Reparos no Navio-Tanque ‘Almirante Gastão Motta’ pretendem estender vida útil por mais 10 anos

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Entre os dias 26 de junho e 02 de julho, a EMGEPRON gerenciou a atracação e docagem do Navio-Tanque Almirante Gastão Motta (G-23) no estaleiro RENAVE localizado na Ilha do Vianna, Niterói – RJ.

A embarcação, pertencente à Esquadra da Marinha do Brasil (MB), deixou a Base Naval do Rio de Janeiro com auxílio de rebocadores para a primeira fase da reparação estrutural, prevista no Programa de Manutenção Geral.

Uma equipe composta por engenheiros e técnicos da Empresa fiscalizará a execução dos serviços de engenharia e docagem, com previsão de duração de 75 dias, e que contará com manutenção geral dos sistemas, troca de equipamentos e restabelecimento da integridade estrutural do navio. Também serão realizados reparos no casco, convés, além de revitalização na pintura.

A última manutenção realizada na embarcação aconteceu em 2019 e os reparos atuais pretendem estender sua vida útil em pelo menos 10 anos.

Em seu portfólio de serviços, a EMGEPRON oferece apoio à reparação naval por meio de assessoria técnica, além de suporte à atracação e docagem com emprego da infraestrutura industrial, da segurança e das facilidades portuárias disponíveis nas Bases Navais da Marinha do Brasil, estrategicamente localizadas no Rio de Janeiro, Salvador, Natal, Belém, Manaus, Ladário e Rio Grande.

FONTE: Emgepron

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Primeira fase do PMG do NT Gastão Motta deverá começar em junho, após meses de indefinição

 

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Moriah

75 dias sem um reabastecedor no mar…

Burgos

75 Dias ?! 😏
Duvido !!! 💪
Pode botar uns 180 dias aí.
Sempre atrasa, é esse navio deve tá cheio de problemas 😰

Last edited 2 meses atrás by Burgos
Leandro Costa

O problema dele é ainda estar na ativa. Nobre guerreiro, mas seu tempo já passou.

Dalton

Com “apenas” 33 anos o “São Bernardo” como também é conhecido regula de
idade com os Navios Tanque da classe “Kaiser” empregados pela US Navy
alguns dos quais estão próximos dos 40 anos então dada a falta de recursos
para outro e tendo em vista que o “Marajó” serviu por 48 anos até sua baixa em 2016 faz sentido adicionar outros 10 anos ou pouco mais de vida.

Fernando

Perfeito, Dalton.

MMerlin

O problema acredito que nem seja tanto a idade do Gastão Motta, mas sim sua dificuldade em acompanhar por longas distância grupos de embarcações maiores, como o G-40 e o P-140, devido a sua capacidade de transporte de combustível e outros itens, sobrecarregando a mesma. Fora isto, existe a questão do projeto utilizar casco simples, o que limita os locais de possível atuação. Um navio da classe Wave resolveria isso. Ele tem capacidade de carga três vezes maior que o G-23. Mas aí existe duas questões: custo e disponibilidade. A RN já declarou que não vai vender as duas embarcações… Read more »

Sensato

Pelo que vi, o Wave parece grande demais para nossas necessidades.

Dalton

A marinha chilena tem o “Almirante Montt” classe “Kaiser” que ainda serve a US Navy na forma de 14 unidades que totalmente carregado desloca mais de 40.000 toneladas quase 10.000 toneladas a mais que um “Wave”. . O “Wave” pode levar menos combustível mas é mais flexível com relação a outras cargas, conta com um helicóptero orgânico que o navio chileno não tem e tem casco duplo que é um requisito para futuros navios logísticos ou seja eventualmente a marinha brasileira precisará de um navio assim. . Seria uma ótima compra, dependendo de fatores como estado material, disponibilidade para venda… Read more »

Cristiano ciclope

Como se o Brasil fosse muito em missões fora do nosso território em missões que precise de reabastecimento!
No máximo, fomos no Haiti, não precisa de reabastecimento para ir lá, mas mesmo que precise, o Gastão Mota , saindo do Rio, pode abastecer o P-140 antes dele sair do nosso mar territorial e nisso já salva uns 3 mil km de alcance pelo menos!

Orivaldo

E o que importa ? Quase não temos navios mesmo

MMerlin

Mas a situação se acentua com os navios de apoio da MB.
Os Governos (TODOS, e sem exceção, que passaram) e até mesmo a MB (esta por possivelmente por questões de orçamento) sempre acabaram priorizando outras classes de embarcações.
Lembro, se não me engano neste mesmo canal, de ter lido a notícia de venda do G-40. Esta embarcação, que seria convertida em um navio de apoio (e acabou nunca sendo) acabou permanecendo um porta-contêiner ainda.

Afonso Bebiano

Eu acho que o verbo “pretender” do título deve ter sido empregado com o sentido de “to pretend”, em inglês.

Willber Rodrigues

Resumindo:

A MB espera, pretende, pede a Deus, que o navio dure mais 10 anos, e espera ainda mais que, durante esse período, os Wave’s britânicos estejam finalmente disponíveis pra compra.

Enquanto isso, a MB ficará sem essa capacidade…

Jadson S. Cabral

Mais provável que não volte mais a ativa e venha um Wave mesmo. Depois de gastar uma grana considerável nele, vão ver que não vale a pena e vão desistir. Vê só

Pablo

Qual o custo desses reparos?

Fernando "Nunão" De Martini

Pablo,
Sua resposta está no link para matéria anterior, ao final do texto, logo abaixo do vídeo (“leia também”).

Farragut

Buscando na trilogia e no NGB, vemos que o Marajó ficou imobilizado num total de 5 anos para mais 4 de operação.
Sua revitalização também foi gerenciada pela EMGEPRON.

Camargoer.

Tenho uma pergunta… o indicativo visual é alguma norma internacional ou apenas uma ação que auxilia sua identificação?

Marcos R

Eu não entendo porque tendo estaleiros que constroem petroleiros não se contrata uma embarcação para substituir o Gastão Motta, um navio de suprimentos não é o suprasumo da tecnologia… Só invés disso ficam aguardando a venda das wave até que elas tenham virado sucata.

Dalton

Um navio capaz de reabastecer outros não é um simples petroleiro que apenas transporta óleo, de qualquer forma por enquanto não cabe no orçamento outro muito menos desenvolver um projeto ou mesmo fazer adaptações. . Muitos aqui conhecem a tentativa que se fez de adaptar um navio cargueiro relativamente veloz o Itatinga na década de 1980 – maior e mais veloz que o Marajó – e houve grandes expectativas em transforma-lo em um Navio de Apoio Múltiplo ou Navio de Apoio Logístico que seria chamado de Almirante Gastão Motta e teria indicativo G 29, mas, diante do custo alto e… Read more »

Marcos R

Obrigado pelo esclarecimento Dalton.

Jadson S. Cabral

Não existe nada muito complexo nas máquinas que fazem o transporte de óleo. Até onde sei, nos petroleiros (pelo menos na maioria) as bombas ficam em terra, nos terminais petroleiros e os navios são apenas tanque também. Mas não duvido que exista navio com essa capacidade, inclusive no Brasil. Outra coisa, poderíamos construir todo o navio e importar o sistema de transferência, se esse fosse o problema (ainda que eu ache que não seria). O problema sempre esbarra no orçamento mesmo, ou… sejamos justos, na falta de interesse. Afinal, se no auge do pré-sal, onde somente a Petrobrás encomendou dezenas… Read more »

Gabriel BR

Será que temos capacidade de projetar um reabastecedor nacional? Acho que nesses 10 anos seria uma bela oportunidade…gerar empregos no Brasil

Camargoer.

O G23 foi projeto e construído no Brasil

Allan

Na década de 80

Allan

O problema disso é escala, quanto custa projetar e investir no estaleiro que vai construir para ter 2 ou 3 navios construídos, simplesmente não compensa.

Gabriel BR

Não seria interessante dotar o arsenal da marinha com essa capacidade?

Camargoer.

Olá Gabriel. O país tem um estaleiro capacitado para construir e reparar submarinos (Itaguaí) e um estaleiro que capacitado para construir navios de combate de até 3 mil ton (Itajaí). O AMRJ está construindo navios de patrulha da classe Macaé e tem sido usado para manutenção da esquadra. Além deles, existem outros estaleiros capazes de construir navios civis maiores de transporte, os quais podem ser usados para construir navios de combate como o A140, que usa tecnologia dual. Um grande navio é, em algum sentido, parecido com a construção de um grande edifício. Muitas coisas são tecnoligias conhecidas e que… Read more »

Allan

Exatamente, mas ai que entra a questão do meu comentário, navios de apoio costuma ser muito mais barato que um de linha, qualquer estaleiro civil que consiga fazer um projeto querendo ou não vai ter um valor para modernizar ele, segundo ponto não temos um projeto e mesmo que seja algo simples também tem um custo atrelado e um risco de projeto inerente, e também um terceiro fator o risco do estaleiro como no caso da classe Macaé. Concluindo é mais fácil comprar esses navios de alguém que já tenha um projeto pronto para a construção em estaleiro próprio, e… Read more »

Sensato

Os riscos de um projeto podem perfeitamente serem mitigados contratando gente experiente do exterior e colando neles gente qualificada daqui mesmo. Isso já foi feito no passado aqui e no mundo todo. Não sei por que não repetir o que já deu certo antes. Contratar do exterior deveria ser a última opção e mesmo assim, colocando gente nossa lá pra acompanhar cada detalhe do projeto e aprender com isso

Eduardo

2 navios quando muito otimista. 3? esqueça. Por isso que, sendo realista, para se ter um navio somente, o melhor mesmo é comprar de prateleira. E zero km.

FERNANDO

Putz
os Vikings usavam embarcação muito mais moderna na época deles.
Que vergonha da MB e do Brasil.
My God, quanto custa um navio novinho deste??
Dúvido que eles não tenham a grana.
Dez anos, e quando chegar a dez anos, eles vão dizer que o Brasil está em problemas, o orçamento não blablablabla, aquilo que vcs já sabem.

Roosevelt

Só queria entender o porque de tanta polêmica. Convenhamos, a MB não tem qualquer pretensão de projetar poder em outras instâncias, o resto dos navios que ainda possuem mal desatracam do Rio de Janeiro, e se isso ocorrer certamente não irão muito longe por motivos diversos, não era o caso de ter mais patrulhas bem distribuídos no litoral ao invés de gastar com algo de retorno pífio?

Marcelo Andrade

voce não acompanha o assunto, e os exercicios passex, Aspirantex e outros?

Fernando "Nunão" De Martini

não era o caso de ter mais patrulhas bem distribuídos no litoral ao invés de gastar com algo de retorno pífio?”

O navio-tanque é importante para missões mais longas da Esquadra. Sobre navios-patrulha, o valor desses reparos (está em matéria anterior, com link ao final desta) mal paga o sistema de propulsão de um navio-patrulha, quanto mais vários navios bem distribuídos no litoral.

Roosevelt

Nunão desculpe mas quando me referi à real necessidade de um equipamento desse ser dispensável na atual MB é justo porque vejo que não vamos a lugar algum e principalmente longe a ponto de ter esse apoio logístico que acho que ainda caía bem quando do deslocamento de um grande número de navios a exemplo das antigas UNITAS que já não ocorrem. Até onde sei operações desse porte ou até Aspirantex são de pequeno curso. Gastar dinheiro em coisas inócuas não são salutares. Longe de ser “síndrome de vira-lata” é que a realidade está estampada então o foco na proteção… Read more »

MMerlin

De uma lida em declarações e estudos de oficiais que atuaram e atuam nestas operações e reavalie se este tipo de embarcações tem “retorno pífio”…

Camargoer.

Olá R. São coisas diferentes e não excludentes. Os meios distritais são constituídos de navios de patrulha, tantos os pequenos de 500~700 ton (os quais um dia serão padronizados em um único tipo) e os maiores de patrulha oceânica (com 1200~1500 ton, dos quais a MB tem três). Os meios de esquadra são os navios de combate. A MB tem uma esquadra baseada no RJ. Ela é composta do A140, do Bahia, das fragatas e corvetas, submarinos e caça-minas. O navio também serve de apoio para a esquadra. As novas FCT irão compor a esquadra. Ela também demanda um navio… Read more »

Dalton

Camargo, os 3 varredores de minas costeiros são considerados meios distritais baseados em Salvador, Bahia.

Adriano madureira

Baseados somente em salvador… Quanta previsibilidade…

Em um conflito basta atacar o distrito e ficamos sem nossos varredores.

Tem coisas nesse país que beira o ridículo, como por exemplo o número de navios de resgate submarino ou até o batalhão de viaturas Astro, que só tem uma base no Brasil.

Piassarollo

É um emprego tático dos navios já que possuímos poucos meios. A base em Salvador fica mais ou menos no meio do caminho de toda a estensao do litoral. Seria inviável manter um navio por distrito naval, pois é necessário toda a logística de emprego da guerra de minas navais. Sem contar que os navios eventualmente entram em manutenção, diminuindo mais ainda a disponibilidade. Não estou entrando no mérito da capacidade desses navios,

Piassarollo

Quanto ao número de navios d resgate submarino, que é uma unidade, penso que é coerente, pois no momento só temos três submarinos operacionais. Muitos países que possuem a arma submarina não possuem nenhum navio de resgate, e muitos outros não possuem um do mesmo porte que o nosso.

Dalton

Em uma revista que tenho do fim da década de1980 ou início de 1990 lembro de uma boa matéria sobre a guerra de minas na marinha brasileira onde a pequena quantidade de meios – 6 navios varredores costeiros – mal dava para adestramento em tempo de paz. . Planos para um segundo esquadrão baseado no Rio de Janeiro existiam aquisição de novos meios do exterior, até mais capazes ou mesmo fabricação em um estaleiro no Rio Grande do Sul, mas, tudo isso provou ser caro demais até diante de outras prioridades. . Dividir 6 unidades em 2 destacamentos de 3… Read more »

Camargoer.

Opa.. valeu. Aprendi mais uma

Mauricio

Com 4 novas fragatas chegando nos próximos 10 anos deveriam planejar um Novo navio tanque casco duplo.

Eduardo

Pra um só é melhor comprar 0km e de prateleira. Chega no prazo e a custo menor.

Jadson S. Cabral

Leiam o que eu estou dizendo e se quiserem, pintem, imprimam e guardem. pois isso vai ficar anos parado no cais de depois de gastarem um dinheiro considerável, vão desistir dele porque acharam uma compra de oportunidade que é muito mais novo, capaz e barato. Um classe Wave ainda virá para cá. Anotem!

Esse não volta mais ao serviço ativo.

FERNANDO

Olha do jeito que está indo a MB, terá que se filiar na Federação Brasileira de Navios Antigos.

guilardo pedro cardoso pedrosa

O pessoal que dirige o blog deveria ser mais didático conosco, que estamos aprendendo. Existem uns mistérios que só entrando na própria ciência da Economia para obter uma uma informação lógica. Concordo que não temos dinheiro, é fato. Que somos uma massa quase falida. Entretanto, temos a oitava economia do mundo, maior mesmo do que a da Rússia, e não conseguimos comprar ( fabricar) um reles navio tanque de singela simplicidade. Ou o navio, ou a sua manutenção. Será que a parcela do PIB que se apresenta às FFAA é tão rasa a ponto de nos remeter aos habitantes das… Read more »

Jagder#44

Manda pro forno elétrico a arco da Gerdau logo.

Alessandro Machado

Ainda assim não terá casco duplo , o que o impede de realizar comissões internacionais. Penso que já passou da hora de aposentar este navio e comprar um com casco duplo pelo menos.