Por Brent Ramsey*

O presidente eleito Donald Trump fez declarações recentes a favor da necessidade de uma Marinha muito mais forte. Aqui estão algumas recomendações essenciais que ele deve considerar:

Apoiar integralmente a Comissão sobre o Futuro da Marinha: É urgente estabelecer um requisito base atual para que a Marinha compreenda qual é sua missão, quais são as deficiências existentes e o que precisa ser feito para estruturar a Marinha necessária para defender a nação. A Comissão deve conduzir “um estudo abrangente sobre a estrutura da Marinha e as premissas políticas relacionadas ao tamanho e à composição da força da Marinha, a fim de: (I) fazer recomendações sobre o tamanho e a composição da frota de navios; e (II) fazer recomendações sobre o tamanho e a composição da aviação naval.”

A Marinha de 2025 é significativamente menor do que em qualquer período desde o início da Segunda Guerra Mundial, com aproximadamente 296 navios de força de combate. Em contraste, no final da Guerra Fria, durante a presidência de Ronald Reagan, a Marinha contava com 592 navios de força de combate.

Crescimento naval da China: A República Popular da China (RPC) aumentou maciçamente o tamanho de sua Marinha do Exército de Libertação Popular, ao ponto de agora ser maior do que a Marinha dos EUA. Um relatório do Serviço de Pesquisa do Congresso (Congressional Research Service), publicado em agosto de 2024, destaca essa disparidade crescente.

Devido aos compromissos globais e às deficiências causadas por manutenção e capacidade industrial, os EUA atualmente conseguem manter apenas 50 a 70 navios na 7ª Frota do INDOPACOM, em comparação com os 400 navios da RPC. A República Popular da China (RPC) deixou claro seu objetivo de dominar o Indo-Pacífico, incluindo todos os seus vizinhos, como Taiwan e aliados com tratados, como Japão, Filipinas e Coreia do Sul.

Espera-se que a Comissão recomende fortemente uma Marinha muito maior. O último relatório do Serviço de Pesquisa do Congresso (Congressional Research Service) sobre o crescimento da Marinha do Exército de Libertação Popular (PLAN) pode ser acessado no link indicado.

  • A Administração Trump deve rapidamente propor, e o Congresso deve financiar, um grande aumento nos fundos para a construção de navios de combate a fim de construir as embarcações que a nação urgentemente precisa. Há muito tempo reconhece-se que a base industrial dos EUA sofreu uma grande erosão desde o fim da Guerra Fria. Em reconhecimento a esse fato, alguns membros do Congresso e o próprio Departamento de Defesa (DOD) têm defendido a reconstrução da base industrial. Esforços foram iniciados, mas eles têm sido lentos e insuficientes. É urgentemente necessário fortalecer a base industrial de defesa para construção naval, fabricação de aeronaves e produção de mísseis de todos os tipos. Nossos estoques e capacidades de produção de navios, aeronaves e mísseis estão degradados, colocando-nos em risco de não sermos capazes de defender a nação. Para seu crédito, o DOD documentou essa necessidade na forma de um Plano Nacional de Desenvolvimento da Base Industrial Estratégica de Defesa, mas esse esforço não tem sido tratado como uma prioridade e está seriamente subfinanciado. É urgente aumentar os investimentos na reconstrução da infraestrutura crítica da base industrial dos EUA. Mais informações sobre o que o DOD propõe podem ser encontradas no link indicado.
  • O financiamento e as instalações para manutenção de navios são gravemente insuficientes para manter a atual frota de aproximadamente 296 navios de combate. Até 40% dos submarinos americanos estão aguardando manutenção e não podem ser mobilizados. A Marinha enfrenta uma séria falta de docas para reparos em submarinos nucleares. Os EUA já foram uma potência na construção naval, mas essa capacidade foi negligenciada e entrou em declínio. Há diversas propriedades abandonadas que poderiam ser reparadas e reutilizadas. É urgente aumentar o financiamento para reparo e manutenção de navios da Marinha. O almirante responsável pelo Comando das Forças de Frota admitiu que a Marinha está aquém de seu objetivo de colocar 75 navios em operação rapidamente para atender a uma crise nacional, principalmente porque muitos navios estão em manutenção de longo prazo ou aguardando reparos antes de poderem ir ao mar. O GAO detalhou essas deficiências em seu relatório de 2024, disponível no link indicado. O financiamento para manutenção de navios deve ser substancialmente aumentado.
  • As guerras na Ucrânia e no Oriente Médio esgotaram seriamente os estoques dos EUA, particularmente de mísseis. O Congresso deve aprovar imediatamente um aumento substancial de fundos para reabastecer suprimentos vitais de mísseis e aumentar ainda mais esses estoques para estar pronto para enfrentar a China em um futuro próximo. A China ameaça seus vizinhos no Pacífico e, segundo relatos de declarações feitas pelo presidente Xi, planeja tomar Taiwan até 2027. As provocações da China contra Taiwan estão aumentando rapidamente, incluindo o recente corte de cabos submarinos que fornecem comunicações para Taiwan. Os EUA precisam reforçar seus estoques de todas as variantes do míssil Standard, do míssil de ataque terrestre Tomahawk e de mísseis ar-ar como o Sidewinder. A Força Aérea e o Exército também enfrentam escassez de mísseis. A Heritage Foundation relatou essa grave deficiência, e o relatório completo pode ser encontrado no link indicado.
  • Os EUA enfrentam uma desvantagem extrema em relação à China na questão dos metais de terras raras, essenciais para tecnologias avançadas, especialmente na indústria de defesa. A China domina tanto a exploração quanto a mineração de terras raras em seu território e ao redor do mundo. Além disso, lidera na fabricação e aplicação industrial desses materiais, particularmente em sistemas de armas. A maioria dos sistemas de armas avançados usados pelas forças armadas dos EUA depende de componentes críticos que contêm metais de terras raras. Por exemplo, o F-35, o caça furtivo mais avançado do mundo, utilizado pelos EUA e por 18 nações parceiras, possui muitos componentes que dependem de terras raras. Segundo o Departamento de Defesa (DOD), “o F-35, por exemplo, requer mais de 900 libras de elementos de terras raras. Cada destróier da classe Arleigh Burke (DDG-51) exige 5.200 libras, e um submarino da classe Virginia precisa de 9.200 libras.” A China já começou a restringir o acesso dos EUA a determinados elementos de terras raras, e essas restrições só devem aumentar conforme as tensões entre os dois países se intensificam. O Congresso precisa agir para incentivar a exploração e mineração de terras raras nos EUA e a criação de uma cadeia de suprimentos capaz de fornecer esses materiais críticos para as indústrias de defesa. A gravidade desse problema é abordada em detalhes no link indicado.
  • A Defesa contra Mísseis Balísticos (BMD) nos Estados Unidos é inadequada. A República Popular da China (RPC) está expandindo rapidamente seu arsenal de mísseis balísticos, incluindo sistemas de entrega hipersônicos avançados. Rússia e Coreia do Norte possuem tecnologias de mísseis e ogivas que também podem ameaçar os EUA, especialmente considerando a instabilidade política em ambos os países. O Irã é conhecido por perseguir o desenvolvimento de armas nucleares e já desenvolveu mísseis balísticos que podem ser potencialmente usados contra os EUA. A tecnologia dos EUA está atrás da China e da Rússia no que diz respeito à tecnologia hipersônica. Além disso, os EUA estão investindo pouco dinheiro no avanço de seus sistemas de BMD. Por exemplo, o orçamento proposto para o ano fiscal de 2025 destina apenas US$ 28 bilhões para BMD. Em contraste, a administração Biden no ano fiscal de 2024 alocou US$ 1,4 trilhão para gastos em meio ambiente, clima e infraestrutura. A justificativa dada por muitos “especialistas” para o investimento mínimo em BMD é que a destruição mútua assegurada (MAD) continua sendo um dissuasor válido para a guerra nuclear. Esse cenário impensável de holocausto nuclear é frequentemente usado como explicação para investir pouco em sistemas reais de defesa contra mísseis balísticos. Contudo, em um mundo cada vez mais instável, a MAD ainda é válida? Podemos confiar que estados como o Irã, ou uma Rússia, China ou Coreia do Norte desesperadas, não usariam mísseis balísticos nucleares contra os EUA? O presidente e o Congresso devem avaliar o estado da ameaça representada por inimigos cada vez mais instáveis e determinar se os fundos destinados ao BMD são suficientes. Não podemos nos dar ao luxo de errar nesse cálculo, ou centenas de milhões de cidadãos americanos pagarão o preço.

*O Capitão Brent Ramsey, (USN, reformado), escreveu extensivamente sobre questões de Defesa. Ele é oficial do Calvert Group, membro do Conselho Consultivo do Center for Military Readiness e do STARRS, além de integrar o Grupo Consultivo Militar do congressista Chuck Edwards (NC-11).

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Zorann

Eu achei que era a Rússia que estava sem mísseis…. mas parece que os EUA é que estão.

Em breve a marinha chinesa terá o dobro de navios dos EUA.

Vai lá Trump conversar com o Putin pra ver se ele te dá umas dicas sobre como reativar fabricas fechadas.

Iran

A Rússia e os países da UE devem estar com o mesmo problema nessa altura do campeonato, mas a questão é que a UE e os EUA tem dinheiro pra massificar a produção de mísseis de altíssima qualidade, já a Rússia não.

Magaren

Russia pediria para o grande aliado Coreia do Norte

Luís Henrique

O Putin declarou recentemente que a Rússia está produzindo 10x mais mísseis que toda a Otan junta.

Será que é mentira dele?

Samuel Asafe

A otan toda junta tá fornecendo material pra Ucrânia, e o que se tem é que ainda faltam munições pra eles. 1 ou 2 vezes por semana a Rússia faz ataques com dezenas de mísseis, a cadência de produção deve estar bem estruturada.

Wellington R. Soares

Existe um erro na sua análise Samuel. A Rússia está com toda sua economia voltada para o esforço de guerra. A OTAN no geral não, estão enviando armamentos e munições para Ucrânia continuar barrando a Rússia, arrastando a guerra por mais de 2 anos já, sem nenhum desenrolar previsível a curto prazo. Agora se houvesse uma guerra geral, nem a própria Rússia com sua industria bélica forte, conseguiria se contrapor a toda força industrial da OTAN, principalmente EUA, Alemanha, França, Itália, etc… Se esses países voltarem toda sua economia para um esforço de guerra total, eles conseguiriam produzir muito mais… Read more »

MGNVS

Colega comentarista, vc so esquece de um detalhe: jamais vai haver guerra convencional entre OTAN/EUA/UE contra a Rússia.Então pouco importa quem produz o quê, pq vai haver uma guerra nuclear total onde todos esses países vão sair arruinados, Europa e Russia em maior escala e os EUA em media escala.Vcs tem que parar com essa ilusão de que vai haver uma guerra convencional entre OTAN e Russia pq isso jamais vai acontecer.Se a OTAN se movimentar contra a Russia, o Kremlin vai usar todo o arsenal nuclear que tem pq sabe que não vai haver chance numa guerra convencional direta… Read more »

Last edited 28 dias atrás by MGNVS
Luís Henrique

Não exagera, a Rússia aumentou de pouco mais de 4% do PIB para cerca de 7% do PIB investidos em Defesa.

Metade de toda sua riqueza seria 50%.

Eduardo Neves

A Wolksvagen vai demitir 35 mil trabalhadores agora em Janeiro pois sua indústria não tem Competitividade, a energia alemã aumentou em 5 vezes e a economia da Europa não está aguentando, o mundo mudou e isso tem que ser levando em consideração, a Rússia apresentou crescimento econômico e direcionou sua economia para a Ásia, principalmente a China e países dos BRICs, até o presente momento a crise não chegou em Moscou sem falar que o endividamento russo é muito menor do que todos os países ocidentais, é importante entender que o jogo mudou…

Joao

Mas qual o tamanho do “sem” dos EUA?

NBS

Certamente, o desejo dos militares norte-americanos de expandir seus meios torna-se, a cada dia, um desafio monstruoso em função da crescente dívida nacional, que hoje está em US$ 35 trilhões e continua aumentando. Trump, inclusive, sinaliza que não deseja um teto para a dívida — algo muito valorizado por economistas e pelo mercado nacional. Ele age assim devido à excepcionalidade do dólar como moeda de reserva de valor. Certamente, a emissão de dólares aumentará a fuga da moeda como reserva de valor e influenciará as compras entre os bancos centrais. Esse déficit tem suas raízes na desindustrialização, globalização, juros da… Read more »

Iran

Se os EUA realmente deixarem de gastar recursos protegendo a Europa e diminuírem drasticamente a presença no continente creio que isso gere economia o suficiente para reestruturar a marinha, e assim eles podem focar no Indo-Pacífico.

A União Europeia tem recursos de sobra pra se protegerem sozinhos de uma ameaça como a Rússia, basta eles quererem.

Sulamericano

Caro Iran,
Se os EUA reduzirem significativamente sua presença militar na União Europeia e deixarem de investir na proteção e no suporte financeiro aos europeus, isso abriria uma oportunidade estratégica considerável para o Putin.

Samuel Asafe

Oportunidade pra que? Esqueceu que tem mísseis nucleares na Europa ocidental?

Sulamericano

Os países europeus que possuem mísseis nucleares são o Reino Unido e a França.

Em um cenário hipotético de interrupção da ajuda militar dos EUA à União Europeia e, consequentemente, do colapso da OTAN, as antigas repúblicas soviéticas ficariam desamparadas.

Isso as tornaria extremamente vulneráveis a pressões por parte da Rússia, que poderia explorar a ausência de um suporte militar organizado no continente europeu.

Essa seria a oportunidade estratégica para o Putin.

Felipe

Os EUA possuem armas nucleares em diversos países europeus, como Itália e Alemanha…

Sulamericano

Caro Felipe,

Todas as argumentações anteriores foram baseadas em um cenário hipotético de retirada do apoio militar dos EUA à Europa, encerrando sua presença estratégica na região.

Nesse cenário, a retirada do apoio militar incluiria também a remoção das bombas nucleares americanas estacionadas na Alemanha e Itália.

ChinEs

Com o ritmo acelerado de crescimento da PLA Navy, é bem provavel que alcance os 800 ships até 2035, mais o foco da China é a dissuasão nuclear e as armas hipersônicas, sem isso a China não vai fazer nenhuma invasão a Taiwan, primeiro a China vai atingir as 1500 nukes em 2030, e construir pelo menos 6 SSBN Type 096 Tang, ou seja a China vai operar 14 SSBN (8 Type 094 + 6 Type 096) com capacidade de lançar até no máximo 192 SLBM JL-3 com pelo menos 6 a 8 MIRVs cada, o que totaliza pelo menos… Read more »

Joanderson

E ae que a gente ver que a Rússia ainda é uma potência militar de primeira grandeza, enquanto até 2030 a china quer ter 1500 ogivas nucleares,a Rússia já tem isso desde dos anos 70,e se tratando de meios para usar na Rússia não falta,
Fora os submarinos nucleares Rússos que não devem nada a sub americanos.

Magaren

Russia herdou ogivas da URSS deve ter um monte de cacareco enferrujado que não funciona assim como os MBTs avançados dos anos 60 que a russia tem mostrado nessa guerra kkk

Diego

E.U.A. vão deixar Taiwan na mão assim como deixaram todos os seus aliados desde o Vietnã, eles estão transferindo fábricas de semi-condutores para o país como loucos no intuio de poder ter auto suficiência em Chips fabricados em solo nacional, uma vez isso feito Taiwan estará por conta própria. A economia chinesa e americana estão muito interligadas e uma guerra não é interessante para elite tanto americana quanto chinesa.

Kayron

Eu não sei de onde vcs tiram esses números sempre crescentes do PLAN

Rodolfo

Reconstrucao da base industrial naval é importante mas leva tempo, e um dos problemas dos estaleiros americanos tem sido retenção de mao de obra qualificada. Sem alteração da lei que proíbe a US Navy encomendar embarcações em estaleiros no exterior (Coreia do Sul, Japao, Italia), o gap em relação a Marinha Chinesa só vai continuar a aumentar até o fim da decada.

Defadanado

Creio que ao invés de remover tal lei, os americanos deveriam voltar a subsidiar a sua Construção Naval Civil ! Somente assim eles teriam escala (e portanto, custos competitivos) para enfrentar os preços da Construção Naval Chinesa; hoje cerca de 3 vezes mais barata por navio lançado !

Rodolfo

Tem que fazer os dois. Mas como eu disse, reascender o setor naval peva tempo. Pra tirar o gap tem que encomendar barcos agora.

André Macedo

Expectativa: Trump vai acabar com as guerras dos EUA no mundo, causadas pelos democratas malvados

Realidade: Trump ameaça anexar território de dois parceiros da OTAN sem razão alguma, e ainda nem estamos falando do lobby kkkkkkk

Neto

Isso é muito bizarro. Tanto aqui quanto lá a validação da narrativa com realidade não bate. O cara é anátema da própria narrativa.

Iran

“República Popular da China (RPC) deixou claro seu objetivo de dominar o Indo-Pacífico, incluindo todos os seus vizinhos, como Taiwan e aliados com tratados, como Japão, Filipinas e Coreia do Sul.”

Tirando Taiwan e algumas ilhas japonesas, quando foi que a China disse que tem intenções de dominar a Coréia do Sul e as Filipinas? Pergunta genuína.

André Macedo

O artigo original foi criado foi criado pela mesma galera que diz que os EUA são a maior democracia do mundo e líderes do “mundo livre”, a chance desse autor receber uma graninha pra criar um “red scare” também não pode ser excluída.

Kayron

Narrativa para legitimar a presença americana na região. Os EUA contam com os aliados e países da região para conter a China, uma vez que os americanos criam o perigo e a narrativa, tudo justifica a presença e a costura de alianças com os americanos.

carvalho2008

off topic:

China constrói subitamente frota de barcaças especiais adequadas para desembarques em Taiwan

https://www.navalnews.com/naval-news/2025/01/china-suddenly-building-fleet-of-special-barges-suitable-for-taiwan-landings/

Last edited 29 dias atrás by carvalho2008
carvalho2008

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Bosco

Meu Deus!
Quantas tolices.

Bosco

Os EUA não tem que ter mais ou menos navios que a China e sim tem que ter meios de neutralizar a superioridade numérica chinesa em navios no caso de um hipotético conflito, e ele tem. Os EUA não tem que ter melhores defesas contra mísseis balísticos tendo em vista que os chineses não têm defesa contra os mísseis americanos e no âmbito de guerra convencional a capacidade de volume de fogo dos EUA é muito maior que a da China. Quando o cidadão diz que “centenas de milhões de cidadãos americanos pagarão o preço” está claro que ele se… Read more »

Carvalho2008

A questão da guerra nuclear é sempre o custo benefício, mestre Bosco….mesmo que olhando friamente apenas os números….

Mesmo americanos vencendo, passariam de 1o.. 19o. Economia….e isto não traz vantagens….

Bosco

Carvalho,
O movimento antiocidente em curso há um século tem plantado a ideia de que o Ocidente se enfraqueceu e que não aguenta porrada como os comunistas, islâmicos, orientais, marcianos…
Eu não pagaria pra ver.

MGNVS

Bosco, como especialista em misseis a sua assertiva deveria ser: os EUA serão atingidos no caso de um confronto nuclear seja contra a Russia, seja contra a China. A diferença vai ser na quantidade de misseis já que a superioridade de ogivas russas em relação a chinesa é substancial. E vc sabe que nenhum sistema de defesa é inexpugnavel, basta um missil nuclear russo ou chines atingir uma cidade do tamanho de Nova Iorque e já era. Quando Pearl Harbor foi atingida o povo americano ficou em pânico pq achou que os japoneses ja estavam invadindo os EUA. Quando a… Read more »

Bosco

Eu discordo. Acho que é sim possível um conflito convencional entre potências nucleares, ainda mais se não implicar invasão dos países em questão e sim escaramuças em terras distantes ainda que mísseis convencionais atinjam os países. As armas nucleares seriam utilizadas apenas em caso extremo de um país correr o risco de ser extinto enquanto “Estado” ou de ter seu governo (regime) destruído. Quanto a Rússia e China aguentarem e os EUA não aguentarem o “golpe” aí é especulação de sua parte baseado em falsas premissas. Eu não faço a mínima ideia de quem aguenta mais um ataque nuclear, mas… Read more »

MGNVS

Vc pode discordar Bosco, mas em relação a Rússia isso nao vai mudar os fatos. Concordo com vc em partes pq India e Paquistao ja entraram em varias guerras e nao usaram o arsenal nuclear e a India tbm ja entrou em atrito direto com a China, sem que ambos precisassem escalar o conflito. Mas no caso de Russia contra OTAN/EUA a coisa muda de figura. Bosco, a Russia não é a URSS, ela nao tem poderio militar suficiente para entrar numa guerra convencional contra a OTAN/EUA, e com a guerra na Ukrayna ela tambem vai ter deficit de meios… Read more »

André Macedo

Quer dizer que os chineses iriam ficar de braços cruzados enquanto os EUA neutralizam 90% da sua capacidade nuclear? Eles podem não ter uma rede mundial como o GPS, mas tem monitoramento avançado de ICBMs com satélites e afins, e uma doutrina adequada pra tal resposta, inclusive testam de vez em quando sua comunicação caso sejam atingidos por um EMP… Viajou legal aí.

Franz A. Neeracher

O sistema chinês BDS (BeiDou-3) é tão bom ou até melhor que o GPS.

André Macedo

Obrigado, vi que estou desatualizado e que a China alcançou a cobertura global do sistema deles em 2020…

Bosco

André, Em relação há um ataque nuclear há duas situações básicas que devem ser levadas em consideração: um primeiro ataque e um ataque responsivo. Os EUA se quisessem poderia implementar um “primeiro ataque” contra a China com objetivo de decapitação e contra força (destruir a capacidade de ataque nuclear) e o faria utilizando tão somente seus bombardeiros. Os ICBMs e SLBMs americanos não são formatados para realizar um primeiro ataque preventivo/preemptivo e sim para desferir um ataque responsivo (contra-ataque) e sobreviver a um primeiro ataque (segundo ataque) conservando a capacidade nuclear da nação. Um hipotético primeiro ataque americano se daria… Read more »

Kayron

Os EUA se quisessem poderia implementar um “primeiro ataque” contra a China com objetivo de decapitação e contra força (destruir a capacidade de ataque nuclear) e o faria utilizando tão somente seus bombardeiros.Os ICBMs e SLBMs americanos não são formatados para realizar um primeiro ataque preventivo/preemptivo e sim para desferir um ataque responsivo (contra-ataque) e sobreviver a um primeiro ataque (segundo ataque) conservando a capacidade nuclear da nação.Um hipotético primeiro ataque americano se daria com a utilização de bombardeiros B-52H e mísseis AGM-86B e de bombardeiro B-2A utilizando bombas de queda livre (B61-7/11/12 e B83).…Em menos de 1 hora toda… Read more »

André Macedo

Os EUA possuem pouquíssimos B-2 em serviço, menos de 30 da última vez que chequei, já que você citou bombas de queda livre significa que eles teriam que penetrar bem no espaço aéreo chinês, os B-52 podem ter capacidade stand-off mas não são stealth, uma movimentação tão grande não passaria despercebida de forma alguma pelos chineses, mesmo assumindo que a inteligência chinesa não desconfiasse do deslocamento de tais meios pra perto do TO, e assumindo que a China não estivesse em alerta máximo por possíveis tensões anteriores… Acredito que um first strike americano faria sim um grande estrago e concordo… Read more »

Franz A. Neeracher

21 B-2 foram construídos, hoje 19 estão em operação.

Kayron

Todo esse cenário desenhado por ele é puro devaneio. Bombardeiros com ALCM não servem para a doutrina counterforce, apenas ICBMs possuem tal capacidade por causa da sua prontidão e elevada capacidade de pronta-resposta. SLBM não servem para counterforce por causa da trajetória que impede a destruição de silos reforçados. SSBNs com SLBMs são ferramentas fundamentais para a capacidade de segundo ataque e não primeiro ataque. Além disso, todo o cenário do B-2 invadindo o espaço aéreo chinês e usando bombas de queda livre é o mais puro copium que ele disse no comentário. Isso era verdadeiro nos anos 80, não… Read more »

Kayron

Tu tá meio por fora mesmo… ficou hibernando mt tempo?

Renato B.

Melhorar a auditoria? Fazer melhor uso do dinheiro disponível? Não, a recomendação permanente é “precisamos gastar mais”.

Diego

Esquece isso, a força do Lobby no congresso americano é monstruosa, e os senadores só estão preocupados com manter os postos de emprego nos seus distritos eleitorais, pela USNavy os Ticonderoga e os a-10 já estariam desativados a tempo, mas os senadores impedem, pois se isso acontecer fechariam postos de trabalho, assim a USNavy continua arcando com o custo gigantesco de manutenção de um material velho que nem queria mais possuir.

Renato B.

Eu reconheço que isso também existe, eu não falei dos interesses do congresso mas sim das falhas do Pentágono em administrar o dinheiro.

curisco

A China consegue ter tantos navios porque ela tem corvetas, fragatas, destroires, cruzadores, etc… isto é: ela tem navios de diversas classes, sendo algumas unidades menos capazes e menores e outras de primeira linha. Os EUA só tem navios de ponta praticamente. Creio que os EUA precisam construir dezenas de navios de combate que estariam nas classes de corveta ou fragata. seriam bem mais em conta e em diversos teatros que exigem sua presença estariam sobrando. Obs: mas de certo modo os gastos militares gringos são muitíssimo mal executados. dos anos 80 para cá venceram diversas batalhas mas ‘perderam’ praticamente… Read more »

curisco

consultei aqui o chat gpt: No contexto mais amplo da “Guerra ao Terror”, que inclui operações no Iraque, Afeganistão e outras regiões, os EUA já gastaram cerca de US$ 8 trilhões desde 2001. O presidente Dwight D. Eisenhower, em seu discurso de despedida em 17 de janeiro de 1961, alertou a nação norte-americana sobre os perigos do complexo militar-industrial. Ele disse: “Na estrutura do nosso governo, precisamos evitar a aquisição de influência indevida, desejada ou não, pelo complexo militar-industrial. O potencial para a ascensão desastrosa de poder mal colocado existe e persistirá. Nunca devemos permitir que o peso dessa combinação… Read more »

curisco

E não é questão de ser ‘bonzim’. é uma condução militar abominavelmente errática e ineficiente. coloca vietnam na conta, guerra contras as drogas e tal.

tudo parece mote apenas para torrar dinheiro e matar gente

Renato B.

Até teve a proposta dos LCS (Llitoral Combat Ship) navios para combate próximo ao litoral similares às corvetas.

As propostas foram o USS Independence e USS Freedom, que seriam os primeiros de novas classes.

O resultado foi tão impopular e caro que o termo LCS acabou sendo conhecido como Little Crappy Ship

curisco

não tem lógica serem mais ‘caras’. a ideia de corvetas e fragatas é justamente serem unidades mais baratas.

mas é impossivel a USN querer manter quantitatibo de navios parelho se quiser que tudo sejam unidades caríssimas.

é matar muitas vezes barata com canhão.

além de que quantidade faz sim diferença numa guerra. não basta quantidade

Dalton

Os EUA não conseguem construir navios tão baratos como à China, há muitas explicações para isso, mas, independente disso há certos requerimentos obrigatórios pela US Navy que podem diferir de outras marinhas, como por exemplo, a futura fragata que apesar de baseada no modelo italiano não atenderia esses requerimentos se fosse simplesmente uma cópia daí alterações que resultarão em quase um navio novo.
.
Mesmo assim, as futuras fragatas custarão menos da metade do preço de um Arleigh Burke III, serão mais baratas, só que a ideia de “barata” para a US Navy
difere significativamente da de outras marinhas.

curisco

Mesmo que o ‘barato’ deles seja uma fortuna, ainda assim eles precisam de muitas unidades menores. não precisam de um mega sistema de armas para muitos teatros em que operam.

ainda mais que eles querem ser a polícia do mundo enquanto que a China objetiva um teatro muito mais curto

Dalton

Se pensarmos na regrinha básica de que para cada unidade certificada para missão haverá duas indisponíveis não há no fim das contas tantos “mega sistema” assim e eles são muito necessários. . Os EUA estão fisicamente distantes de “regiões problemáticas” muitas das bases localizadas no exterior são “pequenas” e/ou não são navais, então navios “maiores” são necessários, mesmo os “LCSs” tornaram-se maiores do que originalmente concebidos. . A China já encontra-se fisicamente no “lugar certo”, uma região com imenso tráfego marítimo onde há aliados dos EUA que disputam soberania de ilhas com a própria China. . Quanto a ser “polícia… Read more »

Dalton

Isso foi no período em que os EUA viram-se sem inimigos à altura após o fim da URSS e alternativas foram criadas para lidar com as ameaças restantes.
.
Não fosse pela China, os “LCSs” teriam funcionado bem e justamente por causa dela
adaptações tiveram que ser feitas para torna-los relevantes e isso consumiu recursos e problemas adicionais que foram corrigidos e hoje os “LCSs” vem desempenhando suas missões muitas vezes em missões que não exigem um “Arleigh Burke”.

Last edited 27 dias atrás by daltonl
Renato B.

Eu até vi um relato do ano passado de que as LCS da classe Independence tem mantido um alto nível de eficiência, em torno de 96%.

Porém, acredito que não foi só a China. A capacidade demonstrada por Houthis e Ucranianos também não deve ter deixado os americanos muito animados com as LCS.

Last edited 27 dias atrás by Renato B.
Dalton

E os “Independence” serão os substitutos dos vetustos navios de contra minagem da classe Avenger que já estão com seus dias contados e não apenas serão mais capazes nessa função como armados com mísseis “NSM” – coisa que a China criticou – serão mais flexíveis para outras missões já que os próprios “Avenger” são usados como navios de patrulha. . Os “Houthis” e “Ucranianos” são recentes a “insatisfação” com os LCSs veio muito antes então apesar de não ser o “ideal” não adianta ficar “chorando pelo leite derramado” e o “LCS” evoluiu e há muitas missões que eles são e… Read more »

Last edited 26 dias atrás by daltonl
José Pereira

Governo Trump será marcado pela austeridade nos gastos públicos, melhora no parque industrial de defesa.
certeza que a Europa vai ter que prover pela sua própria defesa ainda mais.
O efeito colateral de tais medidas pode ser a Ucrânia.