, lembro que algumas vezes em que pesquisei em jornais da época foi difícil).
“Creio que o valor estimado de uma Macaé é de US$ 48 milhões, bem próximo ao que vocẽ comentou de US$ 50 milhões. Concordo com a sua estimativa”.
Existem navios patrulhas nessa faixa de preço em fabricação atualmente Camargoer?
Poderia citar alguns?
https://www.naval.com.br/blog/2024/04/13/guiana-compra-opv-frances-em-meio-a-tensoes-com-a-venezuela/
Esse OPV usa algum armamento? Parece que eu vi uma metralhadora atrás do passadiço
O armamento é a gosto do freguês.
A versão senegalesa é equipada com um canhão de 30mm e duas metralhadoras .50
Camargoer, lí a um tempo atrás que o Uruguai comprará dois Navios de Patrulha Oceânico por US$ 92 milhões…
Das oito ofertas feitas, a escolhida foi a de um estaleiro espanhol,o CARDAMA,
Vi este projetos que você citou e por óbvio, em comparação ao preço dos naopc de apenas 500 toneladas, vamos pagar um absurdo por equipamentos muito mais limitados, o que é isso?
Ainda é cedo para dizer.
Vários analistas (e jornalistas uruguaios) estranharam o valor relativamente baixo pedido pelo estaleiro espanhol, chamando a atenção para a pouca experiência da empresa em navios desse tipo (o projeto não é deles).
Evidentemente parte das críticas cheiram a lobby de empresas derrotadas na concorrência, mas eu não ficaria surpreso se o preço final ficar maior que isso.
Boa noite amigo Nunao a MB vai construir dois Npa?um classe Macaé e outro BR 500 simultaneamente??
Boa noite, Fabio.
Por enquanto a MB só informou classe Macaé.
Já tem confirmação de qual grupamento vai o Mangaratiba?
Ha alguma noticia desse projeto?
https://www.naval.com.br/blog/2014/09/19/marinha-do-brasil-revela-projeto-proprio-de-npaoc-opv-na-euronaval-2014/