Meios e militares garantem manutenção da soberania nacional sobre seus recursos, mas investimentos precisam ser feitos para garantir preparo constante

O Brasil possui riquezas naturais que parecem infindáveis e um posicionamento geográfico que o coloca em vantagem em relação a vários países do mundo. Por essa razão, há séculos o País definiu fronteiras e possui métodos de defesa para a Amazônia Verde e seus mais de 4 milhões de quilômetros quadrados de águas doces, reservas minerais e biodiversidade.

Assim como com a floresta, o País começa a perceber o valor estratégico do mar, batizado há 20 anos de Amazônia Azul pela Marinha do Brasil (MB).

Tal área de domínio nacional configura 5,7 milhões de km², à margem e para além da costa brasileira e, tanto é territorialmente maior que a Amazônia Verde, quanto responde por 20% do PIB nacional.

Ela também é “caminho” por onde trafegam mais de 95% de todo o comércio exterior e gera, em todas as suas atividades diretas ou indiretas, mais de 20 milhões de empregos.

Para garantir a soberania nacional sobre seus próprios recursos, a Marinha do Brasil se prepara e atua para transpor todo tipo de desafio. Quanto maiores forem eles, mais potente deve ser o Poder Naval para vencê-los.

Monitoramento

A Marinha desenvolveu o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz), que é uma das principais ferramentas para o monitoramento e proteção das águas jurisdicionais brasileiras. Ela integra equipamentos e sistemas compostos por radares localizados em terra, aeronaves e embarcações, além de câmeras de alta resolução e capacidades como a compilação de informações recebidas de sistemas colaborativos.

Entre essas integrações, destaca-se o Sistema de Monitoramento Marítimo de Apoio às Atividades de Petróleo (SIMMAP), o Sistema de Identificação e Acompanhamento de Navios a Longa Distância (LRIT) e o Programa Nacional de Rastreamento de Embarcações Pesqueiras por Satélite (PREPS).Todos esses sistemas são baseados em rastreamento de posição via satélite. Os dados captados de posicionamento são transmitidos por meio de comunicação satelital para centrais de rastreamento e, no futuro, haverá a incorporação de sensores acústicos ao monitoramento.

A capacidade obtida com sua implementação permite que as infrações ambientais, como a poluição causada por embarcações e plataformas, sejam prevenidas e mitigadas por meio de ações de pronta resposta, inteligência e dissuasão. Em se tratando de óleo, foi criada, em 2020, uma Comissão Técnico-Científica para o Assessoramento e Apoio das Atividades de Monitoramento e Neutralização dos Impactos Decorrentes da Poluição Marinha por Óleo e Outros Poluentes na Amazônia Azul.

Meios

Em 2004, no artigo que inaugurou o termo “Amazônia Azul”, o então Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Roberto de Guimarães Carvalho, reiterava que, na Amazônia Verde, as fronteiras do Brasil com seus vizinhos são fisicamente demarcáveis e estavam sendo efetivamente ocupadas por pelotões de fronteira e obras de infraestrutura, mas que o que define as linhas da Amazônia Azul são os navios patrulhando-as ou realizando ações de presença.

Em abril do ano passado, por exemplo, a MB precisou dissuadir um navio alemão que pesquisava, sem autorização, em águas brasileiras, em um local apontado como rico em cobalto, níquel, platina, manganês e terras-raras. Após o envio de uma Fragata para a Elevação de Rio Grande – área que compõe a Amazônia Azul –, a embarcação europeia se retirou.

Para defender toda a faixa de domínio brasileiro sobre o mar, a MB conta com seus militares e meios como navios (aeródromo, fragatas, corvetas, patrulha, entre outros), submarinos, helicópteros, drones e caças.

Treinamento

O treinamento em alto-mar e próximo à costa é fundamental para a MB, pois permite o aprestamento contínuo de suas tripulações e o desenvolvimento de seus meios navais. Essas atividades simulam condições reais de operação, testando a capacidade de manobra, a eficiência em situações de emergência e a integração entre os diversos elementos da Força Naval.

Além disso, o treinamento intensifica a prontidão operacional, a segurança das embarcações e a eficácia das estratégias de defesa, garantindo que o Brasil esteja preparado para enfrentar desafios em qualquer contexto.

A participação da Esquadra em exercícios nacionais, como “ASPIRANTEX”, “ADEREX” e  “Lançamento de Armas”, bem como os internacionais, como “GUINEX”, “UNITAS” e “Fraterno”, realizados em conjunto com outras Marinhas, contribuem para manter o preparo constante de meios e militares e promovem maior presença da MB no entorno estratégico brasileiro e garantem a soberania do País sobre suas águas, além do estreitamento de laços com nações amigas, em apoio à política externa.

Nessas ocasiões, são favorecidos o intercâmbio de informações e de conhecimento e a perspectiva de cooperação no combate a atividades ilícitas, como tráfico de armas, de drogas e de pessoas, pesca ilegal e crimes ambientais no Atlântico Sul.

São, ainda, oportunidades de treinamento entre os diferentes meios da própria Esquadra e com meios das demais Forças Armadas, aumentando sua integração. É um esforço perene e que exige detalhada coordenação entre diversos patamares do Poder Naval.

Recursos

O político, jurista e escritor Rui Barbosa já dizia: “esquadras não se improvisam”. Neste sentido, há uma preocupação premente da MB em retomar a “era de ouro” da construção naval, onde as prioridades eram garantir prontidão do pessoal e dos meios da Marinha. Estes, aliás, estão defasados, com previsão de baixa em ao menos 40%. Para o Comandante da Força, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, o País carece de “vontade política e estratégia de longo prazo” que assegure ao Estado brasileiro essa condição.

O País provisionou nos últimos dez anos, em média, o correspondente a 1,32% do Produto Interno Bruto (PIB) em Defesa, enquanto outros países em desenvolvimento seguem avançando, como a Índia (2,4%), a Colômbia (3%) e o Chile (1,8%).

Atualmente, tramita no Senado uma proposta de Emenda ao artigo 166 da Constituição Federal, que pretende estabelecer o orçamento anual mínimo de 2% do PIB para ações e serviços de Defesa Nacional. O documento condiciona 35% das despesas discricionárias do Ministério da Defesa, isto é, aquelas que não são obrigatórias, para o planejamento e execução de projetos estratégicos, priorizando a indústria nacional. Inclui, ainda, uma regra de transição, para que o valor aumente gradualmente até alcançar o seu patamar.

O texto da PEC, conforme apresentado pelo Senador Carlos Portinho, observa o incremento percentual gradual (0,1%/ano) e está em sintonia com o cenário geopolítico atual, que tem incentivado grandes e médias potências a elevarem seus investimentos para renovar seus sistemas de Defesa.

A PEC justifica a proposta com dados do Banco Mundial, que apontaram a média global de investimento com despesas militares, no ano passado, correspondente a 2,3% do PIB. Ela também compara os investimentos do Brasil com outros países da América Latina: “Assim, as despesas brasileiras no ano de 2022, consideradas em percentual do PIB, foram inferiores às do Peru (1,2%), da Bolívia (1,5%), do Chile (1,8%), do Uruguai (1,9%), do Equador (2,2%) e da Colômbia (3,0%)”.“Uma visão imediatista pode encobrir ou atenuar a percepção de ameaças e seus riscos associados e influenciar a alocação de recursos em defesa, reduzindo essa prioridade. Essa realidade é perigosa e traz consequências graves.

A presença de potências extrarregionais no entorno estratégico brasileiro deve ser motivo de preocupação para o Estado. A existência de cooperações e parcerias entre tais potências e países de nosso entorno geram a necessidade de constante avaliação do cenário geopolítico, incluindo, nessa análise, a própria capacidade de dissuasão da Força”, analisa o Comandante da Marinha.

Com foco na vertente soberania, esta é a quinta e última matéria da série “20 anos da Amazônia Azul”. Para ler as quatro primeiras reportagens, clique aqui.

FONTE: Agência Marinha de Notícias

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Emmanuel

Como a MB protege o mar brasileiro?
Simples, não protege.

Amarante

Seria cômico se não fosse trágico. Mas podemos ficar tranquilos agora, tem 4 novas corvetas (sim, é uma corveta) para proteger mais de 7000 km.

Esteves

Por enquanto tem uma em testes no mar. Uma.

Fernando "Nunão" De Martini

Se estão falando da fragata Tamandaré, ela está em acabamento. Não entrou na fase de provas de mar.

Esteves

Vichi.

Fernando "Nunão" De Martini

Por que “vichi”?

Por enquanto, e diferentemente de vários outros programas, a construção da Tamandaré está muito próxima do cronograma original e dos prazos normais para um navio cuja construção começou há pouco mais de dois anos.

https://www.naval.com.br/blog/2022/09/12/cerimonia-de-corte-de-chapa-da-fragata-tamandare-e-realizada-em-itajai-sc/

Cronograma divulgado na época da assinatura do contrato, em março de 2020, que coincidiu com o início da pandemia, dilatando o período dedicado a desenvolvimento:

comment image

Cronograma divulgado em agosto deste ano:

comment image

Esteves

Vichi…que bacana.

Fernando "Nunão" De Martini

Vichi… que saco ter que explicar isso.

Esteves

Nunão,

Por enquanto tu ta na frente. Por enquanto.

Augusto José de Souza

Esse segundo lote,só deve ser assinado quando a primeira Tamandaré for aprovada nos testes de mar ou quando a Mariz e barros for construída?

Esteves

Augusto,

Augusto. A MB reclamou recentemente da desvalorização da capitalização em 1/3. Querem mais 1/3 de 9 bilhões…que já são mais de 9 bilhões para entregar 4.

Apesar da atualização cambial.

Segundo lote só pode ser assinado quando houver dinheiro para construir segundo lote.

Camargoer.

Ficou comum afirmar que o tamanho da esquadra depende do tamanho do litoral. É um equívoco. O tamanho do litoral determina o tamanho da guarda costeira, que no Brasil é feito pela MB com os meios distritais. A Esquadra é um conjunto de meios de guerra organizados para atuar em outro cenário, ainda que possam ser usados para guarda costeira em tempos de normalidade. O tamanho da Esquadra é dimensionado pela tamanho da ameaça estratégica. Históricamente, a MB opera algo entre 7~13 navios de combate que passaram a ser chamadas de “escoltas”. Fragatas, corvetas, contratorpedeiros… talvez sejam poucos, talvez sejam… Read more »

Esteves

Se o tamanho da esquadra é determinada e dimensionada frente à ameaça estratégica devemos retornar aos estudos que determinaram as doutrinas e posteriormente as estratégias.

Como definimos amigo/inimigo?

Alex Barreto Cypriano

Tem que superar o binômio amigo/inimigo cujo precipitado histórico é desastroso.
Schmidt educou os nazistas:
https://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/alemao-sistematizou-teoria-politica-do-amigo-inimigo-9orksnjhs6msyhatm5esyreby/
A gigantesca Maria S. De Carvalho Franco, lá em 2001, já dissecava o miasma do binômio no desastre político nacional:
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs0306200107.htm
Tem que superar isso.

Esteves

Você está afirmando que os Almirantes devem retornar à escola?

Alex Barreto Cypriano

Idéias tem consequências, melhor reavaliar e readequar. Tem almirante ex 01 da MB indiciado em ‘golpismo’. Aqui:
https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2024/11/21/de-general-a-almirante-pf-inclui-24-militares-entre-indiciados-por-tentativa-de-golpe.ghtml

AVISO DOS EDITORES: FOQUEM NO TEMA DA MATÉRIA.

LEIAM AS REGRAS DO BLOG:

https://www.naval.com.br/blog/home/regras-de-conduta-para-comentarios

Last edited 1 mês atrás by Alex Barreto Cypriano
Rinaldo Nery

Isso é obra de ficção, delírio da PF.

AVISO DOS EDITORES: FOQUEM NO TEMA DA MATÉRIA.

LEIAM AS REGRAS DO BLOG:

https://www.naval.com.br/blog/home/regras-de-conduta-para-comentarios

José

_____
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COMENTÁRIO APAGADO. OS EDITORES AVISARAM. VEJA AS ADVERTÊNCIAS NOS COMENTÁRIOS ANTERIORES ANTES DE INSISTIR NO ASSUNTO.

LEIA AS REGRAS DO BLOG:
https://www.naval.com.br/blog/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Rinaldo Nery

Por meio do ChatGPesTeves! Kkkkkk
Desculpa amigo, brincadeira. Não resisti.

Esteves

Parei. É deselegante com os editores.

Brinquedo novo é assim.

Cristiano ciclope

Preparar a esquadra para realizar desembarque anfíbio de no máximo 900 fuzileiros em uma missão de paz da ONU na África com escolta! Para isso cálculo, dois navios que já temos, o Bahia, e o Atlantico e um navio tanque, escoltado por no máximo 4 fragatas. Obs. O número de escoltas disponíveis deve ser de 6 há 8 fragatas, 2 ou 4 como reposição de perdas em combate ou acidente, ou para escolta se comboio de capotagem se necessário/guerra. E uma força de submarinos capaz de proteger o entorno dos nossos principais portos. Acho que nesse caso deveríamos ter de… Read more »

Esteves

Não há orçamento para sustentar esse cenário.

Willber Rodrigues

“Ficou comum afirmar que o tamanho da esquadra depende do tamanho do litoral.”

Mesmo porque, se essa desculpa realmente fosse verdadeira e válida, então seria AINDA mais vergonhoso pra MB, já que temos 4 submarinos pra uma costa e ZEE desse tamanho, enquanto a Grécia, com uma costa e ZEE minúscula, tem 12 subs….

Esteves

A Grécia tem a Turquia…reforçando a argumentação do Professor Camargo.

Nós Tivemos os russos por imposição da época. Hoje?

Cristiano ciclope

Pois é, esse 4 submarinos só teria em sistema de rodízio, capacidade de proteger a região sudeste.
Cálculo 4 submarinos convencionais para cada região costeira que temos como o ideal.

Leandro Costa

Defina: Região Costeira.

Esteves

Litoral.

São submarinos leves. Comparados com os gigantes britânicos, russos, norte-americanos.

Acho que visitar o mapa ajuda a entender a extensão do nosso litoral sem “regiões costeiras”.

carvalho2008

sim, neste sentido , Mestre Wilber, é vergonhoso mesmo, os entusiastas e prfissionais é que se acostumam com o historico mínimo e veja que um histórico mínimo de rarissimos conflitos.

No entanto, a geografia demandaria no minimo razoavel 22 SSKs, 2 a 3 Nae, 24 Fragatas….

e ainda assim, seria menor que a marinha japonesa, italiana, francesa ou britanica….

No One

Nem tanto à terra nem tanto ao mar O contexto geográfico influencia e obriga determinadas escolhas, como ter uma ou 2 esquadras e é algo notório, até a MB reconhece, que o ideal seria ter uma segunda esquadra no norte do país, mas obviamente a realidade orçamentária, a falta de visão estratégica e a ausência de uma ameaça perceptível para a sociedade brasileira, impede esse passo. Assim como determina quantidades, tipologia e características das unidades para operar em um determinado ambiente. O ambiente/habitat sempre irá determinar quais são as características necessárias para que um organismo consiga sobreviver e evoluir, quando… Read more »

Esteves

Isso parece conversinha de psicólogo com psicanalista. O Yn Yang, o In Out. A MB não quer sair do Rio. Uma segunda esquadra iria duplicar o ambiente interno, aumentar as despesas e descontrolar as decisões. Um Comando é bom, dois Comandos não é porque seriam duas visões. O ambiente externo é modificador. A Melissa lança sandalinha…as meninas compram. Até pelo aroma. Esteves descumpre promessas…vem editor. Esteves manera…editor relaxa. A MB precisa do caos. Esteves jovem menino trabalhava em banco. O novo chefe de serviço ou gerente administrativo pediu duas vezes. Na terceira bancou o louco e despejou a agência no… Read more »

bartolomeu

Gargalhei

Afonso Bebiano

Prezado No One, além da questão quantitativa, é necessário elevar o padrão qualitativo.

Que segunda esquadra poderíamos manter e operar, se a única esquadra existente é cada vez menos numerosa e está obsoleta já faz tempo?

No One

Em nenhum momento discordo de vocês, não temos condições e isso é mais que óbvio, a estrutura e o orçamento não permitem, mas o nosso contexto geográfico é esse, queiram vocês ou não, felizmente ou infelizmente, o Brasil é um gigante que se confronta com a imensidão do oceano. Podemos fingir que somos o Yemen ou os Emirados que se confrontam com distâncias de10, 20 ou 30 km, que praticamente com um binóculo conseguem enxergar o outro lado do mar, ficar de conversinha falando de FAC e OPVs anabolizados… Podemos fingir que é suficiente, podemos ignorar o contexto, não vai… Read more »

Underground

“O tamanho da Esquadra é dimensionado pela tamanho da ameaça estratégica.”
E quando as ameaças ocorrem? Quando os interesses se chocam. Para um país subserviente a todos, não há ameaças. Simplesmente abaixamos a cabeça para os interesses dos outros.

Esteves

Existe opção?

Camargoer.

Olá Under. Agora sim entremos em uma discussão pertinente que começa com o papel das forças armadas em um regime democrático. Geralmente, as forças armadas estão organizadas em torno da ameaça externa. Os problemas de segurança interna são responsabilidade das forças de segurança pública. A ameaça externa pode ser definida ou difusa… a ameaça definida demanda um dimensionamento preciso da resposta militar. Por outro lado, a ameaça difusa demanda o dimensionamento de uma força de dissuasão. O Brasil, felizmente, sofre ameaças difusas. Dimensionar uma força militar neste cenário é muito difícil. Em função do elevado custo de aquisição e manutenção… Read more »

bartolomeu

Excelentes considerações

Underground

Mas você não pode esperar a ameaça definida se concretizar, porque aí é tarde.
Não se fabeuca um caça, um navio ou um blindado em uma semana. Nesse sentido é necessário ter algo mínimo. Pelo seu cenário, hoje nao faz sentido termos FFAA, que aliás, não temos. Temos um monte de gente, com meios deficientes, para ao dizer ultrapassados.

Camargoer.

Olá Under. Deixe-me explicar. Alguns países tem ameaças bem definidas. Por exemplo, Irã x Israel, Coreia do Norte x Coreia do Sul, Paquistão x Índia… existem outros exemplos, mas estes são suficiente para entender o conceito, Nestes casos, o dimensionamento das forças armadas e a sua estruturação levam em conta estas ameaças definidas. Seria um erro estratégico ignorá-las. Outros países possuem apenas ameaças difusas, como o Brasil. Não há estado de guerra, não disputa territorial ou geopolítica, etc.. o Brasil felizmente não sofre nenhuma ameaça definida. Restam ameaças difusas.. portanto, o dimensionamento e organização das forças armadas dependem da capacidade… Read more »

José de Souza

A única vez que as FFAA pensaram em “inimigos externos” foi na SGM (vá lá, no Paraguai, e deu no golpe de 1889), e só a FAB aproveitou a experiência (e sentou em cima da doutrina por 30 anos…), o EB defenestrou a FEB e a Marinha… bem, a Marinha continuou onde estava, com suas lagostas e champanhe…

As FFAA brasileiras são doutrinadas e desenhadas para combater o inimigo “interno”, sabe-se lá que seja!

ln(0)

Acredito que não é tão difuso assim. Se tomarmos a política externa brasileira de neutralidade, podemos muito bem definir as FA para manter essa neutralidade. No conflito que se avizinha entre oriente e ocidente, o que iremos proteger? Somente nossa integridade terrritorial? Impedir bloqueio de nossos portos por um dos lados se fizermos comércio com o outro? Proteger nossas linhas de comunicação? A liberdade de nossos navios ir e vir ao redor do globo? Pelo meu entedimento cada uma dessas respostar pode levar a uma MB bem diferente. Quanto mais longe quisermos nossa liberdade de movimento, maior e mais capaz… Read more »

Esteves

Isso aconteceu.

Mercantes que saíam daqui foram atacados por submarinos alemães.

Hoje.

“Nossos navios mercantes” são arrendados. Se eles não vierem não haverá comércio.
“Nossas linhas de comunicações”, telefonia, telemática, Internet são cabos submarinos. Se o trânsito de informações cessar os cabos de nada servirão.

Não entendi a ameaça de uma ONG.

ln(0)

Me desculpe, não me expressei direito, a ONG não é uma ameaça, eu quis dizer “ONGs de fachada”. Já li, ao longos dos anos, algumas reportagens que investigavam casos de ONGs (na Amazônia) que vinham praticar, por exemplo, a biopirataria ao invés de ajudar a cuidar do meio ambiente.

Camargoer.

O que você descreve é um cenário de ameaça difusa. Crime organizado é um problema de segurança pública. O PCC e as outras facções criminosas são ameaças definidas, não difusas, mas são de alçada das forças de segurança pública. ONG não é ameaça. ONG é uma organização civil registrada e integrada ao funcionamento da sociedade, assim como são as empresas, igrejas, escolas, clubes… etc. Quando uma entidade civil atua fora da lei, cabe aos mecanismos da sociedade atuar na sua extinção. Suponha uma torcida organizada que passa a atuar com uma organização criminosa planejando e cometendo crimes contra outros grupos… Read more »

Last edited 1 mês atrás by Camargoer.
Esteves

Toda Fundação é uma ONG. Mas nem toda ONG é uma Fundação.

ONG é uma entidade civil regulamentada.

ln(0)

Boa noite sr Carmagoer. Acredito q estamos usando o mesmo termo (ameaça difusa) para coisas diferentes. No meu caso entendi como ações de agentes paraestatais, guerra híbrida ou ações assimétricas por outros estados (p.e. ataques cibernéticos). No caso o pcc entra como ator para estatal, caso de segurança pública, apesar de algumas pessoas defenderem que suas ações pode ser classificados como uma ameaça a soberania (domínio de território e imposição de lei diferente da lei nacional). Quando citei ONGs, me referi a àquelas que se usam desse nome para praticar, por exemplo, biopirataria ou serem disfarce para agentes de inteligência… Read more »

carvalho2008

correto, Mestre In(0)

carvalho2008

Mestre camargoer, ja meuu pensameento , dita que sim tem relação ao litoral o qual deve atuar.

Tal qual EUA tem duas costas, o Brasil apesar de uma contigua, tem distancias em que tem de proteger desde Atlantico Sul Austral, até o caribenho na divisa do Atlantico Norte….e não se pode estar presente em dois locais ao mesmo tempo com o mesmo navio….

Zorann

Ia responder isso. Vc respondeu primeiro.

Wagner Figueiredo

Até onde a vista alcança…(e olhe lá).
Rsrs

Ozawa

Típica matéria de agência oficial de notícias … É como o livro de “Crônicas da Marinha”, parafraseando a literatura bíblica: só relata os pontos positivos, os feitos, as glórias, mas os pecados e os desvios da sua queda de meios e de orçamento sequer aborda. Não existe defesa da Amazônia Azul com orçamento no vermelho! Simples assim. Não há investimentos (em equipamentos) com gastos de folha salarial como existe hoje com, por exemplo, “morte ficta”, “aposentadoria aos 50 anos”, “excesso/inutilidade de contigente”, alguns dos quais serão, após longa e árdua negociação como dizem os noticiários recentes (precisou ser longa e… Read more »

Willber Rodrigues

Não sei quanto a você, mas me da um misto de raiva, desdém e revolta ler esses textinhos “mela-cueca” da MB sobre “Amazônia Azul”, e insistir nessa mentira estatística de que “gastamos pouco do PIB com Defesa”.
Alguém, fora do “círculo encantado da MB”, leva esses textinhos mequetrefe a sério?

Ozawa

Somos dois, então.

Afonso Bebiano

Três.

Camargoer.

quatro…

já enchemos um fusca
daqui a pouco temos que alugar uma kombi.

Fernando "Nunão" De Martini

Ainda não encheram o fusca.

Cabe mais um no meio do banco de trás e dois no chiqueirinho.

Willber Rodrigues

Já ví, com esses olhos que a terra há de comer, Fusca com 5 adultos + 2 crianças de colo + um botijão + um cachorro caramelo, dentro do carro, + um fogão amarrado no teto.
Dá pra expremer um pouco mais aí, ein.

Alex Barreto Cypriano

Já vi com sete adultos dentro, eu inclusive, lá no fim dos oitenta do XX. A rodoviária do Jabaquara lotada no fim de ano e semestre, de madrugada, só tinha incertos ônibus extras; apareceu alguém que ia descer a serra e ofertou transporte por preço módico, o quanto fosse módico naquela situação desconfortável 😅 onde todos queriam chegar em casa. Inclusive o Milton, colega de colegial também em trânsito, a quem encontrei casualmente na multidão encalhada na rodoviaria. Deu tudo certo, com malas e cuias, 4 atrás, três na frente. Bons tempos, tempos de fé, tempos de esperança, tempos juvenis.

Willber Rodrigues

Quem cresceu no Nordeste, ou anda pelas estradas de lá, já viu coisa…
Já ví uma CG Titan vom 4 adultos + uma criança + um botijão. Motinha guerreira..
Bom, sou cria dos anos 90. Passei a infância descenso pro litoral na Chevrolet Caravan do meu tio. Uns 8 adultos na frente + eu e mais 7 primos e primas no bagageiro, e aquela porrada de isopor no teto.
Não sou saudosista, mas…época boa…

carvalho2008

kkkk…fusca…aquilo é que era carro….

Esteves

Tive um. Quando desciamos a Anchieta com neblina tinha que botar alguém sentado no capo. Dentro do Fusca não se enxergava a pista.

Fusca cabe.

Last edited 1 mês atrás by Esteves
bartolomeu

Tô nessa. Mas não quero ir no último banco, pois o motor é barulhento e esquenta.

Afonso Bebiano

Willber, eu também não gosto dessa terminologia de “Amazônia Azul”.

A única semelhança com a Amazônia é a área total.

Se a desculpa para a péssima analogia é dar ao homem comum do povo alguma noção do tamanho dessa superfície, seria mais produtivo converter os 5,7 milhões de km² no seu equivalente em campos de futebol. É a única medida de área que o povo brasileiro está acostumado a ouvir, no noticiário rotineiro.

Willber Rodrigues

A analogia, em sí, é o de menos. Que a nossa ZEE é grande pra diabo, isso não se discute. Nem precisa comprar com a Amazônia “terrestre”. Não, não é esse o ponto. O “ponto” é que é um textinho protocolar, recheado de cavões, frases de efeito ( é até milagre a MB não ter recheado ele com frases e palavras rebuscadas… ) e que vai do nada a lugar nenhum. E a cereja do bolo é a mania da MB em insistir nessa mentira estatística sobre porcentagem do PIB pra “passar a impressão” de que gastamos pouquíssimo com Defesa.… Read more »

Guizmo

Eu tbm acho ridícula essa terminologia, aliás, é um tiro no pé. Chamar de Amazonia Azul mostra que a estratégia é defender uma area gigantesca e rica, portanto seriam necessarios dezenas de navios, sistemas defensivos integrados, mísseis antinavio costeiros, avioes, etc.

Afonso Bebiano

O texto oficial segue a falácia tantas vezes repetida de que “as instituições estão funcionando”.

Faltou apenas detalhar que estão funcionando pouco, e muito mal.

Rinaldo Nery

Exato. Não estão.

Rodrigo Silveira

Como a MB protege o mar? Desdentada.

Willber Rodrigues

“Como a MB protege o mar?”
Simples: não protege.
Mais alguma pergunta?

Marcelo

Você ainda não entendeu que as instituições no Brasil não funciona.

Willber Rodrigues

Depende de qual instituição você está falando.
A Receita Federal funciona que é uma delícia, vai esquecer de declarar o IR pra você ver…

Magarem

Será que esse cara com o binoculos não deve sentir calor? Cheio de pano na cara e nas mãos.
Ainda mais se estiver no RJ 45 graus.

Marcelo

Se o faz me rir $$ estiver caindo na conta todo mês certinho tenho certeza que ele nem lembra desse detalhe (calor).
Esses panos sao para o proteção contra o sol,maresia e manter o rosto do MacGyver (militar) em sigilo.

Last edited 1 mês atrás by Marcelo
Willber Rodrigues

Quando eu batí o olho no título, e quando eu batí o olho nas palavras “Amazônia Azul”, eu já tinha 99% de certeza de ser um texto da MB. Ler o primeiro parágrafo só aumentou minha certeza. Terminar o texto e ver a fonte, apenas cimentou minha certeza. Uma MB inchada, que passou décadas sem conseguir colocar um barco-patrulha na água, que se recusa assumir a responsabilidade pela aviação de patrulha, alegando falta de grana ( mas aquela meia-dúzia de A-4 eles operam, ein? ), que conta com uma quantidade de meios irrisórios, enquanto passou as últimas décadas gastando tempoe… Read more »

Esteves

De Nota Oficial também se vive.

Augusto José de Souza

Sem dúvidas devemos valorizar o quanto a MB com o que tem e opera se esforça o máximo para defender a nossa soberania marítima e nossa posição como potência regional,para que a Marinha exerça essa função com maestria,devemos adquirir mais fragatas classe Tamandaré,mais submarinos convencionais classe Riachuelo,se possível um número razoável de submarinos nucleares e meios de patrulha distritais para todos os DNs exercerem suas funções de patrulha costeira, principalmente para o 3DN que possui a maior extensão da costa marítima e arquipélagos e também o 4DN que atua na foz do Rio Amazonas e o 2DN.

Esteves

– Comandannnnnnnnte. Comandannnnnnnnte. – Vamos publicar nota. Publicarão façanhas da Marinha. – Meu Deus. A impressora não. Não permita o uso da impressora. – Comandante. A nota precisa de aprovação. Uma versão impressa. – Versão impressa? O Comandante e o Ajudante de Ordens respiram pausadamente refletindo sobre os riscos de uma impressora. – Ajudante de Ordens…a tal impressora tem memória? – Tem buffer. – Buffet…isso combina com champanhe e camaroes. – Não, Comandante. É buffer. Tudo que imprimem fica no buffer. É a memória. – Acho isso arriscado. Não confio em nada que pensa. Temos mimeografo? – Deve haver um… Read more »

Last edited 1 mês atrás by Esteves
Alex Barreto Cypriano

😅😅😅
Maldito Gutemberg…
😅😅😅

José de Souza

Uai, o pessoal não queria coisas impressas e auditáveis?…

A C

Amazonia Azul. Esse termo foi cunhado no inicio dos anos 1990 pela MB e a Petrobras em defesa dos pocos gigantes de petroleo descobertos na Bacia de Campos na ocasiao. Hoje o termo “Amazonia Azul” eh um dos cavalos de batalha da MB quando a usa como argumento para aquisicao de recursos ou justificativa de compra de meios. Esse argumento/justificativa anda junto com um outro: “Desastres Naturais” para os mesmos propositos. A meteria da Agencia de Noticias de MB eh perfeita para a sua audiencia pricipal:os tomadores de decisao que em geral sao desconhecedores dos assuntos e interesses da MB.… Read more »

Last edited 1 mês atrás by A C
carvalho2008

Considerando que o Brasil atingiu niveis de produção similar aos paises membros da OPEP, e que este petróleo é quase 100% em nossas mar de 200 milhas, a terminologia não parece inadequada. É uma riqueza que uma vez havendo uma ameaça externa, a produção energetica petroquimica do país pode ser ceifada em 90%.

São extremamente frageis em qualquer cenário de conflito…

Last edited 1 mês atrás by carvalho2008
Guizmo

Graças a Deus que temos 3 Navios Patrulha armados com 1 canhao de 30mm

Esteves

Ave.

Alex Barreto Cypriano

Não tem ameaça externa, mestre Carvalho2008, ninguém virá militarmente tomar de assalto nossas plataformas de petróleo. Precisamos vender nosso petróleo pesado pra comprar leve (ou, ao menos, assim foi); estamos inseridos, ainda que subalternamente, no grande e fraterno esquema petrolífero mundial. 😅🙃😅

carvalho2008

Mestre Cypriano, Alguem falou roubar?

Falei interromper….

e sim, basta diante do recrudecimento de tensões globais de lado a lado, um dos lados inviabilizar uma tomada de posição nossa em favor ou desfavor de um deles…

semana passada, cabos submarinos da internat foram cortados no mundo…certo? o Gas Russo foi sabotado para a europa, confere….?

Nosso petroleo esta no mar…campos, pré-sal e agora o gigante na foz do amazonas….que tambem, para fechar o norte brasileiro, basta esquadra fechar a foz que mata o 2 coelhos com uma cajada só…

Quem? quem viermos a dar motivo por nossas opções…e decisões…

Alex Barreto Cypriano

Mas, mestre, o Brasil não é estado competidor, é estado ‘colaborador’, quer fazer acordo com todo mundo em busca de ‘sinergias’…

naval762

Protege como? Sem navio?

Nativo

Os países vizinha não servem como parâmetro de ameaça militar, mas servem como referência para despesa militar???? Kkkkkkkk

O pior que muitos vão aceitar, e como dizia vovô: “enquanto existir otário, malandro não passa fome”

Willber Rodrigues

O “duplipensar” das FA’s BR é um negócio fascinante. É sério.

Quer mais um exemplo, além do seu?

As FA’s, ao mesmo tempo que usam a desculpa de “pro nosso T.O tá bom” pra defender velharias como Cascavel NG, é a memsma que defende coisas como subnuc…
Ué, pra quê subnuc, se qualquer velharia tá bom pro nosso T.O?

Nativo

Bem assim tsc, tsc…

Gabriel BR

Em resumo continuem rezando para que nada ocorra , pois se depender de meios estamos derrotados.

Dr. Mundico

Alguns anos atrás (creio que em 2018 ou 2019) houve o misterioso caso das manchas de óleo encontradas em boa parte do litoral brasileiro. Não apenas manchas isoladas, mas verdadeiros “depósitos” de óleo cru encontrados desde o litoral do nordeste até o litoral fluminense. E não tinha sido a primeira vez, ressalte-se. Se não me engano, na Bahia a coisa atingiu níveis de tragédia ambiental, atingindo mangues, estuários e deltas de rios na região. Milhares de pássaros, crustáceos e répteis morreram intoxicados. Em outros estados (creio que Ceará ou Pernambuco), era tanto óleo que foram necessários escavadeiras e máquinas pesadas… Read more »

Augusto José de Souza

Já foi divulgado na época que um petroleiro grego sofreu vazamento em águas internacionais e a maré trouxe para o litoral brasileiro,então já foi esclarecido.

Rinaldo Nery

Considero uma falha da FAB, pois a Operação Atlântico que existia anos atrás, com os P-95 patrulhando nosso litoral, foi encerrada há anos.

Neto

Cmd. Nery, Seria possível suprir o vazio dos P95 com A29 patrulhando essas regiões em pares?
.
Imagino que as ferramentas de vigilância padrão dos A29 funcionem para cobrir o mar.

Alex Barreto Cypriano

As forças amadas brasileiras são o reflexo da precariedade economico-social da nação. Forças de guerra ao agressor exterior cujas poucas armas e muita arrogância se voltam pra dentro sob pretexto de segurança e ordem. Proteger ‘riquezas’, cuja maioria está apenas em potência, é coisa de transportadora de valores ou polícia. Em outra época, salvo engano, a malícia de Fausto conselheiro também fez crer na riqueza abundante do ouro enterrado no reino pra fins especulativos. A MB abusa da retórica e se equipara ao harpagão de Moliére: envelhecido e doente, entesourando o que não pode mais usar, paranóico e armado contra… Read more »

Tutor

Protege um litoral desse tamanho, com os meios qua a MB tem?
Simplesmente finge proteger. Se uma ameaça de verdade aparecer, de uma potência mediana qualquer, já era.

Augusto José de Souza

Já somos uma potência mediana,e quem faz o monitoramento são os distritos navais e a marinha já tem novos equipamentos sendo construídos,ficar reclamando na internet é fácil,mas vai fazer o trabalho de marinheiro.

Afonso Bebiano

Augusto, creio que exigir meios navais melhores e em maior número é, justamente, defender o trabalho do marinheiro.

Last edited 1 mês atrás by Afonso Bebiano
Esteves

Isso mostra sentimentos acumulativos e coletores. Sempre exigindo mais.

Mais. Melhoras?

Augusto José de Souza

O segundo lote já está no infográfico da MB,agora é ver quando deve ser assinado se depois dos testes da primeira fragata ou na construção da quarta e a construção dos novos patrulha de 500 toneladas.

Tutor

Tu não entendeste absolutamente NADA do que eu escrevi.
O que o marinheiro tem a ver com meu comentário?????????????

Amarante

Eles fazem esse trabalho de graça ou são remunerados por isso? Eles foram sequestrados de suas casas ao 18 anos e acorrentados pela Marinha ou foram de livre e espontânea vontade fazer o concurso público? Por quê eu deveria fazer o trabalho deles? Por quê eu não posso reclamar de algo que eu acho uma porcaria?

Willber Rodrigues

“mediana,e quem faz o monitoramento são os distritos navais” Um…e esses distritos navais são subordinados a qual instituição mesmo? Fala aí pra gente, rapidão… “(…) mas vai fazer o trabalho de marinheiro” Primeiramente, eles são voluntários e entraram na MB por livre e espontânea vontade, ou eles estavam passando na rua um dia, e a MB os sequestrou e os obrigou a servir na MB, sob pena de morte se eles se recusarem? E outra, se as condições desses marinheiros não é fácil, a culpa é de quem? Qual a instutição a quem eles estão subordinados, e que deveria dar… Read more »

Carvalho

Não sei exatamente a cronologia dos fatos.
Mas um dos maiores derramamentos de petróleo na costa brasileira até hj não teve identificado seu causador (ou se teve….não foi revelado)
Os sistemas de vigilância e monitoramento não funcionaram.

Augusto José de Souza

Foi um navio grego que vazou petróleo venezuelano em águas internacionais e a maré trouxe para a costa do nordeste,já foi divulgado isso ainda na época.

Carvalho

Vc lembra que havia a suspeita de navio sem identificação transportando óleo venezuelano?
Onde estava a capacidade da MB de “fiscalizar e monitorar”?

Esteves

Não iríamos criar um incidente com operadores maritimos por conta disso. Iríamos ensaboar como ensaboamos.

Augusto José de Souza

Foi em águas internacionais que ocorreu o vazamento e a MB identificou com as investigações e autuou a empresa,em águas internacionais a jurisdição é uma incógnita.

Carvalho

Ok ! Boas informações.

Esteves

Autuou?

carvalho2008

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carvalho2008

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Plenamente viavel um caminho evolutivo similar a Britanica com sua RFA. Poderíamos projetar cascos hibridos para uma Companhia Nacional Mista ou Estatal e incentivar armadores nacionais para uma marinha mercante nacional com navios que possam reforçar a esquadra se necessário

Esteves

Mestre, Similar ao Reino? A visão começa deturpada. O pensamento militar do Reino encontra similaridade aqui somente dentro dos clubes militares que promovem jantares e palestras familiares. A Marinha Mercante fornecendo meios e atitudes para a Marinha de Guerra? Aonde e por quem essa doutrina foi construída? Pensar, imaginar, poderíamos… Poderíamos como uma das 10 maiores economias mundiais dispor de Defesa correspondente? Certamente sim. Por que os recursos de um dos maiores PIBs do mundo não chegam aonde existem importâncias e necessidades obrigando as tarefas de urgências e emergências como PAEMBs, PEAMBs, Livro Branco e imediatismos? O Brasil não trabalha.… Read more »

Last edited 1 mês atrás by Esteves
Alex Barreto Cypriano

Só um adendo: na aquisição dos Gripens, tudo veio mudando, work in progress com financiamento contratado (!), e agora 15 dos 28 F-39E serão aqui montados (montagem final, dependendo de partes importadas). Os 8 F-39F, biposto, serão construídos integralmente em Linkoping (cujas instalações poderiam construir 24 JAS Gripens por ano). Mas atenção, esses 15 Es mais os 8 Fs serão entregues entre 2025 e 2027. Ainda não recebemos os ultimos 5 És linkopinguenses…

Esteves

Coroas suecas…

Não contamos com a astúcia das coroas suecas.

carvalho2008

se fosse dolar, seria pior…é cambio…é matematica…

Esteves

Tu tem coroa sueca no cofre?

carvalho2008

se fosse dolar, precisaria de mais coroas suecas e portanto, numero menor de avioes do que já é….

Esteves

Va a uma casa de câmbio e pergunta quanto vale.

Alex Barreto Cypriano

Pagamos a infraestrutura e a mão de obra nossas na fabricação de aero estruturas e montagem final com… Coroas Suecas? Não tem uma banda com esse nome? Se não tem, devia ter 😅

José de Souza

Coroas suecas são melhores que as coroas americanas…

e agora 15 dos 28 F-39E serão aqui montados (montagem final, dependendo de partes importadas).”

Como assim, agora? Esse número de 15 aviões a serem produzidos na linha da Embraer foi divulgado há 10 anos, a única mudança foi a mudança para todos serem do modelo monoposto, ao invés de uma parte ser do biposto.

Alex Barreto Cypriano

Mas se não mudou o número, mudou o que se iria montar e o cronograma (ao arrepio do financiamento)! Se vamos montar aqui (em instalação e com mão de obra nossas) os 15 Es que faltam (e ainda faltam 5 pra completar os 13 lincopinguenses…), ficou salgado demais cada aeronave… E vamos ficar sem experiência na montagem do F, aquele mesmo estudado e customizado pras nossas necessidades…

Alex, você está atirando pra todo lado sem acertar nada. Não tem como debater.

carvalho2008

Mestre Esteves,

Reclamações não mudam a realidade….

Propostas mudam a realidade…

Esteves

Eu não reclamo. Eu sou crítico. Fundamentalmente.

carvalho2008

crtica=analise
reclamaçao=foco no negativo sem proposta de solução

Esteves

Quanto?

Mestre Carvalho apurou quanto $$$? Recursos humanos? Capacitação no estaleiro? Conteúdo indígena? Dependência?

Tem valores de investimentos?

Carvalho2008

Porque da pergunta?

Pode ser uma resposta simples para pergunta simples?

Esteves

Quais? Esteves vive entre perguntas.

carvalho2008

ante ontem, postei uma defesade tese de um Oficial da MB sobre sistema de mobilização, o amigo leu?

Tal qual quem me acompanha e lê, sabe que defendo , mediante ausencia de navios mercantes nacionais de proveito ao esforço de esquadra em conflito, de projetos de modelos de aplicações hibridas. em uma estatal civil, frete civil, para resultado economico positivo.

Então, para a tal da ficticia empresa CoBraMar, segundo slide, o resultado é acima de zero, investimento que se remunera, do modelo, são simples ro-ro, dentro do que fazemos e ja fizemos…
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Last edited 1 mês atrás by carvalho2008
carvalho2008

Este navio usado de 120 metros construido em 1991, esta anunciado a venda por US$ 6,5 Milhões
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Custo por navio, entre US$ 80 a 120 milhões para os de 45 mil ton e US$ 50 milhões para os de 15 mil ton.
https://chinapower.csis.org/analysis/china-construct-ro-ro-vessels-military-implications/

carvalho2008

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carvalho2008

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carvalho2008

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carvalho2008

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Basta um elevador, e algumas previsões a mais…

carvalho2008

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Augusto José de Souza

Dez Tamandaré, interessante já seria razoável para as demandas da MB.

Esteves

Por que 8 ou 12 também seriam? Ou não?

Qual é o número mágico? Quem faz a conta?

Felipe

12 escoltas é o mínimo para a nossa esquadra, nossa esquadra é formada por 2 “esquadrões” , cada um deveria ter 6 navios.

Esteves

6? Talvez 5. 7?

Quem e o que define?

carvalho2008

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carvalho2008

Isto é um M-113 que ganhou capacidade oceanica com o kit Aris. vira um miniclanf de 13 ton, estado de mar 4 e 7 knots de velocidade na agua…qualquer navio consegue carrega-lo…o Clanf não desembarca na agua do NPM Atlantico…este , desemcarcaria…temos M113 sobrando..

carvalho2008

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carvalho2008

o unico numero magico é a regra em geral, de que 1/3 fica quase sempre em manutenção e revisão, restando apenas 2/3 para pronto emprego emergencial.

Então, se vc tem 9 ja sabe que somente 6 no maximo de forma geral é que esta na agua….

O que é o minimo? é o valor que vc deseja condicionado a estrutura de operação….então, se sabemos que desejamos uma frota Norte, tem de se ter ao ao menos de 06 navios como minimo…06 na agua+06 na agua = 12 =2/3 então 18….num piso minimo…forçando a barra

carvalho2008

Mestre Augusto, o quadro seria:

  • 01 a 03 NPM 45 mil ton
  • 04 Absalom 6,5 mil ton (são hibridas, anfibias e mais armadas que as FCT)
  • 08 Tamandarés
  • 02 Fragatas auxiliares hibridas 15 mil ton (adaptação dos cascos mercantes ja realizadas com instalações organicas desde o estaleiro)

Todos são cascos com enfase de convés ao elemento aereo, quer seja na forma de misseis, asa fixa, drones e helicopteros)

Jagder#44

Que maravilha! Só não conseguiram detectar o Yantar.


Alex Barreto Cypriano

E quem protege a desdentada MB?

Afonso Bebiano

Poseidon, talvez.

Tuxedo

Kkkkkkk boa

Rinaldo Nery

Ou Netuno.

Esteves

Quantos Gripen recebemos?

Afonso Bebiano

Netuno é o nome que os romanos atribuíram ao deus grego Poseidon.
São a mesma divindade.

Tuxedo

A MB se esforça e faz de tudo para tentar proteger a nossa Amazônia Azul, mas infelizmente não consegue…

Akhinos

Existem inumeros estudos que demonstram que as pessoas não tem problema de bancar bens públicos se eles forem de boa qualidade, isso é algo conhecido a décadas na literatura econômica. O mesmo vale para FAs. Esse papo de que a sociedade não valoriza as FAs ou tem uma visão distorcida de seu valor é uma dessas lendas urbanas usadas para justificar o fato de que os próprios militares temem profundamente serem chamados a se modernizar e ter uma estrutura de gastos minimamente parecida com a de paises modernos. O Brasil não gasta pouco em nenhuma área. A sociedade brasileira historicamente… Read more »

Rinaldo Nery

Os gastos com folha de pagamento só aumentarão se houver aumento salarial ou aumento de efetivo (que deve ser aprovado no Congresso). Ah, você esqueceu do Legislativo.

Esteves

Essa picuinha com instituições como Militares, Judiciário, Congresso… Nenhum presidente tem ou terá atribuições de reforma pelo simples motivo que uma plataforma reformista não será eleita. Doria fez atualização atuarial no estado de SP. Isso Estava entre as propostas dele? Não Estava. Doria fez porque o resultado fiscal do estado é um descalabro. Qual presidente tem força para recovoncar os servidores públicos ao trabalho presencial após a pandemia? Com conversinha não consegue. A reforma necessária é a reforma da sustentabilidade e da continuidade e isso não tem nada a ver com Judiciário ou Militar. Por inatividade do Congresso, o Judiciário… Read more »

Rinaldo Nery

Boa ChatGPesTesves! Gostei. Sério.

Esteves

Tá. Esses ataques às instituições têm o único objetivo de destruir a República. Covardes negam. Logo, atacam personalidades dentro das instituições como juízes, executivos, militares. Quem não concorda com Constituição deve posicionar-se abertamente como contrário ao funcionamento dos poderes da República. A missão da Marinha deveria ser uma: cuidar do nosso mar. Quem acredita que nossa CF deu autonomia demais à municipalização e às autarquias permitindo e incentivando regalias e benefícios como aprovar o próprio aumento de salário…foi o primeiro ato do governador…é o Esteves. O que falta nesse país é pirâmide de verdade. Pirâmide social tem aos montes. Eu… Read more »

Esteves

Mestre, Lembro dessa proposta de Roro por Mestre Bardini. Doutrinas e estratégias compartilhadas com a Marinha Mercante usando os exemplos chineses de construção civil para meios anfíbios e de desembarque em Taiwan. Para Taiwan. Navios lentos e de pouca manobrabilidade. Navios que ficariam expostos por não suportarem danos de guerra. Navios dependentes de escoltas levando milhares de vidas à bordo. A China precisa aproveitar toda e qualquer atividade industrial para manter uma força de trabalho de 850/900 milhões de pessoas. Perder um navio Roro carregado teria alto impacto em nossa Marinha. Mas na China… Mestre Carvalho deu exemplos para a… Read more »

carvalho2008

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Esquadra

carvalho2008

Força Auxiliar Mercante, civil estatal, passivel de conversão que pode ser somada a outros cascos de armadores civis nacionais que tenham cascos aproveitaveis ou comprem o mesmo projeto
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carvalho2008

Força Distrital da MB com design focado a somar-se a esquadra
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Esteves

Mestre, A doutrina nossa é copiar europeu. Fragatas estão na última moda. Vamos de fragatas. Clubes Navais reúnem Almirantes para workshops e apresentações sobre a escola pequenina francesa, Mahan e alemães. Em 2024. Europeus vieram aqui saquear. A colônia que virou Império construiu independência ou foi buscar navio na Europa? Nossa vingança é chamar o europeu para fazer aqui como alternativa à encomenda construtiva. Queremos ser Yacoccas. Essas propostas de Mestre Carvalho são práticas, sensatas, econômicas e não dependentes. Por esses motivos não acredito. Cadê ToT, contratos cambiais, capitalização, 15 mil páginas, comissões no Senado, coroas suecas, repagamento? Licitações? Mas… Read more »

carvalho2008

Olha…tem a estatal CoBraMar…é o sonho de todos…de um lado vc consegueuma reserva de navios com potencial auxiliar a MB, não entra na conta da MB, e os politicos teriam a estatal…esta andaria…e de quebra, alavancaria a construção destes modelos hibridos na industia nacional…quem sabe, ate vendendo a armadores nacionais ou exportando…o A29 vendeu por isto…coisa barata e absurdamente eficiente….do teco teco pejorativo a tecnologia de ponta…

Esteves

Quando Esteves Tiver o próprio blog/site sobre Defesa, Esteves jamais, jamais fará com outro Esteves o que vocês fazem comigo.

Não é humano manter Esteves awaiting por tanto tempo. Já parei com o GPT. Mantenho o Comandante, os 3 Sobrinhos do Comandante e comentários críticos. O sarcasmo leva mais tempo pra exaurir.

Tá certo?

Fernando "Nunão" De Martini

Do que você está reclamando, especificamente? Seja claro, por favor, sem essa conversinha.

Esteves

Awaiting.

Fernando "Nunão" De Martini

Conversinha. “Awaiting” o que? Desembucha logo.

Adriano madureira

Como🤔🇧🇷⁉️ hora bolas, com nossa poderosa esquadra…

Adriano madureira

O patrulhamento do mar territorial poderia ser feito através de outros meios, não apenas de fragatas, OPVs ou corvetas…

Se a MB usasse mais o cérebro para usar de soluções criativas para certas deficiências na força, tal atribuição poderia ser feita com o uso de outros tipos de navio.

Se a MB por exemplo, adquirisse um classe makassar e o usasse como uma espécie de expeditionary Land ship, onde poderia ser equipado com helicópteros, drones e lanchas rápidas, poderia servir como apoio aos poucos navios patrulhas existentes.

Mas soluções práticas parecem não ser o forte do almirantado.

carvalho2008

Um unco airship com radar mediano igual ao dos Bandeirulhas é capaz de cobrir uma área onde seriam necessarios 21 Parulhas Macaé
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carvalho2008

é por isto que na inha composição, 1 Airship Hibrido leva 01 Md-500/Ah-6 Little Bird + 1 Hover wing para abordagens e inspeções de navios + 12 drones VTOL que içam hidrofones para patrulha anti submarina
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carvalho2008

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carvalho2008

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Esteves

Interessante.

carvalho2008

Mestre Madureira, Em específico ao que vc mencionoudo makassar, é por isto que em meu infografico eu os posicionei 06 deles nas forças distritais. É um caixotão 7 mil ton, só aço… Veja que minha versão BR, existem duas calhas externas para lanchas pesadas. Estas calhas externas servem para despachar rapidamente as lanchas pesadas para interceptação e patrulha autonoma. Lanchas da categoria CB-90, Dvora ou as nacionais DGS 888. Se desejar vazio, vai vazio mais as lanchas, se desejar completo vai com heli leve, esquilo, Md-500 ou pesado…drone não é problema pelo tamanho de hangar e convés antes de alguem… Read more »

carvalho2008

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Makassar BR

carvalho2008

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carvalho2008

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carvalho2008

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adriano Madureira

Acho que cairia bem amigo Carvalho !

O conceito de expeditionary Sea base Ship poderia ser útil na MB.

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lógico que não precisaria ser um trambolhão gigante como o da Us Navy, mas algo mais modesto como o Makassar cairia bem e seria oportuno.

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Esteves

Carvalho, Não é o preço do navio. É quanto custa criar um pensamento que vira doutrina pra servir à estratégias. Converter um Mercante, encomendar navios híbridos é diferente de contratar a construção tradicional de navios de guerra que lá atrás foram pensados para servir à uma Marinha de Guerra Imperial ops, Tradicional. Temos base industrial para servir à Marinha Mercante e ajustar o mesmo projeto para a Marinha de Guerra somente por conta de $$$ menor e eficiência maior? Quem pensa assim? Quem disse? Quem disse que a Marinha de Guerra quer Makassar porque com a compra do Atlântico A40… Read more »

carvalho2008

Mestre Esteves, Obs 1: Os mercantes atuais navegam entre 21 a 25 knots Obs 2: A MB não compra, quase nenhuma marinha compra, depois que compra, volta somente depois de 40 anos para comprar e substituir…. Navios Coreanos são baratos porque antes de tudo, constroem e tem carteira de pedido de mercantes e nos intervalos, sacam um pedido militar….pedidos militares não sustentam estaleiros….exceto nos USA que ficam com verbas fechadas e deterinadas e mesmo assim, saem carissimo….é por isto que os EUA estão estudando cascos estrangeiros como forma de baratear e depois rechear com os conteudos deles. Tem de parar… Read more »

Last edited 1 mês atrás by carvalho2008
Esteves

Coreia…

Guerra de saturação não tem gente. Guerra de saturação é feita com meios autônomos.

Carvalho2008

Ucrania demonstra que nao