O governo australiano anunciou que testou pela primeira vez o míssil SM-6 da Raytheon a partir de um navio da Marinha, marcando um avanço significativo na integração dessa arma de defesa aérea ao seu arsenal militar. O teste foi conduzido pelo HMAS Sydney nas proximidades do Havaí, durante o exercício Pacific Dragon 2024.

O SM-6 é o míssil de defesa aérea naval mais avançado dos Estados Unidos, com capacidades que incluem a defesa contra mísseis balísticos, além de já ter sido testado para atingir navios, alvos terrestres e em cenários ar-ar. O acordo para a aquisição desses mísseis pela Austrália foi aprovado em 2021.

Pat Conroy, ministro australiano da Indústria de Defesa, destacou que essa aquisição é crucial para a estratégia de defesa nacional da Austrália, permitindo ao país deter adversários a longas distâncias e reforçar sua presença em águas contestadas, especialmente diante das crescentes tensões com a China.

VÍDEO: HMAS Sydney dispara SM-6

A Austrália tem fortalecido suas capacidades militares, incluindo melhorias em bases financiadas pelos EUA, em resposta às tensões na região do Indo-Pacífico. Expandir as capacidades defensivas dos navios permite que a Marinha Real Australiana opere mais profundamente em áreas contestadas em caso de conflito.

O governo australiano não especificou quantos mísseis SM-6 pretende adquirir dos Estados Unidos, mas documentos do governo dos EUA indicam que a venda, aprovada em 2021, inclui um pacote avaliado em $350 milhões, que abrange tanto os mísseis SM-6 quanto os mais antigos SM-2, já em uso pela marinha australiana.

Embora o anúncio não tenha especificado quando o SM-6 estará operacional, foi confirmado que os mísseis serão implantados nos destróieres da classe Hobart, dos quais a Austrália possui três, cada um capaz de transportar 48 mísseis de defesa aérea.

FONTE: Reuters

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