Marinha Russa incorpora o submarino nuclear de mísseis de cruzeiro K-564 ‘Arkhangelsk’
A Marinha Russa incorporou o submarino nuclear de mísseis de cruzeiro (SSGN) K-564 Arkhangelsk, na Frota do Norte. O submarino é o 4º Yasen-M (Project 885M).
Baseada nos projetos das classes Akula e Alfa, a classe Yasen foi projetada para substituir os submarinos nucleares de ataque da era soviética atualmente em serviço na Marinha Russa.
Construído nos estaleiros Sevmash, em Severodvinsk, o Arkhangelsk tem um comprimento de aproximadamente 130 metros, 13 metros de boca e deslocamento submerso de 13.800 toneladas. É submarino é movido por um reator nuclear OK-650KPM de 200 MWt com turbinas de 43.000 shp. Pode alcançar 35 nós submerso.
Os submarinos da classe Yasen são os primeiros a serem equipados com um reator nuclear de quarta geração. O reator, construído pela Afrikantov OKBM, supostamente terá uma vida útil do núcleo de 25 a 30 anos e não precisará ser reabastecido.
A inclusão do reator de nova geração nos submarinos Yasen-M é considerada um avanço significativo na redução dos níveis de ruído: o circuito de resfriamento primário do reator facilita a circulação natural da água, eliminando a necessidade de operação contínua das bombas principais de circulação, que são o principal fator de ruído em submarinos nucleares.
De acordo com o almirante Foggo, comandante das Forças Navais dos EUA na Europa, os submarinos da classe Yasen são “muito silenciosos, o que é a coisa mais importante na guerra submarina”. Afirma-se que o Severodvinsk, primeiro da classe, é muito mais silencioso do que os antigos SSNs russos, sendo capaz de atingir 20 nós em modo silencioso, o que é equivalente à classe Seawolf e inferior apenas à classe Virginia (25 nós). Outras fontes alegam que o Severodvinsk é capaz de alcançar até 28 nós em modo silencioso.
De acordo com o programa 60 Minutes, oficiais não identificados do Pentágono alegaram que o Severodvinsk, em sua missão inaugural, “entrou no Oceano Atlântico e, durante semanas, evitou todas as tentativas de localizá-lo” no verão de 2018.
Em 4 de outubro de 2021, o Severodvinsk realizou dois lançamentos de teste do míssil Zircon, a partir de posições submersa e de superfície. Os lançamentos foram realizados do Mar Branco para o Mar de Barents e foram bem-sucedidos.
Custos
As estimativas iniciais sobre o custo do primeiro submarino da classe Yasen variaram entre US$ 1 bilhão e US$ 2 bilhões. Em 2011, foi relatado que o custo do primeiro da classe, o Severodvinsk, foi de 50 bilhões de rublos (aproximadamente US$ 1,6 bilhão), enquanto a segunda unidade, o Kazan, terá um custo estimado de 47 bilhões de rublos (US$ 725 milhões, com a taxa de câmbio RUB/USD de 2019).
Armamento
O Arkhangelsk é projetado para desempenhar missões de Guerra Antissubmarino (ASW), ataques contra alvos de superfície e operações de inteligência e vigilância. É equipado com silos VLS para:
- 32 (8 × 4) mísseis de cruzeiro hipersônicos Tsircon, ou mísseis de cruzeiro antinavio Oniks, ou mísseis de cruzeiro lançados de submarino Kalibr para ataques antinavio, antisubmarino e terrestres.
- 10 tubos de torpedo (533 mm) com torpedos pesados Futlyar (UGST-M).
- Mísseis superfície-ar Igla-M.
Sei que muitos vão dizer que não importa a embalagem, mas sim o que há dentro dela, mas que a aparente má qualidade construtiva se destaca, não há como negar. Dando um zoom nas chapas, parece que foram cortadas a facão e soldadas com fogo !
Sinal que fabricam também facões de excelente qualidade !
Lembra da marca Ginsu?
O submarino é recoberto com uma camada de borracha. O que vocẽ são as placas de borracha colocadas. Servem para absorver ondas acústicas e também são bons isolantes térmicos. O submarino tem um casco interno de metal que suporta a pressão e garante a sobrevivência da tripulação. Ele precisa de um segundo casco que dê a forma hidrodinâmica.. é um casco relativamente frágil se comparado ao casco interno. Como ele têm água dos dois lados, isso aluna a diferença de pressão e esta cobertura que dá a forma hidrodinâmica não sobre fadiga por pressão. O casco metálico reflete ondas do… Read more »
Os subs brasileiros sao assim tbm?
Talvez alguém aqui na trilogia que tenha servido em um submarino na MB ou que este bem informado pode nos confirmar se os Scorpenes usam esta camada de borracha e os velhos Tupi também usam.
Sim os scorpenes usam um casco secundário como o visto no russo, trabalho na construção dos scorpenes
Rodriga, alguma notícia sobre o nosso SSN ? Já começaram a construir alguma seção ? Já é divulgada foto oficial ?
Obrigado.
Não servi, mas, com certeza os “Tupis” não foram revestidos com “camada de borracha”. Atualmente qualquer submarino pode ser revestido o problema é que essas “telhas anecóicas” costumam cair com facilidade
mas pelas fotos que vi do “Riachuelo” não pareceu-me que foram assim equipados.
São sim
Não
Por falar em neoprene, elastômero criado ou patenteado em 1930 (DuPont) e usado nos apoios de pontes, o arquiteto J. B. V. Artigas o usou no projeto da casa da demografa e fundadora do CEBRAP Elza Berquo, lá em 1967. O neoprene serviu de aparelho de apoio da cobertura em concreto armado sobre quatro pilares centrais de madeira (e de apoio destes pilares no topo das fundações). O Brasil já foi um país de gente inteligente e inovadora.
Ola Alex. Você tem razão quanto ao uso do neoprene como apoio de estrutura de concreto. Quem tiver curiosidade, quanto passar embaixo de um viaduto de concreto vai perceber que entre as vigas e os pilares tem um espacinho.. lá dentro tem uma manta de neoprene..
O viaduto Santa Efigênia em S.Paulo é de estrutura metálica. O apoio entre as vigas e os pilares são roletes. Quem estiver por lá, vale a pena ficar uns 10 ou 15 minutos olhando a estrutura.
Belo exemplo, mestre Camargoer. O Santa Ifigênia foi entregue em 1913 (!) e sua estrutura em aço (mais de 1.100 toneladas) foi importada. Para maior precisão técnica deveríamos dizer que os apoios dos arcos tri articulados (de 55 metros de comprimento) do viaduto são em rótulas. Uma rótula permite apenas rotação, não translação. Existem pontes retas em que um dos apoios é sobre roletes de aço (o outro apoio deve obrigatoriamente ser fixo), os quais permitem translação pra absorver dilatação da estrutura. As duas vigas da cobertura do MASP, da arquiteta Lina Bo Bardi, tem seus apoios móveis feitos sobre… Read more »
Sendo mais específico, isso são telhas anecoicas, também conhecidas como placas anecoicas, muitas classes modernas de submarinos são revestidas quase por todo o casco por milhares dessas placas semelhantes a borracha. Sua finalidade é dupla: primeiro, eles abafam sons vindos de dentro do submarino, protegendo o barco da detecção por sonar passivo. Segundo, eles são capazes de absorver parte da energia sonora emitida pelo sonar ativo, reduzindo a assinatura sonora geral que pode ser refletida de volta para qualquer um que esteja ouvindo. A antiga camada anecoica foi colocada como ladrilhos fixados ao casco. A nova camada anecoica usada, por… Read more »
Só uma correção, a concentração de íons H+ aumenta com a temperatura mais elevadas, isso se deve a maior agitação das moléculas favorecendo a dissociação dos íons.
Aparentemente você está destacando sua falta de conhecimento, por isso, nem podemos comentar.
Não dá papo pra esse cara
https://en.wikipedia.org/wiki/Anechoic_tile
Eu dei um zoom na última foto e fiquei assustado em como vc está correto, que coisa estranha!
Parece que o casco foi feito com um monte de “bacalhau”!
É um prazer a trilogia ter um dos projetistas do submarino comentando aqui.
Outubro vermelho
Isso sim que é um submarino de ataque que vai impor respeito! Tem até míssil antiaéreo.
Está mais para a classificação “SSGN” do que de “ataque” “SSN” ou seja um submarino de propulsão nuclear cujo armamento principal são mísseis guiados de longo alcance ao invés do torpedo. . O equivalente na US Navy hoje são os 4 SSBNs convertidos que estão aproximando-se do fim de suas vidas úteis que podem em teoria embarcar 154 mísseis Tomahawk embora na prática esse número esteja mais próximo de 140 e embora esteja em construção uma versão alongada da classe Virginia que poderá acomodar 40 “Tomahawks” ou 6 destes e outros 12 grandes mísseis atualmente em desenvolvimento além dos torpedos,… Read more »
Dez tubos de torpedo, e trinta e dois mísseis de cruzeiro, caraca, armado até os dentes.
10 tubos mas podendo carregar até 30 torpedos, minas, misseis Kalibr, etc.
Fala-se muito do YASEN-M , mas não podemos esquecer o KHABAROVSK.
Não há muito o que falar sobre a Classe Khabarovsk.
O primeiro da série ainda está em construção…..o programa está bem atrasado e detalhes ainda são desconhecidos.
Uma bobagenzinha de redação mas que precisa ser corrigida:
“(…) um reator nuclear OK-650KPM, com turbinas de 200 MWt de 43.000 shp.”
O correto seria (segundo Wikipedia):
“(…) um reator nuclear OK-650KPM, de 200 MWt, e turbinas de 43.000 shp.”
Eu até acho pouca a potência do reator pra um vaso submerso de 13 mil toneladas a 35 nós. Quantas turbinas são? Possivelmente duas de 43.000 shp (ou ~ 32 MW), o que dá um rendimento de (2 x 32):200=0,32, que é muito bom.
Valeu, Xará!
Bom, os dados técnicos são restritos então deve haver bastante incerteza… Mas seria surpreendente um reator operando a potencia razoável (para levar o sub a 20 nós) não precisar usar as bombas. Tvs seja por um período específico mas os sistemas (comerciais) passivos precisam de um volume importante (para a recirculação) e tb de uma quantidade importante de refrigerante, elementos que acabam sendo limitados pelo volume restrito do barco.
Me chamou a atenção a velocidade submersa de 35 nós (64,8 Km/h)
Que máquina infernal! Isso sim é projeção de poder! Isso sim!
Sobre a máquina, nada a dizer, só admirar. E um país com o PIB menor que o nosso….
Mas nas últimas fotos dá pra ver que o bagulho já sai do estaleiro totalmente coberto por uma camada de gelo, tamanho o frio que faz por lá.
Me chamou a atenção: incrível a capacidade de adaptação do ser humano. Até mesmo em terras congeladas o ser humano consegue transformar a realidade e modificar as coisas.
Fica aquela dúvida: qual ambiente facilita mais as coisas para o ser humano, o frio congelante deles ou o calor sufocante que nos castiga por aqui?
Uma arma estratégica em seu próprio direito.