Fragata “Defensora” e NS “Elephant” aprimoram a interoperabilidade em exercícios navais

A Fragata “Defensora”, da Marinha do Brasil (MB), realizou exercícios operativos com o NS (Namibian Ship) “Elephant”, da Marinha da Namíbia, entre os dias 21 e 23 de outubro, em águas jurisdicionais namibianas, na costa ocidental do continente africano.As operações entre a MB e a Marinha da Namíbia ocorreram após a participação da Fragata “Defensora” no exercício internacional IBSAMAR VIII que envolveu, também, as Marinhas da África do Sul e da Índia.

No trecho final da travessia entre o porto sul-africano de Simon’s Town e o porto namibiano de Walvis Bay, a “Defensora” encontrou o NS “Elephant” em um ponto pré-determinado e realizou  exercícios de manobras táticas, que incluíram o Leap Frog, quando os navios se aproximam e navegam paralelamente com o mesmo rumo e velocidade, a fim de que estejam em condições de estabelecer uma ligação por cabos para a transferência de insumos e pessoal entre as duas embarcações no mar.

Com o tradicional cumprimento no mar, os navios encerraram as manobras e se dirigiram para o porto de Walvis Bay, onde atracaram na manhã desta terça-feira (22). Na entrada do porto, a Fragata “Defensora” realizou o cerimonial de saudação à terra, com uma salva de 21 tiros de canhão, que foram respondidos por canhões posicionados na Base Naval Capt P. N. Sacharia da Marinha da Namíbia. Essa tradição naval secular remonta ao costume dos antigos navios de guerra a vela que disparavam seus canhões quando se aproximavam de navios ou portos amigos para demonstrar suas intenções pacíficas.

Ainda nesta terça-feira (22) a Fragata “Defensora” conduziu um exercício com simulação de abordagem a navios suspeitos. O Grupo de Visita e Inspeção (GVI) do NS “Elephant” abordou a  “Defensora” que simulava ser um navio de interesse, sendo observados por Integrantes do GVI da Fragata e do Destacamento de Mergulhadores de Combate embarcado no navio brasileiro.

Tripulantes do NS “Elephant”, navio que possui a capacidade de operar com aeronaves por dispor de um convés de voo, também estiveram a bordo da Fragata “Defensora”, que viaja com um helicóptero AH-11B “Super Lynx” embarcado. Os militares namibianos participaram de adestramento de postos de voo, verificando de perto os procedimentos preconizados para a realização segura e eficaz de pousos e decolagens a bordo de navios da Marinha do Brasil.

Para o Comandante da Fragata “Defensora”, Capitão de Fragata Gustavo Almeida Matos de Carvalho, operar com a Marinha da Namíbia é uma oportunidade relevante para o Brasil. “A realização de exercícios operativos com a Marinha da Namíbia é sempre oportuna, uma vez que nos permite aprimorar nossa interoperabilidade e reforçar nossas capacidades de trabalharmos em conjunto para promover a Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul, tornando nossas águas mais seguras e prósperas”, destacou o Comandante Almeida Matos.

FONTE: Agência Marinha de Notícias

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Augusto José de Souza

Passando pelo BNRJ,dá para perceber que estão instalando e soldando uma estrutura na fragata constituição,tem alguma informação se pode haver algum reparo ou modernização que possam estar fazendo nela?

MMerlin

Lembro que essa etapa de manutenção das Niteróis ia trazer atualizações da versão do SICONTA. Essa atualização envolvia troca de sensores, hardware e software.
Isso ia permitir estender o uso das embarcações por pelo menos 10 anos.

Last edited 2 dias atrás by MMerlin
Leandro Costa

Acho que o problema maior é refrigeração dos eletrônicos. Espero que resolvam.

MMerlin

Depende os componentes eletrônicos, seu uso e nível de processamento.
A evolução fez que boa parte da eletrônica atualizada demande menos refrigeração e, consequentemente, energia.

Onde o bixo pega hoje é com processamento. A demanda está tão grande, movida principalmente pela IA, que grandes corporações estão conseguindo acabar com o lobby que existia contra o uso de usinas nucleares.

Augusto José de Souza

Então eles irão modernizar de fato todas as Niterói até pelo menos ter fragatas o suficiente para substituir elas, imagino que haverão operações em conjunto entre as Niterói e as Tamandaré e uma despedida simbólica com as Niterói passando a tocha para as Tamandaré.

Burgos

Boa noite Augusto como o Merlin citou acima, somente 3 passarão por algumas modernizações para extender o uso dessas, mas a F 42 não tem essa previsão. Só foi prorrogada a baixa dela (F 42).
Provavelmente como citado pelo Augusto em seu comentário inicial, deve ser reparos estruturais mesmos.

Last edited 1 dia atrás by Burgos
Augusto José de Souza

Pela estrutura deve ser algum reparo no radar de navegação,mas acredito que ela e a defensora irão ter o mesmo tempo de vida útil das outras três.

eder

Se juntar este monte de sucata (MB-NAMIBIA) e bater no liquidificador quem sabe a gente consegue um navio moderno!!!

Jagder#44

Interessante esse NS “Elephant”.


Carvalho

Se vc olhar em detalhe, vai ver que é um navizinho bem chinfrin
Não tem hangar.
Navio patrulha oceânico com armamento padrão e sem sofisticação.
Construído na China.
Deve ser bem baratinho.

mauricio pacheco

Impressionado com a sujeira dos coletes do pessoal da aviação, uma lavada caia bem, principalmente em uma operação internacional!

No One

Maurício, eu esperaria dezenas de críticas nos comentários, a partir da inconstância e falta concretude dessas relações e exercícios da MB com as nações parceiras da costa africana, assim como aponto a superficialidade e as ocasiões perdidas ao longo das últimas décadas ( obviamente que não é culpa só da MB, que aliás faz mais do que muitos outros órgãos ) …Sinceramente a sujeira do colete nem passou pela minha mente, algo totalmente irrelevante na minha opinião.

Não exatamente uma profissão “limpa” nem aqui, nem na melhor e maior marinha do mundo:

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mauricio pacheco

Apuro nos uniformes, é um dos requisitos básicos de um militar, já fui militar da Marinha e servi no Submarino Riachuelo S22, se você se apresentasse no convés, vestido como um morador de rua, o mínimo que ganharia era uma parte.

Carvalho

A MB usou essa proximidade operacional para vender seus navios patrulha para a África.
Foram superados pelos chineses.
A pirataria corre frouxo nessas águas.

Marcelo Andrade

Sem apoio governamental meu caro, não adianta, a MB não faz milagre!

Carvalho

Mas no caso, a Marinha estava apoiando uma política governamental.
Não o contrário.

MMerlin

Talvez o que ele comentou foi a respeito de um possível apoio através de lobbie por parte do Brasil, via Executivo e Itamaraty.
Mas não tem com competir com a China.
Esta tem um Plano de Estado para a costa africana.
A Namíbia já possui aeronave e outras embarcações chinesas.
A China atualmente tem nesse país todo um pacote de serviços financeiros.
E, como você comentou a respeito da pirataria, é do interesse do país Oriental garantir a segurança nessas águas.
Se nós não garantimos a segurança nem de nossa ZEE, como faríamos do outro lado do Atlântico?