Entre os dias 11 e 15 de setembro, a Marinha do Brasil (MB) conduziu a operação “Lançamento de Armas IV/2024” na área marítima ao sul de Cabo Frio, no Rio de Janeiro. Esta atividade teve como principal objetivo testar a eficácia do Míssil Antinavio Nacional de Superfície (MANSUP) e aprimorar o adestramento dos meios navais e aeronavais da Esquadra.

O MANSUP, atualmente na fase de testes avançados, é um protótipo em desenvolvimento destinado a reforçar a capacidade de letalidade da Força Naval. Esta fase é importante, ao envolver avaliações rigorosas para assegurar que o míssil atenda aos requisitos operacionais e de precisão necessários para o seu futuro emprego. Com um total de seis etapas planejadas, o desenvolvimento do MANSUP visa garantir um desempenho otimizado antes da sua implementação.

A operação iniciou com o reboque de um alvo desde a Base Naval do Rio de Janeiro (BNRJ) até a área de testes. No dia seguinte, as Fragatas “Rademaker” e “Independência” desatracaram da BNRJ, sendo a “Independência” o navio Capitânia das operações. A Fragata “Rademaker” foi a responsável pelo lançamento do MANSUP, realizando o disparo contra o alvo designado e contribuindo para a avaliação do sistema.

Além do lançamento do MANSUP, a operação incluiu uma ampla variedade de armas disparadas. A Fragata “Independência” lançou mísseis Superfície-Ar ASPIDE, enquanto as aeronaves SH-16 “Seahawk” dispararam mísseis Ar-Superfície PENGUIN.

Os caças AF-1 “Skyhawk” efetuaram lançamentos de bombas BGB-82 e tiros com metralhadoras de 20mm; o helicóptero AH-11B “Super Lynx” lançou bombas MK-9, além de realizar disparos com metralhadora .50; e, além disso, a Fragata “Independência” realizou tiros com canhões de 4.5 polegadas e de 40mm.

O Comandante do Grupo-Tarefa da Operação, também Comandante da 2ª Divisão da Esquadra, Contra-Almirante Jorge José de Moraes Rulff, destacou a importância da missão. “Esta Operação permite incrementar o grau de adestramento dos Meios Navais e Aeronavais da nossa Esquadra. O lançamento do MANSUP é um passo significativo no desenvolvimento de um projeto muito importante para a MB.”

O exercício contou, também, com a participação do Navio Doca Multipropósito “Bahia”, da Corveta “Caboclo”, do submarino “Tikuna”, do Aviso de Apoio Costeiro “Almirante Hess” e de um destacamento de Mergulhadores de Combate. Cada uma dessas unidades desempenhou funções essenciais na coordenação e execução das operações, assegurando o sucesso e a eficácia do exercício.

O Contra-Almirante Rulff enfatizou que “as atividades realizadas foram planejadas de acordo com as nossas diretrizes estratégicas, como a Estratégia Nacional de Defesa, a Estratégia de Defesa Marítima e o Plano Estratégico da Marinha, que orientam as capacidades necessárias e as tarefas básicas do Poder Naval”.

FONTE: Agência Marinha de Notícias

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