Com lançamento no Oceano Pacífico, China testa ICBM que pode alcançar o território continental dos EUA

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A Força de Foguetes do Exército de Libertação Popular da China realizou seu primeiro teste conhecido de míssil balístico intercontinental (ICBM) em 44 anos, lançando um ICBM no Oceano Pacífico. Segundo o Ministério da Defesa chinês, o teste envolveu um ICBM com uma ogiva simulada que pousou com precisão na área designada no alto mar, como parte do treinamento militar anual da Força de Foguetes.

O ICBM mais recente da China, o DF-41, entrou em serviço em 2017 e tem um alcance operacional de até 15.000 km, capaz de alcançar o território continental dos EUA. Em geral, um ICBM possui um alcance superior a 5.500 km e é projetado para carregar ogivas nucleares. O teste foi notificado antecipadamente aos países relevantes, sendo a primeira vez em mais de quatro décadas que a China conduz um teste atmosférico de ICBM sobre águas internacionais.

O último teste semelhante ocorreu em 1980, quando o DF-5, primeiro ICBM da China, voou mais de 9.000 km a partir do centro de lançamento de Jiuquan, na província de Gansu, atingindo a área-alvo no Pacífico Sul. Desde então, as atividades com mísseis têm aumentado na Ásia-Pacífico, com testes frequentes de mísseis balísticos por países como a Coreia do Norte e os EUA também retomando o desenvolvimento de mísseis de alcance intermediário após se retirar do tratado INF em 2019.

Os EUA têm demonstrado preocupação com o aumento das capacidades de mísseis da China. De acordo com um relatório do Pentágono sobre o desenvolvimento militar chinês, a Força de Foguetes do PLA está modernizando suas capacidades de “dissuasão estratégica”, incluindo o desenvolvimento de novos ICBMs. O relatório estimou que a China possuía cerca de 350 ICBMs em 2022, com novas instalações de silos de propelente sólido em construção.

O comentarista militar Song Zhongping destacou que o teste recente representa uma avaliação abrangente das capacidades de ICBM da China e demonstra a maturidade e confiabilidade de sua tecnologia de mísseis. Song acredita que o lançamento de um ICBM em direção ao Pacífico é uma demonstração da capacidade do país de realizar um teste completo do sistema de armas, o que fortalece a postura estratégica da China.

Wu Riqiang, especialista em armas nucleares da Universidade Tsinghua, observou que o recente teste de ICBM foi mais transparente do que o teste de 1980. Ele destacou que a China declarou claramente que estava testando um ICBM, uma postura que reflete um nível maior de abertura em comparação com o passado. Wu também apontou que é prática comum para países realizarem testes de ICBMs em alto mar.

O recente aumento nas atividades de mísseis ocorre em um contexto de intensificação das tensões na Ásia-Pacífico. Além do teste da China, a Coreia do Norte realizou vários testes de mísseis balísticos de curto alcance, e os EUA implantaram recentemente seu sistema de mísseis de capacidade média em um exercício conjunto com as Filipinas. Isso marca o retorno de armas de médio alcance na região desde a proibição estabelecida pelo tratado INF em 1987.

A China também notificou o Japão sobre possíveis “detritos espaciais” em três áreas: o Mar do Sul da China, ao norte da Ilha Luzon nas Filipinas e no Pacífico Sul. A guarda costeira japonesa recebeu o aviso, e o Ministério da Defesa do Japão afirmou que não houve relatos de danos a embarcações e que continuará monitorando os movimentos militares chineses.

A intensificação das atividades com mísseis reflete os esforços da China para fortalecer suas capacidades estratégicas, com foco no desenvolvimento e testes de mísseis de longo alcance como o DF-41. A Força de Foguetes do PLA está avançando em seus planos de modernização para reforçar sua capacidade de dissuasão e manter sua posição em um cenário geopolítico cada vez mais complexo.

A recente demonstração de força da China com o lançamento do ICBM é um lembrete de suas crescentes capacidades militares e da importância do monitoramento contínuo da região da Ásia-Pacífico, onde as tensões entre grandes potências e países vizinhos estão em constante evolução.

FONTE: South China Morning Post

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Sincero Brasileiro da Silva

Onde está o Superman para acabar com todos os ICBM do mundo?

Blits157

Eu estou lendo o ano 5 da HQ “Injustice” , é um universo bem interessante.

comenteiro

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Allan Lemos

Contanto que nāo seja o Red Son.

naval762

Diferente dos mísseis russos, os chineses não explodem dentro do silo, pelo menos esse tinha combustível ao invés de água no tanque, parece que a tropa da força de mísseis parou de cozinhar fora do rancho.

José001

Sério isso?

Maurício.

“pelo menos esse tinha combustível ao invés de água no tanque.”

Provavelmente essa é uma “informação” de algum onipresente alto funcionário americano ou britânico…😂🤣

max

Os últimos dois anos:

2023, os EUA não conseguem testar o lançamento do míssil balístico intercontinental LGM-30G;

2024, fracasso do teste de lançamento do ICBM UGM-133A pelo Reino Unido;

2024, fracasso do teste de lançamento do ICBM RS-28A pela Rússia (explodiu no silo);

2024, a China “consegue” testar o disparo de um ICBM;

Dalton

A China testou novamente um míssil que já encontra-se em serviço, a mesma coisa os EUA fizeram com um “Minuteman III” poucos meses atrás assim como SSBNs dos EUA e Rússia regularmente testam seus “Tridents II” e “Bulavas” respectivamente com sucesso. . Quanto ao míssil do Reino Unido que falhou não se sabe o que aconteceu, mas trata-se do mesmo míssil utilizado com sucesso pelos EUA, o “Trident II”. . E quanto ao novo míssil dos EUA este está ainda em desenvolvimento então é natural que ocorram falhas assim como o “Bulava” russo sofreu uma série de falhas antes de… Read more »

Dalton

Você de fato acredita que tudo o que a China produz não é sujeita a falhas ou
será que é mais difícil encontrar “links” sobre falhas chinesas.
.

max

Desculpe pela omissão da França, atualizada com um pouco mais de detalhes: 1º de novembro de 2023: O míssil balístico intercontinental terrestre Minuteman III dos EUA falha no lançamento e explode sobre o Oceano Pacífico. 18 de novembro de 2023: A França lança o míssil balístico intercontinental M51.3 lançado por submarino. 30 de janeiro de 2024: Um míssil balístico intercontinental britânico Trident II lançado por submarino cai no oceano e explode. 21 de setembro de 2024: O míssil balístico intercontinental russo RS-28 Salmat baseado em terra falha no lançamento. 2024, 25 de setembro: A China lança um ICBM. O lançamento… Read more »

Matheus

Impressionante, a China testou um míssel com alcance de 9.000 Km. Isso EM 1980!!
O que o Brasil estava pensando nessa época?

Last edited 2 meses atrás by Matheus
comenteiro

Hiperinflação?

Emmanuel

Eu ri agora.
Mas o pior que é verdade.

Wagner

Sim, com a crise do petróleo de 1973 o ” milagre econômico” desmoronou e junto a ditadura que não se sustentou. Se a economia não sobe governo de qualquer ideologia não sobrevive.

Guizmo

kkkk boa…além da Copa do Mundo na Espanha em 82

Allan Lemos

Estava testando tecnologias inovadoras para renovar a frota de carros de escola de samba.

Esteves

“Outros agravantes eram os altos índices inflacionários do período e a estagnação econômica. Segundo Thomas Skydmore (2000, p. 271), “para efetuar os pagamentos da dívida externa, o governo recorria à crescente dívida pública interna e à criação de dinheiro inflacionário, o que significava que o serviço da dívida externa havia forçado o governo brasileiro a alimentar as chamas da inflação que estava crescendo…”. “Por conta deste contexto econômico conturbado, houve tentativas de reforma monetária e vários planos econômicos foram adotados, como o Plano Cruzado, Plano Bresser e Plano Verão. Infelizmente, todos fracassaram ou seus resultados foram insuficientes para manter a… Read more »

Willber Rodrigues

O Brasilistão passava por uma hiperinflação causada pelas pataquadas econômicas e a cacetada de empréstimos feitos pelo governo dos fardados, e o EB ainda pensava em maneiras de modernizar o M3 Stuart, um blindado que já era claramente obsoleto no começo da Campanha da Africa da WWII, enquanto deixavam a Engesa e Bernardini morrerem.

BraZil

Já éramos “o país do futuro”, nessa época e continuamos sendo…(risos)

Aéreo

Respondendo a questão. No âmbito da ciência dos foguetes. Em 1980 o então presidente João Figueiredo, assinou o decreto da Missão Espacial Completa Brasileira, que previa a construção de um satélite a ser lançador por um foguete nacional em território Brasileiro. O IAE trabalhava no Sonda-IV que seria lançado em 1984 e validaria tecnologias para o VLS. Os trabalhos do VLS começariam em 1984 com o primeiro protótipo pronto em 1997. A Índia em 1980 realizava o primeiro lançamento local de um satélite de 35kg por meio do veiculo SLV que tinha falhado no primeiro voo em 1979. Eles já… Read more »

Mcruel

Pensando em ganhar a Copa do Mundo de 1982…

Sergio

Na copa de 82. Aonde a única coisa que ainda funcionava aqui – o futebol- monopolizava o patropi…

Marcelo

Em 1980 começamos a seguir o consenso de Washington e a primeira decisão tomada foi acabar com nossa industria militar e virar cliente e reserva de mercado da industria militar americana e europeia (otan) e na parte econômica passámos a ser obrigado a seguir ordens de Washington tanto na área econômica como comercial. A nossa industria nacional foi destruida pela industria América e europeia com subsídio americano e europeu igual os chineses fazem hoje em dia com dumping do governo chines para quebrar seus concorrentes. Na época o governo abriu o mercado mais não protegeu a indústria nacional contra a… Read more »

Jorge Roberto Araujo

Carro a álcool

JPonte

Não estavam pensando em nada estratégico , como continuam até hoje sem pensar e sem fazer nada estratégico que projete e proteja o país no futuro ….. em 1980 o estado mental era similar ao de 2024 ….. só projeto pessoal e fé absoluta que até e o país do futuro …. eu estava lá e vive e vivo hoje , tudo igual , mudam só os atores .

Last edited 2 meses atrás by JPonte
Bosco

Mas é correta essa informação?
A China não testa seus ICBMs há mais de 40 anos?
Coisa esquisita.

Alex Barreto Cypriano

A frase está mal construída; deveria ter deixado claro que faziam 40 anos que não se disparava um ICBM em direção ao oceano (o último foi justamente um vetusto DF-5A nos oitenta do XX). Houveram outros disparos em teste nestes 40 anos, mas de outros mísseis (mísseis balísticos de curto alcance) e orientados ou ao interior do território chinês (extremo oeste) ou aos mares próximos. Conforme se lê aqui:
https://www.twz.com/nuclear/first-chinese-icbm-test-into-the-pacific-in-decades-is-a-big-deal

Last edited 2 meses atrás by Alex Barreto Cypriano
Bosco

O que será um “teste atmosférico” de ICBM?
Acho redundante.
*Todo ICBM tem uma fase atmosférica inicial, uma fase espacial intermediária e uma outra fase atmosférica terminal.

Esteves

Testaram o início e o fim?

José001

Comentário redundante.

Alex Barreto Cypriano

Off Topic: o quê aconteceu com a matéria recente sobre o HMS Prince of Wales com F-35B se preparando pra exercício Strike Warrior? Sumiu? Foi deletada? Por quê?

Last edited 2 meses atrás by Alex Barreto Cypriano
Leandro Costa

Na verdade não foi deletada Alex. É que o HMS Prince of Wales também é stealth!

Alexandre Galante

Os autores pediram para tirar do ar.

Rodrigo G C Frizoni

Esse é igual a ao ICBM russo que explode no silo ou esse explode no caminhão? kk

RPiletti

Esse explode o alvo.

Yuri

Será que explode mesmo?

Maurício.

Esse é um dos motivos do porque os EUA não consideram Taiwan um país livre e soberano! Rsrsrs.

Marcos

Como dizem os EUA: “É a diplomacia funcionando”. Rsrsrs.

Alex Barreto Cypriano

Ninguém sabe exatamente quantos mísseis DF-41 estão/estarão em silos. Sabe-se apenas que eles, inclusive os 28 DF-41 na versão móvel em TELs, podem carregar até 3 ogivas com 200 a 300 kilotons cada. Apenas os ICBMs em TELs contariam 84 ogivas somando 16,8 a 25,2 megatons, pouca coisa pro fim do mundo mas suficiente pra arrasar a economia dos EUA. Tem ainda os mísseis antigos DF-5A (dos anos 1980, portanto talvez de operação e prontidão precarias) que carregam cada uma ogiva de 4 ou 5 Mt, uma bela promessa de destruição, mesmo com CEP mastodontico… Melhor dar uma olhadinha, aqui:… Read more »

Jonas

Vocês parece igual peru de natal morre de véspera, ignoram que china antes de ser industrializada pelos americanos e europeus ,os chineses comiam lagartos ,insetos….,para não morrerem de fome. Esses testes serão comprovados a eficiência em uma possível guerra mundial, mas não esqueçam que os americanos teem a melhor defesa anti-aerea e os melhores instrumentos bélicos do planeta Terra, os outros países principalmente esquerda-comunista ficam vivendo de ilusões ,e usando tecnologia do passado desprezado pelos Estados Unidos .

Marcelo

Deixa de ser mentiroso,mesmo hoje em dia o agro é tec (Brasil) vendendo tudo que eles precisa eles continua comendo inseto e largato.

Wagner

Estão vendo o porque não tem “Acordo de Plaza” ? O Japão não tinha essa garantia.

ChinEs

A China já esta a aumentar o seu poder desde a pandemia, vão ser mais 20 anos de grande expansão que a nível de ogiva, quer a nível dos lançadores… A China têm como objetivo ter a mesma quantidade de ogivas da Rússia e dos EUA num curto espaço de tempo… A Rússia transferiu material fissil para China construir até 1500 ogivas nucleares, dá para ver que a China tensiona ter pelo meno 1/4 do Arsenal Russo e num futuro proximo ultrapassar mesmo a Rússia e os EUA.

Aéreo

Essa questão dos supostos 40 anos sem lançamentos chineses de ICBM é confusa na origem da informação que foi originalmente publicada pela grande imprensa, como o The Guardian. A principal base de lançamentos de testes na China é a de Taiyuan, que também é utilizada para lançamentos de satélites (foi lá que foram lançados os 6 satélites CBERS produzidos em conjunto com o Brasil). A norte e noroeste de Taiyuan já há uma vasta área de deserto que vai até a Mongólia. Os chineses testam seus mísseis em trajetórias “high altitude” com as ogivas chegando a até 6000 km de… Read more »

Esteves

Eu…eu li e compreendi. Acho.

Atirador

Engraçado uma ogiva lançada a 6000 Km de altitude cair, tendo-se em vista que se entra em orbita com pouco mais de 100 KM

Dalton

O “6000 KM” é o alcance do míssil, não que ele atingiu isso em altitude.

Aéreo

Para entrar em órbita é necessário que o objeto esteja em uma velocidade orbital mínima, algo um pouco maior do que 27.000 km/h. A ogiva é lançada a uma velocidade menor que isso, e aí retorna a Terra. Um ICBM vai acelerar suas ogivas entre 20.000km/h a 24.000km/h dependendo do alcance. No caso do RS-28 Sarmat, ele tem tanta força de aceleração que a ogiva é lançada quase na velocidade orbital, e isso permite que ele lance a ogiva em direção ao sul, porém com uma velocidade tal que ela ao invés de ficar em órbita, reentre sobre os EUA continental… Read more »

Ricardo Araujo

Os EUA costumam fazer ameaças, algumas veladas e outras nem tanto, contra quem acham que devem fazer, portanto, é de se esperar que quem tenha capacidade de resposta, não fique inerte. Quando o mundo parará com isso? As mudanças climáticas já não são ameaça suficiente para todos nós?

Bigliazzi

Até a Coreia do Norte tem essa bagaça… Só agora os chineses conseguem isso? Desde a decada de sessenta do século passado os americanos tem milhares de ogiva prontas para serem lançadas só contra a China. Segue o jogo