Naval Group assina contrato para fornecer quatro submarinos da família Barracuda ao Ministério da Defesa da Holanda

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Hoje (30/9), Gijs Tuinman, Secretário de Estado da Defesa da Holanda, e Pierre Eric Pommellet, CEO do Naval Group, assinaram o Acordo de Entrega para o programa de Substituição da Capacidade Submarina da Holanda (RNSC). A cerimônia foi realizada na DMI (Direção de Manutenção de Material) em Den Helder. Este passo decisivo marca o início do programa da classe Orka, após a assinatura do Acordo de Cooperação Industrial (ICA) entre o Naval Group e o Ministério dos Assuntos Econômicos.

A assinatura do Acordo de Entrega marca o início do programa para a substituição dos submarinos da classe Walrus, atualmente operados pela Marinha Real da Holanda, após um processo detalhado de avaliação e licitação conduzido pelo Comando de Material e TI (COMMIT) em nome do Ministério da Defesa da Holanda.

Gijs Tuinman, Secretário de Estado da Defesa da Holanda, afirmou: “Com a assinatura do acordo de entrega, confirmamos oficialmente que o caminho para novos submarinos passa pela França e pela Holanda. Através do Naval Group, que tem ampla experiência na construção de submarinos, mas também através da indústria marítima holandesa, que possui um conhecimento único e especializado.”

Pierre Eric Pommellet, Presidente e CEO do Naval Group, acrescentou: “Estou extremamente satisfeito por estar aqui hoje para assinar este contrato para a entrega de quatro submarinos expedicionários que serão operados pela Marinha Real da Holanda. O Naval Group sente-se honrado por ter sido selecionado por uma das frotas de submarinos mais avançadas da OTAN, atendendo a exigentes requisitos operacionais e técnicos. Esta cooperação reflete a confiança que o Ministério da Defesa da Holanda deposita em nossa expertise comum e nosso compromisso em atender às suas necessidades.”

Fortalecendo capacidades estratégicas

Como parte da família de submarinos Barracuda, este programa fortalece as capacidades estratégicas da Marinha Real da Holanda.

Jan Willem Hartman, Comandante do COMMIT, disse: “Um processo de aquisição minucioso apontou a classe Orka, do Naval Group, como a melhor substituição para os submarinos da classe Walrus.
Os Orka, Zwaardvis, Barracuda e Tijgerhaai darão à Holanda uma vantagem inicial na guerra submarina.”

O programa da classe Orka também visa fortalecer a autonomia estratégica da Holanda, aprofundando ainda mais a cooperação existente entre o Ministério da Defesa da Holanda, a Base Industrial de Defesa da Holanda (NL-DTIB) e o Naval Group nas próximas décadas.

Compromisso de longo prazo com a autonomia estratégica

Um fator chave do programa RNSC é o requisito de autonomia estratégica, que o Naval Group apoia por meio de um ambicioso plano de cooperação industrial formalizado pela assinatura do Acordo de Cooperação Industrial (ICA) com o Ministério dos Assuntos Econômicos em 10 de setembro de 2024. Sob este acordo, o Naval Group se compromete a cooperar com várias empresas e institutos de conhecimento holandeses ao longo de um período de vinte anos. Este plano envolve a rede de parceiros holandeses do Naval Group em sistemas e componentes chave, garantindo que o ecossistema da Holanda desenvolva e retenha expertise e envolvimento ao longo do ciclo de vida dos submarinos, centrado na DMI.

Para o cluster marítimo da Holanda, a participação no programa de submarinos e o conhecimento e experiência adquiridos proporcionarão uma excelente oportunidade para expandir ainda mais seus negócios com o Naval Group. Isso também fornecerá o conhecimento e expertise necessários para operar, manter e modernizar os submarinos com sucesso e autonomia durante seu ciclo de vida.
Essa organização industrial está bem alinhada com o requisito do Ministério da Defesa da Holanda de manter a autonomia durante o tempo de vida dos submarinos.

DIVULGAÇÃO: Naval Group

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Heinz

Procurei em outra matéria do forte. (O “Scorpène” é de propulsão diesel-elétrica, com 2 ou 4 motores diesel e um motor elétrico de 2.8MW. Desloca 1.700t na superfície, tem comprimento de 66m e boca (largura) de 6,2m.
O “Barracuda” é de propulsão nuclear, com um reator PWR K15 de 150MW de potência e dois motores elétricos de 10MW. Desloca 4.765t na superfície e 5.300t submerso, tem 99,4m de comprimento e 8,8m de boca.)
Essa versão holandesa será nuclear?
Nosso submarino Álvaro alberto terá especificações parecidas com os barracudas?

Dalton

Não, trata-se de uma versão convencional e de menor tamanho do Projeto Barracuda que deu origem aos submarinos de propulsão nuclear franceses classe Suffren.

ChinEs

A Austrália desistiu dessa classe, o que originou um incidente diplomatico com a França, a Australia optou pela classe Defiant e Virginia, A Holanda estará bem servida com esses 4 submarinos.

Allan Lemos

Um país minúsculo com a mesma quantidade de submarinos que o Brasil. E tem gente que nāo enxerga o problema na gestāo das forças armadas.

737-800RJ

Proporcionalmente é como se tivéssemos encomendado quantos Classe Riachuelo? Uns 50? 🤣
A gente ri pra não chorar.

Dalton

Fazer parte da OTAN – ainda mais após a invasão russa da Ucrânia – dá direitos, mas também deveres a um país.
.
No momento a Holanda tem “apenas” 3 submarinos já antigos com 30 anos ou mais um dos quais inativo sendo revitalizado para estender a vida útil até muito além do que se queria inicialmente – seria como fazer um novo “PMG” no “Tupi” – já que os substitutos chegarão daqui muitos anos e até lá é possível que o número caia para duas unidades mesmo que temporariamente.

PACRF

Abordagem correta. Após a invasão da Rússia (a maior ação militar na Europa, desde a II Guerra), não havia outra alternativa a não ser gastar mais com defesa. Todos os países europeus (pobres, remediados e ricos) incrementaram seus orçamentos de defesa. Além do mais, houve a necessidade de repor estoques de armas que foram enviados para a Ucrânia se defender. Cenário completamente diferente da América do Sul, onde o único país “beligerante” é a Venezuela.

Willber Rodrigues

Dá uma pesquisada em quantos subs convencionais, MBT’s e caças a Grécia tem.

A Grécia.

A Grécia, repetindo.

Eu sempre digo que há algo profundamente errado com as FA’s BR, mas tem gente que desacredita…

Akhinos

O Exército acabou de tentar impor sigilo de 100 anos a um bônus de R$ 50 mil que a folha de São Paulo descobriu que eles vem pagando a seus oficiais.

Com o nível de transparência que existe nas FAs brasileiras a situação sempre será de penúria. É por isso que eu falo que a limpeza nas FAs tem que ser de cima abaixo. Elas tem que ser totalmente reformadas. São totalmente incompetentes e ainda de tempos em tempos geram instabilidade política no país.

Aéreo

Eu diria que a Holanda é um pais com uma cultura e tradição naval, e isso faz toda a diferença. O Brasil não possui cultura naval nem espacial.

paulop

Pois é…. parabéns ao Naval Group por mais essa vitória. Lembrar que o Barracuda possui duas versões: uma convencional e outra nuclearizada.

https://www.naval-group.com/en/submarines

Abraço.

Gabriel BR

Ganharam na Holanda e tem grandes chances no Canadá também.
Naval Group é o estaleiro com o portfólio mais completo da Europa

André Luis Lacerda

EDITADO:
6 – Mantenha-se o máximo possível no tema da matéria, para o assunto não se desviar para temas totalmente desconectados do foco da discussão.

Carlos Campos

Antes eles faziam seus proprios subs, esse pequeno país chegou a ser mais rico e mais poderoso que outras potências Europeias, rivalizava com o UK e Espanha

Mr. White

Bom dia foristas,

Uma pergunta de leigo. Percebi na ultima foto (renderizada 3D) que o submarino estava revestido por uma especie de “tiles (telhas em ingles)”.

Esse “acabamento” existe ou foi apenas incluido na renderizacao?

Se existe, qual o seu proposito?

Obrigado.

Alex Barreto Cypriano

Cada (futuro) classe Orka custa, hoje, mais de 1,4 bilhões de Euros, uns 8,4 bilhões de Reais. Segundo a Naval Group (antiga DCNS), o Shortfin Barracuda foi oferecido a Austrália, com todo o chamariz de ToT (da tecnologia stealth) e o escambau, mas a oferta foi dispensada (pra furiosa lividez francesa). Como todo mundo sabe, o Shortfin Barracuda é diesel-eletrico, usa pump jet electric driven, e é capaz de retrair os planos de controle pra melhorar a hidrodinâmica e discrição sônica (talvez daí o nome Shortfin, barbatana curta). Achei estranhamente excessivas as dimensões registradas (PDF Naval Group) e o deslocamento… Read more »