A Hensoldt, empresa especializada em soluções de sensores, anunciou em 14 de outubro de 2024 que completou com sucesso a Revisão Crítica de Design (CDR) para a modernização dos submarinos da classe ULA da Noruega. O projeto, que tem um valor aproximado de 40 milhões de euros, foi firmado com a Agência de Materiais de Defesa da Noruega e inclui a substituição dos periscópios SERO 14/15 por sistemas modernos de periscópios e mastros optrônicos, prolongando a vida útil dos submarinos.

A Marinha Real Norueguesa (RNoN) está em plena fase de modernização de sua frota de submarinos, substituindo a classe Ula pela avançada classe Type 212CD, em cooperação com a Alemanha. A transição é motivada pela necessidade de fortalecer a capacidade submarina, especialmente diante da crescente atividade submarina russa no Ártico e Atlântico Norte.

Atualmente, a Noruega opera seis submarinos da classe Ula, em serviço desde o final dos anos 1980. Embora envelhecidos, esses submarinos diesel-elétricos passaram por atualizações significativas nos sistemas de combate e sensores, permitindo que permaneçam operacionais até a chegada dos novos submarinos, prevista para a década de 2030.

Os novos submarinos da classe Type 212CD, cujo pedido inicial foi feito em 2021, incluem quatro unidades com mais dois planejados, totalizando seis. A primeira unidade deve ser entregue em 2029, com toda a frota operacional até meados da década de 2030, garantindo a continuidade da defesa submarina da Noruega.

A classe 212CD traz melhorias importantes, como sistemas de propulsão independente de ar (AIP), permitindo operações submersas prolongadas, e maior furtividade com um casco redesenhado e propulsão mais silenciosa. Essas capacidades tornam os submarinos difíceis de detectar, reforçando a defesa da ala norte da OTAN, onde a Noruega desempenha um papel estratégico.

Subscribe
Notify of
guest

1 Comentário
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Dalton

Originalmente teriam uma vida útil de no máximo 35 anos, porém o mais antigo o “Ula” completou 35 em abril último – o Tupi completou 35 em maio – mas com os novos previstos apenas para 2029 em diante a extensão de vida por uns poucos anos é inevitável.
.
No caso da marinha brasileira já há substitutos entrando em serviço não compensando
estender a vida dos “Tupis” – a não ser que coubesse no orçamento aumentar o número
de submarinos para um mínimo de 6 e sustentar esse número com Riachuelos adicionais.