A Marinha do Brasil, a Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON) e a Sociedade de Propósito Específico (SPE) Águas Azuis realizaram a Cerimônia de Batimento de Quilha da Fragata Jerônimo de Albuquerque (F-201), nesta quinta-feira (06JUN2024), na thyssenkrupp Estaleiro Brasil Sul, em Itajaí – SC.

A F-201 é a segunda embarcação do Programa Fragatas Classe Tamandaré (PFCT), que prevê a construção de quatro navios. O PFCT é considerado o mais inovador projeto de construção naval desenvolvido no Brasil, com mão de obra local e transferência de tecnologia.

A Cerimônia de Batimento de Quilha é um evento tradicional da construção naval que, no passado, consistia na finalização da primeira parte do navio, a quilha, a partir da qual eram edificadas as demais estruturas. A evolução da engenharia e o aperfeiçoamento nos processos de produção naval permitiram que nos projetos modernos, como o das Fragatas Classe Tamandaré, a construção seja feita por meio de blocos. Eles são montados separadamente e, depois unidos, dando forma ao navio. Nesse caso, o batimento é caracterizado pelo posicionamento de um desses blocos em seu local de edificação.

Esse primeiro bloco corresponde à praça de máquinas de vante da embarcação. A estrutura metálica pesa, aproximadamente, 52 toneladas, e nela serão instalados dois motores, uma caixa redutora e equipamentos auxiliares. As próximas etapas serão a edificação do bloco que forma a praça de máquinas de ré e posterior instalação de equipamentos.

O Diretor-Geral do Material da Marinha, Almirante de Esquadra Edgar Luiz Siqueira Barbosa, reiterou que “As Fragatas Tamandaré representam o que há de mais avançado entre os meios de superfície da Marinha do Brasil. O programa prevê uma gestão do ciclo de vida que projeta os investimentos desde a construção até o desfazimento do navio. Além disso, são embarcações produzidas em território nacional, com conteúdo local e transferência de tecnologia, que contribuem para alavancar a construção naval brasileira.”

Paul Glaser, CFO da thyssenkrupp Marine Systems, acrescentou: “O Programa Tamandaré está progredindo rapidamente, e temos grande orgulho em alcançar mais um marco importante. Gostaria de agradecer a todos que tornaram isso possível: obrigado a todos os nossos colaboradores e parceiros pelo esforço e compromisso. É uma honra que a Marinha do Brasil tenha confiado em nós para ser seu parceiro neste caminho para uma nova e moderna frota e para garantir a soberania do país.”

O PFCT é uma parceria entre a Marinha do Brasil e a SPE Águas Azuis, formada pela thyssenkrup Marine Systems, Embraer Defesa e Segurança e Atech, e gerenciado pela EMGEPRON. Desde a assinatura do contrato, em março de 2020, importantes avanços nas atividades construtivas foram alcançados, seguindo o cronograma estabelecido. A primeira Fragata, que dá o nome a classe, começou a ser construída em setembro de 2022, será lançada em agosto deste ano e entregue à Marinha no final de 2025.

Já a F-201 teve seu processo de produção iniciado há seis meses. A segunda Fragata do programa leva o nome de Jerônimo de Albuquerque, em homenagem ao primeiro brasileiro nato a comandar uma força naval para defender o Brasil. Ele foi o herói da conquista do Maranhão e fundador da cidade de Natal, capital do Rio Grande do Norte.

Sobre as embarcações

A Marinha do Brasil conduz o Programa Fragatas Classe Tamandaré desde 2017, com o objetivo de promover a renovação da Esquadra com quatro navios modernos, de alta complexidade tecnológica, construídos no País. Os navios têm deslocamento aproximado de 3.500 toneladas e são dotados de convoo, hangar para helicóptero, radares, sensores e armamentos de última geração.

As Fragatas chegarão com a importante missão de marcar a presença da Marinha do Brasil na Amazônia Azul, contribuindo para o Controle de Área Marítima, para a Defesa das nossas Ilhas Oceânicas, para a Proteção das Infraestruturas Críticas Marítimas e para a Proteção das Linhas de Comunicações Marítimas, destacando que mais de 90% do nosso comércio exterior é realizado pelo mar. São navios escolta, dotados de importante e considerável capacidade de combate, atuando em todos os ambientes de guerra, quais sejam: superfície, aéreo e submarino. Têm como uma de suas principais tarefas a proteção de unidades de maior valor, quando operando em um Grupo-Tarefa, com Navios de diferentes características, a exemplo do Navio Aeródromo Multipropósito Atlântico, que atualmente está sendo empregado em apoio às calamidades causadas pelas chuvas no estado do Rio Grande do Sul. As quatro Fragatas serão entregues à Marinha de forma gradativa, entre 2025 e 2029.

DIVULGAÇÃO: thyssenkrupp

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Vovozao

07/06/2024 – sexta-feira, bdia, parabéns a MB, os prazos estão se cumprindo; necessitamos com urgência dessas fragatas, pois as que ainda temos a muito tempo ja deveriam ter sido descomissionadas.

George

Impressionante a capacidade de comunicação da Marinha e do estaleiro. Praticamente ninguém estava sabendo disso. Parece que foi feito escondido para poucos ficar sabendo.

Camargoer.

Há muito tempo eu falo que a comunicação social dos militares é mequetrefe

Caravaggio

Gostei do didatismo da matéria, explicando o que é exatamente o batimento de quilha e quem foi Jeronimo de Albuquerque.

Moriah

Navio que será especialmente bem-recebido em São Luis do Maranhão. Hoje, precisamos de mais quatro como esse. Mas, enquanto não chegamos a isso, esperemos pela realidade dos fatos.

Augusto José de Souza

Provavelmente devem vir mais quatro depois dessas e já fica no mínimo,mas o ideal é com esse estaleiro ampliar as encomendas de mais navios.

Esteves

Demag. Pontes de içamento, rolantes, alemãs. Aposto que a cervejinha também é.

Burgos

Eu achei que vc ia dizer:
“Jerooonimo, cadê vc?!”😜
Bom dia pra todos ☀️

Carlos Gonzaga

Esteves, equipamentos Demag vendidos no Brasil são fabricados no Brasel, em Cotia, São Paulo. E cervejas alemãs, belgas e Checas podem ser compras em qualquer bom supermercado. Deixe de ser ranzinza e xenófobo!

Esteves

braune Schuhe zum blauen Anzug…diese Hose ist zu lang…wer kümmert sich um die Kleidung der Klasse?

Carlos Gonzaga

Ich denke nur du.

Rodrigo Maçolla

bacana, Parabéns , mas precisamos de mais Navios..

Heinz

acredito que vá acontecer

Camargoer.

Então… quando os alemãos compraram os sistemas de armas e sensores, os contratos foram para 4 navios e já assinaram a opção para mais 2 sistemas completos. A MB tem duas opções,,, fazer um aditivo de 25% para uma quinta FCT ou assinar um novo contrato para navios adicionais… De fato, 4 navios são insuficientes para repor o núcleio de pode naval. Seriam precisos 6 ou mais…. talvez até 12. Há quem defensa navios maiores… até aqui, penso o contrário. Recompor a esquadra com FCT… não consigo ver necessidade de navios maiores…. tamanho? armamento? sistema de sensores mais potentes? maior… Read more »

leo

O ideal seria um high-low com FCT, e o high poderia ser Fremm ou outra, as FCT para fazer número, no mínimo 8, e 2 ou 4 Fremm melhor armadas para manter a dissuasão, pq na minha opinião 12 misseis anti aéreos e um missil anti superficie de 70km de alcance não ”mete medo” em ninguém.

Last edited 5 meses atrás by leo
Camargoer.

Olá Leo. Ótimos pontos. O alcance dos Exocet usados pela MB (MM40) e dos Mansup são mesmo da ordem de 70 km, mais ou menos o padrão para este padrão de arma, ainda que já existam mísseis com maior alcance. No caso das FCT, a instalação de Exocet B3 ou de um Mansup de maior alcance é relativamente simples. Então, o uso de mísseis antinavio de maior alcance é uma questão de disponibilidade destas armas. Até a Barroso poderia ser equipada com mísseis de longo alcance. Por outro lado, a questão dos mísseis de lançamento vertical é uma boa discussão.… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

“A pergunta que não sei responder é se as FCT possuem espaço suficiente para ampliar o número de mísseis em um PMG, por exemplo.” Pelo que já vi, entre informações e imagens, o espaço entre a superestrutura e o canhão é suficiente para ampliar (talvez até dobrar) o número de lançadores dedicados do sistema Sea Ceptor, que lançam no sistema “a frio” (o motor aciona após o míssil ser ejetado) os mísseis da família CAMM – Common Anti-air Modular Missile. Eu chuto que uns 20 lançadores dedicados do sistema Sea Ceptor cabem no espaço existente na Tamandaré, em arranjo semelhante… Read more »

Camargoer.

Eu também suponho que o número de mísseis foi uma decisão orçamentária ao invés de limitação de projeto. Depois do IRS, das sonda de reabastecimento no Gripen, a discussão mais intensa é se as FCT são fragatas ou corvetas, do onde criei o termo jocoso “fragueta” e sem seguida o armamento das FCT (desdentadas). De fato, as FCT possuem menos mísseis de lançamento vertical que outros navios de deslocamento parecido, mas fico pensando se de fato faria diferença substantiva a MB operar navios maiores que a FCT. Serria necessário alguns jogos de guerra para avaliar o impacto de ter menos… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Na minha opinião pessoal, 12 mísseis antiaéreos é pouco para uma fragata atual. O dobro (24) seria adequado para um navio com esse porte e atribuições de emprego geral, ou “faz tudo”, para a MB, e se possível numa combinação de 1/3 de maior alcance (CAMM ER ou CAMM MR) e 2/3 de menor alcance (CAMM) para dotação em tempo de guerra. Em tempo de paz, nem metade dos silos estaria com mísseis, o que é absolutamente normal. E isso vale também para a eterna discussão sobre os mísseis antinavio, havendo espaço de sobra para dobrar a quantidade na dotação… Read more »

Alex Barreto Cypriano

Esquece essa estorinha de FrEMM. É no mínimo esquizoFrEMMico querer o high quando na realidade mal se suporta o low. Míssil anti navio de 40 MN é suficiente pra meter medo em qualquer peer competitor tão poor como a MB; deve haver por aí, exceto os grandões de sempre – contra os quais a MB nunca pretendeu ter capacidades dissuasorias críveis desde que o Gap tecnológico se agigantou no fim do XX.

737-800RJ

É bom frisar que só terão 12 mísseis antiaéreos e apenas 2 lançadores duplos por escolha da MB, e não por falta de espaço. Quanto ao míssil antinavio que será utilizado, até o final da década o Mansup ER com alcance de 200km, se nada ser errado, estará operacional.

Camargoer.

Os lançadores do mísseis antinavio é um não-problema. Eles são facilmente instalados e substituidos, até porque é da natureza dos mísseis serem colocados no navio dentro dos seus containers de proteção.

Colocar um lançador duplo ou quádruplo é uma questão de tê-los no paiol.

Já os mísseis de lançamento vertical é outra história

Felipe

Não entendo então pq já não instalar 2 lançadores quadruplos em vez de duplos, coisa doida.

Fernando "Nunão" De Martini

Se a MB conseguir cumprir o objetivo (tem matéria aqui sobre isso) de manter uma frota de 8 navios-escolta ao longo dos próximos 20 anos (sendo que na metade desse tempo praticamente todas as fragatas e corvetas atuais terão dado baixa) apenas com fragatas da classe Tamandaré, isso já será digno de nota, levando em conta todo o perrengue que foi garantir recursos para as primeiras quatro fragatas. Sonhar com um segundo lote (após essas 4 primeiras) de maior porte e custo eu acho que seria otimismo demais. Não obstante, sugeri a opção de “esticar” os navios atuais em futuros… Read more »

Felipe

12 unidades , 8 leves e 4 mais pesadas , já atenderiam as necessidades da esquadra.

ChinEs

O programa contempla 8 navios, provavelmente serão 4 desse lote e mais 2 de cada lote com versões diferentes e pesos diferentes

Kornet

A classe 200 turbinada ou a 300 já atenderiam e muito à MB no lugar das FREMM.
E claro, têm que ser muito bem armadas.

Felipe

Que venha um contrato novo para mais 4 Tamandaré totalizando 8, depois devem partir para uma escolta maior, chegando a 12 unidades , é o mínimo.

Willber Rodrigues

Nem tudo é apenas críticas.

Parabens a MB. Quem a acompanha, sabe que ela precisa dessas FCT’s pra ante-ontem.

E eu continuo na esperança ( sou meio ingênuo, eu sei ) de +2 ou +4 dessas FCT’s pra breve.
Sabemos o quanto a MB precisa de mais dessas escoltas.
( Quer dizer, ela precisa de tudo, mas enfim… )

Last edited 5 meses atrás by Willber Rodrigues
Felipe

Tenho fé que serão 4+4+4 sendo as últimas numa versão mais pesada totalizando 12. Não podemos abrir mão disso.

Jagderband#44

Espero que seja bem construída, uma vez que vai ter que empurrar água até o ano de 2090.

Willber Rodrigues

Não.

Em 2090 estaremos discutindo a substituta dela, e a MB lancará novo programa de ToT pra novos navios.

Neto

Precisamos de ao menos 8 desses vasos. Creio que na configuração atual, em versão soft (podendo ser armada futuramente) ou versão alongada.
.
Espero que até 2026 planejem o segundo lote.

Camargoer.

Pois é…. algo entre 8 e 12… Lembro que as Niterói tinham dois tipos… as de emprego geral e as defesa aérea… creio que depois foram padronizadas. Neste sentido, não sei se ainda existe isso de ter navios com especialidade. Alongar as FCT teria pouco impacto no armamento dos navios. A ponto é mesmo o tipo de mísseis verticais e os lançadores de 12 unidades. Sabemos que há espaço para colocar muito mais mísseis antinavio… as FCT podem levar 2, 4, 6 e até 8 (não sei se dá para colocar mais que isso… acho que não. Seriam dois lançadores… Read more »

EduardoSP

As duas versões das Niterói eram de emprego geral e guerra antissubmarina. 2 EG e 4 ASW. Estas últimas com o míssil Ikara e sonar de profundidade variável (VDS). Depois todas foram padronizadas no Modfrag. As EG perderam o segundo canhão de 4,5 pol e as ASW perderam o Ikara. Creio que perderam o VDS também, mas não tenho certeza.

Camargoer.

Opa… obrigado pela correção. Valeus.

Fernando "Nunão" De Martini

“Lembro que as Niterói tinham dois tipos… as de emprego geral e as defesa aérea… creio que depois foram padronizadas” Só uma correção: os dois tipos eramnde emprego geral (EG) e antiasubmarino (AS), havendo nesta última uma subdivisão entre duas equipadas com sonar de profundidade variável e duas sem esse equipamento. A defesa aérea de todas era de ponto, com mísseis Sea Cat. O programa ModFrag padronizou todas numa versão mais de emprego geral e com defesa antiaérea melhorada, ainda que tenha deixaro resquícios da divisão anterior, visíveis apenas ao olhar mais atento: pequenas diferenças no tamanho e formato do… Read more »

Camargoer.

Ola Nunão.. obrigado. Fica a pergunta… faz sentido hoje ter navios da mesma classe com especializações ou o avanço tecnológico em sensores e armas permite que sejam navios multifunção?

No caso das FCT, faria sentido que hipóteticos navios de um segundo lote fossem especializadas em antiaéreou ou antissubmarino ou é melhor serem todas de emprego geral?

Fernando "Nunão" De Martini

Isso depende mais das demandas de cada marinha.

Mesmo um navio do porte de um Arleigh Burke tem ênfase numa área (no caso antiaérea e antimíssil de longo alcance), com menor ênfase nas demais.

A própria FREMM francesa, com quase o dobro do deslocamento da Tamandaré, tem um par de navios mais dedicados a defesa antiaérea (que demanda mudanças na capacidade do radar, processamento, Centro de Informações de Combate) do que ao emprego geral com ênfase antissubmarino das demais.

Alex Barreto Cypriano

Penso, mestre Camargoer, que não é prudente especializar quando a frota é pequena; todos os navios devem ser jack-of-all-trades, com capacidades suficientes nos quatro domínios da guerra (aérea, superfície, subsuperfície, eletronica-cibernética). Falta, mesmo, recurso de guerra em rede apoiado por cobertura satelital militar. Mas aí é sonho…
O deslocamento é um índice de capacidades: mais armas e paióis, mais motores e tanques de combustível, mais acomodações e armazéns, mais geradores e mais sensores; mas pra quê se não há objetivos distantes?

Felipe

Mas e o nosso satélite de comunicações não serve pra isso? Nunca mais vi notícias dele

Rinaldo Nery

Está funcionando perfeitamente. E serve pro que foi dito acima.

Neto

Se mais UMA for contratada neste Lote, desdentada, mas com espaço para receber estações e equipamentos das 4 já contratadas, em rodízio de manutenção, seria viável?
.
Uma Tamandaré, para ser útil para a marinha do Brasil, desdentada precisaria de no mínimo quais armamentos? Ter espaço para acoplar os módulos de armamentos pode ser um artifício viável?

Santamariense

Já foi dito pelo próprio almirante que chefia esse projeto, que o contrato desses 4 navios NÃO prevê acréscimo de valor ou de unidades. Mais unidades só com novo contrato.

Felipe

Pela Lei eles poderiam sim aumentar em 25% o valor e acrescentar mais 1 fragata sem precisar de novo contrato ou autorização legislativa.

Augusto José de Souza

Acho que é perfeitamente possível a MB operar 20 unidades dessas fragatas com quatro em quatro sendo encomendadas,segundo lote oito fragatas,terceiro lote doze fragatas,quarto lote dezesseis fragatas e o quinto lote fecha as vinte unidades e nesse tempo a MB pode lançar um edital para navios maiores e construir a MEKO A-300.

Alex Barreto Cypriano

Tudo é documentado e fotografado. Pra controle deles, aqui e acolá . Instalação de motor, caixas de redução, eixos, tubulações variadas, geradores, cabeamentos, painéis de controles, bombas e filtros variados, interfaces pros consoles de COC, passadiço, pros controles dos canhões e lançadores, mobiliário de acomodações, equipamentos e utensílios de cozinhas, lavanderias, sanitarios, enfermaria, etc, etc… A gente fica com o que sobra, quando lembram, a tal comunicação social, fait accompli em modo laudato si. Reportagem investigativa, mesmo, fica pra depois. Tá bom assim… Que estranho ‘bater quilha’, coisa de construção antiga onde almirante ia instalar o primeiro rebite na chapa,… Read more »

Last edited 5 meses atrás by Alex Barreto Cypriano
Fernando "Nunão" De Martini

Reportagem investigativa, mesmo, fica pra depois. Tá bom assim…””

Se está se referindo a este site, até onde sei nenhuma outra mídia procurou informações e publicou reportagens investigativas, sobre o programa Classe Tamandaré, mais do que o Poder Naval.

Alex Barreto Cypriano

Se alguém pode investigar em profundidade as FCT, quem senão o PN? Aliás, só acompanho com assiduidade, pra assuntos navais nacionais, o PN; não sei o que outros fizeram, como disse, não os acompanho, mas estou certo que o PN (e em especial você, Nunão, que nos trouxe informações decisivas que felizmente não passaram despercebidas) fez mais e melhor.

Fernando "Nunão" De Martini

Tem mais matéria sobre a classe Tamandaré a caminho, após a série sobre a linha de produção do Gripen, que no momento ocupa todo o tempo que posso dispor à Trilogia. Aguarde.

Abner

Muito bom ver o projeto sair do papel.

Uma dúvida a 2 unidade será construída de forma mais rápida e otimizada que a 1 unidade ?

E se sim além desta seção/bloco já foram construídos outros ?

Fernando "Nunão" De Martini

Sim, o planejamento é que cada nova fragata será construída um pouco mais rápido do que a antecessora, resultando ao final em vários meses a menos, na quarta, em relação à primeira.

Sim, mais blocos além do mostrado ou já estão concluídos ou caminhando para isso. São 55 blocos no total para cada navio, se não me engano.

Abner

Nunão valeu pela resposta.

Na matéria sobre a construção das fragatas alemães, é relatado que as seções/blocos serão construídas, em lugares/cidades diferentes.
Isso ajudará na otimização de tempo, custo e manutenção futura ?

E se sim séria uma opção viável para a MB/Brasil, em uma futura construção de outras classes de navios ?

Fernando "Nunão" De Martini

Tempo sim, custo talvez, manutenção futura não creio.

Sim, seria opção viável ao Brasil, mas a meu ver só no caso de programas maiores que o atual da classe Tamandaré.

No presente ritmo de renovação da Esquadra, com relativamente poucos navios, não vejo grandes vantagens em distribuir a construção dos blocos do navio para mais de um estaleiro. Há todo um processo de treinamento e certificação de qualidade que precisaria ser cumprido, tomando tempo e dinheiro.

Augusto José de Souza

Essa velocidade já abre margem para já negociar um segundo lote e sendo mais rápido já pode ir para o terceiro lote.

Augusto, melhor ser mais realista e pensar não em segundo ou terceiro lote, mas em quinto ou sexto navio, por um bom tempo. A questão central é haver orçamento para isso. Tecnicamente, pelo jeito não há óbice. O estaleiro está prestes a lançar a primeira fragata, já tem os blocos da segunda em construção e logo deverão juntar outros blocos ao primeiro que foi depositado na parte central do galpão, que a primeira fragata deixou vago. Ou seja, está ganhando experiência e ritmo. Enquanto o dinheiro da capitalização da Emgepron durar, o ritmo tende a ser bom e o cronograma… Read more »

Julio

Com o país indo ladeira abaixo? Difícil acreditar crer nessa hipótese.

Almir

E é a China,é??? hahahahahaha

Bruno

Amigos, vocês estão refletindo sobre mais Fragatas, outro lote, preocupação com a continuidade do projeto etc…entendam uma coisa definitivamente: O Brasil vai aumentar o investimento e fortalecer sua Defesa não porque Lula ou Bolsonaro, esquerda ou direita quer, mas sim por uma obrigatoriedade geopolítica na Nova Ordem Mundial pós-Anglosionismo. Arrisco a dizer que muitas dessas tecnologias de equipamentos adquirido recentemente, serão alvos de engenharia reversa, pois seus proprietários terão assuntos internos mais importantes (principalmente os EUA) para resolverem e, mesmo se quiserem, não terão condições militares tampouco diplomática para impor sua vontade.

Bartolome

Você tem razão: toda potência deixa de sê-lo. Há algumas 5 décadas um historiador francês escreveu um livro chamado “Todo Império terminará”. Só que o poder econômico, militar e político norte-americano é o maior do mundo e não tem nenhum outro país nos calcanhares dele mas, sim, correndo com a língua para fora para tentar diminuir a distância. Portanto, no mínimo nas próximas duas décadas essa é a realidade geopolítica com que se trabalhar.

Bruno

Amigo, Bretton Woods está sendo velado neste exato momento e seu enterro já tem data marcada, então lhe pergunto: Como que os EUA manterão esse poder? Explique-me como se eu acabesse de chegar a esse Planeta (não estou sendo irônico, realmente quero saber, talvez vc veja algo q eu não estou vendo e q possa ajudar a rever meus conceitos).

Bartolome

Sim, você está sendo irônico e se não o está, sugiro melhorar a redação. De todo modo, eu não disse que não haverá decadência dos EUA mas que hoje por hoje é a maior potência do planeta, com grande vantagem sobre as demais. O FMI, a OMC (ex GATT), o Banco Mundial estão enfraquecidos mas continuam aí e são importantes nas Relações Internacionais. O dólar é a moeda de troca universal e não há perspectiva de seu fim em breve. É mais fácil ser superpotência quando se tem senhoriagem, como essa. Mas como diz o Camargoer, algo inesperado pode ocorrer,… Read more »

Bruno

“O dólar é a moeda de troca universal e não há perspectiva de seu fim em breve… ” É, parece que foi você quem acabou de chegar ao Planeta.

Felipe

Olha a Rússia não se compara com a URSS nem militarmente nem economicamente, mesmo que os EUA deixem de ser a potência principal no mundo continuarão a ser uma grande potência, como aconteceu com o Reino Unido , só que muito maior.

Camargoer.

Olá. Países podem colapsar, como aconteceu com a URSS… ou com o redesenho dos Balcãs, ou como aconteceu com a Alemanha no fim da II Guerra ou com o Império Austro-Hungaro no fim da I Guerra ou mesmo com o Império Otomado… Países podem ser reorganizar, como aconteceu com a unificação do Vietnã, unificação da Alemanha, as antigas repúblicas soviéticas… Contudo, a história é dinâmica… as coisas podem mudar de rumo devagar ou rapidamente… crises podem ser contornadas ou enfrentadas.. noutras vezes, as crises podem ser tão intensas que o fim acontece rapidamente.. Na ex-URSS foi uma sequência… gastos militares… Read more »

Bartolome

Com certeza não há destino manifesto. Como também não há decadência manifesta. Creio que estamos próximos de idade, portanto… lembra-se da década de 1970, quando se dizia que os EUA estavam em decadência, por conta do Vietnã e da concorrência japonesa? O Vietnã tornou-se um capitalismo autoritário de estado – a Chine idem – e vende produtos baratos para o consumidor norte-americano que, assim, pode viver confortavelmente. Idem para a China. Quando eu era estudante universitário, na segunda metade da década de 1970, a esquerda estudantil (e mundial…) anunciavam que o capitalismo estava com os dias contados. Bom, ainda estamos… Read more »

Camargoer.

Olá B. Segundo Delfin Netto, que os mais velhos como nós dois ainda lembramos, Marx salvou o capitalismo ao apontar suas contradições e problemas. O capitalismo, assim como outros regimes de produção, é tão dinâmico quanto a própria história. É um erro imaginar que sejam regimes prontos. Pelo contrário, são regimes sob uma pressão evolucionária que enquanto capazes de adaptar à dinâmica da história, continuarão existindo ainda que diferentes… quanto forem incapazes de se sustentar, como aconteceu com o feudalismo e mercantilismo sob regimes absolutistas, serão extintos.. a revolução francesa, a independência dos EUA e a revolução industrial marcam a… Read more »

Last edited 5 meses atrás by Camargoer.
Felipe

EUA ainda está longe de deixar de ser a maior potência do mundo. Mas sonhar é livre, e pra nós acho melhor uma super potência ocidental que uma China mandando no mundo…

Bartolome

À discussão sobre o armamento ou, então, de construir fragatas pesadas antecede uma questão: para que? Qual é o objetivo estratégicos das Forças Armadas brasileiras definido pelo Poder Político? Diz a Constituição que o Brasil é um país pacífico e ela proíbe guerras de conquista ou expansionistas. Portanto, o poder militar tem de privilegiar a dissuasão e, neste caso, parece que a prioridade deve ser de corvetas bem armadas contra Marinhas poderosas, mas que não estariam dispostas a pagar um preço alto em perdas que não compensaria as perdas sofridas para tanto. E a prioridade maior deveria um número maior… Read more »

Alex Barreto Cypriano

Nem precisa de navio de guerra. Os houthis e ucranianos provaram isso aa larga. Como você disse, drones (ainda não autônomos totalmente) ameaçam seriamente navios de guerra que não podem se dar ao luxo de sofrer o menor impacto por motivos morais. Drones e mísseis. Que já existiam desde a IIGM. A balança pende novamente pra terra, as marinhas deixarão de existir se o complexo industrial militar se especializar numa arma apenas ou mudar de ramo…

Dalton

Os “navios de guerra” ainda terão que proteger navios mercantes de “drones” só para citar um exemplo e se está desenvolvendo meios mais eficientes para lidar com essa ameaça, seja defensivamente ou ofensivamente então é muito cedo para pensar em aposentar combatentes de superfície e outros meios, mesmo navios varredores de minas tem futuro garantido. . Quanto aos “Houthis” está se evitando escalar um conflito que o próprio Irã que os patrocina não deseja, assim está havendo de ambas as partes um certo comedimento e a Frota do Mar Negro opera em águas restritas sem adequada proteção até de meios… Read more »

Alex Barreto Cypriano

Mas a USNavy e seus coligados não conseguiram restabelecer a segurança no Mar Vermelho e Golfo de Aden, o movimento de porta-conteiners caiu vertiginosamente, o Egito amarga bilhões de dólares de redução de arrecadação em Suez e os fretes subiram de foguete. De fato, se projeta que a inflação mundial (que em 2023 bateu em 6,8% e vinha em tendência de queda) ao fim de 2024 tenha um aumento de 0,7% (equivalente aa evaporação de uns setecentos bilhões de dólares) devido ao conflito Israel-Hamas e o semi bloqueio naval Houthi. É muito sábio identificar as especificidades do cenário na Ucrânia… Read more »

Dalton

Por hora o USS D. Eisenhower permanece em seu posto e seu substituto o “Harry Truman” conforme noticiado está treinando para esse tipo de ameaça com base no que se está aprendendo com o “Ike”. . Veja Alex, se a situação estivesse insustentável medidas mais drásticas estariam sendo tomadas, não de pode negar os prejuízos, mas, isso nem de longe justifica se começar a pensar na aposentadoria compulsória de marinhas e navios de guerra. . Por favor nem pense nisso, quero passar meus últimos anos desfrutando dessas “maravilhas” e de outras que estão sendo construídas e projetadas por várias nações… Read more »

Bartolome

Obrigado por suas observações. Sempre leio seus comentários e aprendo muito com eles. Pergunto-lhe se para um país como o nosso e considerando exclusivamente a capacidade dissuasiva, não seria melhor privilegiar os submarinos em lugar de combatentes de superfície (não que não se deva tê-los…)?

Esteves

O Brasil não constrói submarinos autóctones. Os Riachuelos são Scorpenes modificados vindos de um contrato de uma JV com o NG da França.

As Tamandares são navios Meko da ThyssenKrupp (Meko é um modelo construtivo) construídos em estaleiro alemão no Brasil.

Bartolome

Desculpem-me os erros de redação, causado por ambiente caótico que desviou minha atenção..

Augusto José de Souza

Esse estaleiro tem tudo para ser a espinha dorsal da MB para o fornecimento de navios para a renovação e ampliação da esquadra.

Zigg

Quanto tempo de viagem que se estima,de Itajaí ao AMRJ, para a FCT realizar?

Camargoer.

Se for a 20 nós, seria algo como 24~28 horas.. praticamente um dia.
Se for metade disso, 2 dias..

Zigg

Mas a FCT Já vai estar compatível com esse desempenho quando for lançado ao mar em agosto? Ou será rebocada até o AMRJ?

Camargoer.

Que eu saiba, a F200 vai ficar em Itajaí até terminar… depois, vai para teste de mar. Não lembro delas serem finalizadas no RJ…

Fernando "Nunão" De Martini

Que conversa mais estranha.

O navio será lançado ao mar em agosto e, como de costume nas construções navais, será finalizado atracado ao cais do estaleiro.

Quando enfim passar pelas provas de mar e for definitivamente transferido ao setor operativo em 2025 ou 2026, ficará baseada na BNRJ, não no AMRJ.

E uma eventual viagem de Itajaí ao Rio de Janeiro, seja durante as provas ou já no período operativo, provavelmente será em velocidade de cruzeiro ao redor de 15 nós. A não ser em alguma prova específica de traslado em velocidade máxima mantida.

Camargoer.

Pois é…. pelo menos fiz o cálculo…. se for 15 nós, deve levar um dia e meio…. considerando o tempo para deixar o porto de SC e atracar no RJ, dois dias é uma boa estimativa.

Esteves

O que o Arsenal da Marinha tem a ver com a construção das Tamandares?

Esteves

“Preparar e empregar o Poder Naval, a fim de contribuir para a Defesa da Pátria…” O que? Que poder? “Portanto, o poder militar tem de privilegiar a dissuasão…” Isso é uma compensação. Sem orçamento e sem indústria para expressar ou projetar, contentamos a nós mesmos com essa historinha de dissuasão com 4 submarinos elétricos que podem dar trabalho mas nada mais…após certo esforço para localizar os Riachuelos. “e, neste caso, parece que a prioridade deve ser de corvetas bem armadas contra Marinhas poderosas…” Se a prioridade fosse essa não estaríamos debatendo a quantidade de mísseis e o impacto da operação… Read more »

ChinEs

A MB vai ter 8 navios, 6 PFCT de 3500 Toneladas + 2 MEKO A400 de 7000Toneladas

Felipe

8 de 3.500t e 4 maiores … 12

J.Neto

A palavra têm poder, como dizia os antigos, isso é uma informação privilegiada ou um sonho?kkkk

J.Neto

A MB têm tanta prioridade que não têm dinheiro para nada vamos lá: Sub.núclear, navios varredores,navio tamque, patrulhas de 500t,Patrulhas oceânicas de mais de 1800t, fragatas Tamandaré , Navio escola….reformar e manter o que têm para aguentar até a chegada do que precisa

Fabrício

4 para o tamanho da nossa costa é nada…

Felipe

É pra ter novos lotes… o mínimo é 12 pra nossa necessidade

Felipe

Enquanto não houver sinais de um segundo lote não comemoro… 4 fragatas leves é nada para um país como o nosso.