Governo argentino avança na aquisição de dois submarinos franceses Scorpène por US$ 1 bilhão
O governo argentino está acelerando a compra de dois submarinos da França por um valor total de US$ 1 bilhão. O ministro da Defesa, Luis Petri, já tem pronta uma carta de intenção que será enviada ao governo francês para iniciar as negociações. A empresa semi-pública francesa Naval Group, que produz os submarinos Scorpène, é a principal candidata para fornecer essas embarcações.
Os submarinos Scorpène, que custam cerca de US$ 500 milhões cada, podem integrar baterias de lítio. A construção desses submarinos pode levar até sete anos, e o governo argentino avalia a possibilidade de realizar parte da produção no país, possivelmente através da empresa Tandanor, embora haja um debate sobre se essa seria a opção mais rápida.
Além dos submarinos franceses, a Argentina também está considerando outras opções, como os submarinos alemães Thyssen, modelo 209, que são equipados com torpedos, mísseis e minas. Outra alternativa são os submarinos usados da classe Ula, da Noruega, embora esses estejam em consideração há mais de cinco anos.
A Argentina não tem submarinos em operação desde a tragédia com o ARA San Juan em 2017, e a recuperação dessa capacidade é vista como uma prioridade para a Defesa. O comandante da Marinha, Carlos María Allievi, destacou a importância estratégica de recuperar essa capacidade submarina, especialmente para equilibrar as forças com países vizinhos como Brasil e Chile, que já possuem submarinos Scorpene.
Petri, em declarações feitas em julho, enfatizou o compromisso do governo em recuperar a capacidade submarina perdida em 2017. A decisão sobre a compra dependerá das condições de pagamento negociadas, e o Scorpène é visto como a opção preferida.
Além dos submarinos, o governo argentino já comprou 24 aviões de combate F-16 da Dinamarca por US$ 300 milhões. Nos próximos dias, também chegará ao país uma aeronave P3 Orion Charly, negociada com a Noruega.
O governo argentino também está trabalhando na instalação de uma base militar em Ushuaia, com o apoio dos Estados Unidos. As obras para a construção dos primeiros galpões já começaram em abril de 2023.
FONTE: tn.com.ar