A História Naval e o Cinema: ‘Annapolis’ (2006)
Sérgio Vieira Reale
Capitão-de-Fragata (RM1)
O filme, lançado em 2006, foi dirigido por Justin Lin, cujo elenco foi estrelado por James Franco, Jordana Brewster e Tyrese Gibson. Annapolis é uma emocionante história, que retrata a difícil tarefa do jovem Jake Huard (James Franco) em ingressar e se manter na Academia Naval dos Estados Unidos da América.
Jake Huard, perdeu a mãe cedo e trabalha com o pai como soldador num estaleiro. O jovem tem um temperamento impetuoso e tem o sonho de se tornar um oficial de marinha, mesmo sabendo de todas as dificuldades que iria enfrentar. Ao se apresentar na academia naval, por indicação de um congressista, ele encontra o Oficial Cole (Tyrese Gibson), um exigente instrutor que o desafia permanentemente. O filme é inspirador e a todo instante os aspirantes são submetidos aos exigentes testes acadêmicos, físicos e psicológicos na rotina diária da academia.
Durante o curso, ele foi mais exigido por Cole do que os demais aspirantes, pois seu objetivo era fazê-lo um líder. Huard era determinado, persistente e resiliente. O Boxe é o principal esporte praticado no longa e a importância da liderança é um tema permanente.
No Brasil, a Escola Naval (EN) é uma instituição de ensino superior da Marinha, cuja missão é formar oficiais para ocupar os postos iniciais da carreira. Nesse sentido, os aspirantes vão sendo preparados, ao longo de cinco anos, por meio do ensino profissional, militar-naval, humanístico e científico.
Cabe ressaltar o conjunto de valores éticos organizacionais que fazem parte da cultura naval. O patriotismo, a lealdade, o espírito de sacrifício, a honra, a tenacidade e a disciplina, por exemplo, são virtudes fundamentais para o exercício das futuras funções que serão exercidas pelos oficiais.
Referências Bibliográficas e Sites Consultados
NOTA DO PODER NAVAL: Observar qual o navio brasileiro que aparece no trailer.
‘Aqui tentando entender por quê um congressista daria uma recomendação pra um sujeito como você…’ Eu também, mas deve ser a ilustração do ditado ‘quem tem padrinho não morre pagão’ ou então algum ‘mistério’. De toda forma, apesar das dificuldades, Franco se tornou capitão, até casou com uma moça bonita (Waterston) mas morreu, logo na primeira missão, num incidente besta na câmara criosono. Tragico, trágico! 😆
É o Minas Gerais, A-11. O quê ele estaria fazendo ali? Outra recomendação de congressista?…
O “Minas” aparece apenas no trailer, um erro crasso, como foi em 2012 quando em uma homenagem a veteranos da US Navy em um painel mostrou-se 4 navios de guerra russos
e não americanos e uns meses após a invasão da Ucrânia pela Rússia em uma cidade russa alguém pintou um submarino claramente americano como se fosse russo 🙂
😯😃😆
Tem a cena de bombardeio no filme “Pearl Harbor”, na qual os navios que explodem são da classe Arleigh Burkle.
No filme Dunquerque vc pode ver guindastes modernos ao fundo.
1) Esse filme é quase um remake daquele com o Richard Gere an officer and a gentleman? 2) Essa sinopse me lembrou um filme que vi um tempo e não consigo lembrar o nome nem nunca mais ouvi falar: Ele se passava no exército e eles pegam um professor civil para ensinar Shakespeare para os recrutas que estão abaixo do aceitável e em vias de serem dispensados por não atenderem aos requisitos. O professor acaba por levantar o moral deles e eles vão melhorando. Acontece que ele vê em um desses recrutas, um cara quieto mas estudioso e muito inteligente.… Read more »
Fernando, não acredito que seja remake do Officer and a Gentleman não. Até porque no caso daquele filme, os oficias não eram de carreira, mas sei lá. Nunca assisti Annapolis.
E sobre (2), eu sei que filme está falando, mas não me recordo do nome. Era com o Danny DeVito.
Mas tem um filme de academia militar que eu gosto muito, filme ‘um pouquinho’ mais antigo com Tyrone Power e Maureen O’Hara, leeeeeevement baseado em um personagem real. O filme se passa em West Point e se chama ‘The Long Gray Line.’
Olá, Leandro! Uma observação: no filme “Officer and a Gentleman”, os candidatos ingressam na “Officer Candidate School” da US Navy, que também forma oficiais de carreira.
Pode formar, mas não é a regra, pelo que eu entendo. Conheço dois que passaram pelo OCS. Em geral não chegam à flag rank, à menos que suas carreiras sejam deveras interessantes. Pelo menos até onde eu entendo.
OBS.: Encontrei o filme. “Renaissance Man” com DeVito. É de 1994.
Isso! Em determinado momento ele leva a turma para assistir Henrique VIII no Canadá e eles vão ouvindo “Rock in the USA” no carro. Quando passam pela fronteira e o agente pergunta o país de origem eles gritam lá de dentro “USA!”.
Bem divertido esse filme.
Fazem anos que não vejo. Só me lembro de uma cena, quando DeVito tenta explicar o que é uma ‘oxymoron’ e um dos soldados acha que o professor está xingando ele.
No Brasil, a MB ainda preserva uma certa exclusividade de acesso à EN, ao abrir poucas vagas para o certame nacional enquanto garante acesso aos alunos oriundos do CN que tenham obtido êxito – e que acabam representando um grupo bastante privilegiado.
Ué, mas o Colégio Naval é um concurso público totalmente aberto, direcionado ao ensino médio.
Representando um grupo privilegiado? Explique melhor…
Basta fazer a prova lá…
Olá, Thor! Sim, eu sei que o CN possui ingresso por CP. O meu ponto é que: 1. o CN representa um primeiro filtro para o ingresso à EN porque poucas famílias brasileiras têm condições de preparar/encaminhar um filho para o ingresso no CN, a começar por ser só um no Brasil e estar localizado no RJ – diferente dos Colégios Militares/EB. 2. Como a maioria dos alunos da EN são oriundos do CN, a oportunidade maior de ingresso para os brasileiros com 18 anos e com nível médio completo, que seria oferecer a maiora das vagas para ampla concorrência,… Read more »
Prezado Cosmo, o CN perde o seu sentido de existência se não puder prover o pessoal necessário para compor a turma do primeiro ano da EN… ademais, o “oriundo” constitui o núcleo já consolidado da turma, no qual é incorporado o “quebec”, aí sim formando o grupo que irá realizar sua formação em Villegagnon… no mais, ambos os concursos são públicos e disponíveis para quem busca ingressar na carreira, da maneira que desejar… abraço…
Olá Fernando! Não desejo polemizar, mas creio que, considerando gastos e propósitos, o CN já perdeu seu sentido de ser, em que pese sua história e tradição. Se no passado o CN cumpriu sua função para a MB e à Família Naval, hoje talvez seria melhor algo ao estilo de uma EsPCEx, isto é, uma OM equivalente ao 1º ano de Ensino Superior Militar, com propósito de preparar o futuro aspirante e, por fim, com o valor de uma prestação do Serviço Militar aos que forem dispensados. Isso me parece muito mais interessante e compatível com nossos tempos e cuja… Read more »
Prezado Cosmo, lembro que essa proposta de alterar o curso no CN, aos moldes da EsPCEx, foi objeto de discussão no passado, mas não voltou à pauta depois… no mais, acredito que o debate, como estamos conduzindo aqui, sempre é válido e ajuda a um melhor conhecimento da Força e suas especificidades… abraço…
Prezado Cosmo. Não perdeu nenhum sentido o CN pelo contrário cada vez mais é uma decisão acertada (o ensino está com nivel ruim fora, caindo cada vez mais, e aquela qualidade que sabemos bem, ainda tem a rigida disciplina castrense), ou seja quanto mais cedo na vida militar melhor para a instituição. Mais tarde entrando na caserna vem com os vícios que são dificeis para retirar e existe a demora a se adaptar a vida militar. Devemos ter em mente que existem as especificidades da carreira e da vida militar. Minha mãe tem uma frase que diz que quanto mais… Read more »
A conferir se a disciplina é rígida…
Menores de idade em regime de internato, limitado pelo ECA, e sem restrições de conectividade (whatsapp, instagram, tiktok…) podem ter potencial para os mesmos vícios dos demais.
não sei se como está agora mais nos anos 90 era kkkk
A exemplo do filme “Maré Vermelha”, não houve apoio do Departamento da Marinha e do Departamento de Defesa. A Marinha disse que “a história descrita no roteiro não retratava com precisão a Academia, seus padrões de treinamento e seus métodos de moldar os ‘Midshipmen’ mental, moral e fisicamente para serviço na Marinha dos EUA. Com base nisso, os produtores não tiveram acesso adicional ao terreno da Academia nem qualquer outro apoio para as filmagens”. A Academia divulgou instruções, incluindo “pontos para discussão”, sobre o filme. Entre as instruções: você pode ir ver o filme no seu tempo livre, mas não… Read more »
E eu que achei que só o Exército não apoiou o filme do Sargento Bilko.