Corrida para evitar um derramamento desastroso de um petroleiro em chamas no Mar Vermelho
Rebeldes Houthi disseram que permitirão que equipes de salvamento reboquem o petroleiro – carregado com 1 milhão de barris de petróleo – para tentar evitar uma catástrofe ambiental se sua enorme carga vazar no Mar Vermelho
Uma operação de salvamento foi iniciada para evitar uma catástrofe ambiental no Mar Vermelho, causada por um petroleiro grego abandonado, o Sounion, carregado com um milhão de barris de petróleo. O navio, de 274 metros de comprimento, foi alvo de múltiplos ataques por rebeldes Houthi, apoiados pelo Irã, que teriam plantado bombas no navio. Quase uma semana após o ataque, incêndios ainda queimavam no convés.
Felizmente, os temores de um derramamento massivo de óleo parecem ter sido evitados. Os rebeldes Houthi declararam que permitiriam que equipes de salvamento rebocassem o Sounion para um local seguro, e a missão naval da UE no Mar Vermelho, Aspides, informou que, até o momento, não foi detectado nenhum derramamento de óleo.
Os Houthi têm atacado o transporte comercial no Mar Vermelho e no Golfo de Áden com drones e mísseis há 10 meses, em solidariedade aos palestinos na guerra entre Israel e Hamas. Apesar das tréguas temporárias, os ataques devem continuar, aumentando os riscos para tripulações e o meio ambiente.
A missão da UE prometeu colaborar com autoridades europeias e países vizinhos para evitar uma crise ambiental catastrófica e resgatar o petroleiro. No entanto, ainda há preocupações com possíveis vazamentos de óleo do navio danificado e incêndios persistentes a bordo.
Sabrina Singh, porta-voz do Pentágono, confirmou que, apesar de os barris de petróleo estarem intactos, houve vazamentos em outras áreas do navio. A decisão dos Houthi de permitir o resgate veio após preocupações globais com as implicações humanitárias e ambientais de um derramamento.
Especialistas alertam que, se o pior acontecer, o volume de petróleo derramado poderia ser catastrófico, comparável a grandes desastres ambientais anteriores. Mesmo com os esforços de resgate, a ameaça aos navios na região permanece, destacando a necessidade de vigilância contínua.
FONTE: Reuters