Bombardeiro B-2 Spirit afunda navios com bombas QUICKSINK em exercícios
Um bombardeiro furtivo B-2 Spirit da Força Aérea dos EUA utilizou recentemente uma nova arma antinavio para afundar um navio de guerra desativado no Pacífico e um cargueiro na costa da Flórida. A arma experimental, chamada QUICKSINK, é elogiada como uma solução de baixo custo para neutralizar embarcações de superfície, oferecendo mais opções de ataque para as forças americanas no domínio marítimo.
No entanto, em um possível confronto futuro entre os EUA e a China no Pacífico, essa arma pode não ser a melhor escolha para enfrentar a crescente frota de combatentes de superfície da China, que está se tornando cada vez mais moderna e capaz. O QUICKSINK não é uma arma de longo alcance, o que pode deixar os bombardeiros americanos vulneráveis às defesas aéreas inimigas baseadas em terra e mar.
O programa QUICKSINK foi criado para preencher uma lacuna nas capacidades anti-navio da Força Aérea, tradicionalmente focada em missões de ataque terrestre. A arma combina kits de orientação existentes do Joint Direct Attack Munition com nova tecnologia de busca, permitindo atingir alvos estacionários e móveis, como navios, com precisão. A intenção é replicar o potencial de combate de um submarino com uma aeronave que pode cobrir áreas muito maiores.
Embora o QUICKSINK ofereça mais opções de ataque a um custo menor, ele apresenta riscos significativos. Em um conflito, a proximidade necessária para lançar a arma torna os bombardeiros americanos vulneráveis às modernas defesas aéreas da China, que incluem sistemas sofisticados de mísseis superfície-ar. Especialistas apontam que, embora o QUICKSINK seja uma adição importante ao arsenal antinavio dos EUA, ele não deve se tornar a principal arma para ataques marítimos em ambientes operacionais contestados.
Apesar dessas limitações, há situações em que o QUICKSINK pode ser eficaz, como no oceano aberto, onde poderia alvejar grupos de superfície chineses com defesas aéreas limitadas. Navios de suprimentos menos protegidos também poderiam ser alvos potenciais. O QUICKSINK é visto como uma maneira econômica de adicionar uma nova ameaça às forças navais chinesas, utilizando adaptações de armas existentes sem custos adicionais significativos para modificar as aeronaves.
Além do QUICKSINK, a Força Aérea dos EUA está interessada em desenvolver munições mais acessíveis para ataques marítimos e também busca adquirir o maior número possível de mísseis de longo alcance antinavio (LRASM). Embora o LRASM seja uma opção ideal para guerra marítima, seu alto custo torna o QUICKSINK uma alternativa atrativa em certos cenários, mesmo que não se torne a principal arma para operações em ambientes altamente contestados.
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