Como era a situação da Royal Navy há 50 anos?
![](https://www.naval.com.br/blog/wp-content/uploads/2025/01/HMS-Ark-Royal-R09-conducting-a-Light-Jackstay-Transfer-with-County-class-destroyer-HMS-Antrim-D18-in-1975.jpeg)
HMS Ark Royal (R09) realizando uma transferência de carga leve com o destróier da classe County HMS Antrim (D18) em 1975
A tabela abaixo mostra a composição da Marinha Real Britânica no Jane’s Fighting Ships de 1974-75. Naquele período, a Royal Navy demonstrava sua posição como uma das forças navais mais poderosas e diversificadas do mundo. A tabela de navios da época reflete uma frota bem estruturada, composta por diferentes classes de embarcações capazes de cumprir uma ampla variedade de missões, desde defesa estratégica até projeção de poder global.
Porta-aviões e navios de assalto anfíbio
A força era liderada pelo porta-aviões Ark Royal, equipado para apoiar operações aéreas navais e projetar poder além-mar. Junto a ele, os Commando Carriers Bulwark e o Hermes, convertidos em porta-helicópteros, permitiam uma mobilidade anfíbia estratégica, essencial para intervenções rápidas e suporte em regiões de crise.
![](https://www.naval.com.br/blog/wp-content/uploads/2025/01/HMS-Ark-Royal-R09-3-1280x917.jpeg)
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Submarinos
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A frota submarina da Royal Navy era robusta, com dezenas de embarcações, incluindo 4 SSBN, 7 SSN e 21 SSK convencionais. Esses submarinos desempenhavam papéis cruciais na dissuasão estratégica, vigilância e reconhecimento, reforçando a defesa dos interesses do Reino Unido.
Fragatas e destróieres
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As fragatas (75 unidades) e destróieres (11 unidades) formavam a espinha dorsal da frota, garantindo proteção contra ameaças aéreas, de superfície e submarinas. Essas embarcações versáteis, como as fragatas das classes Leander, Tribal, Leopard e Whitby, eram projetadas para operar tanto em missões independentes quanto em escoltas de grupos-tarefa.
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Navios de Desembarque Anfíbio
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A Royal Navy contava com 2 navios de assalto anfíbio da classe Fearless e 6 navios de desembarque de carros de combate classe Sir Lancelot.
Navios de apoio e forças de contramedidas de minas
O apoio logístico era assegurado por uma ampla gama de navios auxiliares e de suporte, essenciais para manter operações sustentadas longe das bases. Além disso, a Royal Navy contava com numerosa força dedicada a contramedidas de minas, fundamentais para manter rotas marítimas seguras em áreas estratégicas.
Projeção de força global
Com uma frota diversificada e capacidades logísticas avançadas, a Royal Navy de 1974-75 estava bem preparada para enfrentar desafios tanto em águas nacionais quanto internacionais. Sua presença global, alinhada às responsabilidades no Atlântico e nas possessões ultramarinas, reafirmava o papel do Reino Unido como uma potência marítima de primeira linha.
Não tem nem comparação com o estado atual. Era uma super marinha.
Será que a RN da época enfrentava o mesmo problema de falta de pessoal de hoje em dia?
De forma alguma, eram outros tempos. Aliás, aqui só não falta pessoal porque o brasileiro enxerga as FA´s como emprego, mero trabalho para sobrevivência e estabilidade, não como algo ideológico, sentimento de compromisso com a pátria, o país, o povo, essas coisas.
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E o que não falta são os famosos “Concurseiros”.
Os militares que eu conheço, inclusive da minha familia, não enxergam somente como um emprego, fale por si……. Esta colocando todos no mesmo saco…
Ué amigo, isso é papo de quem não consegue fazer um ó com um copo e nem sabe abrir a prova do concurso.
Por um lado:
Antigamente eles tinham MUITO mais meios.
Por outro lado:
Seus atuais meios ( em n° bem menor, comparado ao passafo ) são, em dua grande maioria, no estado-da-arte.
Quantidade ou qualidade, dúvida cruel…
PS: eu sei que subs nucleares tem MUITO mais vantagens em questão de autonomia e alcance que um sub convencional, mas as vezes me pergunto se países como França e Inglaterra não sentem saudades de operar ambos…
Até os EUA sentem “saudades” mas operar ambos os tipos significaria uma redução do número de “nucleares” que já não são muitos ainda mais considerando-se que sempre haverá vários que não poderão ser utilizados por encontrarem-se em manutenções mais demoradas/complexas, o USS Texas (SSN 775) por exemplo está retornando à Frota depois de quase 4 anos de estaleiro. . No caso de britânicos e franceses, o requerimento pede respectivamente 7 “Astutes” que deslocam 7.800 toneladas submersos e 36 armas – teoricamente 38 – e 6 “Suffren” de 5.500 toneladas submersos e 24 armas além de 4 “SSBNs” para cada um… Read more »
No caso francês e inglês, me pergunto se, em teoria, seria assim tão caro terem, por exemplo, respectivamente, 7 subnuc’s + 10 convencionais.
Pra quem, no caso francês, opera 7 Suffren + o CdG, não me parece que mais 10 Scorpéne com AIP nessa equação fosse um gasto estratosférico e fora da realidade deles…
Veja Wilber que a França opera “apenas” 6 “SSNs” não é de agora, os 6 modestos classe Rubis estão sendo substituídos por exatamente 6 classe Suffren, maiores e mais capazes. . Como você deve saber a França já está providenciando a substituição do “Charles de Gaulle” que irá passar por uma última grande atualização e reabastecimento dos reatores dentro de 2 anos – verbas já sendo reservadas – para durar até +/- 2038 quando espera-se o substituto – muito maior – tomará seu lugar. . A França também já está construindo o primeiro novo “SSBN” de um total de 4… Read more »
Na época também eram navios no Estado da Arte. E fora as type 45 que na vdd sequer possuem capacidade de ataque ao solo, o que a Inglaterra tem de Estado da Arte? Só os dois Porta Aviões, mas que mesmo assim parecem ter um defeito grave no projeto, de acordo com vários especialistas.
É só um processo de decadência mesmo. A Inglaterra, vem perdendo relevância em várias áreas. Não é de hoje que se vaticina que o país entrou num processo de Argentinização.
Caracassssss
fragatas (75 unidades) e destróieres (11 unidades) e ainda estou contando o resto!!!
Pois é, outra realidade.
Quais eram as maiores marinhas da epoca?
E assim foi para a marinha francesa que nessa época, 1975, também tinha um número muito maior de navios e submarinos que hoje, mesmo a marinha brasileira também tinha e estava adquirindo fragatas que estavam entre o que havia de melhor e maior diferente da classe Tamandaré que são modestas quando comparadas com o que há, não é uma crítica e sim que elas não tem o mesmo apelo que as Niterois tiveram, o pessoal antigo entende. . E a US Navy que chegou a 600 – quase – unidades no fim da década de 1980 o que não era… Read more »
Só para se ter uma ideia, em plena guerra fria, só o exército Alemão, tinha cerca de 1 milhão de efectivos.
Foi contra essa frota que a Argentina se aventurou???
Não, foi contra a de 1982 que passados apenas 7 anos havia encolhido e tivessem os argentinos esperado um pouco mais – o que não teria sido fácil por conta dos protestos da população – teria encolhido mais ainda, mesmo assim, os argentinos acreditaram que os
britânicos não teriam como sustentar uma armada tão distante de suas bases ainda mais
sob péssimas condições de tempo.
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A ideia de invadir foi ótima, faltou combinar com a Dama de Ferro ! 🙂
Devem até ter combinado, porque isso salvou a biografia de Thatcher – que gostava bastante de enxugar despesas militares, a propósito.
Como disseram abaixo: não.
A RN que a Armada enfrentou tinha bem menos meios e, por milagre, tinha conseguido reter um NaE.
Se a incompetente junta militar hermana tivesse esperado mais um pouco, a RN estaria em posição bem pior, graças ao facão da Tatcher.
Dessa lista, acho que foi só o Hermes
Enquanto isso a marinha chinesa produz uma marinha francesa por ano, com navios em estado da arte, vejam o último type 76. Esse último mês os chineses chamaram atenção um navio de desembarque anfíbio com catapulta magnética e um avião de sexta geração.
A China nos tempos da guerra fria, não contava para nada, só o exército e era por ter muitos soldados.
O salto da China é estrondoso e se produz uma marine nationale por ano, o que produz em um mês ou dois, deve ser superior á maioria das marinhas do mundo.
Entre as desativações da Royal navy,já estamos negociando a classe Albion e provavelmente depois o Wave,podemos também adquirir fragatas type 23 e destroiers type 45 para reforçar a esquadra igual foram as T-22 com atualmente apenas a Rademaker em operação?
As fragatas Type 23 ja não compensa mais esta muito surradas e as type 45 esta fora da nossa realidade financeira !!
Então é assinar o mais breve possível o segundo lote das fragatas classe Tamandaré e navios de maior tonelagem e provavelmente modernizar as Niterói para manter os meios operando até serem substituídos.
As “45” estão sendo revitalizadas e melhoradas com à adição de mísseis Sea Sceptor
e NSM e terão muitos anos de serviço ainda pela frente já que o mais antigo conta apenas com 15 anos e não são vistos como “excedentes” – são na verdade as mais capazes plataformas A/A da Europa – como foi o caso das ainda jovens fragatas T-22 que o Brasil adquiriu na década de 1990, restando ainda no inventário a “Rademaker” de pouco valor militar.
Grande destaque aos Oberon que era um senhor submarino oceanico diesel
Notei a falta dos SSNs gêmeos do HMS Churchill, o HMS Conqueror (ele mesmo, carrasco do Belgrano) e o HMS Courageous. Os três classe Churchill foram comissionados entre 1970 e 1972. Entre os SSNs Classe Swiftsure, o Spartan e o Splendid ainda encontram-se em construção. Em 1982, na Guerra das Falklands, a RN contava com 12 SSNs ativos.
Ricardo, o “Courageous” está na lista e se você reparar há 2 com o nome “Churchill” o que poderia responder pelo “Conqueror” e além desse erro apenas 3 classe Swifsure deveriam estar listados pela data e não me surpreenderia se mais erros fossem encontrados, o Jane´s é uma fonte excelente mas já vi vários erros inclusive em um que tenho sobre as marinhas da II Guerra. . Uma pequena correção: em 1982 o “Dreadnought” já havia sido retirado de serviço portanto, 11 “ativos”. . No mais teria cuidado com listas assim pois elas não representam o estado real, muitas unidades… Read more »
Época de Guerra Fria, era essencial investir em poderio militar.
Os custos de produção também eram bem menores.
Atualmente a economia mundial está sendo prejudicada em todos os lados, porém as ditaduras têm a vantagem pela crueldade de sacrificarem sua população para sustentar sua indústria bélica.
De certa forma, a atual briga entre os países governados por corruptos está parecendo aquelas brigas entre famílias de máfiosos italianos, e o trabalhadores estão arcando com as consequências.
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