Submarino Humaitá em construção, em 2019

Empresa contribui para a formação e especialização de profissionais do setor

São Paulo, agosto de 2024 — O Naval Group, uma das empresas líderes mundiais em defesa naval e engenharia marinha, está desempenhando um papel estratégico na proteção da Amazônia Azul e na garantia da soberania e segurança nacional do Brasil. Por meio de seu programa de transferência de tecnologia em submarinos, desenvolvido em parceria com o governo federal e com a Marinha do Brasil, a empresa não só contribui para a defesa do território nacional, mas também para a formação e especialização de profissionais do setor.

A transferência de tecnologia em submarinos é um dos pilares dessa parceria, e tem capacitado os profissionais com conhecimentos avançados em engenharia naval e sistemas de combate submarinoA iniciativa está em perfeita consonância com o Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação (Lei 13.243/2016), que promove ambientes favoráveis à inovação e às atividades de transferência de tecnologia no país.

“Estamos comprometidos também em formar uma mão de obra do setor extremamente qualificada para futuros projetos. Por meio do programa de transferência de tecnologia, estamos ajudando a garantir que o país tenha total domínio sobre os recursos e capacidades necessários para proteger a Amazônia Azul — uma área de importância estratégica que compreende as águas territoriais brasileiras e suas riquezas naturais”, ressalta Nicolas Viala, Diretor do Naval Group para o Brasil.

Os programas, em sua maioria, são realizados no ICN (Itaguaí Construções Navais), moderno estaleiro onde os submarinos estão sendo construídos, que se tornou um polo naval importante para o país. Lá, estão incluídos treinamentos especializados, colaboração com instituições acadêmicas e centros de pesquisa, além do desenvolvimento conjunto de soluções tecnológicas adaptadas às necessidades brasileiras. Esta parceria já resultou na capacitação de centenas de profissionais, consolidando uma base de conhecimento local que fortalecerá a defesa nacional por muitos anos.

Submarino Humaitá (S41), em 2023

Além de garantir a proteção da Amazônia Azul, essa iniciativa visa fortalecer o Brasil para enfrentar desafios futuros com autonomia tecnológica e inovação. Naval Group continua empenhado em apoiar o desenvolvimento de uma indústria de defesa naval autossuficiente, assegurando que o país desenvolva soluções inovadoras para desempenhar o seu papel no cenário de defesa global.

“Por meio da da nossa parceria com a Marinha do Brasil e sob o respaldo do Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação, temos o compromisso de entregar mais do que apenas submarinos; estamos acompanhando o reforço do setor brasileiro de defesa e da soberania nacional”, acrescentou Viala.

Além de submarinos, o Naval Group possui um amplo portfólio de produtos, equipamentos e soluções de serviços para navios de superfície e sistemas autônomos. A experiência da empresa, graças à sua estreita relação com a marinha francesa e os seus parceiros internacionais, é a concepção, construção, integração, desmantelamento e suporte vitalício de submarinos e navios de superfície. O Naval Group também possui amplo know-how em equipamentos, sistemas de segurança e armas subaquáticas.

Sobre o Naval Group

Como um player internacional de defesa naval, o Naval Group é um parceiro para países que buscam manter o controle sobre sua soberania marítima. O Naval Group desenvolve soluções inovadoras para atender às necessidades de seus clientes. Presente em todo o ciclo de vida das embarcações, projeta, produz, integra, apoia e otimiza submarinos e navios de superfície, bem como seus sistemas e equipamentos, até o desmantelamento. Também oferece serviços de estaleiro e base naval. Como uma empresa de alta tecnologia, o Naval Group se baseia em sua expertise excepcional, recursos únicos de design e produção e capacidade de estabelecer parcerias estratégicas, especialmente no âmbito de transferências de tecnologia. Sempre atento às questões de responsabilidade social corporativa (RSC), o Naval Group é signatário do Pacto Global das Nações Unidas. Com bases em cinco continentes, o grupo gera uma receita de 4,257 bilhões de euros e conta com 16.325 funcionários (média anual de pessoal em tempo integral – dados de 31 de dezembro de 2023).

DIVULGAÇÃO: Naval Group / AND, ALL

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Willber Rodrigues

Legal, bonitinho, supimpa, do balaco-baco, bacana mesmo…

Mas sabemos que, sem um segundo lote de Riachuelos e o andame to do Álvaro Alberto, essa “mão de obra” e know-how terá o mesmo destino dos ToT’s dos IKL’s e Niteróis…

Luiz

Com certeza e, pelo andar da carruagem, assim será.

Dagor Dagorath

A ToT deveria envolver também as Universidades e centros federais de tecnologia, de maneira que o aprendizado fosse sempre repassados para os estudantes dessas instituições e aprimorados.

J R

Exatamente, quem deveria absorver esses conhecimentos seriam instituições como SENAI por exemplo, capaz de passar para frente o conhecimento de forma prática e eficientes.

Last edited 2 meses atrás by J R
Aéreo

Mas vai você abre a caixa de pandora dos contratos. Entendedores, entenderão.

Andrigo

Aquele velho mantra, quem não aprende sua própria história, está fadado a repeti-la.

Willber Rodrigues

Olha, eu juro que tento contribuir com um debate produtivo e que tento ser otimista, mas…
Com o histórico de ToT’s que já tivemos nos últimos 50 anos, alguém pode me acusar de ser pessimista sem motivo ou de estar sendo leviano em minhas preocupações?

J L

Pois, é, estamos sempre pagando mais caro pelo ToT e no final fica só em um único lote e então tudo que se pagou uma fortuna para possuirmos o conhecimento é literalmente descartado até uma próxima compra. Já aconteceu diversas vezes, exemplos não nos faltam, Gripen,A Darter, IKL, Classe Riachuelo, Classe Tamandaré, Classe APA, os helicópteros H225,os A1, esses ainda chegamos a ter uma quantidade não suficiente para um país dessas dimensões,os NAPA500. Não existe continuidade infelizmente.

Heli

e das Niterói

Carlos

Estás preocupado com o segundo lote de Riachuelos, não estejas porque se o Sul Global isolar a UE, este acordo vai para o ralo

Willber Rodrigues

Sim, sim, a França e a Indústria militar francesa vão abrir mão de bilhões de dólares em contratos sim, confia…

O tú vive em Nárnia, ou tem 12 anos..

Leonardo

Próxima vez que alguém das forças armadas falar em ToT o TCU deveria recomendar a exoneração e prisão do militar. ToT deveria ser proibido nesse país.

Andrigo

ToT é pra quem vai de fato produzir em série e por muito tempo, não pra quem compromete 80% do orçamento com folha de pagamento e conta os trocados pra adquirir meia dúzia de meios, e então operar estes por 30, 40 ou até 50 anos.

Emmanuel

Muito ToT e pouco navio.
MB sendo MB.

Dudu

Para o programa dos submarinos decolar, a MB deveria negociar a compra da tecnologia do aço que são feito as chapas do casco dos submarinos convencionais e nuclear, para tais serem feitas aqui e assim, podermos ir abrasilerando o preço do Scorpene BR e do futuro nuclear,gerando mais empregos e reduzindo o tempo porque em média, os fornecedores franceses demoram 1 ano para fornecer as chapas de aço. Aí sim, vai dá pra sonhar em outros lotes e também depois que os Scorpenes BR, receberem outras secções para acomodar mísseis de cruzeiro.

Leonardo

Não…. melhor parar de investir em ToT. Forças armadas HOJE são capazes somente de efetuar compras de prateleira, sem qualquer ToT. Todas as últimas compras foram feitas com valores superiores aos de prateleira devido a ToT e TODAS foram perdidas. Nenhum programa de transferência de tecnologia que o Brasil fez desde que eu saí do saco do meu pai foram pra frente. ToT é pra país sério, com investimentos contínuos e não pra quem faz a aquisição de somente um lote.

Dudu

Nao vai ter segundo lote de Scorpene BR tão cedo porque eles ainda não estão como a MB precisa. A médio prazo, os 4 S-BR, voltarão ao estaleiro para receberem modificações: Serão cortados e receberão novas secções para abrigar e lançar mísseis de cruzeiros. Possivelmente chegarão aos 80 metros de comprimento. Depois serão testados no mar e correndo tudo certo, aí sim estarão exatamente como a MB precisa. Depois disso virão outros lotes.

Last edited 2 meses atrás by Dudu
Felipe

Quem te falou toda esta baboseira? Nossos submarinos foram concebidos como defensivos, usam mísseis antinavio e torpedos, não há previsão para mísseis de cruzeiro nem dinheiro para modificar eles…

Leandro Costa

E você tem alguma fonte para garantir que a MB acha que ‘precisa’ de lançadores de mísseis de Cruzeiros e que pode bancar não apenas as modificações nos S-BR atuais quanto para encomendar um segundo (ou mais) lote(s) dessa segunda variante?

Augusto José de Souza

Para isso continuar avançando no mínimo é necessário o segundo lote dos submarinos classe Riachuelo e outros meios navais como corvetas Gowind já que a MB precisa de corvetas também e os Macaé poderiam ser concluídos em Itaguaí.

Fabio

Bacana, temos um TOT de bilhões de um submarino já desatualizado que ninguém quer, nem o nosso próprio governo.

Last edited 2 meses atrás by Fabio
Carvalho2008

Desatualizado??

Fabio

Há opções mais modernas que o Riachuelo disponíveis no mercado, não há mercado externo para o Riachuelo, e pelo visto nem interno mais.

Last edited 2 meses atrás by Fabio
Heli

o fato deles não terem AIP ou baterias de lítio não faz deles desatualizados. Numa manutenção futura a tecnologia das baterias de lítio estará mais madura e a MB poderá instala-las.

Esteves

Não.

Existe o problema dos pesos e dos tamanhos. Baterias de chumbo são maiores e mais pesadas. O submarino foi configurado (deslocamento e propulsão por exemplo) para utilizar baterias de chumbo e…é com elas que vão.

Zorann

O Brasil não fez nem manutenção planejada dos submarinos que dispunha, para operarem mais 10 anos, dando baixa em 3 deles. Muito menos fez troca de baterias. Não vai fazer isso no futuro com os Scorpene. Daqui uns 20 anos, eles serão aposentados com metade da vida útil pela frente, como de costume

Alex Barreto Cypriano

Gostaria de saber quais os benefícios, se os houver, que as ToTs de submarinos e navios de combate trazem pra ciência, tecnologia, técnica e indústria nacionais. É uma pergunta desarmada: queria mesmo saber.

NBS

Então, a transferência de tecnologia no âmbito do programa de construção de submarinos e navios de combate do Brasil pode trazer inúmeros benefícios estratégicos para a ciência, tecnologia, técnica e indústria nacionais. Áreas como ciência de materiais, propulsão e energias alternativas, sistemas de controle e automação são diretamente impactadas. A integração de sistemas eletrônicos, software e automação para navegação, comunicação e controle pode fomentar o setor de eletrônica e software, ampliando a capacidade tecnológica do país nesses campos. A ToT exige que empresas brasileiras participem ativamente do processo de produção de peças, montagem e manutenção, fortalecendo a indústria naval e… Read more »

Esteves

Projeto de país. Desde o fim do período militar e não quero nem raspar nos porque…substituímos Plano ou Planejamento por resultado econômico. Projetos como a nacionalização e a reserva de mercado deixaram a aplicação para atender a elite financeira que vinha empurrando e puxando o sucateamento industrial do país criando impostos que mostrariam impactos nas décadas de 1970/80 como o ICM que virou ICMS em 1988, o PIS e o IPI. Os impactos, se existirem, da reforma tributária serão percebidos na década de 2030, sessenta anos após a elite financeira criar mecanismos de liquidação como o desconto de duplicatas…para superar… Read more »

Alex Barreto Cypriano

Grato, NBS. Não se desculpe pelo texto longo que ele é pertinente. Mas, eu gostaria de saber sobre casos concretos e específicos. Meras possibilidades são apenas promessas. De outra parte, quais exatamente seriam os avanços ou descobertas em hidrodinâmica de submarinos que pudessem servir pra navios de superfície?

Diego

Depende do que é pedido no tot, no caso do Gripen foi processos de certificação para Embraer, nas Tamandarés a Atech(Embraer) pediu conhecimento de integração de sistemas ( acredito que os sistemas de combate que ligam armas aos consoles), e no caso do Riachuelo ou snbrs foi o conhecimento/assessoria para construir um casco de submarino nuclear( por causa da chamada circulação natural) o canal Defcon5 do falecido Mário Sérgio fala bastante nisso. Basicamente pelo pouco que é isso depende do que é pedido no tot e óbvio NUNCA vão ensinar tudo ou se fizerem será mais astronômico do que já… Read more »

ChinEs

Não dá para culpar os estrangeiros de tudo, as nações têm interesses, em 2008 foram eles que abraçaram o desafio de atender a demanda da MB, são os únicos construtores de submarinos convencionais simultaneamente com submarinos nucleares, não existem outras empresas que façam os tipos de projecto ao mesmo tempo, apenas o NAVAL GROUP, pela lógica eles podem apenas transferir a tecnologia do seu interesse, o Brasil deve aproveitar essa chance e desenvolver a sua industria e as suas instituições de ensino e pesquisa cientifica, os Chineses fizeram isso, os Russos fizeram isso, os Americanos fizeram isso, cabe ao Brasil… Read more »

Marcelo

As nossas forças armadas tem que parar por um tempo em fazer aquisição com transferência de tecnologia e comprar poucas unidades e passar a comprar produto de prateleira e passar a comprar em quantidade razoável de equipamentos.
Esse papo de transferência de tecnologia envolve bilhões de reais e no final sempre se adquiri quantidades minima de blindado,navios ou avião por falta de recurso $$.

MMerlin

Certo.
Mas algum projeto estrangeiro da empresa foi redirecionado para o estaleiro nacional? Nops.

Estamos finalizando os SUBs convencionais e o SNBR, devido a contratempos financeiros e tecnológicos, não tem cronograma real definido.
Capacitaram mão de obra e criaram técnicos e engenheiros especialistas, onde alguns já foram dispensados, outros saíram e alguns já foram transferidos pra fora.

Bom pra empresa, que leva especialistas pra fora a 1/4 de salário local (de lá). Ruim para o país, que ve o estaleiro definhar e, seu tão alardado ToT, sendo transferido (ou retornando) a sua
origem.

Last edited 2 meses atrás by MMerlin
Diego

A Naval Group criou Itaguaí para o Brasil para que o Álvaro Alberto podesse ser construído ali junto com os sbrs e para que eles pudessem ter sua manutenção feita ali, isso foi um projeto do Brasil eles não nos impuseram nada, nunca houve um acordo de que eles construiriam algo deles ali, eles vão criar empregos na França, manter os empregos no Brasil é nossa responsabilidade. Se o Brasil quer ser grande tem de pensar/agir como tal, nossa indústria nossa responsabilidade. Não adianta vir aqui no fórum reclamar de decisões de estado que não estão sendo cumpridas, reclame com… Read more »

MMerlin

Colega. Se você vem nesse ambiente esperando não encontrar comentários que apontem as falhas de decisão e gestão seja da MB, do MD, do Executivo ou Legislativo, está no local errado.

E ninguém aqui está criticando a NG. Erros foi da gestão da época que embarcou nesse investimento bilionário que continua sendo bilionário com decisões que comprometem o futuro de todo o investimento lá feito.

Esteves

– Comandannnnnnnnte. Comandante. Comandannnnnnnnte. – Deus do Céu…que gritaria é essa? – Comandante. Tem um francês. Um francês. – Francês? Cuidado…eles dão cabeçadas. Vou pegar um escudo. Aonde está tal francês? – Na entrada. E junto…junto com o francês tem um pacote. – Pacote? É baguete. Todo francês leva uma baguete, – Français…que veux-tu? – J’ai apporté. J’ai apporté. Meu Deus do Céu…um francês que fala francês. – Parles-tu portugais. – Eu…venho da França. Eu trouxe um pacote. – Que pacote? Francês…diga logo o que é. – Le Tot. Eu trouxe o ToT. – ToT? O que…o que é um… Read more »

Esteves

ToT.

Até breve, vejo depois, passa amanhã, logo ali depois, assim que possível, vai demorar mais que tu pensa, mais cedo ou mais tarde, vejo você quando ficar pronto.

https://youtu.be/W-HhgYMqAN0?si=RPFzcoOGm_e8ik4d

Cavalli

“ToT” (Tratado para oTários)…kkkkkkkkk

Têm que ser muito ingênuo para acreditar em ToT e que o “TCU” irá fiscalizar.

Matheus

Eu fico imaginando a alegria das empresas que receberão esses profissionais extremamente qualificados, já experientes, que deixarão o estaleiro ICN caso não contratem novos lotes.
Muitas vezes pagamos pela formação universitária do profissional, pagamos pelo conhecimento adquirido da Naval Group, passando pelo processo de obtenção de experiência, e depois, na melhor fase desse profissional, deixamos ele ir para empresas estrangeiras que não investiram 1 centavo nessa formação. Pode isso Arnaldo?

Last edited 2 meses atrás by Matheus