Porta-aviões chinês ‘Shandong’ exibe força no Mar do Sul da China em resposta à presença dos EUA

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O porta-aviões chinês Shandong, junto com três outros navios, foi visto nesta semana no Mar das Filipinas e no Mar do Sul da China, demonstrando presença e prontidão de combate em meio à passagem de um grupo de porta-aviões dos EUA na região. O Shandong, acompanhado por destróieres e fragatas, realizou decolagens e pousos de caças e helicópteros, segundo o Estado-Maior Conjunto do Japão.

Após suas atividades no Mar das Filipinas, o grupo naval chinês retornou ao Mar do Sul da China, sendo monitorado por navios japoneses que realizaram vigilância e coleta de inteligência. Esta movimentação ocorre enquanto o porta-aviões USS Abraham Lincoln dos EUA transita pelo Mar do Sul da China a caminho do Oriente Médio, em meio a crescentes tensões entre Israel e Irã.

Especialistas acreditam que a presença do Shandong é uma demonstração de força, especialmente enquanto as marinhas dos EUA e de seus aliados realizam exercícios na região. Segundo analistas, esta é uma atividade naval tradicional de exibição de bandeira, comum entre as marinhas mundiais.

A capacidade da Marinha do PLA de realizar dois desdobramentos consecutivos com curtos intervalos mostra o aumento de sua prontidão de combate, indicam analistas. Isso também demonstra a capacidade da China de operar em locais distantes de suas costas, enviando uma mensagem política a Taiwan e ao povo chinês sobre a força militar do país.

Apesar da crescente capacidade naval da China, especialistas ressaltam que os EUA têm uma marinha operacional e experiente há mais de 80 anos, o que representa uma grande vantagem em termos de experiência de combate. Contudo, o objetivo de longo prazo da China é superar essa lacuna.

Além disso, a importância estratégica do Mar do Sul da China, como uma via internacional que conecta a Europa à região Indo-Pacífica, foi enfatizada pela passagem do cruzador da Frota do Pacífico Russa pelo Estreito de Malaca após uma missão no Mediterrâneo.

No mês passado, as marinhas chinesa e russa realizaram um exercício naval conjunto no Mar do Sul da China, focado em defesa aérea e operações antissubmarino, enquanto os EUA e as Filipinas conduziam treinamentos conjuntos na mesma área.

Recentemente, a marinha filipina criticou manobras aéreas chinesas sobre o Atol de Scarborough, onde sinalizadores foram lançados no caminho de aeronaves militares filipinas durante uma patrulha de rotina. Em caso de conflito no Mar do Sul da China, analistas preveem que a China adotaria uma estratégia de negação de acesso, utilizando táticas de anti-acesso e negação de área (A2/AD) para dificultar operações navais inimigas.

Por fim, a crescente importância do Mar do Sul da China como uma rota vital para o comércio internacional pode levar a uma maior presença de forças marítimas internacionais na região, envolvendo não apenas potências navais, mas também países do sudeste asiático como o Japão.

FONTE: South China Morning Post

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