A BAE Systems anunciou que obteve sucesso na demonstração de seu primeiro submarino autônomo de grande porte, desenvolvido especificamente para aplicações militares. O teste foi realizado na costa sul da Inglaterra, marcando um importante avanço na tecnologia de veículos submarinos autônomos.

O Herne, um Veículo Subaquático Autônomo de Grande Escala (XLAUV), foi projetado para aprimorar a capacidade das Forças Armadas de monitorar e proteger infraestruturas subaquáticas em vastas áreas do fundo do mar, além de apoiar operações de guerra antissubmarino e realizar missões de vigilância clandestina. O submarino foi configurado pela BAE Systems para oferecer uma solução autônoma robusta e eficiente, que elimina a necessidade de plataformas tripuladas em condições extremas.

Durante os testes realizados no início deste mês, o Herne executou com sucesso uma missão de informação, vigilância e reconhecimento, utilizando o avançado sistema de controle autônomo Nautomate, desenvolvido pela própria BAE Systems. Este sistema de alta performance não depende de plataforma e permite a operação autônoma em uma ampla gama de cenários marítimos. O teste também segue os ensaios bem-sucedidos realizados em embarcações de superfície no início do ano.

Scott Jamieson, diretor-geral de Serviços Marítimos da BAE Systems, destacou: “O Herne representa um verdadeiro marco no campo de batalha submarino. Ele oferece uma capacidade autônoma de alto valor para nossos clientes, permitindo uma ampla gama de missões, reduzindo a dependência de plataformas tripuladas e, ao mesmo tempo, mantendo as pessoas fora de perigo e ampliando a continuidade das operações.”

Com a capacidade de ser integrado tanto em embarcações novas quanto em plataformas já existentes, o Herne proporciona uma solução econômica para expandir as capacidades autônomas das forças armadas. A tecnologia oferece maior escala, continuidade e persistência nas missões, ao mesmo tempo em que elimina a necessidade de tripulação humana em ambientes hostis. Isso libera recursos valiosos para funções mais estratégicas.

Uma das principais vantagens do Herne é sua capacidade de patrulhar por períodos muito mais longos do que alternativas tripuladas, já que não necessita de reabastecimento nem de sistemas de suporte à vida. Além disso, a plataforma pode ser atualizada conforme novas tecnologias ou necessidades operacionais, graças à sua arquitetura aberta e flexível, que permite a adição de módulos de missão.

A BAE Systems trabalhou em colaboração com a empresa canadense Cellula Robotics para fornecer a configuração de demonstração do Herne XLAUV. A parceria resultou em um desenvolvimento rápido, transformando a tecnologia de um conceito inicial em uma solução operacional no mar em apenas 11 meses.

Agora que o Herne foi demonstrado com sucesso, a BAE Systems continuará a aprimorar e testar a tecnologia, atendendo às necessidades e requisitos de seus clientes no setor de defesa.

DIVULGAÇÃO: BAE Systems

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Augusto José de Souza

A MB voltou a divulgar sobre os testes de mar da fragata Tamandaré,logo devemos ver ela com o armamento.

Testes de cais.

E recomendo a todos que se mantenham no tema da matéria, que não é sobre Tamandaré nem sobre narcotráfico.

Augusto José de Souza

Certo,esse submarino seria operado vai controle por algum software e monitoramento?

Dalton

Talvez ajude. . ” Embora possa operar de forma autônoma por muitos dias abaixo da superfície os dados serão predominantemente passados por comunicação por satélite. . Dependendo dos requisitos, ele pode ser integrado ao sistema de gerenciamento de combate de um navio de guerra para um controle mais local ou com uma sede em terra. Em última análise, prevê-se que vários XLUAVS sejam implantados e conectados em rede.” . Ainda há um longo caminho a percorrer a partir desse “protótipo”, já nos EUA o primeiro de uma classe de 6 unidades de tamanho maior já foi entregue XLUUV Orca que… Read more »

Rodolfo

Tem uma outra empresa de defesa nos EUA chamada Anduril que vem avançando no setor autônomo e que vem desenvolvendo drones aquáticos de grande porte em conjunto com os Australianos. A vantagem dessa empresa é que eles nasceram no Vale do Silício, o fundador foi o fundador também da Occulus que foi comprada pelo Meta, e todos os seus sistemas autônomos sejam aéreos, terrestres ou navais usam o mesmo sistema e rede AI (chamada Lattice).
Essa empresa também foi uma das escolhidas pra primeira etapa do CCA pra USAF.

https://www.anduril.com/article/anduril-australia-to-build-ghost-shark-factory/

Dalton

Li sobre ela – Anduril – no “Naval News” pouco tempo atrás, mas, não sabia sobre uma possível participação dela no “CCA” então grato !

Rodolfo

https://www.anduril.com/fury/

Essa empresa ainda vai crescer muito aqui nos EUA e tem a meta de entregar produtos a custo mais baixo que as tradicionais como Raytheon, Boeing e Lockheed. Também acabaram de lançar uma familia de misseis cruzeiro de baixo custo e seus sistemas de guerra eletronica vem sendo usados na Ucrania.

https://www.anduril.com/hardware/pulsar/

Willber Rodrigues

O pessoal do narcotráfico já tem alguns parecidos com esses…

Wilson

Em teoria a ausência de tripução pode diminuir o tamanho mantendo capacidades e a diminuição do tamanho pode ajudar na resistência do casco permitindo alcançar maiores profundidades. O desafio maior, creio eu, deve ser de comunicação e software.

Emmanuel

MB…corre aqui pra ver um negócio.

Se a MB tivesse juízo, agora, estaria investindo em projetos como esse, e não queimando lentamente verbas num submarino nuclear que nem sabe se vai sair do papel.

Ricardo Garcia

Irmão no Brasil é um parto até pra comprar caneta no funcionalismo público, imagina fazer isso que vc sugeriu?
E as forças armadas vem perdendo recursos ano a ano, parece o ministério dos mendigos e não da defesa de um país intercontinental…

Missaoo

Esses submarinos poderiam ser projetados no Brasil, permaneceriam hibernados recolhendo informações. Um satélite nacional enviaria sinais pra um possível ataque e receberia dados de rotina

Guizmo

Incrível, e com a informação resultante, correríamos para as montanhas

Carlos Campos

é uma maneira de operar com certeza, fico imaginando se daria para colocar no casco dele céluas fotovoltaicas para carregamento para missões de longa duração

Carlos Campos

Maravilhoso, drones aquáticos assim como os aéreos, estão mudnado o jogo militar, tenho certeza que esse drone faz quase 100% das operações de um sub comum por menos da metade do preço de aquisição e de manutenção/operação

Burgos

Enfim !!!
O Sub Nuclear Russo autônomo também ganhou um adversário a altura 😏
Detalhe: Esse Sub Russo é propulsão nuclear e carrega também uma ogiva nuclear e já está solto navegando em águas mundiais faz tempo.
Senhores;
Bem vindo A Guerra fria da era moderna 💪☠️🏴‍☠️💀⚓️

Last edited 2 meses atrás by Burgos
Dalton

Você deve estar referindo-se ao “Poseidon” Burgos, que é um grande torpedo capaz de carregar uma ogiva nuclear operado remotamente que ainda necessita de um submarino mãe para transporta-lo como o “Belgorod” que entrou em serviço apenas em 2022 e os testes mais avançados com esse torpedo foram realizados apenas em 2023, então não está “navegando solto faz tempo.” . Uma tentativa de intimidar os EUA com a detonação do torpedo próximo a um importante centro populacional/industrial costeiro, mas, os EUA não enxergam nele nenhuma grande mudança na situação, pois a resposta será igualmente nuclear. . São plataformas diferentes para… Read more »

Burgos

Bom dia Dalton;
Concordo não me lembrava realmente como funcionava ou como era lançado, mas sabia que existia, mas em relação ao protótipo dos Ingleses eu acredito que não vai se ater em ficar em uma função/missão específica somente.
Aí seria milhões de Pounds jogado fora .

MAXWELL

A matéria não menciona o sistema de propulsão do Drone. Sendo um sistema diesel-elétrico, também necessitará de reabastecimento. Sendo de propulsão apenas elétrica torna-se muito limitado. Sendo nuclear, torna-se uma arma de valor imensurável.
Um equipamento como este poderá permanecer posicionado em locais estratégicos, por anos. A defesa de cabos submarinos seria um desses possíveis locais estratégicos.

Alex Barreto Cypriano

Não tem muita informação pra gente discutir – nem dimensões foram dadas. Frioleiras genéricas sobre missões e modularidade já não enche barriga de ninguém. Uma coisa é certa: é produto pra satisfazer a miopia solipsista inglesa, tem perninhas bem curtinhas.