Comandante do Indo-Pacífico dos EUA, almirante Samuel Paparo

O comando militar dos EUA indicou a possibilidade de escoltar navios filipinos no Mar do Sul da China, em meio ao aumento das hostilidades entre China e Filipinas. Durante uma conferência em Manila, o almirante Samuel Paparo, do Comando Indo-Pacífico dos EUA, afirmou que está aberto a consultas sobre a escolta de navios filipinos, o que poderia resultar em confrontos diretos com navios chineses.

Os navios da Guarda Costeira e da Marinha chinesa, juntamente com embarcações suspeitas de serem milícias, frequentemente se envolvem em confrontos com navios filipinos que tentam reabastecer suas tropas em partes disputadas do Mar do Sul da China. Essas hostilidades têm levado a questionamentos sobre a invocação do tratado de aliança com os EUA, que obriga ambos os países a se ajudarem em caso de ataque externo.

O general filipino Romeo Brawner respondeu cautelosamente à sugestão, mencionando que as Forças Armadas das Filipinas, conforme as leis do país, devem inicialmente confiar em si mesmas antes de buscar outras opções. Brawner destacou que o país tentará todas as vias disponíveis para cumprir sua missão antes de considerar a assistência externa.

O presidente Ferdinand Marcos Jr. afirmou que, até o momento, não houve situação que justificasse a ativação do tratado de defesa mútua com os EUA. No entanto, a administração Biden tem reiterado seu compromisso de defender as Filipinas caso suas forças, navios ou aeronaves sejam atacados, incluindo no Mar do Sul da China.

Durante a conferência, o secretário de Defesa das Filipinas, Gilberto Teodoro Jr., chamou a China de “o maior disruptor” da paz no Sudeste Asiático e pediu uma censura internacional mais forte contra a agressão chinesa na região. Ele também destacou que as declarações internacionais de preocupação não são suficientes e sugeriu uma ação multilateral mais forte contra a China.

Em um incidente recente no Mar do Sul da China, autoridades filipinas afirmaram que a China mobilizou uma “força excessiva” de 40 navios para bloquear embarcações filipinas que tentavam entregar suprimentos a um navio da guarda costeira em Sabina Shoal, uma área disputada.

A China e as Filipinas têm enviado navios da guarda costeira para Sabina nos últimos meses, suspeitando que a outra parte possa tentar assumir o controle ou construir estruturas no atoleiro de pesca. Esse confronto em Sabina é mais um episódio nas disputas territoriais na região das Spratlys, a área mais disputada do Mar do Sul da China.

FONTE: Voanews

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