Na sexta-feira, 16 de agosto, a Itaguaí Construções Navais (ICN) realizou com sucesso mais uma etapa do processo construtivo do Submarino Tonelero, o 3º navio de propulsão diesel-elétrica do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB).

A atividade que consistiu na manobra de flutuação operacional do navio, representa o cumprimento do J6, um importante marco industrial e precede marcos ainda mais desafiadores no estágio evolutivo deste submarino.

O PROSUB é uma das iniciativas mais ambiciosas e estratégicas das Forças Armadas brasileiras, projetado para fortalecer a capacidade de defesa do país e assegurar a proteção das suas vastas riquezas marítimas, especialmente na região do pré-sal. Lançado oficialmente em 2008, o PROSUB é parte fundamental do esforço do Brasil para modernizar suas forças navais e garantir a soberania nacional no Atlântico Sul.

O PROSUB inclui a construção de quatro submarinos convencionais de propulsão diesel-elétrica da classe Riachuelo (S-BR) e o desenvolvimento do primeiro submarino brasileiro convencionalmente armado com propulsão nuclear, o SN Álvaro Alberto (SCPN).

FONTE: Itaguaí Construções Navais (ICN)

SAIBA MAIS:

IMAGENS: Lançamento do ‘Tonelero’ – S42, terceira unidade do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub)

Entrega e comissionamento do ‘Humaitá’, o segundo submarino Scorpène brasileiro totalmente fabricado no Brasil

Marinha do Brasil recebe o submarino ‘Riachuelo’ – S40

Marinha inicia a transferência das seções do Submarino ‘Angostura’ para o Estaleiro de Construção em Itaguaí-RJ

Corte de chapa para a construção de seção preliminar do casco do submarino de propulsão nuclear ‘Álvaro Alberto’

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Ozawa

Parafraseando o que disse no post anterior sobre a Tamandaré, espero que a MB corte onde tiver que cortar, aviação, digo, enganação, de asa fixa para começar, e tenha recursos financeiros, materiais e humanos para 6 navios dessa classe. Como também 2 SubNuc e 6 Tamandarés.

A linha de batalha da MB dos próximos 20 anos está sendo construída agora e vai depender muito de gestão e boa-fé da cúpula naval antes da cúpula política.

Fabio

subnuc já desisti de acreditar, não vão permitir, o que acho mais viável possível para nós é a versão desse escorpene com baterias de lítio e a conversão dos atuais para esse padrão em sua atualização de meia vida. As Tamandarés é capaz de vir seis mesmo pois pediram oito, (geralmente pedem a mais já projetando o corte, igual aos KC390 e Guaranis)

Camargoer.

O Roberto Lopes publicou uma vez que o custo do PMG de um Tupi era da ordem de US$ 30 millhões. Supondo que o do Scorpene seja o dobro. Quatro PMG custaria cerca de US$ 240 milhões. Na mesma matéria, o Roberto Lopes mencionou que o custo para modernizar cada Tupi dobrava o valor do PMG. Adotando a mesma ideia, instalar baterias de ion-lítio (teria que esperar as atuais baterias completar o ciclo de vida) e instalar um sistema de célula combustível, elevaria o custo total para US$ 500 milhões.. um valor próximo ao de um Scorpene novo ou cerca… Read more »

Fabio

A própria dona do projeto do Scorpene diz que a conversão é possível e já planejada em seu ciclo de vida, não tem como comparar o Tupi pois não tem a ver os projetos, Roberto teria que fazer um novo estudo para essa outra plataforma

Last edited 3 meses atrás by Fabio
Camargoer.

É possível, tanto que a Índia vai nesta direção. A viabilidade técnica é uma coisa. A discussão é sobre a viabilidade econômica no contexto da MB.

Fernando "Nunão" De Martini

Camargo, Claro que valeria a pena, nessa estimativa de que pelo preço de um submarino novo seriam modernizados 4 submarinos na meia-vida (MLU). Está dentro do que se costuma gastar em MLUs pelo mundo afora. Se há uma previsão de utilizar um navio ou submarino em toda a sua vida útil e plenamente, a modernização de meia-vida é fundamental. A classe Niterói passou por MLU (ainda que atrasado) na virada dos séculos XX – XXI, em suas 6 unidades, pelo custo de aproximadamente 400 milhões de dólares, que seria suficiente à época para comprar uma fragata nova de porte semelhante… Read more »

Camargoer.

Olá Nunão. Considerando que a MB está construindo um novo submarino nuclear que ficará pronto mais ou menos quando os Scorpenes chegarem ao MLU parece-me tirar a vantagem da célula combustível, o que incluiria um novo custo de operação. Acredito que um upgrade no sistema de propulsão do convencional para AIP faria sentido apenas para as marinhas que não possuem submarinos com propulsão nuclear. Talvez tenha faltado na minha análise contextualizar a existência de um submarino nuclear. A infraestrutura para operar AIP é mais cara que a para operar convencionais e mais barata que operar submarinos nucleares. Defendo que uma… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Oi Camargo, eu não mencionei AIP no meu comentário em momento algum, apenas falei de MLU de modo geral e de custo-benefício.

Mas já que você mencionou AIP, penso que no futuro será mais vantajoso, na época de um eventual MLU, aproveitar a maturidade de novos tipos de bateria para mudar do padrão chumbo-ácido para lítio, sódio etc, e assim aumentar a autonomia em imersão (entre as cargas com uso de snorkel) do que acrescentar uma seção de casco com AIP, o que seria provavelmente bem mais caro.

Camargoer.

Opa. Acho que desviamos… riso. Eu também acho que adotar novas baterias de lítio, cuja tecnologia já está consolidada, seria muito bom. Pelo que lembro, a ideia é que o SN10 opere com baterias de lítio. Eu acabei dando dois passos para a frente… riso.. eu já estava lá pensando em um upgrade para adotar células combustível, como comentei. A substituição das baterias de chumbo ácido dos Scorpenes por baterias de íon lítio demandaria uma correção do lastro devido a diferença de peso entre as duas. Também seria necessário garantir que o desempenhjo das baterias de ion lítio fosse similar… Read more »

Last edited 3 meses atrás by Camargoer.
Fernando "Nunão" De Martini

Não. Mandou pra onde?

Camargoer.
Fernando "Nunão" De Martini

Esse e-mail não existe rsrsrs

Camargoer.

Vixe… Que esquisito. Estava na lista de endereço. Riso. Vou manda para o Galante então… Daí peço para ele compartilhar com você.. pode ser?

Fernando "Nunão" De Martini

Pode sim

Camargoer.

Já mandei… tá lá com o Galante
Pedi para ele encaminhar para você

Fernando "Nunão" De Martini

Acabei de ver, obrigado rsrsrs
Vale a pena publicar no Poder Aéreo, se você autorizar. Eu já sugeri ao Galante.

Camargoer.

Pode publicar… ficarei lisonjeado

Carvalho2008

O único realmente vantajoso seria o AIP AMPS….

É a única forma de salvar o projeto nuclear dos riscos de descontinuidade, e seria um investimento garantido.

Dispensa linhas paralelas de equipes técnicas e projetos em y pois ele já seria por natureza o backup de tudo,de pessoal,tecnológico e de arma…a infraestrutura já está amortizado no projeto principal.

Poderia inclusive, ser até projeto de exportação.

Me atreveria inclusive a dizer que se já tivéssemos um módulo destes, até a França poderia dar a volta e reconquistar australianos…

ln(0)

Sr. Carvalho, o que seria esse AMPS?

carvalho2008

Naval Autonomous Marine Power Source AMPS(N) foi desenvolvido no Canadá pelo ECS Group of Companies. Basicamente, tratava-se de um pequeno reator nuclear capaz de manter uma carga contínua das baterias do submarino, oferecendo uma capacidade de produção de energia independente da atmosfera.

https://www.naval.com.br/blog/2017/11/27/o-sistema-de-propulsao-hibrida-ampsn-para-submarinos/

ln(0)

Vou pesquisar mais sobre ele, parece interessante!

Camargoer.

Meu caro colega indefinido… riso.
Apelido sensacional.

Dalton

O “AUKUS” é mais do que apenas submarinos Carvalho e a França pode não ter o mesmo comprometimento que à Austrália quando o assunto é Pacífico, então, se os planos seguirem adiante será excelente para Austrália, EUA e Reino Unido.

Augusto

Sobre baterias de lítio: brasileiros do IPEN criaram uma nova bateria à base de chumbo, só que 20 vezes mais leve que as tradicionais e sem o risco de congelamento. Também não há riscos de explosões vistos nas de lítio. A Marinha deveria estar de olho nesse projeto porque isso pode revolucionar as baterias de submarinos. E digo o mesmo para a Embraer, quanto aos projetos de aviões elétricos (Energia Family): https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=brasileiros-criam-bateria-leve-flexivel-vantagens-sobre-litio&id=010115240508

Fernando "Nunão" De Martini

Muito interessante, Augusto, obrigado por compartilhar.

Burgos

Tem que ter cuidado !!!
Essas de chumbos geram gases tóxicos provavelmente o submarino deverá efetuar mais “snorkel” para purificar o ar para respiro da tripulação 👍

JSilva

É por aí.
O norte, gostando ou não, já foi traçado. E com as históricas dificuldades orçamentárias/financeiras da defesa, é preciso focar no que já temos infraestrutura pra fazer, ou seja, Scorpenes e Tamandarés, ou qualquer desenvolvimento destes navios. Criar um mínimo de escala que permita manter essas estruturas ativas.

Wellington R. Soares

Concordo plenamente Sr. Ozawa, não adianta a MB querer sonhar com outras coisas além das Tamandarés e Scorpenes, essa é a nossa linha de frente em caso de algum conflito.
Único ponto que discordo e vou continuar discordando é a questão do SubNuc, sei que já gastaram muita grana nele e vão continuar ainda, até porque já não da pra voltar atrás.
Não sei dizer, alguém mais a par de valores poderia informar: quantas Tamandaré e Scorpenes daria para produzir com o preço de 2 SubNuc ?

GFC_RJ

É…
Mas segundo o Marcelo Godoy ontem, em sua coluna, o ICN deve dispensar 1.000 funcionários em breve.
E cerca de 200 já o foram em maior.

Então…

Santamariense

Essa realidade é o que muitos aqui não querem ver. E ainda insistem em Subnuc…e o pior, falam em duas ou mais unidades. Isso não é otimismo…é viver em outra realidade.

GFC_RJ

Na minha particular visão de país, eu sou a favor do projeto do subnuc para o Brasil. Acho que o Brasil tem todo potencial de estatura geopolítica para tal.
Mas sou extremamente cético que o submarino vá entrar em serviço antes da minha aposentadoria.

Nessas horas, meu Realismo geopolítico se junta com o meu Realismo racional.

Santamariense

Pois é…é bem por aí. Quando colocamos algo nesse sentido, nesses termos, a maioria entende como se estivéssemos torcendo contra ou sendo pessimistas, quando não é nada mais do que realismo e pensamento desapegado de ufanismos e paixões.

Aquifero

Asas fixas e navegação fluvial penso eu. Tenho um amigo artesão que ficou anos ao lado de uma caldeira no Rio e agora descansa no Pará. Lá sempre víamos embarcações do exército. Deveria ser pensada um reforma estrutural em 30 anos, mas sei da realidade. Bela nave. Seria possível / criar ter um mini sub? Vão reparar o cisne branco também?

Last edited 3 meses atrás by Aquifero
Aéreo

Nada de muito diferente do que há foi realizado há mais de 30 anos no AMRJ quando na construção dos exemplares da Classe Tupi. Assim como o lançamento ao mar da Tamandaré dias atrás, não foi nada muito diferente do que já foi realizado há 50 anos atrás quando a F-44 Independência foi lançada ao mar no AMRJ. Somos presos no eterno ciclo de pagar por transferências de tecnologias, não desenvolvermos e não aplicarmos estas tecnologias e décadas depois pagar para ter de novo a mesma coisa. 

Mauricio Autorino Veiga

Uma dúvida, na atualidade quais são os Submarinos operacionais na MB?

Franz A. Neeracher

Tupi, Tikuna, Riachuelo e Humaitá.

Se bem que o Humaitá por ser bem novo, talvez ainda não esteja 100% operacional.

Last edited 3 meses atrás by Franz A. Neeracher
Roberto

______

COMENTÁRIO APAGADO POR REPETIÇÃO.

AVISO DOS EDITORES: MANTENHA O BLOG LIMPO SEM REPERIR DIVERSAS VEZES AS MESMAS PERGUNTAS EM DIVERSOS COMENTÁRIOS E EM DIVERSAS MATÉRIAS. FAÇA SUAS PERGUNTAS DENTRO DA DISCUSSÃO E AGUARDE SER RESPONDIDO.

LEIA AS REGRAS DO BLOG:
https://www.naval.com.br/blog/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Aquifero

Espero que possamos ter uma marinha profissional, com sigilo de hélices e investimento em sonar. Bem vindo mais um sub, não temos a classe Seawolf, mas acredito de diesel elétricos deveriam ser um norte/sul de nossa força naval. Deixaria a presença fluvial para um força do exército, revisaria o patrimônio, faria alianças para um braço forte de caridade junto com ONU e MSF e mesmo nossos marines. Investimento em mísseis é o caminho. Que esse sub tenha uma longa vida.

Roberto

Bom dia , Os dois primeiros submarinos BR já fizeram algum teste de disparo de armamentos ? torpedos ou missíl Exocet ?
Se afirmativo onde posso ver ?
Muito obrigado

Camargoer.

Pelo que lembro, disparos de torpedo de treinamento.
Nenhuma armamento real foi disparado

Não sei se foram testados disparos de SM39 de treinamento. ou se este tipo de treinamento é apenas simulado.

Roberto

Obrigado