Submarino nuclear: Múcio visita instalações de ARAMAR
Ministro José Mucio confere avanços na construção e benefícios nas áreas da defesa, saúde, agroindústria e energia
Brasília (DF), 24/4/2024 – O Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, esteve no Centro Industrial Nuclear de Aramar (Cina) para conferir os avanços tecnológicos na construção do primeiro Submarino Nuclear Convencionalmente Armado do Brasil. A iniciativa, que aprimora a defesa nacional, envolve a participação de 700 empresas, impulsiona a indústria de defesa e contribui para o desenvolvimento econômico e tecnológico do país. Além de gerar cerca de 60 mil empregos diretos e indiretos, os resultados contribuem para evolução de setores da sociedade como energia, saúde e agroindústria. A agenda ocorreu nesta quarta-feira (24), em Iperó, interior de São Paulo.
O Submarino faz parte do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) da Marinha, que integra o Programa Nuclear Brasileiro. O desenvolvimento de submarinos representa um dos maiores investimentos estratégicos da Defesa em ciência e tecnologia, e conta com a participação de cerca de 20 universidades e institutos de pesquisas.
“Isso pertence às próximas gerações. É um aporte de conhecimento. Temos um quadro técnico extraordinário. Quero parabenizar todos que estão envolvidos aqui pelo entusiasmo, pelo senso de responsabilidade que vocês têm, que estão servindo ao país”, disse José Mucio.
Durante a visita, o ministro acompanhou procedimentos no Laboratório de Enriquecimento Isotópico (LEI) e no Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica (Labgene). O LEI é o local onde é desenvolvida a tecnologia de enriquecimento de urânio, para a produção do elemento combustível utilizado no submarino nuclear.
Já o Labgene é um protótipo em terra, em escala real, dos sistemas de propulsão que serão instalados na futura embarcação. Ele permite simular, com segurança, a operação do reator e dos diversos sistemas elétricos, mecânicos e de controle antes de serem usados no submarino.
O reator de pequeno porte em construção no Labgene tem potencial para ser empregado em benefício da sociedade brasileira. A tecnologia pode prover energia e água dessalinizada (processo de remoção do sal) para regiões com baixo nível de armazenamento e com baixa quantidade de recursos hídricos. Também pode ser utilizado na produção de radiofármacos e na irradiação de alimentos, para eliminar pragas e microrganismos, e aumentar a vida útil dos produtos.
O programa, ainda, contribui para o avanço do conhecimento no campo nuclear e prepara profissionais para enfrentar os desafios da área. Além da transferência de tecnologia, o Prosub proporciona oportunidades para nacionalização de sistemas e equipamentos. A indústria brasileira poderá se beneficiar como um ator relevante em diversos outros setores além da Defesa, graças às competências adquiridas no desenvolvimento do programa.
Além do ministro, a visita contou com a presença do Comandante da MB, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen; e do Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, Almirante de Esquadra Alexandre Rabello de Faria, entre outras autoridades.
Prosub – O Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha, o Prosub, engloba quatro unidades convencionais (com propulsão diesel-elétrica), os S-BR, e um Submarino Nuclear Convencionalmente Armado. Até o momento, três submarinos já foram lançados ao mar: o Riachuelo (S-40), o Humaitá (S-41) e o Tonelero (S-42). O quarto submarino da série S-BR está em construção.
FONTE: Ministério da Defesa
Será que essa visita seria só de cortesia ou para análise de algo específico, pois no Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica (LABGENE) tudo já está bastante avançado e em pleno comissionamento a frio, que leva ainda mais dois anos (2025-2026) nestas condições, sobre a criticalidade do reator poderá ser realizada em 2027.
Já o Laboratório de Enriquecimento Isotópico (LEI) já está operacional e licenciado há anos, para enriquecimento até 19%, e talvez nem se use a produção dali, pois a França irá fornecer o combustível já pronto para a primeira carga.
Caro Francisco, uma dúvida, qual o nível de enriquecimento é necessário ? hoje o Brasil chega á 19%, isso ?
Capacidade, o Brasil tem o suficiente para a produção de armas. O uso real é outra coisa, e o nível de enriquecimento necessário varia de reator para reator, sendo que o nosso utilizará a 7%:
https://www.naval.com.br/blog/2010/03/04/resumo-da-palestra-do-prosub/
Hoje enriquecemos até a 20%, que é o limite estabelecido pelo tratado para fins de pesquisa. Para alterar o nível de enriquecimento bastaria alterar a configuração das ultracentrifugadoras, entre outros detalhes técnicos.
Pelo tratado internacional que Brasil assinou é de 19,99% o limite de enriquecimento permitido.
Olá Francisco… uma reação em cadeia demanda um fluxo de neutrons. Os primeiros átomos de U-235 decaem, gerando Kr e Ba e lançam um neutrôn que acerta outro U-235 e assim sucessivamente. Contudo, o U-238 tem a capacidade de absorver nêutrons, interrompendo a reação em cadeia. Por isso é preciso aumentar a proporção de U-235 para sustentar uma reação em cadeia. Uma explosão nuclear precisa que uma enorme quantidade de nêutrons sejam liberados em um intervalo extremamente curto, para que todos os núcleos de U-235 sejam atingidos quase que ao mesmo tempo. Para sustentar uma bomba atômica de U-235, é… Read more »
Os submarino dos EUA e UK , U-235 acima de 90%…
Os russos, usam o índice “who cares” 😆… ironic mode off.
Então… essa é uma discussão que gera dúvidas… eu já li que o submarino usaria 7%. O Nunão e o Galante já comentariam que seria 12%… já li entrevista de comandante da MB dizendo em 20%. Para produzir 4%, 20% ou 80%, só precisa colocar mais centrífugas em linha. O problema é que é fácil produzir 4% ou 7% porque o número de centrífugas é pequeno… para produzir 50%, 70% ou 90%, precisa de uma linha enorme… e no fim vai produzir só um pouco.. levaria meses ou anos para produzir 60 ou 100 kg de combustível com 90% para… Read more »
Alguma novidade da turbina a vapor ? A Alston irá fornecer/forneceu ?
Não tenham informações nenhuma, única certeza é que o projeto inicial com turbinas nacionais não vingou e teremos outras com tecnologia já consolidada no mercado, bem provável já serem essa que você falou, tudo está sendo afrancesado.
Olá. Desde o início, o projeto era usar uma turbina francesa do tipo Arabelle da Alston. O problema começou quando a GE comprou a divisão de turbinas á vapor e o SBN passou a sofrer embargo dos EUA. A MB chegou a cogitar comprar uma turbina russa. Há algum tempo, a Alston recomprou a divisão de turbinas a vapor, permitindo o projeto voltar ao plano original.
A visita de Macron é um bom indício disso.
A única turbina existente eram os turbo geradores do bloco 30 do reator do LABGENE, inicialmente todos de fabricação nacional, o projeto e a construção eram da TGM – Indústria e Comercio de Turbinas e Transmissões Ltda., da cidade de Sertãozinho, em São Paulo. O protótipo chegou a ser testado no CTMSP e atingiu 3.593 rpm, num esforço de 6 horas e com temperatura de 240°C, ele usava uma graxa especial chamada de Masterlub Al-30, que era fabricado pela LUBROTEC – Lubrificantes Especiais Ltda., mas o projeto foi descontinuado por conta da compra do controle pela WEG em 2016.
O Ministro Múcio é um gastor de crise “política” interminável, foi colocado na Defesa com está finalidade em virtude de uma Forças Armadas com ainda crise de identidade ante a Constituição, sua continuidade é a confirmação que pouco ou nada muda.
.. gestor…
O motivo da visita não era de cortesia, chegou à tona hoje, haverá um corte de R$ 280 milhões, que foram imposto pelos Ministérios da Fazenda e do Planejamento, com certeza isso vai impactar diretamente nos contratos já firmados dos projetos estratégicos da Marinha, como os do LABGENE.
Não entendo 🤔
Ministro solta nota reclamando de contigenciamento de verbas para as FFAAS e agora vem falando bonito sobre o reflexo da continuidade desse projeto.
Até aonde ele quer chegar com tudo isso ?!🤷♂️
Estou começando a ficar confuso 🤦♂️
O mercado financeiro na cola, tem que diminuir o déficit fiscal e a dívida interna. Pais emergente é sempre assim, infelizmente se precisa de obras de infraestrutura que para os ricos já existem centenariamente, dívida dos EUA, da Rússia e outros as alturas, desoneração da folha dos municípios sendo posto a cacetes e o mercado bem caladinho.
O Mexico gasta menos que o Brasil, arrecada menos em impostos e tem uma divida menor em relação ao PIB, por isso tem juros menores. Sua economia vai crescer mais rapido que a Brasileira conforme atrai mais e mais industria que exporta pros EUA (ja passou a China como maior exportador pro mercado americano). Enquanto isso o Brasil aposta em intervenção estatal na economia, endividamento o que deve levar a crise similar a de 2015 novamente daqui uns anos.
Pra ser justo, até o final do mês passado o Brasil tinha um juro real menor que o mexicano (5,9% vs 7,46%), que é a taxa de juro descontando a inflação prevista para os 12 meses seguintes. Inclusive, a taxa de juro mexicana é um fator bastante relevante para a brasileira, afinal, são países com várias semelhanças, embora o México seja, curiosamente, um lugar mais seguro para se investir. Pra piorar a nossa vida, temos ainda altíssimas taxas (para padrões recentes) em países de verdade e somos completamente incapazes de realizar as reformas e cortes necessários. Somos um trem desgovernado… Read more »
Temos muitos problemas, não há o que discutir ou contestar.
Mas o México perdeu sua autonomia energética, bem como sua autonomia alimentar. As indústrias mexicanas são denominadas “maquiladoras”.
Esse subnuc e como a sopa de pedra dos humorísticos. Nem presto mais atenção.
só um detalhe, percebam a imagem embaçada…acho bacana essa preocupação….vocês tem a marinha do rio, nós temos uma marinha de sorocaba…rs
Essa é a impressão para o Brasil, Marinha Carioca.
Não sei onde no RUMB diz que com o uniforme 5.5 se utiliza o gorro de viagem, parece outra Marinha mesmo…
A 1ª foto me chamou a atenção a faixa etária… esse grupo seria de pesquisa, técnico em física nuclear ?
O sub N-BR terá um reator com 48MW de potência … suficiente para fornecer energia a mais de 60.000 residências.
Seria interessante, uma versão civil desse reator , imagina a revolução que seria na Amazônia…polos industriais, etc.
Olá Bispo. Há quem diga que este reator poderia ser usado para gerar eletricidade em regiẽos remotas. Eu tenho dúvidas quanto á viabilidade econômica, mas a mesma tecnologia usada para construir um pequeno reator pode ser usadas para construir um reator maior, de maior potẽncia, que aumentaria a viabilidade econômica.
Para comparação, Angra 1 tem um reator de cerca de 650 MW e Angra 2 algo como 1,2 GW.
Eles têm tamanhos diferentes, potências diferentes, mas em principio, são iguais.
Provavelmente não será em regiões remotas.
Uma das possibilidades é substituir térmicas a carvão em Santa Catarina, por exemplo, dentro do contexto da transição energética.
A Amazul e a Diamante Energia (que possui térmicas a carvão em SC) assinaram um memorando de entendimento para explorar essa possibilidade, recentemente.
Olá Nunão… faz mais sentido. A potencia de um reator nuclear depende do seu tamanho, da quantidade de combustível e do teor de enriquecimento. É possível construir um reator com qualquer potência. O desafio é o sistema de geração elétrica. Uma turbina tem uma faixa de máxima eficiência. Então, o reator deve ser projetado para fornecer a condição para a turbina operar nesta faixa. Não sei qual o tempo de vida de uma turbina a vapor. Creio que seja bem alta, ainda que exija manutenção permanente. A transformação de uma usina termoelértica operando á carvão em uma termonuclear provavelmente passa… Read more »
Turbinas a vapor costumam durar bastante. A Diamante Energia tem várias plantas (Unidades Termelétricas), uma delas, a UTLA, me parece ter unidades geradoras com potências (precisa checar se estão divulgando térmica ou elétrica) compatíveis com reatores pequenos, de 48MW. Seria a princípio um caminho começar pela UTLA: Unidade Termelétrica Jorge Lacerda A (UTLA) UTLA1: 2 unidades geradoras de 40 MW UTLA2: 2 unidades geradoras de 55 MW Capacidade instalada: 190 MW Unidade Termelétrica Jorge Lacerda B (UTLB) UTLB: 2 unidades geradoras de 110 MW Capacidade instalada: 220 MW Unidade Termelétrica Jorge Lacerda C (UTLC) UTLC: 1 unidade geradora de 330… Read more »
Olá Nunão. Fico com a mesma impressão. É fácil ajustar um reator de 48 MW para operar 40 MW ou até 55 MW. Vai passar por homologação, mas isso é inevitável. Eu realmente não sei sobre a viabilidade de colocar dois reatores de 55 MW para sustentar um sistema gerador de 110 MW. Na conta energética faz sentido. Na conta da financeira não sei. Talvez valha a pena já que existe um ganho verde. Uma usina á carvão vai se tornar inviável em breve. Por outro lado, quem faz um reator de 48 MW também faz um reator de 480… Read more »
A aposta é um pouco mais alta, tipo 48 megakichutes.
Mas se tem uma empresa que parece talhada pra iniciar esse processo de descarbonização carvão pela via nuclear, parece ser essa.
Eles já iniciaram com gás, mas ainda assim a intenção explicitada numa entrevista é zerar a queima do carvão em cerca de 15 anos (embora, no ano passado, também tenham falado em projetos de captura de carbono – CCS).
Tem tempo suficiente de trocar parte por nuclear, parte por gás, fazer CCS e ainda expandir a produção de energia.
https://petronoticias.com.br/diamante-energia-espera-concluir-no-segundo-semestre-os-estudos-sobre-conversao-da-central-jorge-lacerda-em-reator-modular/
https://epbr.com.br/diamante-energia-mira-ccs-fertilizantes-e-termicas-a-gas-como-alternativas-ao-carvao/
Tempo tem. Inclusive o Congresso recentemente prorrogou subsídios à produção de energia elétrica em termoelétricas a carvão mineral.
Isso ainda vai durar muito tempo e nós estaremos pagando o subsídio por meio da conta de energia
Olá Edu. O problema é a oferta de energia. Interromper o fornecimento de energia elétrica, fechando as usinas termoelétricas definitivamente criaria um gargalo energético. Isso aumentaria os preços da energia elétrica bem acima do que se paga pelo subsídio.
Outro problema é que sem energia, a opção é o racionamento, que significa redução da taxa de crescimento do PIB e provocando inflação por parte da oferta.
RIso… e coloca $kichutes nesta situação. Encontrei bastante informação sobre estes pequenos reatores modulares, inclusive na página da AIEA. Infelizmente, são informações de caráter geral. A maioria dos exemplos são pequenos reatores acoplados cada um à sua própria unidade de produção de eletricidade, até porque são todas usinas novas. Nenhuma delas me pareceu adaptação de uma usina termoelétrica para operar SMR (small modular reactors) mas a ideia é boa. Existem SMR até cerca de 300 MW (metade de Angra 1). O reator naval de 48 MW pode ser usado como SMR sem adaptação. Vou procurar sobre o projeto de sistemas… Read more »
Tenho sérias dúvidas se esse Sub Nuclear vai realmente algum dia estar operacional na MB.
O nome “Submarino Nuclear Convencionalmente Armado” é ridículo.
O futuro é sempre incerto…. talvez alguém lá na frente decida parar tudo, sucatear e vender o aço por peso.
Creio que foi Fermi que disse que tudo que for possível um dia vai acontecer. É uma questão de tempo.
EDITADO
COMENTARISTA BLOQUEADO.
Até 2037 já estará totalmente superado. Se não conseguimos nem colocar um mísero satélite em órbita, o que acontecerá com esse submarino até lá ? É a teoria do antes tarde do que nunca ? Brasil assina qualquer acordo em que alguns se beneficiam e o país para no tempo ! Pena !
Errado. O sistema de propulsão continuará adequado, assim como o sistema de propulsão dos Scorpenes que usam um grande motor elétrico ligado á geradores de energia elétrica e baterias, que é o mesmo sistema usado nos submarinos alemães há décadas. O perfil hidrodinâmico do casco continuará tendo a mesma eficiência que tem hoje daqui décadas ou séculos. Os torpedos F21 são excelentes. Hoje são os mais modernos, ainda assim o SBN e os Scorpenes poderão operar versões mais modernas do F21 no futuro (isso se forem oferecidos…..). A mesma ideia se aplicaria aos mísseis Exocet SM39. Os sensores continuarão funcionando… Read more »
O foco da AEB não é mais bancar as comitivas ininterruptas da atual gestão. A onda agora é parabenizar todo mundo. Vídeos de agradecimento e parabenizar alguém é o que dominam o canal do YouTube.
Noticias a respeito de avanços de algum programa, que é bom, nada… rs
Como dizem: AEB, nossa Agência Espacial de Brinquedo.
Esse submarino de propulsão nuclear é a “joia da coroa” p as FFAA brasileiras. Tenho 52 anos e espero ver o comissionamento dele. Tomara que não cortem mais recursos do projeto ou cedam a pressões internacionais.
Meus caros,
Prosseguir com esse projeto me parece uma imensa insanidade. Nao hah condicoes financeiras de prosseguir de maneira consistente e sem atrasos. Serao milhoes (bilhoes?) de reais do SEU rico e suado dinheiro indo aos ralos da burocracia para financiar vaidades de poucos./
Nao estou discutindo as vantagens e o valor militar de um SubNuc – os poder militar eh incontestavel. Mas prosseguir com esse projeto serao muitos tiros nos pes.
Quer prova disso?
https://www.estadao.com.br/politica/marcelo-godoy/depois-da-festa-da-marinha-com-janja-macron-e-lula-o-bloqueio-da-verba-e-o-desemprego-de-200/
O nossoi projeto sendo de nave de defesa pode ter seu conjunto de propulsaoem modulo externo como extensao da superestrutura, assum tera grande facilidade de istalaçao e manutençao,