Oceano 2024: Rússia realiza grande exercício naval com a participação da China
Mais de 400 embarcações, 120 aeronaves e 90.000 militares estão envolvidos neste exercício militar. Na terça-feira (10/9), o presidente Vladimir Putin confirmou o início das manobras navais Okean-2024, realizadas em conjunto por Rússia e China.
“Estamos realizando exercícios dessa magnitude no mar pela primeira vez nas últimas três décadas”, disse Putin, acrescentando que a China participa com três navios de guerra, um navio de apoio e quinze aeronaves.
Os exercícios Okean, que já foram considerados os maiores da história, não eram realizados desde que o último líder soviético, Mikhail Gorbachev, chegou ao poder em 1985.
Na fase ativa das manobras, lançadas por russos e chineses nesta terça-feira no Mar do Japão, as forças militares realizarão missões “o mais próximo possível de missões de combate reais”, utilizando armas de alta precisão.
“Precisamos estar preparados para qualquer desenvolvimento da situação. Nossas Forças Armadas garantem uma defesa confiável da soberania e dos interesses nacionais da Rússia. A Rússia deve repelir qualquer possível agressão militar em qualquer direção”, afirmou Putin.
VÍDEOS: Forças aeronavais russas em treinamento
Nos exercícios Okean-2024, que continuarão até 16 de setembro no Pacífico, no Ártico e nos mares Mediterrâneo, Báltico e Cáspio, mais de 400 navios, incluindo submarinos e embarcações de apoio, mais de 120 aeronaves e mais de 90.000 militares participarão.
Putin também acusou os Estados Unidos de quererem manter “a qualquer custo” sua hegemonia militar global. “Para isso, utilizando a Ucrânia, busca infligir uma derrota estratégica ao nosso país”, disse ele, afirmando que, sob o pretexto da suposta ameaça representada pela Rússia e da necessidade de conter a China, “os EUA e seus satélites estão aumentando sua presença militar perto das fronteiras ocidentais da Rússia, no Ártico e na região Ásia-Pacífico”.
Putin explicou que, nesta região, Washington está alterando o equilíbrio de poder e destruindo a arquitetura de segurança, buscando implantar mísseis de curto e médio alcance, o que provocaria uma corrida armamentista.
Enquanto isso, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) iniciou na segunda-feira uma série de exercícios militares na Alemanha que, nos próximos meses, ocorrerão em alguns casos próximos às fronteiras da Rússia, incluindo Finlândia, Eslováquia e Letônia.
FONTE: www.telesurenglish.net