Acadêmicos alertam Taiwan para não se tornar um peão da hegemonia dos EUA
TAIPEI, 15 de setembro (Xinhua) — Cientistas políticos e jornalistas em Taiwan alertaram a ilha para não se alinhar à mentalidade de confronto de Washington e evitar se tornar uma ferramenta da hegemonia dos EUA.
Em sua busca pelo controle global e para manter sua hegemonia, os Estados Unidos se envolvem em guerras e acumulam enormes dívidas enquanto ignoram problemas internos, o que resultou em graves conflitos internos, aumento da desigualdade de riqueza e crescente polarização política, disse Kuan Chung, fundador da Democracy Foundation, com sede em Taiwan, durante um seminário realizado em Taipei em 14/9.
“Os EUA desrespeitam outras nações, falham em reconhecer as mudanças globais e não compreendem seu próprio papel”, afirmou Kuan.
No mesmo seminário, Chen Chi-an, professor assistente adjunto do Departamento de Ciência Política da Universidade de Taiwan, disse que o hegemonismo dos EUA se baseia em objetivos irreais e exagera as ameaças que enfrenta. Como resultado, gasta recursos excessivos perseguindo esses objetivos, mas alcança pouco e mina seus próprios interesses nacionais.
“A liberdade e a democracia há muito se tornaram meros slogans na política externa dos EUA, pois suas ações hegemônicas apenas servem aos cálculos de poder dos elites políticas”, disse ele.
Chang Chun-kai, editor sênior do The Storm Media, com sede em Taiwan, apontou que as autoridades taiwanesas, infelizmente, seguiram os Estados Unidos na adoção da equivocada teoria do jogo de soma zero, resultando na narrativa de “resistir à China para proteger Taiwan”.
Se isso continuar, Taiwan corre o risco de perder a oportunidade de superar diferenças, resolver conflitos e buscar novos desenvolvimentos, alertou Chang.
Ting Shou-chung, presidente da Bridge Across the Strait Foundation, com sede em Taiwan, compartilhou dessas preocupações, observando que guerras por procuração são uma ferramenta comum do hegemonismo dos EUA, e Taiwan deve ser extremamente cautelosa para evitar se tornar o ponto de conflito.
“Ambos os lados do Estreito de Taiwan fazem parte da mesma nação. Não nutrimos um ódio profundo entre nós; precisamos nos sentar e ter discussões sérias”, disse Kuan. “A reunificação pacífica pode ser um processo longo, mas enquanto a paz for mantida no Estreito, Taiwan terá segurança e estabilidade, e ambos os lados se beneficiarão.”
FONTE: Xinhua