O Almirante Marcos Sampaio Olsen, Comandante da Marinha do Brasil fez visita oficial à Índia de 19 a 24 de agosto de 2024. A visita teve como objetivo aprimorar a cooperação marítima entre os dois países, bem como demonstrar o compromisso de marinhas com ideias afins de colaborar e cooperar em desafios compartilhados na segurança marítima.

No dia 21 de agosto de 2024, o Almirante Marcos Sampaio Olsen se encontrou com o Almirante Dinesh K Tripathi, Chefe do Estado-Maior Naval, em Nova Delhi, e realizou discussões sobre vários aspectos, abrangendo engajamentos operacionais, cooperação técnica e treinamento. Ele foi recebido com uma Guarda de Honra cerimonial nos Jardins do Bloco Sul.

A Marinha Indiana coopera com a Marinha Brasileira por meio de várias iniciativas, que incluem interações operacionais, cooperação em treinamento e outras áreas marítimas. As duas marinhas também têm interagido em fóruns multilaterais, como o MILAN e o India-Brazil-South Africa Maritime (IBSAMAR).

A Cooperação de Defesa Bilateral entre os dois países é conduzida por meio do Comitê de Defesa Conjunta, coordenado pelos respectivos Ministérios da Defesa. Como parte de seus compromissos oficiais, o Comandante da Marinha do Brasil também agendou encontro com o Secretário de Defesa, o Coordenador Nacional de Segurança Marítima e o Vice-Chefe do Estado-Maior do Exército em Delhi.

O Almirante Marcos Sampaio Olsen teve visita programada ao Centro de Fusão de Informações – Região do Oceano Índico (IFC-IOR) em Gurugram, para interagir com vários representantes da Indústria de Defesa.

Além de Nova Delhi, o Comandante da Marinha do Brasil também visitou Mumbai, para interagir com o Oficial de Bandeira Comandante-em-Chefe do Comando Naval Ocidental, além de visitar navios e submarinos indianos; o Arsenal Naval; e a Mazagon Dock Shipbuilders Limited.

FONTE: Ministério da Defesa da Índia

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Willber Rodrigues

Eu não acharia ruim se essas visitas se tornassem compras ou, melhor ainda, em parcerias tecnológicas de ambos os países.
Quem acomoanha, sabe que os indianos avançam muito em áreas como mísseis, ATGM’s, aeroespavial e programação.

Já passou da hora das FA’s acharem que o mundo se resume aos EUA / Europa.

Esteves

Ser escalpelado por europeu ou por índio não faz diferença.

Luís Henrique

Vi em mídias indianas que eles ofereceram 6 Fragatas da classe Nilgiri que poderiam ser construídos no Brasil com tot.

O Brasil parece que continua considerando o míssil Brahmos.

E o comandante da marinha conversou sobre parceria em submarinos nucleares, já que eles já operam e poderíamos aprender algumas coisas com eles antes do nosso ficar pronto.

Rodrigo

Não te preocupa o mundo acaba antes do nosso sub nuclear ficar pronto.

Elintoor-_

kkkkkk
Isso é o que eu chamo fechar com chave de ouro !!!

Toshio Nagasaki

O mundo não acaba,os seres humanos sim, que só pensam em guerra, destruição, um planeta tão gigante como o nosso,e uma vergonha para os governantes, como Israel,Rússia,EUA,os seres humanos não tem valor para essas nações

Kornet

Com que dinheiro?
As FAs vão entrar é na penúria e não tenho pena nenhuma.

Luís Henrique

Seu comentário demonstra uma certa “raiva” da Marinha ou das forças armadas. Se trata de frustração por ser apaixonado pelo tema e não poder ver equipamentos novos e modernos ou se trata de divergências “políticas”. É interessante lembrar que as forças dependem do poder político para conseguirem verbas para aquisições, portanto o estado das nossas forças armadas é culpa das forças em menor grau, e em maior grau é culpa do poder político que em décadas sempre fez muito pouco. Também é engraçado lembrar que em caso de guerra o senhor ou seus entes queridos poderão ser convocados dentro da… Read more »

Pablo

Seria muito bom se viesse essas 6 fragatas, complementadas pelas Tamandarés, mas infelizmente a marinha parou no tempo e precisa de um pouco de tudo, a forca precisa pensar em outros meios como apoio logístico e de desembarque com doca alagada por exemplo

Last edited 3 meses atrás by Pablo
Iran

Essas fragatas tem o deslocamento de 8500t senão me engano, seria ótimo! Pena que no atual cenário é irreal

Luís Henrique

São 6.670 toneladas, 149 m de comprimento, 32 células VLS que na marinha indiana são equipadas com 32 mísseis Barak-8ER (150 km de alcance), além de 8 mísseis Brahmos, um canhão de 76mm, 2 CIWS de 30 mm, sonar de casco, torpedos e foguetes antisubmarinos.

TeoB

Bem, acredito que a Índias podem ser de muito proveito, eles tem um mescla russo Ocidental de material bélico e sabem muito bem driblar as sanções com exceção da China, e tem preço muito bom diga-se de passagem… vejo que o negocio do KC390 pelos sistemas Akash deva ocorrer, a MB poderia ter se junta a eles pra fazer o Sub-nuclear mas essa já foi a França meteu a faca no preço e agora já esta em vias de sair… No caso hoje não vejo a MB adquirindo embarcações deles, os sistemas navais deles são quase que todos de origem… Read more »

No One

“No caso hoje não vejo a MB adquirindo embarcações deles, os sistemas navais deles são quase que todos de origem soviética e implementar isso pode demorar muito” É um quadro que está mudando muito rapidamente, Teo. As últimas unidades navais de superficie apresentam um design quase híbrido, no sentido que ainda se percebe a influência russa, mas é perceptível também uma gradual evolução e aproximação aos projetos ocidentais. Quase todos os sistemas e armamentos são de procedência nacional( ou produzidos sob licença) ou ocidentais ( frequentemente desenvolvidos por meio de ecolaborações ) . Radar , SAMs, canhões, sistemas de guerra… Read more »

TeoB

É essa classe pra gente seria quase um destroier… achei interessante o barak 8, sim eles tiveram que correr atrás mas ainda vejo difícil sair alguma compra de navio ali. acredito que a MB tire da cartola uma compra de oportunidade ou espere mais 4 Tamandaré.

No One

também acho…desse mato não sai coelho

Diego Tarses Cardoso

Curioso, pelo jeito teremos surpresas no futuro.

Aéreo

Tempos atrás era o comandante do exercito, agora o da marinha. Mais diárias e passagens gastas pelo contribuinte para supostas cooperações que não darão em nada na prática.

Esteves

Os navios deles tem turbinas GE e motores MAN. Essa classe de fragatas Nilgiri (7) que dizem por aí como exportaveis custaram 14 bilhões de dólares na Índia.

As práticas que temos em comum com eles são bem conhecidas por nós. Logo…é somente conversinha.

Rodrigo LD

EDITADO:
COMENTÁRIO BLOQUEADO DEVIDO AO USO DE MÚLTIPLOS NOMES DE USUÁRIO.

Esteves

Rodrigo,

Não misture assuntos. Aqui é um blog de Defesa. Essas visitas são rotinas e muito provavelmente conduzidas por empresas de assessoria.

Nosso Norte é claro. Fragatas Tamandare, Submarinos Riachuelo e submarino Álvaro Alberto, mísseis Mansup. Outras construções menores são mostradas aqui no PN e estão no AMRJ.

Burgos

Boa tarde Istivis;
Esqueceu também a probabilidade de uma provável aquisição de mísseis também 👍
Claro que tudo não passa de negociações 🤔
Entre uma água de bolinha e um cafezinho indiano feito do número 2 de um gato indiano, tudo pode mudar.

Esteves

Boa, Burgos.

Acho que é conversinha. Como quase tudo na vida.

Fernando Vieira

Pouco tempo o comandante da FAB fez um voo de cortesia no M346 e no Aéreo há até hoje um monte de gente pedindo essa aeronave na FAB. Imagina o comandante da Marinha ir olhar uma Fragata de 6000 toneladas (aqui provavelmente chamariam de Cruzador Multipropósito) que vai todo mundo querer esse navio por aqui. É sempre bom estreitar laços, a Índia é BRICS e os caras já foram a Lua e à Marte. O Brasil teria muito a ganhar com eles em parcerias na área aeroespacial, principalmente em veículos lançadores. Mas também, mais urgente, a defesa antiaérea que no… Read more »

No One

“aqui provavelmente chamariam de Cruzador Multipropósito”

Rsrsrsr

Eu ri, mas logo lembrei que milhares de sujeitos concordariam. Recentemente me deparei com cada vídeo bisonho no YouTube, um sujeito que afirmava ( e afirma) que as novas aquisições dos caças gripens e das FCT, irão colocar o Brasil no mesmo nível das maiores potencias mundiais. Pense no nível de alienação, tudo isso com milhares de visualizações e comentários que concordavam.

Willber Rodrigues

É só ver quando chega o 1° de Abril e a Trilogia solta matéria de brincadeira do tipo “o EB vai reviver o projeto do Osório”.
No segundo seguinte, uma cacetada de canais “militares” no Youtube fazem videozinhos mequetrefes como se isso fosse verdade, e a galera que acompanha essas porcarias, também acham que é verdade.

Não tenho dúvidas de que esses canais estão jurando por Deus que a MB vai comprar destroyer’s e o Vikramaditya dos indianos…

Fernando Vieira

Se o Brasil recebesse algo na casa de uns 100 Gripen e armamento suficiente para todos eles, a FAB realmente seria bem enjoada no cenário mundial. Não seria páreo para uma USAF, mas ninguém é. A FCT eu acho elas pouco armadas, mas se armar as bichas até os dentes o preço vai lá nas alturas, então ficou um navio ponderado. Para o que precisamos, tá ótimo. Só falta quantidade, mas aí eu entendo o lote de 4. No melhor dos cenários, contratar novo lote só depois das provas de mar da primeira da classe. Não sei em detalhes o… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

As fragatas classe Tamandaré têm duas áreas especificamente reservadas para instalação de módulos de missão (os quais podem ter armamento adicional, sensores específicos etc): a meia-nau, onde os lançadores de mísseis antinavio ocuparão aprnas cerca de 1/4 da área disponível, e abaixo do convoo.

Fernando Vieira

Então, a meia nau ela leva 4 Exocet / Mansup mas se precisar dá pra levar 16, é isso? E o sistema já estaria pronto pra isso, tipo, a tomada pra plugar esses lançadores já está lá?

É basicamente isso que eu defendo. Não precisa vir tão armada que o custo suba significativamente. E com o tempo esses mísseis vencem e foi dinheiro gasto a toa. Toda guerra vem com uma crise e uma escalada de forças antes. O negócio é poder reforçar o armamento dos seus meios durante essa escalada.

Fernando "Nunão" De Martini

“Então, a meia nau ela leva 4 Exocet / Mansup mas se precisar dá pra levar 16, é isso? E o sistema já estaria pronto pra isso, tipo, a tomada pra plugar esses lançadores já está lá?” Sim para a primeira pergunta. A área disponível à meia-nau é muito semelhante à da Meko A200 (creio que 11 metros de comprimento na Tamandaré e uns 12 ou pouco mais na Meko A200), que nesta imagem da versão argelina leva 16 mísseis antinavio RBS15 (8 voltados a bombordo, 8 a boreste): Espero que sim para a segunda pergunta. Só saberei depois de… Read more »

Last edited 3 meses atrás by Fernando "Nunão" De Martini
bjj

Aposto que na capa do vídeo tinha a cara do Macron assustado kkkk

No One

Pior … Era a cara do Biden. Imagina o tamanho da preocupação que circula entre os almirantes da USN com as nossas 4 Tamandaré … Rsrs

Esteves

Isso me intriga. O que pensam que faríamos com um submarino nuclear convencionalmente armado com torpedos franceses?

bjj

Típico. O YT me recomenda vários desses kkkk

Rodrigo

Não conhecem google meet, teams, etc…servidor público é isso mesmo.

Anônimo2

Só de passagens pra ele e mais dois acompanhantes foram quase 90k que saíram do gabinete da marinha, ou seja, do nosso bolso.. fora diárias..

Marcelo Andrade

Para bom entendedor, ponto é letra….. A MB esta se resguardando de possiveis sanções ou bloqueios ao SubNuc e buscando outras fontes de suprimentos de equipamentos sensiveis que venham sofre boicote. Levando em consideração o alinhamento geopolitico que ______
__________

COMENTÁRIO EDITADO.

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Salomon

Não entendi os alamares do almirante indiano. Mas estou out. Se algum companheiro puder explicar, agradeço.

Nunes-Neto

Ouvindo povo falar de ajuda da india em Subnuclear, mas o deles foi comprado da russia, ou alugado, eles não têm tecnologia para construir,inclusive fizeram o mesno que a MB com os franceses,para ter os seus a sub….

Esteves

Similar com a Índia fomos na bagunça tributária e fiscal. A Índia deu um jeito de financiar as próprias necessidades em razão de ameaças e oportunidades. Ponto forte que alardeavam era a natividade de 90%. Nas matérias mostradas parece que reduziram para 60%…resultado militar se traduz em quantidades e urgências. Ir lá como vieram cá trazer proposta para uma Tamandaré pode servir para iluminar nosso atraso tecnológico e, evidentemente que a Índia não fará nenhuma transferência de conhecimento para outros produzirem. E não faz sentido considerar a manutenção dos Scorpenes deles em Itaguai pelo fato que os nossos estão saindo… Read more »

Alex Barreto Cypriano

Salman Rushdie foi alertado a não comer salada em sua visita a Índia. O aviso chegou tarde…
‘Aa Índia fui em férias passear…’

Esteves

Não bastasse tudo que misturam…

737-800RJ

[OFF]

Li que há jornais indianos reportando a intenção da Índia em oferecer à MB a parceria e construção local de até 6 fragatas pesadas da nova Classe Nilgiri, que deslocam quase 7.000 toneladas e serão equipadas com mísseis Brahmos e Barak 8.
Com as vacas magras, penso que seja quase impossível, mas vai saber…

737-800RJ

Inclusive vi agora que já atualizaram o artigo da Classe Nilgiri na Wikipedia com a informação de que foi oferecida à MB para complementar as Tamandarés:

https://en.wikipedia.org/wiki/Nilgiri-class_frigate_(2019)

Last edited 3 meses atrás by 737-800RJ
Esteves

Deve ser atividade de lobistas. A Nilgiri, conforme atualizaram no wiki, é navio de 2 bilhões de dólares lá na Índia.

Luís Henrique

Lá mesmo tem 2 fontes de custos, uma indica que cada fragata tem custo de U$ 560 mi e outra indica que o contrato total custou U$ 6,3 bi para 7 navios o que daria cerca de U$ 900 mi por navio.

Ambos ficam bem longe de 2 bi de dólares.

Esteves

Navio de 6/7 mil toneladas por 560 milhões de dólares…ou o dobro disso…eu prefiro acreditar em 2 bilhões. Faz mais sentido.

Luís Henrique

Não faz. A Itália vendeu 2 fragatas FREMM (6.700 toneladas) Para o Egito por 1,2 bi de Euros. (U$ 672 mi cada)

Mês passado saiu matéria aqui no PN sobre a encomenda italiana de 2 novas FREMM EVO por 1,5 bi de euros. (U$ 840 mi cada)

A Nilgiri sendo indiana e tendo mísseis e radares indianos e israelenses pode muito bem ter custo equivalente ou até mais barato.

U$ 2 bi é custo de um destroyer Arleigh Burke.

Então a faixa que mostrei de quase U$ 600 a U$ 900 mi deve ser bem dentro da realidade.

737-800RJ

Esteves, como o Luís Henrique bem comentou, parece que ela será vendida abaixo desse valor, mas ainda assim não melhoraria muita coisa. Continuaria sendo bastante grana pra MB!
Talvez a Índia esteja propondo uma negociação envolvendo o KC-390, sei lá.
Segue um link com uma das matérias que li:

https://idrw.org/india-pitches-modified-nilgiri-frigate-to-brazil/

Esteves

A Embraer é uma empresa privada.