Fragata deve ser incorporada à Esquadra em 2025

Nesta sexta-feira (9), a Marinha do Brasil (MB) e a Sociedade de Propósito Específico (SPE) Águas Azuis realizam a Cerimônia de Lançamento da primeira das quatro fragatas previstas no Programa Fragatas Classe Tamandaré (PFCT), na thyssenkrupp Estaleiro Brasil Sul (tkEBS), em Itajaí, Santa Catarina.

A Fragata “Tamandaré” (F200) será batizada pela Senhora Vera Brennand, esposa do Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, durante a cerimônia de lançamento. A F200 teve seu primeiro corte de chapa em setembro de 2022, e a expectativa é de que o navio seja incorporado à Marinha do Brasil em 2025.

Nos modernos projetos de construção naval, como o adotado no PFCT, o navio é lançado ao mar por uma operação chamada “load out”, que consiste na movimentação da embarcação para um dique flutuante, e em seguida é realizada a imersão controlada dessa plataforma, até o navio atingir a sua própria sustentação na água. Trata-se de um procedimento complexo, que ocorrerá nos próximos dias. Após essa etapa, a fragata será transferida para o cais até a conclusão dos acabamentos e testes necessários para, então, seguir para a prova de mar.

A tripulação da Fragata “Tamandaré” será composta por cerca de 130 militares, que já estão em treinamento especializado, para que todos estejam prontos para operar a embarcação com segurança e eficiência.

A F200, dá nome à classe: “Tamandaré”, uma homenagem ao Almirante Joaquim Marques Lisboa, o Marquês de Tamandaré, Patrono da MB que defendeu a nação em diferentes e importantes conflitos, dentre eles a Guerra da Cisplatina e a Guerra da Tríplice Aliança.

Sobre o Programa Fragatas Classe Tamandaré (PFCT)

O PFCT é uma parceria entre a Marinha do Brasil e a SPE Águas Azuis, formada pela thyssenkrup Marine Systems, Embraer Defesa e Segurança e Atech, e gerenciado pela Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON). A assinatura do contrato foi realizada em março de 2020.

É um marco na modernização da Esquadra, resultado de uma necessidade de renovação dos meios navais. Serão construídos no País quatro navios de alta complexidade tecnológica, com considerável capacidade de combate, capazes de operar em todos os ambientes de guerra: superfície, aéreo e submarino. Com a missão de fortalecer a nossa capacidade de defesa, monitoramento e proteção da Amazônia Azul, que possui 5,7 mil km2, as fragatas serão indispensáveis para o Controle de Área Marítima, para a Defesa das nossas Ilhas Oceânicas, para a Proteção das Infraestruturas Críticas Marítimas e para a Proteção das Linhas de Comunicações Marítimas, considerando que mais de 90% do nosso comércio exterior é realizado pelo mar. Cabe também ressaltar o apoio à Política Externa, de forma compatível com a inserção do Brasil no cenário internacional.

As projeções do programa apontam a mobilização de 2.000 profissionais envolvidos diretamente nas obras, com um reflexo de cerca de 6.000 postos de trabalho indiretos e um arraste de cerca de 15.000 empregos induzidos, quando acrescentadas as atividades que gravitam no entorno tais como hotéis, restaurantes, transporte etc., totalizando 23.000 empregos gerados.

As Fragatas são dotadas de convoo, hangar para helicóptero, radares, sensores e armamentos de última geração. Construídas com altos índices de conteúdo local e transferência de tecnologia, que incrementam a construção naval nacional e fomentam a Base Industrial de Defesa (BID).

Informações técnicas da Fragata Tamandaré:

  • Comprimento: 107,2m
  • Boca: 15,95m
  • Pontal (altura): 20,2m
  • Deslocamento: 3.500 toneladas
  • Autonomia: 5.500 milhas náuticas
  • Velocidade: 25 nós (equivalente a cerca de 47 km/h)

DIVULGAÇÃO: Marinha do Brasil

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Vinícius

Que seja a primeira de muitas outras!

Fabio

Conseguiram melhoraram a autonomia para 5.500 mn, nada mau.
Lembro que era 4000 mn no início do detalhamento do projeto

Last edited 3 meses atrás by Fabio
FABRICIO

quando vao estar com os armamentos

Fabio

Uns dois anos pelo menos, para instalar todos os sistemas

Fernando "Nunão" De Martini

O cronograma é entregar o navio em 2025, então a instalação de sensores e armamentos ocorrerá, provavelmente, entre os meses finais deste ano e o primeiro semestre do ano que vem.

Lembrando que o processo de construção modular inclui a pré-instalação de parte dos sistemas nos próprios módulos/ blocos antes deles fazerem parte do casco e superestrutura.

Abner

Nunão sempre tive uma dúvida.

Após o lançamento de mísseis dos silos.

O reabastecimento é realizado fazendo a troca do compartimento de lançamento ou apenas a instalação do mísseis novamente ?

Last edited 3 meses atrás by Abner
Fernando "Nunão" De Martini

No caso de mísseis disparados de rampas inclinadas, como o Exocet, retira-se o casulo vazio da rampa e coloca-se um casulo com míssil no lugar do que foi retirado.

No caso de mísseis disparados por silos verticais e individuais, como o Sea Ceptor / CAMM, até onde sei isso funciona de forma semelhante: há o silo instalado no navio e há o casulo com o míssil dentro (que inclui apoios internos e o gerador de gás para ejeção a frio), sendo o casulo instalado verticalmente no espaço do silo.

Mas é uma boa pergunta. Outros podem responder também.

Burgos

Parabéns a todos envolvidos !!!
👍💪🇧🇷⚓️

BK117

Ficou linda demais! Que venham mais!

Aéreo

Abemos Fraveta

marcos.poorman

“Fraveta”, “Corgata”, “Fratrulha” … você é discípulo do PePe. Confessa!

Osvaldo serigy

Que belíssima notícia! Avante que venham mais unidades!🇧🇷👏👏👏

Carlos Cesar

Os perfis daqueles que estão comentando com elogios são reais? Teve sobrepreço na construção em relação ao previsto no projeto? R$?

Last edited 3 meses atrás by Carlos Cesar
Rubens Sommer Junior

Se produzirem uma por ano, será excelente. Penso pelo menos em quinze unidades….não custa sonhar.