Míssil antinavio NSM

Na quinta-feira, o governo australiano anunciou que investirá US$ 572 milhões em parceria com a Kongsberg Defence Australia para construir uma fábrica em Williamtown, Nova Gales do Sul, para a fabricação e manutenção de Mísseis de Ataque Naval (NSM) e Mísseis de Ataque Conjunto (JSM) que serão utilizados pelas Forças de Defesa da Austrália (ADF). A fábrica australiana será uma das duas únicas instalações no mundo capazes de produzir NSM e JSM, sendo a outra localizada em Kongsberg, na Noruega, de acordo com um comunicado australiano.

O NSM está sendo progressivamente equipado nos três destróieres da classe Hobart e nas sete fragatas da classe Anzac da Marinha Real Australiana (RAN), com o destróier HMAS Sydney (DDG42) realizando o primeiro disparo pelo RAN durante o RIMPAC 2024 (fotos). O JSM, uma versão lançada do ar evoluída do NSM com alcance melhorado, capaz de atingir alvos terrestres e navais e de ser acomodado nos compartimentos internos do caça F-35 Lightning II, será equipado na frota de F-35A da Força Aérea Real Australiana (RAAF), com a maioria da frota estacionada na base aérea de Williamtown, próxima ao local onde a fábrica será construída.

A fábrica provavelmente será concluída até o segundo semestre de 2026 e, em seguida, passará por um processo de certificação antes de iniciar a produção em 2027, disse o Ministro da Indústria de Defesa da Austrália, Pat Conroy, durante uma coletiva de imprensa na quinta-feira em Canberra. A produção em plena capacidade ocorrerá em 2028, com a capacidade de produzir mais de 100 mísseis por ano.

Embora o foco inicial da produção seja para o estoque das ADF, haverá oportunidades para exportação, já que a fábrica terá uma capacidade maior do que a necessária para a Austrália, disse Conroy. O tamanho da fábrica visa proteger contra cenários futuros para a Austrália e, em segundo lugar, aproveitar as oportunidades de exportação, que também incluem o fornecimento para os Estados Unidos.

“Teremos a capacidade não apenas de sustentar e reformar nossos mísseis; potencialmente, podemos fazer isso para as forças dos Estados Unidos que possam estar posicionadas no Indo-Pacífico. Ainda não chegamos a um acordo sobre isso, mas assim como realizamos manutenção de alto nível em helicópteros da Marinha dos EUA, assim como trocamos torpedos para submarinos da Marinha dos EUA, haverá oportunidades como essa no futuro”, disse Conroy, de acordo com a transcrição da coletiva de imprensa.

FONTE: USNI News

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