O USS Savannah (LCS 28) realiza uma demonstração de tiro real no Oceano Pacífico Oriental utilizando um sistema de lançamento em contêiner que disparou um míssil SM-6 do navio em um alvo designado

Em um avanço significativo para aumentar o poder ofensivo da frota de navios Littoral Combat Ship (LCS), o secretário da Marinha dos EUA, Carlos Del Toro, anunciou que muitos LCS serão equipados com o sistema modular Mk 70 Payload Delivery System. Esse sistema permitirá que os LCS utilizem armamentos poderosos, como os mísseis SM-6 e Tomahawk, aumentando consideravelmente sua capacidade de combate.

O Mk 70, baseado no sistema Mk 41 Vertical Launching System, oferece flexibilidade na escolha de munições e promete melhorar a capacidade tática dos LCS. Durante o Fórum de Defesa de 2024, Del Toro destacou o impacto positivo dessa tecnologia, que poderá reverter as limitações históricas do programa LCS, marcado por problemas de desempenho, custos elevados e baixa empregabilidade operacional.

Apesar do entusiasmo em relação ao Mk 70, ainda há questionamentos sobre a capacidade de sobrevivência dos LCS em cenários de combate de alta intensidade. Segundo Del Toro, as classes Freedom e Independence dos LCS serão implantadas de forma mais agressiva globalmente, com missões específicas no Golfo Pérsico e no Pacífico, áreas estratégicas onde a demanda por capacidade de remoção de minas e combate marítimo é alta.

Fotos do comissionamento do USS Nantucket (LCS-27) em novembro de 2024 mostram um lançador de mísseis Mk 70 já instalado

O sistema Mk 70 já começou a ser instalado em alguns LCS, como demonstrado na cerimônia de comissionamento do USS Nantucket (LCS-27) em novembro de 2024. Além disso, o USS Savannah (LCS-28) realizou um teste bem-sucedido com o lançamento de um míssil SM-6 em outubro de 2023, demonstrando a modularidade e letalidade dessa nova capacidade.

O Mk 70 permite que os LCS realizem ataques de precisão contra alvos marítimos e terrestres, algo essencial em um eventual conflito no Pacífico, especialmente contra a China. O uso de mísseis Tomahawk ampliará significativamente o alcance ofensivo dos LCS, com a capacidade de atingir alvos a até 1.000 milhas de distância e ajustar os objetivos em pleno voo.

Apesar das vantagens, a instalação do Mk 70 apresenta desafios, como a perda da capacidade de lançar e recuperar helicópteros e drones, antes uma característica importante dos LCS. Essa troca de capacidades pode limitar a flexibilidade operacional da classe, embora o uso de mísseis como o Evolved Sea Sparrow (RIM-162) possa compensar parcialmente essa perda, oferecendo defesa aérea adicional.

USS Savannah (LCS 28) com o lançador Mk 70 no convoo

Além do Mk 70, Del Toro destacou que vários LCS já estão equipados com o míssil de cruzeiro antinavio Naval Strike Missile (NSM), com planos para equipar toda a frota até o ano fiscal de 2032. Entretanto, o NSM tem limitações em comparação com o SM-6 e o Tomahawk, sendo menos versátil e com alcance menor.

Com 25 LCS atualmente em operação e sete já descomissionados desde 2021, a Marinha dos EUA enfrenta a pressão de justificar a viabilidade da classe. A introdução do Mk 70 pode ajudar a transformar a percepção pública dos LCS, muitas vezes criticados, mas ainda há dúvidas sobre o cronograma de implementação e sua eficácia em conflitos de alta intensidade.

FONTE: The War Zone

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Dumont

Perdem o hangar? (ou parte dele?)

Esteves

Se instalarem dentro do hangar…melhor tirar o teto.

Esteves

Olha os containers…o BCN Tava certo. Pode embarcar lançador terrestre também. Plug&Use.

Last edited 2 horas atrás by Esteves
Destro

Que gambiarra funcional.
Não é a toa que criticaram o projeto.