IMAGENS: Fragata HMS ‘Broadsword’ na mira de um IAI Dagger argentino, durante a Guerra das Falklands/Malvinas em 1982

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A fragata Tipo 22 HMS Broadsword (F88) da Royal Navy na mira de um IAI Dagger do 6º Grupo de Caças da Força Aérea Argentina, em 21 de maio de 1982.

Outro Dagger (C-428), pilotado pelo tenente Pedro Bean, foi abatido no mesmo dia por um míssil Sea Wolf da HMS Broadsword em Falkland Sound.

A HMS Broadsword foi descomissionada em 1995 e vendida à Marinha do Brasil, rebatizada como fragata Greenhalgh. O navio deixou o serviço ativo na Marinha do Brasil em 10 de agosto de 2021.

IMAGENS: Via @MarianoSciaroni, no X

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Afonso Bebiano

Qual armamento o Dagger estaria utilizando, para atacar a fragata? Bombas burras e os canhões de 30mm?

Santamariense

Tanto os A-4 como os Dagger argentinos utilizavam nas missões de ataque, na esmagadora maioria das vezes, bombas da família Mk 81, 82, 83 e 84, tanto as de queda livre como as de arrasto Snakeye, além dos canhões de 20 mm e 30 mm, respectivamente.

Rinaldo Nery

Salvo melhor juízo, não é possível, no painel de armamento, selecionar canhão e bombas ao mesmo tempo. Inclusive, o rebatimento no visor é diferente. Creio que só lançaram bombas.

Santamariense

Não entendi. Na mesma missão não tem como lançar bombas e, depois de lançadas, utilizar os canhões???
E, apesar do que você colocou, eu me referi aos armamentos que eram comumente utilizados pelos argentinos no conflito e não apenas naquela missão propriamente dita.

Last edited 3 meses atrás by Santamariense
Santamariense

Trecho abaixo, retirado do texto do artigo aqui do Poder Naval, “Morte dos Type 42: Os destróieres britânicos nas Falklands/Malvinas e lições para a Força Conjunta no Século XXI”:

A formação “Zeus”, dois A-4 pilotados pelo tenente Mariano A. Velasco e Alférez Leonardo Barrionuevo, armados com três bombas mais leves, logo seguiram. Velasco disparou seus canhões e depois lançou suas três bombas que atingiram e danificaram fortemente o destróier HMS Coventry, que afundou em 20 minutos.”

https://www.naval.com.br/blog/2023/09/23/morte-dos-type-42-os-destroieres-britanicos-nas-falklands-malvinas-e-licoes-para-a-forca-conjunta-no-seculo-xxi/

Last edited 3 meses atrás by Santamariense
Rinaldo Nery

Na guerra moderna, com antiaérea (era o caso), ninguém faz dois passes sobre o alvo. Os últimos que fizeram isso foram os israelenses na Guerra dos Seis Dias, quando, depois das bombas, faziam passes de canhão. Os argentinos foram habilidosos em selecionar canhão, apontar, atirar, mudar pra bombas, apontar, lançar. Tudo isso a 500 KT a baixa altura, num único passe. Gostaria de ver isso. E, os ângulos de tiro/lançamento são diferentes.

Glaucio dos Santos Cruz

https://youtu.be/2MiRdI4lYk8?si=sfh2OpBVxMCOgibm

Aí tem o documentário sobre um ataque a este mesmo navio e a um Destroyer

Santamariense

Rinaldo, eu coloquei o artigo, o trecho do artigo e a fonte que fala que, numa mesma missão, o piloto argentino usou bombas e canhões. Não fui eu que escrevi. E já te digo que li, em mais de uma ocasião e local, que outras missões ocorreram da mesma maneira, com A-4 e com Dagger, lançando bombas e usando canhões. Então, pelo que você fala, eles estão todos errados.

Rinaldo Nery

Não conheço o painel de armamento do Dagger. Já li esses relatos também. Gostaria de entender como fizeram.

Leandro Costa

Acho que só preciso complementar um pouco com uma explicação do processo de seleção de armamento, que a maioria das pessoas pode não compreender como funcionava em uma aeronave da época. E isso sem saber como era o procedimento dos A-4B/P/Q Argentinos, mas se os F-4B/C/D/E (antes do Mod.556) eram alguma referência, era bem complicado, envolvendo diferentes botões e chaves que precisavam ser selecionadas em uma ordem específica.

Era em que os aviões não eram ‘HOTAS’ e também não sei dizer se os Argentinos usavam o LABS nos A-4 deles.

Santamariense

Leandro, eu entendo que não devia ser algo simples, naquela época analógica. Hoje, com todas as facilidades decorrentes da tecnologia, é algo muito diferente. Mas, a informação de que os argentinos usavam canhão e bombas na mesma missão está no artigo que coloquei.

Leandro Costa

Sim, e confirmado também pelo Cel. Nery quando postou que selecionavam um armamento após o outro em uma única passagem acima de 500kt.

É muito rápido, são pouquíssimos segundos para executar essa mudança, e ainda assim os caras fizeram isso.

Rinaldo Nery

É um achismo meu. E creio que os autores estão errados, simplesmente porque não era possível. Como falei, ângulos diferentes pra canhão e bombas. Acreditem. Mas posso estar enganado.

Santamariense

Acho que os autores não escreveriam da própria cabeça. Eles devem ter entrevistado os pilotos. Os pilotos inventariam algo assim? Não creio. Em um comentário anterior, tu escreveu isso:
“…ninguém faz dois passes sobre o alvo. Os últimos que fizeram isso foram os israelenses na Guerra dos Seis Dias, quando, depois das bombas, faziam passes de canhão.”
Segundo o que tu escreveu, os israelenses lançavam bombas e depois usavam os canhões. Se os israelenses faziam, por que os argentinos não poderiam?

Rinaldo Nery

Você não entendeu. Os israelenses faziam um bombardeio rasante sobre a pista (ângulo até 35°), recuperavam, e entravam num circuito sentido horário fazendo passes de canhão, após MUDAR A SELEÇÃO no painel de armamento. Está no livro Alto e Bom Som, do Iftach Spector. Pra quem nunca fez emprego ar solo é mesmo um pouco difícil entender.

Santamariense

Mas, por que não seria possível os argentinos MUDAREM A SELEÇÃO no painel? Qual a diferença nos equipamentos que fariam ser possível em um e impossível, ou extremamente difícil, em outro?

Rinaldo Nery

Difícil… Claro que poderiam ter mudado. Só comentei que, num único passe a baixa altura, a 500KT, o tempo é mínimo (questão de segundos). E quanto ao ângulo? Consegue imaginar isso? E os israelenses não fizeram isso num único passe. E tiveram mais tempo pra fazê-lo.

Santamariense

Entendo. Mas, no caso citado podem ter sido 2 passes. Arriscado? Com certeza! Mas, aos argentinos, o que não faltou nesse conflito foi coragem.

Rinaldo Nery

NUNCA os argentinos fizeram dois passes sobre os navios. Todos os vídeos disponíveis mostram isso.

Santamariense

Então, mudaram o painel em um único passe. E não podemos esquecer que os videos que existem são apenas uma fração das missões realizadas. Enfim, seja como for, eu não tenho motivos para duvidar que eles tenham usado canhões e bombas numa mesma missão.

Last edited 3 meses atrás by Santamariense
Franz A. Neeracher

Me intrometendo no papo de voces!!

Um dos motivos, talvez o principal, de fazer somente um passe, (na maioria das vezes) foi a conta do combustível!

Vôos longos sem reabastecimento e voando a baixas altitudes o consumo era bem mais alto.

Milagre nenhum ter caído por falta de combustível.

Last edited 3 meses atrás by Franz A. Neeracher
Rinaldo Nery

Sim, devem tê-lo feito.

Rinaldo Nery

Tenho muita publicação sobre o conflito, inclusive da Força Aérea Argentina. E conheci ex combatentes. Contra os navios era um único passe.

Carvalho2008

No perfil de ataque não era agulo diferente não…eles tinham de via a não mais que 50 pés…entre 15 a 20 metros de altitude….na realidade era um verdadeiro curso de colisão aos contados dos navios apenas subindo nos 5 segundos finais para passar por cima após soltar as bombas

Carvalho2008

Perfil de ataque dos A4….estes tiros na água próximo, não são do navio, são dos A4

comment image

Last edited 3 meses atrás by carvalho2008
Carvalho2008

Está visão é de dentro do cockpit do Dagger contra a Broadsword
Não estava picado…o piloto apenas ajustava a elevação ou mergulho de nariz nos 25 m de altitude

comment image

Salvo engano aquela primeira cruz é o ponto de mira dos canhões…. e a segunda é do ponto de lançamento das bombas

Last edited 3 meses atrás by carvalho2008
Carvalho2008

Ninguém desejava voar assim tão baixo…mas precisavam voar assim com única forma de tentar escapar dos mísseis

Em regra…abaixo dos 25 metros
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Foto clicada do ângulo do convés de um dos navios ingleses

Last edited 3 meses atrás by carvalho2008
Rinaldo Nery

Acho que não.

Rinaldo Nery

Quem disse?

Rinaldo Nery

Corrobora o que falei.

José Luiz

Mais comandante no Mirage 3, creio que no Dagger era a mesma coisa. Estando com o display com o colimador no modo de bombas não era possível disparar os 30 mm só acionando o gatilho de modo a abrir fogo contra o navio para “abrir” caminho no ataque. Os projéteis podiam atingir artilheiros radares de tiro etc.

Rinaldo Nery

O canhão não dispara se não for selecionado no painel de armamento.

carvalho2008

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Rinaldo Nery

Shlomo Erez, que foi presidente da AEL em Porto Alegre, ministrou instrução de Dagger pros argentinos, antes da guerra. Voou na Guerra do Yom Kippur, e foi abatido. Conheci-o numa RAC, em Santa Cruz.

Mendonça

bravos pilotos argentinos !
apesar da derrota , pelo menos honraram a farda .
ja o exército, quase todo o contingente nas ilhas eram recrutas , uma vergonha .
ja a marinha argentina foi a vergonha da vergonha , 100% covarde !

erikson

Porque covarde? Se vc vai enfrentar o mike tyson no box, e sabe que vai perder e mesmo assim o faz, chamo isso de burrice, nada haver com heroísmo, no caso da Marinha, com material na sua maioria da 2ªGM, só iriam desperdiçar vidas e e navios, ou vc acha que iriam virar a gerra?

Dragonfly

O problema é que a Marinha foi a primeira que mais instigou os amiguinhos a baterem no Mike Tyson.. rs

Rinaldo Nery

Exato. Xingaram o Tyson e deixaram a Força Aérea pra brigar.

Nunes

E pior que a força aérea Argentina tinha outro cenário de conflito consolidado de combate na qual o Chile era o adversário. O tempo de setup das espoletas das bombas para ataque a solo são diferentes para um ataque naval. E para piorar a Marinha Argentina sabia disso e não passou para a força aérea. Daí diversas bombas acertaram o alvo mas não detonaram. Imagine se o time certo tivesse sido passado o estrago na frota britânica seria outro.

Rinaldo Nery

Há excelentes matérias aqui sobre as bombas lançadas pelos argentinos, explicando porque não explodiram.

Dalton

Verdade, ainda mais tratando-se de uma invasão à ilhas, mas, foi necessário consenso dos outros 2, o do Exército que também era o presidente, Galtieri e da Força Aérea.
.

Dalton

Um batalhão de fuzileiros navais combateu ao lado de unidades do exército e houve também pilotos navais voando A-4s e Super Etendart que com mísseis exocet fizeram duas vítimas o “Sheffield” e o “Atlantic Conveyor” este último com preciosa carga.

Aéreo

Além dos submarinistas que foram pro combate também.

Dalton

Aí é complicado, segundo o livro do Roberto Lopes, a marinha argentina que
teve um empenho maior na discussão pela invasão não tinha submarinos e torpedos adequadamente mantidos, uma irresponsabilidade ou algo assim pelo que me lembro de ter lido.

Aéreo

Sem duvida. Mas olhando pelo aspecto do heroísmo, os submarinistas foram para o combate a despeito das limitações de materiais que tinham. Tivessem equipamentos e treinamento adequados, poderiam talvez terem mudado o curso do conflito.

Dalton

E os britânicos operando longe de casa com tempo adverso também mostraram “heroísmo” e no fim das contas, mais profissionalismo.
.
E não fosse o afundamento do “Atlantic Conveyor” e sua preciosa carga de helicópteros especula-se que a guerra teria sido encurtada ainda mais do que os menos de 2 meses que durou a partir da chegada das primeiras unidades da Royal Navy.
.
Sabe-se lá o que os britânicos teriam feito se encurralados, a maioria
comenta apenas sobre “Se” isso ou aquilo por parte dos argentinos.

Marcelo Andrade

Hoje e quase impossivel um avião chegar assim tão perto de um navio em uma guerra!

Rinaldo Nery

Com certeza. Já era difícil em 1982.

Rinaldo Nery

Concordei com você, mas meus comentários têm que ser liberados pelo STF.

Afonso Bebiano

Depende do navio alvo. Os da MB são muito deficientes em armamento antiaéreo.

José Luiz

Um fator que ajudou em alguns ataques era que os caças argentinos sobrevoavam as ilhas e atacavam as escoltas britânicas próximas em voo rasante, deste modo as montanhas das ilhas ficavam atrás das aeronaves e isso dava eco que atrapalhava os radares da época. É mais ou menos parecido qdo você tá seguindo um mosquito em voo com uma parede branca de fundo e aí passa para um fundo escuro. Perde o rastreio. Isso ajudou em algumas ocasiões. Outro fator era o desempenho das armas britânicas a curta distância.

Leandro Costa

Pode-se falar mal à vontade da Argentina e Argentinos em geral por N motivos que se possa pensar, mas é necessário tirar o chapéu para a coragem desses pilotos.

Abymael

Os v3lhinhos de farda atrás das escrivaninhas em Buenos Aires criaram uma guerra estúpida mas não foram lá no front comandar, como sói ocorrer em todas as guerras.
Os jovens, pilotos e soldados, é que tiveram que ir lá e enfrentar o rojão.
Acho que só coragem não é suficiente, tem que ter um pouco de loucura nisso também (ou algum “aditivo” no sangue, se é que você me entende rsrs).

Afonso Bebiano

Os argentinos acharam que iriam ganhar a guerra à base de testosterona, emulando Martín Fierro.

Recruta Zero

Se os Mirage 3 argentinos tivessem sonda de reabastecimento e mais aeronaves C-130 na versão KC talvez os Sea Harrier tivessem sido impedidos de abater as aeronaves de ataque argentinas.

Last edited 3 meses atrás by Recruta Zero
Aéreo

O que faltou para os argentinos foi uma bateria de SAM de médio alcance nas ilhas. Se a URSS tivesse ajudado a Argentina fornecendo defesas AA da mesma forma que a OTAN ajuda a Ucrânia, os Harrier seriam quase todos abatidos e não haveria superioridade área britânica sobre as ilhas.

Dalton

Argentina e URSS não eram aliados naturais como Cuba por exemplo então uma ajuda soviética não era esperada, muito diferente do que ocorre na Ucrânia e a URSS tinha seus próprios problemas como o Afeganistão, economia estagnada entre outros.
.
Independente disso, qualquer intromissão da URSS resultaria em uma reação por parte dos EUA justificando um apoio ainda maior aos britânicos.

Rinaldo Nery

A URSS forneceu imagens satélite.

Dalton

E os EUA fizeram o mesmo para os britânicos, ainda assim, penso que seria diferente se os soviéticos, de alguma maneira – o que não teria sido fácil – tivessem enviado armamento para auxiliar os argentinos.

Afonso Bebiano

O que faltou aos argentinos foi alguém que depusesse o Galtieri quando ele começou a delirar sobre essa guerra (que ele achou que não chegaria a ser uma guerra).

Afonso Bebiano

Ainda assim, faltariam mísseis AA de tecnologia mais recente.

Santamariense

Pode ser que sim, pode ser que não. Na única vez que 2 Sea Harrier da RN encontraram 2 Mirage III da FAA, e engajaram o combate, o resultado foi o abate dos 2 caças argentinos.

Last edited 3 meses atrás by Santamariense
Âncora

Um pouco acima da chaminé, à sua direita, não seria um míssil recém disparado e seu rastro?

Santamariense

Parece ser, mesmo. Só que ali, nas fragatas dessa classe, não há lançadores de mísseis. Os lançadores dos mísseis Seawolf ficam à frente do passadiço e sobre o hangar. Não há lançadores de mísseis à meia-nau.

Leandro Costa

Povável diferença de contraste de reflexo de luz, talvez do sol, no mar, capturada pela camera.

Renato B.

Se bem me lembro, essa fragata é citada no livro Red Storm Rising do Tom Clancy.